Células-Tronco no tratamento de doenças: o que já é realidade e o que ainda está em pesquisa

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A medicina regenerativa é uma das áreas mais promissoras da ciência atual, e as células-tronco ocupam papel central nesse avanço. Mas com a crescente circulação de informações, especialmente em redes sociais, é comum surgirem dúvidas sobre o que já é prática clínica validada e o que ainda está em fase experimental.

Dr. Nelson Tatsui, hematologista do HC/FMUSP e diretor clinico da Criogênesis, referência em criopreservação no Brasil, esclarece as aplicações já reconhecidas e os campos em estudo.

As células-tronco do sangue do cordão umbilical, já são amplamente utilizadas há alguns anos em tratamentos com eficácia comprovada e regulamentação pela Anvisa no Brasil e pela FDA nos Estados Unidos. Atualmente, elas fazem parte dos protocolos terapêuticos para o tratamento de mais de 80 doenças, incluindo tipos específicos de câncer hematológico (como leucemias e linfomas), doenças do sistema imunológico, anemias hereditárias graves e doenças genéticas e metabólicas raras. Essas terapias já estão disponíveis em centros médicos no Brasil e no mundo há mais de 30 anos, com resultados clínicos consistentes e monitorados por instituições de referência.

“Podemos citar dois casos recentes de sucesso, com o uso das células tronco coletadas e armazenadas no nosso laboratório.  Um paciente com doença hematológica (aplasia medular) e outro com meduloblastoma, ambos os casos são crianças e foram utilizados as células-tronco do sangue do cordão umbilical, coletadas no nascimento”, conta Dr. Nelson.

Paralelamente, outras aplicações seguem na pesquisa clínica.  Existem estudos, com as células-tronco mesenquimais, presentes no tecido do cordão umbilical,  com potencial para tratamentos em doenças neurológicas como paralisia cerebral e Alzheimer, condições do espectro autista, doenças autoimunes, além de lesões medulares e sequelas de AVC. Esses protocolos são conduzidos exclusivamente em ambiente de pesquisa autorizado, com acompanhamento de comitês de ética e órgãos reguladores.

“É fundamental que as famílias estejam bem informadas sobre o que a medicina já oferece com base em evidência e o que ainda está em avaliação científica. As células-tronco são uma realidade e com o avanço de novas pesquisas, uma grande promessa para diversas enfermidades”, afirma o Dr. Nelson Tatsui, médico responsável técnico da Criogênesis.

Segurança e acreditação internacional

Além do entendimento sobre as indicações clínicas, outro fator essencial para garantir o uso seguro das células-tronco no futuro é a escolha de um banco de armazenamento com acreditação internacional. Certificações como as da AABB (American Association of Blood Banks) e da FACT (Foundation for the Accreditation of Cellular Therapy) garantem que o material seja coletado, processado e armazenado com os mais altos padrões de qualidade exigidos no Brasil e no exterior. Esse rigor técnico aumenta a viabilidade do uso terapêutico das células, inclusive em transplantes realizados em centros médicos internacionais.

“Armazenar células-tronco ao nascimento é uma forma de cuidar do futuro da criança com responsabilidade e visão. Mas só faz sentido quando feito com segurança e credibilidade reconhecida globalmente”, reforça Tatsui.

Sobre a Criogênesis

Com mais de 20 anos de atuação, a Criogênesis é especializada na coleta, processamento e criopreservação de células-tronco do sangue e do tecido do cordão umbilical. Atuando com tecnologia de ponta e padrões internacionais de qualidade, oferece suporte técnico e informativo para famílias que buscam entender e acompanhar os avanços da medicina regenerativa.