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Médico da Criogênesis explica expressões importantes que são utilizadas no período de gestação

Com a chegada da gravidez e a visita frequente aos consultórios médicos, as gestantes começam a ouvir diferentes  termos, utilizados para se referir a procedimentos comuns durante o período gestacional. Para explica-los melhor, Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis, escolheu 10 palavras que são frequentemente usadas e esclarece seus significados:

  1. Altura uterina

A altura uterina é a medida que avalia o desenvolvimento do bebê e o ganho de peso gestacional. Feita com o uso de fita métrica, é indicada sua realização a partir do quinto mês de gravidez, quando o útero se torna visível.

  1. BCF

O termo refere-se aos batimentos cardíacos fetais, que variam durante todo o período de gravidez. O obstetra explica que, a partir de cinco semanas, já é possível ouvir o barulho do coração do bebê, que é detectado através do ultrassom.

  1. Colostro

O primeiro leite produzido pela mãe durante o período de amamentação é chamado de colostro. Ideal para o alimento do recém-nascido, o líquido concentrado é bastante rico em proteínas e nutrientes, que é completo para a nutrição do bebê. “Além disso, ele possui baixo teor de gordura, com digestão mais facilitada”, afirma.

  1. DPP

A sigla significa “Data Provável de Parto” e é utilizada para prever a época estimada de nascimento da criança. O cálculo é feito baseado na última menstruação da mulher, sendo acrescentado 9 meses e 7 dias, tempo médio de uma gravidez humana.

  1. Hiperêmese gravídica

Apesar de no início da gestação ser normal haver enjoos, a hiperêmese gravídica é uma versão extrema das náuseas, causando vômitos excessivos. Oliveira, explica que devido ao aumento descontrolado de hormônios, a condição pode levar a desidratação e perda de peso, sendo necessário acompanhamento médico.

  1. Líquido Amniótico

O fluido que envolve o bebê, preenche a bolsa e a cavidade uterina é chamado de líquido amniótico. Com variados componentes vitais, ele consiste em água, nutrientes, hormônios e citocinas – proteínas que modulam outras células – que realizam a proteção do feto. Sua produção acontece 12 dias após o início da gestação.

  1. Mecônio

Produzida pelo intestino do bebê antes do parto e normalmente liberada nos primeiros dias do recém-nascido, o mecônio é a matéria fecal expelida por ele após o início da amamentação. De coloração escura, em alguns casos é eliminado no líquido amniótico.

  1. Raquidiana

A raquidiana é um tipo de anestesia comumente usada em partos para aliviar a dor. A técnica, feita em parto normal ou cesariana, consiste na perda de sensibilidade da parte inferior do corpo para o alívio dos sintomas do parto.

  1. Translucência Nucal

O exame feito em ultrassom consiste em medir a quantidade de líquido atrás da nuca do feto, para avaliar possíveis problemas genético. Segundo o especialista, o procedimento é realizado no primeiro trimestre de gravidez e é a principal fonte para detecção de má-formação e a Síndrome de Down, por exemplo,  no período gestacional.

  1. Vérnix 

Vérnix caseoso é uma substância gordurosa encontrada bebês após o nascimento, que protege a pele sensível contra microrganismos e ajuda na termorregulação. Com aspecto de cera, a matéria é retirada no primeiro banho do recém-nascido, indicada somente 24h após o parto.

 


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Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra, especializado em reprodução humana responde as principais dúvidas sobre fertilização, uso de anticoncepcional e saúde feminina:

* Quanto tempo antes parar o anticoncepcional? E no caso de retirar o DIU, qual deve ser a antecedência? 

A partir que se interrompe o uso da maioria dos anticoncepcionais hormonais, o organismo já entende que está liberado para voltar a funcionar visando a gravidez em mulheres em idade reprodutiva. Porém, alguns métodos, como as injeções trimestrais, podem mantê-lo bloqueado por mais tempo, postergando o retorno dos ciclos ovulatórios.

* Algum problema de saúde da mãe ou do pai pode afetar a fertilidade ou a capacidade de engravidar? Qual ou quais?

São diversos os problemas de saúde que podem afetar a fertilidade do casal. De um modo geral, pensamos neles quando há alterações do ciclo menstrual feminino ou quando um casal, cuja mulher possui ciclos menstruais regulares e apresente relações sexuais frequentes, tente a gravidez sem sucesso após 1 ano de tentativas, considerando a idade feminina até 35 anos de idade. Se a idade feminina compreender entre 35 e 40 anos, devem tentar 6 meses. Se idade maior que 40 anos, já devem procurar um especialista em infertilidade caso pensem em gravidez.

* Algum medicamento pode afetar a fertilidade?

Qualquer medicação que altere o eixo hormonal pode impactar na fertilidade. Por exemplo, alguns medicamentos podem alterar um hormonio chamado prolactina que, se aumentado, poderia interferir no processo de ovulação.

* Devo tomar alguma vitamina ou suplemento?

De um modo geral, a suplementação com ácido fólico é a única indicda antes de engravidar com o objetivo de diminuir os riscos de fechamento do tubo neural do bebe, ou seja, reduzir o risco de malformações.

* Preciso mudar o meu peso, dieta ou hábitos alimentares?

Sabe-se que extremos de peso podem interferir na fertilidade. Além disso, há um conceito denominado epigenética que se refere a como o meio ambiente pode interferir na expressão dos nossos genes. Seguindo o conselho popular, um corpo que se alimenta bem , se exercita bem e dorme bem, tende a funcionar melhor, inclusive do ponto de vista reprodutivo.

* Preciso tomar alguma vacina?

As vacinas antitetânicas e contra hepatite B são liberadas na gestação e podem ser aplicadas em todas as mulheres que desejam engravidar.

 


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Dados da Unicef e Ministério da Saúde apontam que 11,7% de todos os partos ocorrem antes do tempo previsto

 

Bebês são seres vulneráveis e que demandam de inúmeros cuidados, principalmente àqueles que nascem antes do tempo previsto. Nestes casos, é comum que os responsáveis tripliquem a sua preocupação e zelo quanto ao recém-nascido. Segundo, Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis, o parto prematuro ocorre quando o feto nasce antes das 37 semanas de gestação, o que pode acontecer devido a diversas causas, que vão desde infecção uterina, ruptura prematura da bolsa amniótica, descolamento da placenta a doenças relacionadas com a saúde da grávida, como anemia ou pré-eclâmpsia.

Comemorado anualmente em 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade foi criado para chamar a atenção para um problema que atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ministério da Saúde, apontam que 11,7% de todos os partos ocorrem antes do tempo.

Pensando em esclarecer as principais dúvidas que se repercutem sobre a prematuridade em recém-nascidos, o especialista lista abaixo os mitos e verdades mais comuns sobre o tema:

  1. Prematuros apresentarão problemas de saúde ao longo da vida

Depende. Dr. Renato ressalta que isso varia muito. “De uma forma geral, quanto mais prematura tiver nascido a criança, maior será a probabilidade de ter alguma sequela no futuro. Porém, é pouco comum os casos bebês considerados prematuros extremos”, explica. Sendo assim, tudo irá depender da avaliação médica e de como o bebê evolui com os tratamentos oferecidos.

2. Recém-nascidos prematuros são mais vulneráveis

Verdade. Por não estarem totalmente desenvolvidos, consequentemente, são mais suscetíveis a infecções, sendo comum que a taxa de mortalidade e de doenças graves aumentem consideravelmente. “Por este motivo, o cuidado dos pais deve ser muito maior, em especial com os problemas respiratórios””, destaca.

3. Não é possível realizar a coleta do sangue e tecido do cordão umbilical em bebês prematuros

Mito. Assim como para os que tiveram o ciclo gestacional completo, os prematuros também podem ter o seu tecido do cordão umbilical coletado em qualquer idade gestacional e o sangue pode ser coletado a partir de 32 semanas. O ginecologista informa que ao optar pelo armazenamento do material os pais estarão garantindo uma reserva importante de células-tronco, utilizadas no tratamento de mais de 89 tipos de doenças como, cânceres do sangue, doenças auto-imunes e degenerativas, dentre outas.

4. Bebês prematuros não podem ser amamentados

Mito. “Eles devem ser amamentados, porém, alguns podem não conseguir sugar. Mesmos os prematuros maiores podem sugar muito lentamente e acabarem não ganhando peso. Em alguns desses casos, a alimentação pode ocorrer por meio de sondas”, aponta. O médico afirma que o ideal é alimentar o bebê com leite materno ordenhado, mas pode ser necessário o uso de nutrição endovenosa.

5. A prematuridade pode ser evitada

Verdade. Com a realização dos exames durante a gestação, é possível acompanhar a evolução da criança e prever como serão os próximos meses. “Caso a grávida apresente algum fator de risco que possa levar ao parto prematuro, o seu especialista pode receitar alguns tratamentos para que o quadro seja evitado”, concluí.

 

 

 


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Diretor do Grupo Criogênesis explica como pode beneficiar mais de 13 milhões de diabéticos no Brasil

Em 14 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, que tem por objetivo conscientizar a população acerca dos riscos, a importância da prevenção e tratamento adequado da doença. A data foi criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS), afim de debater o seu impacto global causado à saúde. A doença se configura pela falta de insulina no sangue, que é desencadeada devido à insuficiência de produção pelo pâncreas, levando ao aumento na taxa de glicose, que eleva a concentração de açúcar nas células sanguíneas.

De acordo com doutor Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, o diabetes é dividido em quatro tipos principais: o Tipo 1, que surge durante o nascimento e é considerado autoimune, o Tipo 2, mais comum por hábitos alimentares indevidos que causam resistência à produção de insulina, diabetes gestacional, que acontece durante a gravidez e tem relação direta com as alterações hormonais da mulher, e o pré-diabetes, descontrole e elevação do açúcar no sangue, entretanto insuficiente para um diagnóstico conclusivo. “A enfermidade causa um déficit na metabolização da glicose, que pode trazer riscos eminentes à saúde. Seus sintomas mais recorrentes são cansaço, alterações na visão, aumento do apetite, sensação de sede de forma exagerada e vontade frequente de urinar”, explica.

Atualmente, cerca de 13 milhões de indivíduos são considerados diabéticos no Brasil, o equivalente a 7% da população, conforme dados da Sociedade Brasileira de Diabetes. Apesar de ser uma doença controlável, Tatsui afirma que não há cura, principalmente para o Tipo 1, que é considerado o mais grave. “Nesse caso, o sistema de defesa identifica as células ß do pâncreas, que realizam o equilíbrio de açúcar no sangue, e as destroem. Dessa maneira, é necessário a aplicação do hormônio injetável e o controle diário da taxa de glicose”, comenta o hematologista.

Nos últimos anos novos tratamentos à base de células-tronco têm se mostrado promissores contra a patologia. Estudos publicados em diferentes revistas internacionais concluíram que células humanas foram transformadas em produtoras de insulina ou foram capazes de diminuir a destruição das células ß do pâncreas. Uma pesquisa, neste caso pioneira, foi realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), em conjunto com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), que apontou que o transplante de células-tronco é potencialmente eficiente contra o diabetes Tipo 1. “Os pacientes necessitaram de menores índices de insulina, proporcionando uma maior qualidade de vida. Uma recente meta-análise demonstra que as células mesenquimais do tecido do cordão apresentam algumas vantagens, sendo pertinente a indicação da coleta do sangue de cordão e o tecido para familias com tendência ao diabetes”, afirma.

Para o futuro, doutor Nelson declara que existe a expectativa de avanço no desenvolvimento de vacinas especializadas. O médico salienta que apesar de estarem em estágios iniciais, o imunizante pode ajudar a impedir o diabetes. “Resultados publicados no jornal acadêmico Diabetes Care indicam que em um dos subconjuntos de pacientes, a perda de insulina aconteceu de forma mais lenta, o que é bastante positivo. Novos estudos devem consolidar ainda mais os rumos de terapias bem sucedidas no futuro”, finaliza.

 


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Técnica possibilita o uso das células do próprio paciente no tratamento da doença

A Síndrome da Imunodeficiência Combinada Grave (SCID) é uma condição clínica caracterizada pelo marcante comprometimento da resposta do sistema imunológico. É uma síndrome decorrente de imunodeficiência e potencialmente fatal, sendo as formas de caráter hereditário, podendo ser causadas por mutações gênicas. Como causas possíveis, associam-se defeitos genéticos ligados ao cromossomo X ou a deficiência da enzima ADA – presente em grandes quantidades nos linfócitos, que são células de defesa do corpo. Sendo considerada uma doença grave e rara, ela atinge sobretudo os meninos, mas não exclusivamente, pois há outras causas não ligadas ao cromossomo X, ocorrendo uma vez em cada 75.000 nascidos vivos do sexo masculino, conforme apontam estudos.

Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, explica que os bebês portadores dessa síndrome, geralmente aparentam estar saudáveis ao nascer, mas que “com o tempo, podem desenvolver alguns sintomas, como infecções graves, retardo do crescimento pôndero-estatural (curva de crescimento peso x estatura ) e diarreia crônica”, comenta. O especialista ressalta que quando já houveram casos de SCID na família, o diagnóstico pode e deve ser realizado mesmo antes da criança desenvolver qualquer sintoma.

A princípio, a única possibilidade de tratamento viabilizada pela medicina era por meio do transplante alogênico de células-tronco (que possui somente 60% de chances de eficiência), com alta dificuldade para o encontro de um doador totalmente compatível. Caso não conseguissem a doação, os pacientes portadores dessa condição precisavam viver em bolhas livres de germes para manterem-se vivos.

Em 2020, a revista Science divulgou um relatório sobre o sucesso de terapia gênica no tratamento de bebês portadores da SCID no Hospital Necker-Enfants Malades, em Paris. Segundo os pesquisadores responsáveis, três meses após realização do procedimento, eles voltaram para as suas residências, vivendo como qualquer outra criança. Dez meses depois, seus sistemas imunológicos estavam normais.

A terapia gênica utiliza técnicas de DNA recombinante para substituir ou manipular genes com problemas do próprio paciente. Dr. Nelson informa que a correção é realizada diretamente no DNA das células-tronco hematopoéticas, pois essas são as responsáveis pela fabricação do sangue. “As células-tronco serão coletadas, submetidas à edição gênica e reinfundidas no paciente. A vantagem é justamente utilizar as células já presentes no individuo, que são denominadas como autólogas, eliminando problemas relacionados ao transplante alogênico, que provém de doadores compatíveis”, afirma.

CÉLULAS-TRONCO NA PREVENÇÃO À SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA GRAVE

Em 2020, a geriatra Ligia Cristina Pagotto, grávida do seu primeiro filho, procurou a Criogênesis para a coleta do sangue do cordão umbilical, que é rico em células-tronco hematopoiéticas e mesenquimais. A presença de um caso da Síndrome da Imunodeficiência Combinada Grave em seu histórico familiar, mais especificamente em um primo de segundo grau, foi a motivação. “O filho da minha prima foi diagnosticado com essa síndrome e, inclusive, fez o transplante de medula óssea ano passado. Justamente por isso, nós, da família, fomos orientados a realizar a coleta”, informa.

A médica conta que, desde o início da sua gravidez, começou a pesquisar sobre a doença e suas possíveis formas de tratamento. Ao conversar com o doutor Fabrício Antonialli, médico da Criogênesis, em Campinas-SP, acabou optando pela coleta do material como forma preventiva, caso o seu filho fosse diagnosticado como portador da doença.

Segundo Fabrício, o benefício do armazenamento das células-tronco é justamente a possibilidade de uso das células do próprio paciente, mediante à alteração genética em laboratório, no combate a doenças como a SCID. “Hoje em dia, a chance de encontrar um doador compatível para o transplante de medula óssea é de 1 em 100.000, conforme é indicado pelo Ministério da Saúde. Porém, com o avanço da medicina, técnicas como a terapia gênica configuram-se, cada vez mais, como uma forma eficiente de tratamento de patologias graves e consideradas com uma baixa chance de sobrevida, como é o caso da Síndrome da Imunodeficiência Combinada Grave”, destaca.

O médico ainda ressalta que além da importante função das células-tronco hematopoiéticas em recuperar o sistema imunológico, as células mesenquimais presente no sangue de cordão umbilical se caracterizam pela sua capacidade de gerar tecidos como: músculos, ossos, cartilagem e gordura, possibilitando melhorias em quadros de fraturas e queimaduras, por exemplo. Além disso, também apontam eficiência no tratamento de doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. “O sangue de cordão umbilical apresenta muitos benefícios à saúde humana e descarta-lo no momento do parto é uma arrogância. Ele é coletado de forma indolor e não oferece riscos à mãe ou ao recém-nascido, este procedimento é recomendado a todas as famílias com histórico de doenças genéticas e oncológicas”, finaliza.