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As lesões na coluna são danos que afetam a estrutura vertebral e podem causar dor crônica, limitações de movimento e até mesmo paralisia. Elas são causadas por acidentes, má postura ou doenças degenerativas e prejudicam bastante a qualidade de vida do paciente.

O tratamento tradicional desse tipo de lesão é muito complexo, baseado no uso de analgésicos, anti-inflamatórios e dispositivos ortopédicos para melhorar a mobilidade e postura da área afetada, e muitas vezes, não é eficaz na melhora do problema.

Mas uma forma relativamente recente de tratar lesões na coluna tem se desenvolvido cada vez mais: as células-tronco.

Elas conseguem se diferenciar em vários tipos celulares, regenerando tecidos e reduzindo a inflamação, como demonstra o novo estudo “Desenvolvimento urbano sustentável em saúde: integrando pesquisas em células-tronco para lesões na coluna“, publicado na Revista Políticas Públicas e Cidades pelo Neurocientista e médico ortopedista, Luiz Felipe Carvalho, pioneiro no Brasil em cirurgia com uso de células-tronco, tendo recuperado diversos atletas famosos e pelo Pós PhD em neurociências, Fabiano de Abreu Agrela.

“O tratamento com células-tronco tem como objetivo recuperar as células nervosas danificadas na medula espinhal após a lesão usando métodos como transplante intravenoso ou punção lombar. As células-tronco podem ser administradas na coluna de várias maneiras, ajudando a complementar a estimulação epidural, por exemplo. Elas têm potencial para regenerar tecidos danificados de forma única”, explica Luiz Felipe Carvalho.

Células tronco x tratamento tradicional

De acordo com Luiz Felipe, que já utiliza a técnica há anos para recuperar a mobilidade de pessoas com lesões na coluna, as células-tronco trazem melhores resultados por agir na regeneração dos danos na coluna do paciente.

“Enquanto o tratamento convencional usa analgésicos e fisioterapia para aliviar a dor e melhorar a mobilidade, o tratamento com células-tronco age diretamente nos problemas do paciente”.

“Isso ajuda a reduzir a lesão de forma mais eficaz por estimular a regeneração, melhorar a formação de cicatrizes e gerar uma recuperação mais rápida, sendo menos invasivo que procedimentos cirúrgicos e mais eficaz que os medicamentosos, pois tem um poder ímpar de modulação das dores de forma permanente”, afirma Luiz Felipe Carvalho.

Fonte: Estudo analisa uso de células-tronco para tratar lesões na coluna – Medicina S/A (medicinasa.com.br)


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Paul Edmonds foi diagnosticado com Aids em 1988, na época, ele passou por tratamentos nocivos à saúde

Os primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mais conhecido como AIDS, foram registrados 1977 nos Estados Unidos, Haiti e na Africa Central. Extremamente temida por não existir um tratamento para curar os pacientes- apenas para reduzir a carga viral do HIV e os sintomas da doença – atualmente, quase cinquenta anos depois dos primeiros casos registrados, um pequeno grupo de pessoas tem entrado em remissão total, o que quase pode ser considerado cura.

Uma delas, Paul Edmonds, de 68 anos, está próximo de poder ser considerado curado da Aids, após passar por um transplante de células-tronco vindo de uma pessoa resistente ao HIV, vírus causador da doença. Em entrevista ao jornal “O Globo”, ele contou sobre o processo e a rotina que resultaram em três anos sem a necessidade de tomar medicamentos antirretrovirais. Daqui a dois anos, ele poderá ser considerado totalmente curado do vírus.

Além da Aids, Edmonds também teve leucemia mieloide, um câncer no sangue, e a combinação que poderia ser letal, na verdade, lhe deu a chance para que ele estivesse próximo da cura. Por causa do diagnóstico de câncer, ele pôde passar pelo transplante de células-tronco.

Descoberta da doença

O artista plástico descobriu que tinha contraído o HIV em 1988, logo quando os primeiros tratamentos para AIDS começaram a ser produzidos. “Na época, comecei com o AZT, pois era a única droga disponível naquele ano. Foi bem quando reduziram a dose do medicamento pela metade, sou grato por terem feito isso. Acho que perdi muitos amigos por conta da toxidade desse tipo de droga […] quando fui diagnosticado com HIV, as pessoas costumavam viver somente cerca de 2 anos depois de descobrir o vírus. Então, eu fui sortudo”, explicou.

Quarenta anos depois, em 2018, Edmonds recebeu o diagnóstico de leucemia, o que fez com que ele fosse à Los Angeles para se tratar no Hospital City of Hope – referência no tratamento do câncer. No local, ele recebeu a proposta de passar pela transfusão de células-tronco e aceitou. “Eu não tinha muita opção. Era fazer isso ou não fazer nada e eu provavelmente não iria sobreviver. Foi automático, ao receber a proposta disse ‘com certeza, vamos nessa’”.

O tratamento era arriscado porque os médicos não sabiam como o corpo dele poderia reagir e poderia, inclusive, passar por uma rejeição. “É parecido com uma transfusão de sangue. Levou algo como 30 minutos, não senti nada. Não fiquei doente, ou algo assim. Eles [os médicos/ não sabem como você irá reagir. É bem arriscado, se algo não der certo o seu corpo pode rejeitar. Há problemas que podem até ser fatais”.

Com o sucesso do tratamento, Edmonds poderá viver um vida saudável e sem muitas preocupações. “Seguirei pintando quadros e conversando em conferências sobre o HIV. Há algumas semanas estive na Universidade da Califórnia, em San Diego, com uns 300 estudantes e eles ficaram muito entusiasmados em conversar comigo”, contou.

Fonte: Quase 40 anos após receber diagnóstico, americano é curado do HIV; entenda o caso – Rádio Itatiaia


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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada 160 crianças apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo, como é popularmente conhecido.

Dentre seus principais sintomas estão o comprometimento da comunicação social, letargia, irritabilidade e repetição de comportamentos. Para ajudar essas crianças em seu desenvolvimento, estudos têm sido realizados mundialmente. Um deles, publicado no Journal of Translational Medicine utilizou células-tronco do sangue do cordão umbilical.

Por serem autorrenováveis, as células-tronco podem ser utilizadas no tratamento de diversas patologias graças a sua capacidade de se transformar nos mais variados tipos celulares, ou seja, se proliferar e produzir outras células idênticas, ajudando a recompor tecidos danificados.

Nelson Tatsui, diretor técnico do Grupo Criogênesis e hematologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) explica que já é possível notar melhora no quadro desses pacientes.

“Nos últimos anos esse material biológico tem sido utilizado em ensaios clínicos, como intervenção terapêutica para pacientes com autismo, e é possível notar uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos”.

Como foi feito o estudo?

  • A pesquisa foi realizada no Shandong Jiaotong Hospital, na China, com 37 crianças com idades entre 3 e 12 anos, todas com autismo;
  • Elas foram divididas em três grupos: 14 crianças receberam transplante combinado de células mononucleares do cordão umbilical e terapia de reabilitação; 9 receberam esse mesmo transplante combinado mais células-tronco mesenquimais derivadas do cordão umbilical e terapia de reabilitação e 14 receberam apenas terapia de reabilitação;
  • Os transplantes incluíram quatro infusões de células-tronco por meio de injeções intravenosas e intratecais, uma vez por semana;
  • A segurança do tratamento foi avaliada com exames laboratoriais e avaliação clínica dos efeitos adversos.

E quais foram os resultados?

Não houve problemas de segurança significativos relacionados ao tratamento e nenhum efeito adverso grave foi observado. A combinação de transplante combinado de células mononucleares do cordão umbilical e células-tronco mesenquimais derivadas do cordão umbilical mostrou maiores efeitos terapêuticos quando combinadas.

Os pacientes submetidos a terapia celular apresentaram um avanço em relação a consciência corporal, fala e hiperatividade, 24 semanas após a infusão das células-tronco.

“Embora não exista uma cura concreta, o objetivo é que esses protocolos com células-tronco sejam utilizados mais frequentemente, por isso, é muito importante termos a consciência do quão valioso é esse material. Além disso, uma vez coletadas, as células ficam armazenadas em tanques com ultra baixas temperaturas (aproximadamente -180°C), por tempo indeterminado sem que percam suas propriedades”, ressalta o hematologista.

Fonte: Células-tronco auxiliam no tratamento de autismo, mostra estudo – 10/01/2021 – UOL VivaBem


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Os membros da comunidade do sangue do cordão umbilical já trabalham com múltiplas organizações que fornecem educação e formação em torno do sangue do cordão umbilical, mas nenhuma das organizações existentes preenche a função para a qual a Rede Nacional de Sangue do Cordão do Cordão foi criada.

Temos a Fundação Guia dos Pais para o Sangue do Cordão (PGCB), que educa os pais em todo o mundo sobre o sangue do cordão umbilical e publica um boletim informativo mensal com notícias da comunidade. Existe a Save the Cord Foundation, que educa os pais nos EUA e realiza webinars.

Há duas sociedades profissionais que credenciam práticas bancárias de sangue do cordão umbilical, a Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias ( AABB ), bem como a Fundação para o Credenciamento de Terapia Celular ( FACT ). A Cord Blood Association atua como uma associação profissional para bancos de sangue do cordão umbilical.

Os bancos de sangue do cordão umbilical que listam doações para transplante também ingressarão em registros como o NMDP (também conhecido como Be The Match) ou a World Marrow Donor Association ( WMDA ).

Para os profissionais médicos, existem algumas organizações e conferências que, em teoria, cobrem o tema do desenvolvimento do sangue do cordão umbilical como recurso terapêutico, incluindo, mas não se limitando à Sociedade Americana de Hematologia (ASH), a Sociedade Americana de Transplante e Celular. Terapia (ASTCT).

A medicina e os estudos envolvendo o uso de células-tronco em tratamentos para diversas doenças não param de avançar. Atualmente, as células podem ser utilizadas no tratamento de aproximadamente 90 doenças, entre elas, Alzheimer, lúpus, diabetes, problemas na córnea e na coluna.

A coleta é uma prevenção para a saúde futura da sua família. Com valor acessível, ela é feita rapidamente logo após o nascimento do bebê ou através da polpa do dente de leite. As células ficam armazenadas em tanques de nitrogênio e duram anos.

Se você tiver dúvidas e quiser saber mais, estamos disponíveis nos contatos 0800-7732166 (atendimento 24 horas). A Criogênesis fica à Rua Américo Brasiliense, 1000, no bairro Chácara Santo Antônio.

Fonte: Por que precisamos da Rede Nacional de Sangue do Cordão Umbilical (parentsguidecordblood.org)


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Conheça a história de dois garotos, Gabriel e Alex, que receberam o próprio sangue do cordão umbilical como terapia para o autismo.

Ambos participaram do ensaio clínico conduzido pelo Dr. Felician Stăncioiu em Bucareste, Romênia. Este ensaio está aberto a crianças com autismo de qualquer país, desde que tenham o seu próprio sangue do cordão umbilical armazenado num banco familiar. Embora que eles vivam na Romênia, suas células-tronco do sangue do cordão umbilical foram armazenadas fora da Romênia, e as células foram enviadas ao hospital para sua participação no estudo.

As crianças receberam suplementos nutricionais e uma única infusão intravenosa de células-tronco. Normalmente, as crianças são pré-medicadas contra reações alérgicas e sedadas antes da infusão. Muitas vezes, a permanência dos pais no hospital conseguia manter a criança calma e reduzia a necessidade de sedação.

Em entrevista, o pai de Gabriel explica que, antes da terapia celular, seu filho estava em seu próprio mundo. “Gabriel estava sempre distraído e não estava preocupado com a própria segurança. Seu comportamento social era inadequado; tanto no sentido de que ele diria coisas erradas na hora errada, quanto no sentido de que ele poderia ser muito agressivo e até violento com seus irmãos mais novos. Mas, ao mesmo tempo, Gabriel era bom com números e matemática. Desde que recebeu a terapia de sangue autólogo do cordão umbilical, Gabriel está menos agitado. Ele tem se comunicado melhor e melhorado as interações com seus irmãos mais novos”.

Já a mãe de Alex, falou sobre a diferença no filho após o tratamento usando as células-tronco. “Ele não falava de forma independente antes da terapia e exibiu “Ecolalia”, o que significa que ele só repetiu coisas que lhe foram ditas”. A família buscava uma variedade de terapias para o autismo, com destaque para a terapia comportamental Análise Comportamental Aplicada (ABA). Por meio de apresentações na mídia sobre terapia celular, eles aprenderam sobre a opção de usar o sangue do cordão umbilical para tratar o autismo e entraram em contato com o banco de sangue do cordão umbilical. O banco os encaminhou para o ensaio clínico liderado pelo Dr. Felician Stăncioiu.

“Temos visto resultados imediatos, quero dizer que só o transplante (sangue autólogo do cordão umbilical) não cura seu filho do autismo, não existe isso… Mas além da terapia, do esforço dos pais e terapeutas, dia a dia, com a criança, foi como uma rampa de lançamento, a criança aprendeu muito mais rápido, mais fácil, muito mais noções, e ela pegou mais rápido o que tinha que recuperar – atrasos cognitivos, sociais, de linguagem – houve um salto gigante.” A mãe de Alex relata que no segundo dia após a infusão Alex começou a falar sozinho pela primeira vez, e essa foi “a maior alegria da minha vida”.

Para assistir aos vídeos com as entrevistas dos pais de Gabriel e Alex, acesse o link Gabriel e Alex receberam o próprio sangue do cordão umbilical para o autismo (parentsguidecordblood.org)


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Estudo recente da Universidade de Yamanashi investiga de que forma a ingestão de fibras durante a gestação interfere no neurodesenvolvimento do bebê e outras questões de saúde futuras

A ciência traz novos aprofundamentos sobre a alimentação materna durante a gestação. Pesquisadores da Universidade La Trobe (Austrália) mostraram que alguns tipos de bactérias podem ser encontradas no nosso organismo antes mesmo do nascimento, mostrando que a alimentação da mãe tem influência na composição da microbiota fetal. Natalia Barros, Nutricionista Mestre em Ciências pela UNIFESP e fundadora da NB Clinic, comenta que, de fato, a nossa microbiota começa a ser formada ainda na barriga da mãe.

E por que isso é importante? “A microbiota materna durante a gravidez molda a microbiota vaginal e o leite materno, o que irá alterar a microbiota infantil pioneira durante uma janela crítica no desenvolvimento, tanto no útero como também no bebê depois de nascer”, explica Natalia.

Segundo ela, o conceito Developmental Origins of Health and Disease (DOHaD) – em português, Origens Desenvolvimentistas da Saúde e da Doença -, já propõe que diversos fatores ambientais, como desnutrição, estresse e exposições a produtos químicos durante a gestação e a infância estão relacionados com o aumento do risco de diversas doenças futuras.

Vem daí a importância do estudo publicado no final de julho, na revista Frontiers in Nutrition por pesquisadores da Universidade de Yamanashi. “Ele chamou a atenção por concluir que a deficiência de fibra dietética materna durante a gravidez pode influenciar um risco aumentado de atraso no neurodesenvolvimento da prole”, resume a nutricionista.

Ela conta que a pesquisa utilizou um banco de dados, para avaliar o consumo alimentar de fibras e ácido fólico e o atraso no desenvolvimento por domínios diferentes. “Mesmo depois de levar em consideração a ingestão de ácido fólico, que tem um papel essencial no desenvolvimento neural, houve uma ligação significativa entre a ingestão de fibra dietética materna durante a gravidez e o atraso no desenvolvimento infantil”, observa a especialista.

Isso é significativo porque, segundo Natalia, “a fibra dietética regula o microbioma intestinal, por meio da produção de ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs) produzidos pela fermentação bacteriana da fibra”, detalha, resumindo que esse processo tem grande importância para o eixo intestino-cérebro.   “Os resultados do estudo sugerem que a ingestão inadequada de fibras dietéticas maternas durante a gravidez afetou o atraso do neurodesenvolvimento infantil por conta da diminuição da produção de SCFAs”, conclui a nutricionista.

“Esse desequilíbrio nutricional materno durante a gravidez pode afetar não só o neurodesenvolvimento de seus filhos, mas também aumentar o risco de problemas futuros, como sobrepeso, síndrome metabólica e diabetes, entre outros, aponta Natalia. Por isso, a orientação nutricional durante a gravidez é fundamental para a saúde do binômio mãe-bebe, explica a nutricionista, ao detalhar: “Invista em alimentos ricos em fibras, como grãos, cereais, sementes, feijões, batatas, vegetais, frutas, cogumelos e verduras”. No que diz respeito ao volume de ingestão de fibras, Natalia orienta o consumo de 25g, valor recomendado pelas diretrizes brasileiras. Ela conta que a média de consumo do estudo foi de 10g/dia, sendo que o grupo com maior consumo, respondeu ingerir cerca de 18g/dia.

Ressalvas
Na visão de Natalia, a pesquisa mostra algumas limitações, por ter sido feita com humanos, o que impede de avaliar os efeitos da fibra alimentar isoladamente. Ela detalha: “Embora o estudo tenha considerado o impacto da ingestão de ácido fólico durante a gravidez, a possibilidade de outros nutrientes terem um impacto não pode ser descartada”, pondera a especialista. Outro questionamento dela diz respeito ao método de questionário autoaplicável, em que a compreensão pessoal das perguntas pode influenciar nas respostas. “Também se limitou ao não avaliar outros fatores do desenvolvimento cerebral, como o tipo de parto, a amamentação e a introdução alimentar”, acrescenta Natalia.

Fonte: Equilíbrio nutricional na gravidez afeta formação e futuro do bebê (terra.com.br)


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Empresa de biotecnologia Colossal começou em 2021 a estabelecer o objetivo surpreendente de modificar geneticamente elefantes

Cientistas da empresa de biotecnologia Colossal estão com um plano ambicioso sendo desenvolvido em laboratório: “reviver” mamutes extintos por meio de clonagem. Para isso, eles estão usando células-tronco de elefantes para estudar algumas características dos animais.

Os resultados podem esclarecer por que os animais raramente contraem câncer.

A empresa de biotecnologia Colossal começou em 2021 a estabelecer o objetivo surpreendente de modificar geneticamente elefantes com pelos e outras características encontradas em mamutes extintos.

Três anos depois, criaturas parecidas com mamutes ainda não existem. Mas, nesta semana, investigadores da empresa relataram um avanço: criaram células estaminais de elefante que poderiam potencialmente ser transformadas em qualquer tecido do corpo.

George Church, biólogo da Harvard Medical School, começou a tentar ressuscitar o mamute peludo há mais de uma década. Na época, os geneticistas extraíam DNA dos ossos dos animais extintos e identificavam diferenças genéticas entre eles e seus primos elefantes vivos.

Church concluiu que se pudesse alterar o DNA de um embrião de elefante, ele apresentaria algumas das características que permitiram aos mamutes peludos sobreviver em climas frios.

Os pesquisadores criaram iPSCs ( células-tronco pluripotentes induzidas) de outras espécies, incluindo humanos. Mas as células dos elefantes revelaram-se muito mais difíceis de reprogramar.

Lynch disse que tentou criar iPSCs de elefantes durante anos, sem sucesso. O problema, suspeitava ele, tinha a ver com uma característica dos elefantes: raramente contraem cancro.

Os elefantes desenvolveram uma série de defesas adicionais contra o cancro. Entre eles está uma proteína chamada TP53. Todos os mamíferos carregam um gene para a proteína, que faz com que uma célula se autodestrua se começar a mostrar sinais de crescimento descontrolado.

Os elefantes têm 29 genes para TP53. Juntos, eles podem destruir agressivamente as células cancerígenas.

Fonte: Cientistas usam células-tronco de elefante em laboratório para “reviver” mamutes extintos (terra.com.br)


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São diversos os tipos de células-tronco e cada vez mais notícias sobre seus possíveis usos aparecem nos meios de comunicação; por isso, fizemos um panorama explicando as principais aplicações que poderiam impactar a medicina no futuro.

Transplante de células-tronco: células próprias ou de doador

A maior parte dos estudos registrados tratam de intervenções em que células-tronco são administradas no organismo por diferentes vias (corrente sanguínea, vias aéreas ou diretamente no local da lesão) e, então, espera-se que elas promovam a regeneração tecidual. Não se sabe exatamente como esses efeitos podem ser obtidos, pois as células-tronco podem tanto se diferenciar em células especializadas como liberar substâncias que estimulam a reparação. No caso das células-tronco mesenquimais, por exemplo, imagina-se que a maior parte do efeito terapêutico deva-se à liberação desse tipo de substância.

Para a realização dos transplantes de células-tronco, existem duas possibilidades de origem dessas células: elas podem ser do próprio paciente (uso autólogo) ou podem ser de um doador (uso alogênico). Em alguns casos, o uso autólogo pode ser mais recomendado por não haver risco de rejeição; em outros, o uso alogênico pode ser mais recomendado por evitar defeitos genéticos do paciente relacionados à doença. Em algumas condições, estuda-se o transplante das células-tronco não diferenciadas; em outras, estuda-se diferenciar as células-tronco em células especializadas ou até mesmo formar tecidos e órgãos em laboratório para transplante. Principalmente nesses casos, em que as células serão diferenciadas, o uso autólogo parece mais promissor – ou o paciente pode precisar de imunossupressores por toda a vida. Existem, também, soluções engenhosas para aumentar a eficiência dos transplantes de células-tronco e diminuir essa necessidade.

Usando as células-tronco que já estão onde precisam estar

Pode não ser necessário fazer nada disso em outras situações: existe a possibilidade de se ativar populações de células-tronco que estão nos tecidos especializados, a maior parte do tempo de forma dormente, e são responsáveis por manter o bom funcionamento dos órgãos. Nós já falamos aqui sobre estudos para esse tipo de abordagem com células recentemente descobertas no cérebro e nos pulmões. Ativar essas células de maneira controlada pode ser uma estratégia interessante em diversas situações, pois não há risco de rejeição e as células-tronco já estão com “meio caminho andado”: elas já se comprometeram em se diferenciar em um número limitado de tipos celulares ou em um tipo só e estão no ambiente certo para isso (são chamadas células progenitoras ou precursoras, muitas vezes). Os estudos nessa área de aplicação terapêutica, no entanto, ainda são muito preliminares – é necessário compreender melhor os mecanismos de diferenciação celular envolvidos em cada caso.

Os desafios e as possibilidades no uso das células-tronco pluripotentes

O uso de células-tronco pluripotentes, como as células-tronco embrionárias ou as células-tronco pluripotentes induzidas, podem ter um grande impacto na medicina mas ainda há desafios a serem vencidos. No caso das células-tronco embrionárias, há questões éticas que tornam sua aplicação mais distante. Células-tronco pluripotentes induzidas não têm esses problemas éticos, mas ainda tem um problema: quando não diferenciadas, elas têm um risco maior de gerar tumores. Além disso, é necessário que sejam desenvolvidos métodos automatizados para que elas possam ser usadas em grande escala de maneira mais barata, atendendo aos interesses da população. Não é tão difícil imaginar que esses métodos sejam desenvolvidos logo, considerando que hoje já é possível criar mini-órgãos com essas células usando robôs e selecionar populações de células neurais diferenciadas a partir de células-tronco pluripotentes induzidas usando um sistema de 10.000 nano-agulhas.

A maior utilidade das células-tronco pluripotentes induzidas talvez seja, na verdade, o uso na farmacologia, permitindo tanto testar medicamentos em larga escala para certo tipo de doença que tenha causas bem definidas, como permitindo testar medicamentos de forma personalizada no caso de doenças que tenham múltiplas causas e muita variabilidade individual na resposta aos medicamentos. Isso seria muito útil para doenças em que é difícil prever como uma pessoa vai responder aos medicamentos ou que medicamento vai funcionar para ela, que é o caso de doenças psiquiátricas como a depressão.

Referência:
Mummery C et al. STEM CELLS – Scientific Facts and Fiction. 2ndedition. Elsevier Inc. 2014.

Fonte: Células-tronco: um panorama dos seus impactos na medicina (tudosobrecelulastronco.com.br)


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A seguinte história foi relatada em maio de 2023 na décima Conferência sobre sangue do cordão umbilical da Associação de Saúde Materno-Infantil da China1-3. O paciente recebeu o pseudônimo “Xiao An”. Em chinês, “Xiao” é um nome de gênero neutro que é frequentemente traduzido como “amanhecer”, “pouco” e “reverente aos idosos”.

“Eu não esperava que o sangue do cordão umbilical guardado realmente salvaria a vida da criança 19 anos depois”, disse animado o pai de Xiaoan, um paciente de anemia aplástica. Em 2021, Xiao An, de 18 anos, sofreu subitamente de anemia aplástica e felizmente, o sangue do cordão umbilical armazenado no Banco de Células-Tronco Hematopoéticas do Sangue do Cordão Umbilical, de Tianjin, salvou sua vida.

Este é, de longe, o mais longo armazenamento de sangue autólogo do cordão umbilical usado para terapia na China, criando um novo recorde para o autoarmazenamento e auto-uso do sangue do cordão umbilical.

Toda vez que os pais de Xiaoan se lembravam de sua decisão de preservar o sangue do cordão umbilical, eles se sentiam extremamente gratos. Quando Xiaoan nasceu, em 2003, a consciência doméstica do sangue do cordão umbilical ainda estava engatinhando. Com a mentalidade de “preparação, múltiplas garantias e múltiplas pazes de espírito”, armazenavam o sangue do cordão umbilical para os filhos. Foi essa semente de vida do próprio Xiaoan que trouxe o fogo da vida de volta para ele 19 anos depois.

Em dezembro de 2021, Xiaoan, que tinha acabado de completar 18 anos, de repente desenvolveu sintomas como úlceras e manchas de sangue. Após uma série de exames, Xiaoan foi diagnosticado com anemia aplástica, que é uma condição autoimune onde células T excessivamente reativas no sangue foram desencadeadas para atacar a própria medula óssea do corpo. Xiaoan também tinha “clones de HPN” no sangue (hemoglobinúria paroxística noturna), que é uma característica da anemia aplástica grave. Este ataque grave pode levar à falência completa da medula óssea e à morte. Enquanto procuravam tratamento em muitos hospitais domésticos, os pais de Xiaoan aprenderam que: atualmente, o transplante de células-tronco hematopoéticas do sangue do cordão umbilical é um dos métodos eficazes para tratar a anemia aplástica, e a taxa de cura dos transplantes de sangue do cordão umbilical com o próprio sangue autólogo do cordão umbilical do paciente é alta. Isso deu à família de Xiaoan, que estava envolta na névoa da doença, uma nova luz de esperança, porque já em 2003, quando a criança nasceu, os pais de Xiaoan haviam armazenado células-tronco hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical para a criança no Banco de Sangue do Cordão Umbilical.

Depois que o plano de tratamento de Xiaoan para transplante autólogo de sangue de cordão umbilical foi determinado, o hospital e os pais de Xiaoan entraram em contato com o Banco de Sangue do Cordão umbilical de Tianjin o mais rápido possível. Ao receber a notícia, a equipe do banco de sangue do cordão umbilical imediatamente se dedicou aos preparativos para a liberação do sangue do cordão umbilical. O reexame por técnicos profissionais mostrou que as células-tronco hematopoéticas do sangue do cordão umbilical que estavam “dormindo” há 19 anos estavam em boas condições, e todos os indicadores atendiam aos padrões de liberação.

Em dezembro de 2022, Xiaoan foi transferido para o Hospital Lu Daopei de Pequim, um conhecido hospital especializado em doenças do sangue no país, e estava oficialmente preparado para receber um transplante de células-tronco. Com os esforços da equipe, o precioso sangue do cordão umbilical foi entregue com sucesso ao hospital de transplante. O dia 25 de dezembro de 2022 é de grande significado para a família de Xiaoan. Após o tratamento total pelo diretor Xiong Min do Hospital Lu Daopei de Pequim, Xiaoan foi submetido à reinfusão de células-tronco hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical no mesmo dia, e essa preciosa semente de vida retornou ao proprietário sem problemas. Cerca de um mês depois, Xiaoan recebeu alta da terapia intensiva e todos os indicadores físicos se recuperaram bem. Ele recebeu alta hospitalar em fevereiro de 2023 e voltou à vida normal.

Falando sobre a doença da criança e a experiência de tratamento, os pais de Xiao An são muito gratos por armazenar o sangue do cordão umbilical para a criança. O sangue do cordão umbilical é o sangue coletado da veia umbilical após o nascimento do bebê e a decepação do cordão umbilical. É rico em células-tronco hematopoiéticas formadoras de sangue e é de grande ajuda no tratamento de doenças do sangue. Atualmente, com o desenvolvimento contínuo da tecnologia médica, o sangue de cordão umbilical tem valor de aplicação clínica em mais de 80 doenças do sistema sanguíneo e do metabolismo. A popularização da tecnologia de armazenamento de sangue de cordão umbilical proporcionará proteção à saúde de mais famílias.

No caso de tratamento de Xiaoan, o sangue autólogo do cordão umbilical desempenhou um papel positivo. Ao mesmo tempo, a tecnologia de armazenamento madura e a garantia de segurança do Banco de Sangue do Cordão umbilical de Tianjin também foram unanimemente reconhecidas por especialistas clínicos. O transplante autólogo reacendeu com sucesso a vida ao longo de 19 anos de tempo e espaço, e também guardou um futuro saudável e feliz para uma família.

O pai de Xiaoan disse sinceramente em uma entrevista após a operação: “Sou muito grato ao hospital e aos médicos que trataram Xiaoan. Graças ao Banco de Sangue do Cordão Umbilical de Tianjin. Vocês realmente beneficiaram a humanidade e beneficiaram milhares de famílias. Esta é uma grande causa!”.

É relatado que o Banco de Sangue do Cordão umbilical de Tianjin foi criado em 2001, e as primeiras células-tronco do sangue do cordão umbilical armazenadas privadamente na China foram congeladas no mesmo ano. O banco de Tianjin estava entre o primeiro lote de bancos de células-tronco hematopoéticas aprovados pelo antigo Ministério da Saúde da China e passou pela inspeção da prática. É também uma parte importante da base nacional de industrialização de produtos de engenharia de células-tronco aprovada pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma. Atualmente, a biblioteca do Banco de Sangue de Cordão umbilical de Tianjin registra mais de 3.400 casos de aplicação de unidades de sangue de cordão umbilical do banco.

Fonte: Curado pelo próprio sangue do cordão umbilical 19 anos depois (parentsguidecordblood.org)


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Muitos pais se fazem esse tipo de pergunta quando o bebê nasce. Por um lado, eles se deparam com um bebê imprevisível e que parece não se cansar de tanto sugar incessantemente o seio da mãe. Seio esse que em muitas mães fica destruído nos primeiros dias. Ou é um bebê que chora muito. Difícil entender o bebê recém-nascido. O que ele quer? Aí vem a vovó e fala: “dá uma chupeta pra essa criança, pelo amor de Deus!”.  A mamãe exausta, acaba cedendo.

Por outro lado, temos os profissionais da saúde, as consultoras de amamentação, fonos, odontopediatras e até as blogueiras super engajadas, colocando as mães que dão chupeta na categoria de mães ruins por ofertarem aos seus bebês bico artificial.

Sabemos que o puerpério é uma fase tão individual e imprevisível. Então como julgamos ou analisamos a conduta de dar ou não dar a chupeta para o bebê? Quais são as reais consequências ruins? Como tomar essa decisão com sabedoria?

Como mãe e profissional preciso dizer que a resposta não é tão simples assim. A chupeta pode ajudar a acalmar o bebê, dar um descanso para a mãe, aliviar as dores no peito e poderia talvez prevenir uma morte súbita. Mas também terá efeitos muito negativos sobre o desenvolvimento do bebê: na fala e linguagem, na deglutição, na mastigação, na dentição e na respiração. São efeitos cascata que no final você até não sabe mais onde começou. E pode ter começado naquela chupeta.  Os pais precisam estar bem cientes de que os tratamentos para reverter as consequências do uso de bicos artificiais normalmente são longos e dispendiosos, envolvendo fonoterapia, ortodontia, e provavelmente tratamento com otorrinolaringologista. Mas vamos voltar para o início.

Alguns bebês quando nascem apresentam diversas dificuldades de coordenação de toda musculatura que se envolve na amamentação… respirar, sugar, deglutir…  Nem todo bebê nasce sabendo como fazer de forma tão natural quando se pensa. Deveria ser, mas na realidade cada dia mais observamos quantos bebês apresentam dificuldades, disfunções orais que atrapalham a amamentação como um todo. Ainda tem a mãe que não sabe se tem uma boa produção de leite, se tem uma anatomia de bico de seio favorável, se a pega está bem ajustada. Nesse desespero todo, aquela criança chorando e a chupeta faz o bebê parar de chorar. Não atoa nomeada de pacifer – pacificadora – ou soothie – calmante – no inglês.

O bebê tem necessidade fisiológica de sugar especialmente no primeiro ano de vida. Essa necessidade vai diminuindo com o passar dos meses. Dividimos o ato em sucção nutritiva e sucção não nutritiva. Um bebê que faz uso de mamadeira, não sacia a necessidade de sucção. E nestes casos o uso da chupeta pode ser justificado para satisfazer o bebê.

A sucção da chupeta empurra a língua pra baixo, quando queremos ela posicionada lá em cima, no “céu da boca”. A presença da língua no palato promove o seu desenvolvimento em todos os sentidos: abrir, expandir. Com isso melhoramos a respiração também. Pois, “o céu da boca é o chão do nosso nariz”. Expandir o palato melhora a passagem de ar. O bebê que usa chupeta então, também pode desenvolver a respiração pela boca e assim abrimos as portas par as infecções respiratórias recorrentes.

O bebê sob aleitamento e que usa chupeta, tem maior tendencia de largar o seio materno em prazo mais curto do que o desejado. Hoje desejamos que a amamentação perdure. E quando o bebê usa chupeta, reduzimos drasticamente essa possibilidade.

A língua baixa causada pelo uso de chupeta tem consequências bastante perceptíveis na fala e deglutição. Corrigir isso exige tratamento com fonoaudióloga por um tempo nada breve.

A mordida aberta causada pela presença da chupeta entre os dentes pode parecer ser corrigida espontaneamente se essa remoção acontecer antes dos 4 anos. O problema é que até essa idade a língua já viveu tempo demais embaixo, se movimentando de forma errada na fala e na deglutição. Toda musculatura está trabalhando errado a bastante tempo. O que causa outros impactos no desenvolvimento orofacial da criança, como mordidas cruzadas e crescimento assimétrico como um todo. Sem falar na dependência emocional do acessório na boca da criança que fica viciada com o passar do tempo. Quanto mais tempo, maior o vício e dependência da chupeta.

Diante de tantas informações das consequências negativas, que como odontopediatra e ortodontista posso trazer, fica claro que a escolha por ela é muito ruim. Mas… E em casos em que por reais motivos não é possível amamentar o bebê? Como os bebês que ficam em UTI, os bebês prematuros e mães que por condições de saúde ou anatomia do seio, produção de leite não amamentaram? Sim essas situações todas acontecem mesmo. Nem todo bebê consegue receber aleitamento materno. Entendo que nesses casos a possibilidade da chupeta possa ser considerada especialmente em casos de bebês irritados, com dor… Mas os pais precisam estar cientes de que é imprescindível tratamento e acompanhamento fonoaudiológico.

Por todos esses motivos ressalto tanto a importância de uma consulta pré-natal odontológica e fonoaudiológica. Quanto mais conhecimento os pais adquirem precocemente, principalmente se ainda na fase gestacional, melhor e mais fácil será lidar com o bebê. A prevenção de dificuldades pode salvar a amamentação e impactar no desenvolvimento orofacial da criança por toda vida.

Fonte: A chupeta é amiga ou inimiga do bebê? – Revista Materlife