Carta da enfermeira Luciana Marques: Curiosidades sobre a placenta

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A placenta é o principal elo de comunicação entre a mãe e o bebê, sendo exclusivo e essencial na gestação.

De acordo com Luciana Marques, enfermeira obstetra da Criogênesis, é um órgão incrível, responsável por fornecer absolutamente tudo que o bebê precisa. Veja algumas curiosidades:

Quanto cresce a placenta?

Cerca de 10 dias após a concepção, tão logo o óvulo fertilizado se implanta no útero, o córion se forma. O córion é um órgão embrionário que precede o desenvolvimento da placenta.

Ela desenvolve-se totalmente entre a 18ª e a 20ª semana da gestação, mas continua a crescer para prover o oxigênio, a nutrição e as necessidades imunológicas ao bebê. O suprimento sanguíneo da mãe fica totalmente conectado com a placenta em desenvolvimento a partir da 14ª semana de gestação.

Quando a placenta “assume o controle”?

No início da gestação, um grupo de células nos ovários, chamado corpo lúteo, é responsável por produzir o estrogênio e a progesterona necessários.

No entanto, uma vez que a placenta se desenvolve completamente, entre as semanas 18ª e 20ª, ela pode assumir a produção, e o corpo lúteo se dissolve. Esse processo pode ser entendido como o momento em que a placenta “assume o controle”.

Muitas mulheres percebem uma redução nos enjoos matinais e um aumento na energia depois que isso acontece, geralmente no segundo trimestre.

Quais são as funções da placenta?

A placenta possui duas funções principais: atuar como meio para troca de fluídos entre a mãe e o bebê e funcionar como uma camada protetora para o feto, além disso oferece:

1. Nutrição e proteção

A placenta tem a função de alimentar o feto e garantir as trocas metabólicas entre este e a mãe durante a gravidez: representa o fígado, os intestinos e os rins do bebé até ao momento do nascimento.

Os nutrientes, anticorpos e oxigénio passam da corrente sanguínea da mãe para a do bebé e fluem para dentro do corpo dele através da veia umbilical.

2. Garante das trocas metabólicas

Os produtos de eliminação e o sangue sem oxigénio são removidos através das artérias umbilicais. Estes produtos de eliminação passam para a corrente sanguínea da mãe e são eliminados através dos rins.

3. Manutenção da gestação

A placenta produz uma certa quantidade de hormonas que impedem a formação de novos óvulos nos ovários, estimulam o crescimento do útero e, numa fase mais avançada da gestação, estimulam a produção de leite nas glândulas mamárias.

Você sabia?

A placenta no pós-parto é retirada totalmente e seus anexos são destinados para descarte. Contudo, a placenta, assim como o cordão umbilical, possui uma grande fonte de células-tronco que já são utilizadas para tratamentos de diversas doenças, como leucemia, anemias, linfomas, entre outras.

O descarte da placenta também depende da cultura de cada mulher, pois algumas decidem comer a placenta, enterrar, fazer uma pintura dessa placenta ou guardar de recordação.

Referências:

 Livro de Embriologia UFRGS http://www.ufrgs.br/livrodeembrio/ppts/5.desenvhumano.pdf

https://ivi.net.br/blog/funcao-da-placenta/

https://www.tuasaude.com/a-placenta/

https://maemequer.sapo.pt/estou-gravida/como-cresce-o-bebe/dentro-do-ventre/placenta/