Por que armazenar?
Desde 1988, já foram realizados 60.000 transplantes de sangue de cordão umbilical, tratando mais de 89 doenças.
Vários tecidos já foram obtidos através da cultura programada de Células-Tronco, tais como: hepático, cardíaco, neuronal, ósseo e muscular. Com isso, o Sangue de Cordão Umbilical poderá vir a ser a fonte inesgotável de recursos biológicos na área de engenharia de tecidos. É a única garantia de compatibilidade completa com o seu filho. O sangue de cordão umbilical criopreservado fica protegido dos efeitos ambientais nocivos.
As células do cordão umbilical são jovens e biologicamente tolerantes, isso leva a diminuição dos efeitos colaterais e o aumento da possibilidade de transplante entre pessoas parcialmente compatíveis. A coleta não oferece risco ao bebê e a mãe. O custo do transplante utilizando sangue de cordão umbilical é sensivelmente inferior ao processo que engloba o tratamento e a procura de um doador compatível.
Enquanto o câncer na fase pediátrica raramente utiliza transplante autólogo, entre pacientes adultos esse tipo de transplante é muito mais comum. Portanto, a utilização do sangue de cordão umbilical para o próprio indivíduo ficará cada vez mais comum conforme as crianças desta geração tornam-se adultas. (National Cancer Institute).
Avanços na área genética permitirão ampliar o uso do sangue de cordão umbilical para doenças de origem genética. A expansão celular, prevista para os próximos 5 anos, permitirá o tratamento em pacientes com peso superior a 40 kg.
Para pacientes com doenças imunológicas e oncológicas em tratamento que podem ser beneficiados com transplante usando o próprio sangue de cordão umbilical. Minorias étnicas apresentam mais dificuldade de encontrar um doador compatível.
Conheça as principais doenças já tratadas com sangue de cordão umbilical
(Aqui estão listadas os transplantes alogênicos, de fonte familiar ou não, exclusivos de sangue de
cordão umbilical).
Leucemias – É um câncer do sistema imunológico sanguíneo, cujas células são chamadas leucócitos ou células-brancas.
Leucemia Aguda:
Leucemia Crônica:
Síndromes Mielodisplásicas (Mielodisplasia é algumas vezes chamada de pré-
leucemia):
Linfomas – É um câncer dos leucócitos que circulam no sangue e vasos linfáticos.
Outras desordens de proliferação de células sanguíneas (todas as terapias são alogênicas)
Anemias (Anemias são deficiências ou malformações de células vermelhas)
Anormalidades Hereditárias de Células Vermelhas (Células vermelhas contem
hemoglobina e transportam oxigênio para o corpo)
Anormalidades Plaquetárias Hereditárias (Plaquetas são células sanguíneas
necessárias para a coagulação)
Desordens Hereditárias do Sistema Imune – Imunodeficiências Combinadas
Graves (SCID)
Desordens Hereditárias do Sistema Imune – Neutropenias
Desordens Hereditárias do Sistema Imune – Outras
Desordens Mieloproliferativas
Disfunção de Fagócitos (Fagócitos são células do sistema imune que podem
aprisionar e matar organismos estranhos)
Cânceres da Medula óssea (Doenças de Células do Plasma)
Transplantes para Desordens Hereditárias que afetam o Sistema Imune e
Outros Orgãos
Transplantes para doenças metabólicas hereditárias
(todas as terapias são Alogênicas – mas para algumas destas doenças, somente certas manifestações são passíveis de transplante, e é melhor consultar um hematologista com experiência em transplante de cordão)
Desordens de Depósito de Mucopolissacaridose
Desordens Leucodistróficas
Doenças de Depósito Lisossomal
Desordens Metabólicas Hereditárias – Outras
Tumores sólidos não originados no sangue ou sistema immune (terapia
Autóloga)
Referência
1. Broxmeier HE, ed. Cord Blood: Biology, Immunology, Banking and Clinical Transplantation. Bethesda, MD: American Association of Blood Banks, 2004. (Livro essencial para a compreensão de todos pontos do sangue de cordão umbilical, foi publicado pela poderosa associação norteamericana de bancos de sangue/AABB e coordenado pelo Prof Dr Hal E Broxmeier, cientista que participou do primeiro transplante de sangue de cordão umbilical junto com a Prof Dra E Gluckman)
2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diretoria Colegiada. Resolução RDC número 153, de 14 de junho de 2004. In: Saúde Md, editor. Agência Nacional de Vigilância Sanitária: Diário Oficial da União; 24 jun. 2004.
3. Ofício 1096/2008/GPROP/ANVISA sobre adequações em contrato de estocagem do sangue de cordão umbilical e material publicitário do BSCUPA Criogênesis, que determina: “ao informar ou listar doenças, que já forma tratadas a partir da utilização terapêutica das célula-tronco hematopoéticas, bem como indicar estatísticas de utilização destas células em transplantes, solicitamos que seja esclarecido ao consumidor a fonte das células-tronco utilizadas para o tratamento das respectivas doenças se provenientes do sangue de cordão umbilical, de medulaóssea ou do sangue periférico, e se autólogas ou alogênicas.”
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