Refluxo: o que é, quando acontece, sintomas e como tratar

O refluxo é muito comum em bebês de até seis meses, mas pessoas de qualquer idade podem ter. Ele é causado pela imaturidade da “válvula” cárdia, que amadurece com o desenvolvimento do bebê
O refluxo gastresofagiano é a volta dos alimentos do estômago para a boca (ou até mesmo para o nariz), através do esôfago. Popularmente chamado de regurgitação, ele é causado pela imaturidade de uma “válvula” chamada cárdia. Essa condição é muito comum em bebês, principalmente antes dos seis meses de idade.
Ele pode acontecer logo após a mamada ou algumas horas depois que o bebê foi amamentada. O refluxo acontece em cerca de 50% dos casos. Conforme o volume de leite que a criança ingere aumenta, é comum que o problema piore um pouco. Mas, após o quarto mês de vida, a regurgitação melhora.
É necessário ficar atento ao refluxo e buscar um especialista caso o bebê tenha quatro meses de vida e chore várias vezes ao dia, além de apresentar sinais de que está sentindo dor. Por trás do problema, pode existir um caso de esofagite ou outra condição, o que pede uma investigação médica para iniciar o tratamento correto.
Sintomas de refluxo
- Vômito
- Regurgitação
Quem pode ter refluxo?
Apesar de ser mais comum em bebês, o refluxo pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer fase da vida. A “válvula” cárdia, que causa o problema, tende a amadurecer a partir dos seis meses de vida e impedir que haja regurgitação. Além disso, a inserção de alimentos mais consistentes durante a introdução alimentar também colabora para a melhora do quadro.
Tipos de refluxo
- Oculto: acontece quando o alimento não volta para a boca ou nariz
- Fisiológico: caracterizado pela ausência de sintomas, metade das crianças pode ter esse problema.
- Patológico: está associado ao baixo ganho de peso, engasgos e esofagite. Nesse caso, o problema causa fortes dores
Refluxo fisiológico x refluxo patológico
O refluxo fisiológico é mais comum e geralmente não necessita de um tratamento, já que não traz riscos para a saúde da criança. No entanto, o refluxo patológico pede uma maior atenção dos pais e do pediatra, e requer cuidados médicos específicos. Seus principais sintomas são engasgos fortes e frequentes, seguidos de dor intensa e prolongada causada por esofagite. Atenção: ao contrário das dores de cólica, que melhoram a partir do segundo mês de vida do bebê, a dor no esôfago tende a piorar a partir desse momento.
Caso seu filho tenha refluxo patológico, o ideal é usar um colchão anti-refluxo e esperar uma média de vinte a trinta minutos após a amamentação para deitar o bebê. Sempre busque um especialista para realizar os exames e iniciar o tratamento correto. Nos quadros de Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), a criança pode apresentar sintomas como:
- Azia
- Náuseas
- Dor de garganta
Crianças com quadros de DRGE precisam de acompanhamento médico ao longo de toda a infância. Em alguns pacientes, os sintomas de refluxo podem amenizar ou desaparecer, mas outras pessoas podem começar a apresentar algumas alterações clínicas associadas ao problema.
Fone: revista Pais & Filhos