Sangue de cordão umbilical no tratamento do Transtorno do Espectro Autista

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada 160 crianças apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo, como é popularmente conhecido. Ligado diretamente ao neurodesenvolvimento cognitivo ( cognição significa processar informações com a finalidade de perceber, integrar, compreender e responder adequadamente aos estímulos do ambiente, levando o indivíduo a pensar e avaliar como cumprir uma tarefa ou uma atividade social), tem como principais sintomas o comprometimento da comunicação social, letargia, irritabilidade e repetição de comportamentos.

Na Geórgia, região da Europa, um caso chamou a atenção pela utilização de células-tronco no TEA. Logo após o seu nascimento, os pais de Nicoloz, armazenaram o sangue do seu cordão umbilical em um banco privado da região. Quando estava com apenas dois anos, eles notaram que havia algo errado no desenvolvimento neuropsíquico do filho, tais como: explosões emocionais frequentes, dificuldades na fala –  até mesmo palavras isoladas, problemas de atenção, além de não se comunicar com outras crianças. No ano seguinte, Nicoloz foi diagnosticado com autismo.

Em 2016, os pais descobriram que as células-tronco presentes no sangue do cordão umbilical poderiam minimizar os sintomas. Após essa descoberta, entraram em contato com o banco no qual armazenaram as células-tronco e assim deram início ao tratamento. Durante todo o período, Nicoloz recebeu três infusões com as suas células-tronco do sangue do cordão umbilical por via intratecal ( no interior das membranas ou meninges que envolvem o sistema nervoso central) em um intervalos de 6 meses.
Nikoloz mostrou melhora significativa após a segunda infusão, pois foi possível observar que seu vocabulário aumentou consideravelmente, sendo capaz de falar praticamente todas as palavras e já  comunicando-se com frases curtas, além de ler, escrever, pintar e resolver problemas aritméticos. Seu comportamento também melhorou, de modo que ele não é mais agressivo, e não teve outros episódios de explosão emocional. Atualmente, após o tratamento com células-tronco, Nicoloz frequenta uma escola regular e estuda em um programa adaptado para TEA.

 Com isso, podemos concluir, que nos últimos anos as células-tronco têm sido utilizadas em ensaios clínicos como intervenção terapêutica para pacientes com autismo e, embora não exista uma cura, é possível notar uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos. Ressaltamos que não podemos falar em cura, mas o pequeno Nicoloz foi beneficiado com a utilização das suas células-tronco armazenadas, conforme demonstram os protocolos experimentais.

Fonte: Portal Parent’s Guide to Cord Blood


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