SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL PODE AJUDAR NO TRATAMENTO DE DOENÇAS GRAVES

O cordão umbilical, que une o feto à placenta da mãe, é responsável pela nutrição e oxigenação do bebê durante a gestação. Após o parto, ele não é mais necessário para o desenvolvimento da criança, mas a sua preservação pode salvar vidas. O sangue, que permanece na placenta e na veia umbilical e que normalmente é descartado, pode ajudar no tratamento de doenças graves.
A utilização do sangue do cordão apresenta resultados clínicos relevantes, principalmente no tratamento de doenças hematológicos como a Leucemia e a Mielodisplasia. Segundo o médico hematologista da Criogênesis, Dr. Nelson Tatsui, o sangue do cordão umbilical, assim como a medula óssea, é rico em células-tronco, que podem originar diversos tipos de tecidos.
“As células-tronco são células “mães”, capazes de criar os componentes principais do sangue humano e do sistema imunológico do corpo. A partir dessas células, formam-se glóbulos vermelhos, que levam o oxigênio aos tecidos, glóbulos brancos, que combatem infecções, e plaquetas, que atuam na coagulação”, afirma.
O material coletado também pode ser utilizado para o tratamento de mais de 80  tipos de doenças, como Talassemia e Linfomas. “Outras doenças como Diabetes Tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids, são objetos de estudos e, em um futuro próximo, poderemos ter descobertas importantes para a prevenção e tratamento de  inúmeras doenças”, explica o médico.
Como funciona a coleta?
O momento do nascimento é a única oportunidade para a coleta das células-tronco do cordão umbilical e este procedimento deve ser incluído nos preparativos que antecedem a chegada do bebê.  O procedimento leva em torno de cinco minutos, é indolor e não apresenta nenhum risco para a mãe ou para o bebê.
“A drenagem do sangue do cordão umbilical é realizada por meio de uma punção com agulha na veia umbilical e seu acondicionamento se dá em uma bolsa contendo anticoagulante e nutrientes”, informa o médico.
Atualmente existem dois sistemas de armazenamento de sangue de cordão umbilical no país: o público e o privado. No caso da contratação do serviço por meio do sistema privado, o armazenamento é pago, ficando assim, o material genético disponível para uso exclusivo do próprio bebê ou da família.
No caso de doação para o sistema público, a unidade fica armazenada em um dos bancos públicos da rede BrasilCord à espera de um paciente compatível. Nesse caso, a família não poderá reivindicar o sangue de cordão doado.

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