Terrible two: A adolescência dos bebês

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Você sabe o que são os terrible twos? De uma hora para a outra, aquele anjinho ou anjinha, que até outro dia era só amor e carinho, decide que a sua nova palavra favorita é “não”. Além disso, desenvolve alguns hábitos um tanto quanto difíceis de lidar, como se jogar no chão ou fazer a maior birra diante de uma frustração! 😩 Seja por não conseguir colocar as próprias meias, não poder escalar um móvel da casa ou não ganhar uma comida que deseja, por exemplo.

Se você se identificou com alguma dessas situações, é provável que seu pequeno ou pequena esteja passando pela adolescência dos bebês, fase também conhecida como terrible twos ou os terríveis dois anos. Por isso, vamos conversar sobre o tema e descobrir como lidar com essa fase tão desafiadora do desenvolvimento infantil? Acompanhe!

O que são os terrible twos?

De forma geral, os terrible twos podem acontecer entre 1 ano e meio e 3 anos de idade, quando os pequenos e pequenas ainda são chamados de toddlers. No entanto, essa fase costuma ter seu auge justamente quando os bebês completam 2 anos.

Neste momento, a criança passa a se perceber como um indivíduo, com desejos e opiniões próprias. Por isso, ela sente uma enorme necessidade de tomar decisões e fazer escolhas por si mesma. E isso faz com que, muitas vezes, os pequenos e pequenas se oponham às solicitações dos adultos.

Contudo, como os bebês ainda estão compreendendo suas emoções e sentimentos, ser contrariado também pode ser motivo para espernear, choramingar, se irritar e até gritar, por exemplo. Nesse sentido, a tranquilidade de outrora costuma ser substituída por uma explosão de rebeldia! 

Ao mesmo tempo, o pequeno ou pequena se desenvolve tão depressa, que você se pega o tempo todo surpreendido(a) com sua autonomia, não é mesmo? Ou, então, com suas frases e perguntas espertas, que deixam qualquer adulto encantado. Por tudo isso, os terribles twos costumam ser uma fase desafiadora, mas muito importante para o desenvolvimento infantil!

Veja 4 dicas para lidar com essa fase:

1. Organize a rotina com as crianças

A chance dos pequenos e pequenas ficarem irritados, e até explodirem em uma birra, é maior quando eles estão cansados, com fome ou frustrados. Por isso, manter uma rotina saudável e organizada diminui o estresse e a agitação dos bebês. Sobretudo, aquelas que estão passando pelos terrible twos.

Dessa forma, uma sugestão é estar sempre prevenido(a), com lanchinhos e frutas na bolsa. Principalmente, se vocês forem ficar muito tempo fora de casa. Além disso, procure planejar o dia a dia da família, para que seu pequeno ou pequena não fique muito tempo sem dormir ou sem comer. Com certeza, isso deixará seu bebê mais tranquilo!

2. Acalme os pequenos e pequenas

Quando o bebê ficar irritado, por qualquer que seja o motivo, escolha conversar com calma. É fundamental manter a tranquilidade no momento de lidar com alguma birra ou frustração dos pequenos e pequenas. Afinal, você é o adulto e deve administrar a situação como maturidade, tudo bem? 

Para isso, explique com clareza que você entende os sentimentos da sua criança. Se possível, se abaixe e olhe nos olhos dos pequenos e pequenas. No entanto, explique por que ela não pode fazer determinada ação, já que pode se machucar, por exemplo. Então, ofereça alternativas, se coloque à disposição para ajudá-la ou tente distraí-la com músicas ou histórias.

Lembre-se de que o diálogo é sempre o melhor caminho para resolver conflitos, seja com adultos ou crianças. Além disso, conversar e não “bater de frente” ajuda o bebê a se acalmar e, aos poucos, compreender melhor suas próprias emoções.

3. Seja paciente e respeitoso(a)

Por mais difícil que seja manter a calma, é muito importante se esforçar para ser paciente com as crianças, sobretudo durante uma crise. Afinal, os terrible twos são apenas uma fase e muitos bebês passam por ela para construir sua identidade. Portanto, apesar de cansativa, é também uma fase fundamental para o desenvolvimento infantil.

Por isso, saiba que o seu pequeno ou pequena não age de tal forma apenas para te provocar, como se agisse de propósito. Faz parte do processo testar os limites dos pais, mães e pessoas responsáveis e buscar autonomia e independência, ainda que nas pequenas ações do cotidiano. Como ao se vestir, comer ou tomar banho sozinho(a), por exemplo.

Então, quando o bebê fizer uma birra, trate-o com respeito e carinho. Tente ver a situação através da sua perspectiva e lembre-se de acolher os pequenos e pequenas. Gritar, ameaçar e até agredir as crianças são comportamentos violentos e não devem fazer parte do dia a dia de nenhuma família.

4. Não poupe carinhos, abraços e beijinhos

Em alguns casos, o bebê pode ficar tão nervoso e frustrado que machuca os outros e a si mesmo. Nesse momento, uma opção que pode funcionar é abraçar, pegar no colo e confortar os pequenos e pequenas. Reforce que você entende que ela está sofrendo e que você está ali para ajudá-la. Então, faça carinho e dê beijinhos. Pouco a pouco, ela irá se tranquilizar.

No entanto, se você tentar trazer a criança para os seus braços e ela continuar agitada, deixe-a se acalmar. Se ela não estiver confortável, permita que ela fique mais afastada e não force os pequenos e pequenas a nada, ok?

De forma geral, as birras acontecem porque o pequeno ou pequena não consegue lidar com suas próprias emoções, extravasando sua exaustão com choros e gritos. Por isso, depois que a criança estiver mais calma, aproveite este momento para conversar sobre seus sentimentos e ajude-a a compreendê-los melhor. Em seguida, proponha uma atividade ou uma brincadeira, como a leitura compartilhada de um livro especial, que envolva toda a família! 

Fonte: Portal Leiturinha