O que são células tronco?
São células encontradas no interior de embriões recém fecundados, ou seja, dentro de uma estrutura denominada blastocisto, formada até 5 dias após o encontro do espermatozoide com o óvulo. A pesquisa destas células deve-se ao fato teórico de que possuem a potencialidade de formar praticamente todos os tecidos do corpo (multipotente). A lei de biossegurança aprovada no dia 2 de março de 2005 pelo Congresso Nacional, ainda aguardando sanção da Presidência da República, permite a pesquisa em células-tronco oriundas de fonte humana. Em virtude da complicada situação para sua obtenção, quando comparada à das células adultas (sangue de cordão umbilical, medula óssea e sangue periférico), a lei de biossegurança, recém aprovada, traz no seu Artigo 5º as regras para obtenção dos embriões humanos, a seguir transcritas:
“Art. 5º É permitida, para fins de pesquisa e terapia, a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embriões humanos produzidos por fertilização in vitro e não utilizados no respectivo procedimento, atendidas as seguintes condições:
I – sejam embriões inviáveis;
II – sejam embriões congelados há 3 (três) anos ou mais, na data da publicação desta Lei, ou que, já congelados na data da publicação desta Lei, depois de completarem 3 (três) anos, contados a partir da data de congelamento.
§ 1º Em qualquer caso, é necessário o consentimento dos genitores.
§ 2º Instituições de pesquisa e serviços de saúde que realizem pesquisa ou terapia com células-tronco embrionárias humanas deverão submeter seus projetos à apreciação e aprovação dos respectivos comitês de ética em pesquisa.
§ 3º É vedada a comercialização do material biológico a que se refere este artigo e sua prática implica no crime tipificado no art. 15 da Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997.” Fonte: Congresso Nacional Folha de São Paulo:
Comentário: Desde o início das discussões sobre a lei de biossegurança, a Criogênesis tem participado no sentido de esclarecer o público quanto a real situação das pesquisas na área de células-tronco, seja embrionária ou adulta. Da mesma forma que a filosofia adotada pelo Instituto Nacional de Saúde do Governo dos Estados Unidos (NIH), claramente evidenciada no texto extraído da página oficial da entidade (abaixo transcrito), a Criogênesis deposita enorme confiança e investimento no potencial real e futuro das células provindas da fase adulta (sangue de cordão umbilical, medula óssea e sangue periférico). Em relação à fase embrionária, aguardamos aprovação para que a nossa entidade também possa participar das pesquisas e trazer algum resultado nas próximas décadas.
“Scientists have been able to do experiments with human embryonic stem cells (hESC) only since 1998, when a group led by Dr. James Thompson at the University of Wisconsin developed a technique to isolate and grow the cells. Moreover, Federal funds to support hESC research have been available since only August 9, 2001, when President Bush announced his decision on Federal funding for hESC research. Because many academic researchers rely on Federal funds to support their laboratories, they are just beginning to learn how to grow and use the cells. Thus, although hESC are thought to offer potential cures and therapies for many devastating diseases, research using them is still in its early stages.
Adult stem cells, such as blood-forming stem cells in bone marrow (called hematopoietic stem cells, or HSCs), are currently the only type of stem cell commonly used to treat human diseases. Doctors have been transferring HSCs in bone marrow transplants for over 40 years. More advanced techniques of collecting, or “harvesting,” HSCs are now used in order to treat leukemia, lymphoma and several inherited blood disorders.
The clinical potential of adult stem cells has also been demonstrated in the treatment of other human diseases that include diabetes and advanced kidney cancer. However, these newer uses have involved studies with a very limited number of patients.” (partes do texto foram negritadas sob responsabilidade exclusiva da Criogênesis).
Fonte: Stem Cell InformationDiretoria Técnico-Científica da Criogênesis
A célula-tronco mesenquimal (MSC) é encontrada primariamente na medula óssea e no tecido do cordão umbilical.
Possui a capacidade de gerar diferentes tecidos: ossos, tendão, cartilagem, tecidos adiposo e muscular, suporte medular e células neurais, colocando-se assim em evidência para procedimentos de engenharia de tecidos e suporte ao transplante de medula óssea.
Recentemente, a Prof. Dra. Mayana Zatz, Coordenadora do Projeto Genoma, sugeriu que os Bancos Privados e Públicos estocassem o tecido do cordão também. Segundo estudo publicado pela pesquisadora, o cordão umbilical apresenta uma grande quantidade de células-tronco mesenquimais.
Após a coleta do sangue e do tecido do cordão umbilical, a célula-tronco mesenquimal é purificada por meio de técnicas de cultivo. Além disso, o Grupo Criogênesis vem estudando, incansavelmente a expansão numérica deste tipo celular.
O uso clínico do Sangue de Cordão Umbilical em famílias sem risco definido é muito baixo. Embora a ciência demonstre um aumento na utilização clínica da Célula-Tronco do Sangue de Cordão Umbilical, grande parte ainda está na fase experimental e não deve ser especulado como tratamento disponível atualmente. Além disso, não podemos garantir o uso da Célula-Tronco Autóloga (do próprio paciente) em todas as doenças genéticas. Reiteramos nosso compromisso com a Ética e a Saúde Pública por meio da divulgação do Banco de Sangue de Cordão Umbilical Público e de informações cristalinas e precisas sobre o objetivo do Banco Privado.