Coronavírus provoca corrida de americanos para congelar esperma

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O volume de negócios vem crescendo nos EUA para empresas de congelamento de esperma que vendem kits de coleta em casa

O volume de negócios vem crescendo nos EUA para empresas de congelamento de esperma que vendem kits de coleta em casa, segundo uma reportagem do site americano “Daily Beast”, graças em parte ao medo, ainda não comprovado, de que o novo coronavírus reduza a fertilidade.

Gerente de operações de coleta em casa da CryoChoice, Heather Kilpatrick diz que vem recebendo muitas consultas de pessoas com medo da Covid-19 desde que os EUA entraram em regime de distanciamento social por conta da pandemia. Mas, em vez de apenas perguntar ou cancelar pedidos, muitos deles querem comprar: as vendas subiram até 20% nas últimas semanas.

Os funcionários da Legacy, startup de coleta de esperma em casa, afirmam ao “Daily Beast” ter recebido até 10 vezes o volume normal de pedidos nos últimos dias. E os profissionais por trás da Dadi, outra start-up do setor, dizem que não só viram um as vendas triplicarem, como mais pessoas do que nunca estão comprando armazenamento de esperma para períodos de cinco anos ou mais.

Essas empresas – que enviam os kits de coleta de esperma, fazem testes de laboratório nas amostras recebidas e prometem armazenar criogênicamente os espermatozóides viáveis ​​- parecem ter escapado da devastação que assola a economia dos EUA. Tom Smith, diretor-executivo, admite que ficou surpreso, pois “realmente pensou que haveria uma queda significativa” nos negócios quando os americanos entraram em regime de isolamento.

Parte desse aumento na procura, afirma a reportagem, pode ser apenas porque as empresas de kits domésticos estão absorvendo a demanda das clínicas de fertilidade, que diminuíram as operações ou fecharam completamente suas portas em razão da pandemia. Mas os negócios das companhias ouvidas pelo “Daily Beast” parecem estar em alta em grande parte por causa do interesse de pessoas que não estavam procurando bancos de esperma antes da crise.

Essa nova preocupação com congelamento de esperma provavelmente decorre dos temores sobre os possíveis efeitos do vírus na fertilidade. No momento, não há evidências de que a Covid-19 possa ter um impacto a longo prazo nesse sentido, em homens ou mulheres. O vírus não foi detectado no sêmen ou no fluido vaginal.

No entanto, do fim de fevereiro a meados de março, surgiram rumores de uma teoria apresentada por médicos chineses, baseada mais em especulações do que em evidências, de que a doença poderia afetar os testículos e, talvez, a fertilidade masculina, segundo o “Daily Beast”. Um estudo divulgado e divulgado no fim de março sugeriu ainda que o estresse prolongado que as pessoas estão sentindo agora pode ter um efeito prejudicial a longo prazo no esperma.

Fonte:Portal Globo.com


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