Célula-tronco é a esperança na recuperação de lesão esportiva

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Volante do Inter, Rodrigo Dourado passou pelo procedimento após torção no joelho

Um tratamento inovador devolveu a Rodrigo Dourado, volante do Inter, a chance de voltar aos gramados como atleta profissional. Em 2019, durante um jogo, ele teve uma leve torção no joelho esquerdo e, o que parecia simples, lhe custou cerca de 450 dias de tratamento e recuperação.
Na verdade, Dourado sofreu com um um edema ósseo que o impedia de retornar aos gramados. Após duas artroscopias, o jogador seguia sentindo fortes dores e os médicos já não acreditavam que havia algo mais a ser feito.

Neste contexto, Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, ofereceu uma última tentativa: a técnica de células-tronco, que consiste em utilizar células do tutano do osso da bacia para promover a recuperação de uma área lesionada rapidamente. “Fizemos seis aplicações com intervalo de 15 dias. Ele seguiu exatamente o que eu recomendei em termos de alimentação e recuperação”, relembra o médico.

Após o procedimento e 90 dias de recuperação, Rodrigo Dourado retornou em plena forma a defender a camisa do Internacional.

O que são as células-tronco e como atuam no nosso corpo?

Estas são células muito especiais no nosso organismo. Surgem no ser humano, ainda na fase embrionária, bem antes do parto. Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células-tronco, que são responsáveis pela renovação constante desse órgão específico. Essas células têm duas características distintas:

* Conseguem se reproduzir, duplicando-se, gerando duas células com iguais características.

* Conseguem diferenciar-se, ou seja, transformar-se em outras células dos respectivos tecidos e órgãos.

Um exemplo é a célula-tronco hematopoética, que no adulto se localiza na medula óssea vermelha, onde é responsável pela geração de todo o sangue. Essa é a célula que efetivamente é substituída quando é feito um transplante de medula óssea.

Avanço e prevenção

A vida atlética de Dourado foi salva por um avanço tecnológico da medicina regenerativa e, outros casos ditos “sem solução” como o do jogador, podem ter suas respostas encontradas também nas modernas técnicas desta área médica.

Carvalho alerta para a importância de descobrir e tratar as lesões ainda no começo, pois, quanto antes o tratamento for iniciado, o período de recuperação é menor e mais fácil. “Em uma lesão ósseo-muscular, se o atleta procurar ajuda no início da dor, a gente consegue equalizar e ter mais opções para tratar ele”, afirma.

Fonte: Portal Jornal NH