Para além da fada do dente: células-tronco da polpa do dente de leite

De fácil obtenção, a polpa do dente de leite possui uma grande concentração de células-tronco jovens e proliferativas, que possuem a capacidade de se transformarem em várias outras células. Essa biotecnologia é mais uma esperança no tratamento de diversos tipos de doenças.
Como retirar células-tronco do dente de leite?
A obtenção da polpa do dente de leite é um processo não invasivo e que pode ser feita durante o período de troca dos dentes da criança, entre os 5 e 12 anos. Essas células-tronco são células jovens e de excelente qualidade e quantidade, portanto, ótimas para um futuro tratamento de doenças degenerativas.
No entanto, não é indicado aproveitar as células-tronco de um dente de leite que já caiu. Quando o dentinho cai, ele entra em contato com bactérias e deixa de receber sangue, o que pode causar a morte das células. Por determinação do Conselho Federal de Odontologia e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o dente deve ser extraído por um dentista credenciado a um Centro de Tecnologia Celular.
Para coleta das células-tronco, os pais devem procurar o dentista assim que o dente começar a amolecer. O profissional irá fazer a consulta para identificar qual o melhor dentinho a ser extraído, que deve conter ainda um terço da raiz. Um único dente de leite, já é suficiente para armazenar a quantidade necessária de células-tronco, com qualidade.
No laboratório, as células-tronco serão extraídas da polpa e multiplicadas, além de passarem por diversos testes que comprovem sua aplicabilidade, quando e se necessário. O material, então, será armazenado em tanques de nitrogênio líquido a -196 ºC.
Fonte: Portal Profissão Biotec