Para um desenvolvimento saudável, a interação é muito importante. E quando pensamos e falamos em interação, eis que o brincar surge como essencial para ser o elo entre a criança e o brinquedo, a brincadeira e a interação com o outro, a descoberta e o faz de conta.

Por meio do brincar compartilhado, das brincadeiras imaginárias, dos jogos em família, a criança aprende os valores, a cultura em que está inserida, a cooperação, a socialização, as regras morais, o respeito e a autonomia.

Associado ao brincar está o movimento corporal, o pular, subir, descer, correr e tantos outros movimentos de lateralidade, espaciais e psicomotores que a criança durante uma brincadeira poderá fazer e assim estimular e fortalecer suas diferentes habilidades.

E esse é o nosso papel: proporcionar à criança momentos diversos com o corpo e a mente através do brincar. Mesmo com o desafio de unir esforços para não deixarmos as crianças serem prisioneiras das tecnologias, cuja interatividade, imaginação e criatividade pouco as proporcionam. O estar na frente de uma tela também não tem o abraço, o olho no olho e os laços de afetividade encontrados no brincar.

A infância é uma fase significativa do desenvolvimento humano e nela o brincar deve ser uma atividade de rotina das crianças. E nesta diversão lembre-se de possibilitar à criança: brincadeiras de movimentar o corpo, criar personagens e cenários para a brincadeira, representar músicas ou a história de um livro, usar massinha de modelar e tantos outros recursos sensoriais, invenção de um jogo, brincadeiras de colo e muito afeto, momento da imaginação com material alternativo, jogos de regras, raciocínio lógico e que promovem a concentração e o saber esperar.

E por que o brincar deve estar na rotina da criança?

Para a criança não ser refém da nossa rotina acelerada. Em um mundo no qual a pressa do tempo passa a influenciar diretamente o que pode e o que não pode ser feito, inclusive, acelerar a infância. E isso implica no processo de desenvolvimento, até mesmo camuflando problemas que podem ser desencadeados na vida adulta, juntamente a uma infância fragilizada, na qual a criança não teve tempo de ser criança, de brincar livre e espontaneamente, sem preocupar-se com os resultados do seu agir. Você não vai desperdiçar seu tempo brincando com a criança, pois além de estar estimulando seu desenvolvimento e várias habilidades, estará fortalecendo o vínculo com ela.

Resgatar uma brincadeira da infância, comprar um brinquedo ou construir um, não importa, o essencial é fortalecer o brincar durante a infância, para a criança ter memórias afetivas quando adulta, lembrar de sua infância saudável e de muita diversão, em casa, na escola ou no parquinho.

Fonte: Portal Folha do Noroeste