Esperança em cada célula: como a história de Antony Gael reacende o debate sobre saúde no Brasil e o impacto do planejamento familiar na medicina regenerativa
O caso de Antony Gael, um menino de 2 anos diagnosticado com Adrenoleucodistrofia, uma doença genética rara e progressiva, reacendeu um debate essencial sobre a importância do armazenamento de células-tronco como estratégia de prevenção em saúde. Sua história ganhou destaque na imprensa através de uma reportagem exibida recentemente no programa Fantástico, trazendo ainda mais visibilidade para a urgência desse tema.
A esperança de sua família reside no nascimento de seu irmão, Noah, concebido por fertilização in vitro e seleção de embriões (visando a compatibilidade das células-tronco entre irmãos), e na possibilidade de um transplante de células-tronco do sangue do cordão umbilical para interromper a progressão da doença. O caso de Gael ilustra como essa tecnologia pode ser um recurso inestimável para famílias que enfrentam diagnósticos devastadores.
O papel do armazenamento de células-tronco no tratamento de doenças genéticas
A coleta e o armazenamento do sangue de cordão umbilical são procedimentos simples e indolores que podem representar um grande diferencial no tratamento de doenças genéticas, imunológicas e sanguíneas. Essas células possuem a capacidade de se transformar em diferentes tipos celulares, sendo amplamente utilizadas em novas terapias. Além disso, por serem coletadas no nascimento a sua compatibilidade genética é total com o bebê, o que aumenta as chances de sucesso em possíveis transplantes futuros.
No caso de Gael, a esperança de uma vida plena e saudável vem justamente da possibilidade de utilizar o sangue de cordão umbilical de seu irmão Noah ( 25% de compatibilidade entre irmãos consanguíneos). A dificuldade em encontrar doadores compatíveis de medula óssea ressalta a importância do armazenamento privado de cordão umbilical, já que a chance de encontrar um doador compatível não aparentado é extremamente baixa. Assim, essa alternativa torna-se vital e potencialmente salvadora.
O desafio do planejamento e da conscientização
Apesar do potencial das células-tronco na medicina moderna, o planejamento familiar para esse tipo de armazenamento ainda não faz parte da cultura da maioria das famílias brasileiras. O Dr. Nelson Hidekazu Tatsui, hematologista do Hospital das Clínicas e especialista em terapia celular, explica que a falta de informação é um dos principais entraves para a adoção dessa prática:
“Muitas famílias só descobrem a importância das células-tronco quando já enfrentam uma doença grave, momento em que o tempo é um fator crítico. O armazenamento preventivo pode ser decisivo para salvar vidas.”
A possibilidade de contar com uma fonte segura de células-tronco dentro da própria família pode evitar longos e difíceis processos de busca por doadores compatíveis. “A medicina avança a passos largos, e cada vez mais tratamentos com células-tronco estão sendo desenvolvidos. Ter esse material armazenado significa estar preparado para o futuro da saúde”, complementa Dr. Nelson.
A necessidade de uma infraestrutura nacional de referência
O crescimento da medicina regenerativa e das terapias celulares reforça a necessidade de uma infraestrutura sólida e confiável para o armazenamento de células-tronco no Brasil. Atualmente, instituições especializadas atuam para garantir a segurança e viabilidade desse material biológico, seguindo padrões internacionais de qualidade. A existência de bancos nacionais bem estruturados é fundamental para que mais pacientes possam ter acesso a tratamentos inovadores, reduzindo a dependência de bancos estrangeiros e os custos envolvidos.
Mais do que um procedimento médico: um investimento na vida
Serviços de criopreservação não apenas armazenam células, mas também oferecem, se necessário, uma solução prática e imediata para desafios médicos urgentes. Para famílias que lidam com doenças genéticas, como a Adrenoleucodistrofia, cada opção de tratamento disponível representa um raio de esperança.
O armazenamento de células-tronco do cordão umbilical não é apenas um investimento em potenciais tratamentos futuros, mas também uma medida proativa na gestão da saúde familiar. Mais do que um procedimento médico, essa prática representa um compromisso com a qualidade de vida e tratamento de doenças. O debate sobre sua importância precisa ser ampliado, permitindo que mais famílias tomem decisões informadas sobre o futuro da saúde de seus filhos. Com um aumento de 8% na disponibilidade de células-tronco para doação no Brasil em 2024, há um caminho promissor para a ampliação do acesso e da conscientização sobre o tema. “Na dúvida, as famílias devem conversar com um hematologista para esclarecer suas dúvidas e considerar as mais de 80 doenças tratáveis com transplante de células-tronco do sangue do cordão umbilical,” recomenda Dr. Nelson.

Conhecendo mais sobre a Criogênesis
Referência na coleta e criopreservação de células-tronco do Sangue e Tecido do Cordão Umbilical, a Criogênesis se consolida como um dos principais centros de medicina regenerativa do Brasil. Com mais de duas décadas de atuação, a empresa é pioneira no país e investe continuamente em alta tecnologia, garantindo segurança e qualidade com materiais e equipamentos de padrão internacional.
Além da criopreservação, a Criogênesis oferece a coleta da polpa do dente de leite, armazenamento de sêmen, protocolos em terapia celular, como também tratamentos por fotoférese, plasmaférese e aférese de plaquetas (PRP). A empresa possui certificação AABB (Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias), reconhecimento internacional que a coloca entre um seleto grupo de aproximadamente 75 bancos de cordão umbilical em todo o mundo e ISO 9001, que garante a qualidade e segurança de todos os procedimentos da Criogênesis.
A Criogênesis, fundada por médicos nacionais é 100% brasileira, destaca-se pelo compromisso com um atendimento humanizado, adaptado às necessidades dos clientes. Seu modelo de operação permite que o material biológico armazenado seja aceito pelos principais centros médicos do mundo, assegurando conformidade e segurança com protocolos internacionais. Dessa forma, pacientes que necessitem de tratamentos fora do Brasil podem contar com alta qualidade da amostra.
A Criogênesis reafirma seu compromisso com a inovação e a saúde das famílias brasileiras, garantindo acesso a soluções seguras e eficazes em medicina regenerativa.
À frente do desenvolvimento científico da Criogênesis está o Dr. Nelson Tatsui, renomado hematologista e diretor técnico do grupo. Formado em Medicina pela Universidade de Marília, com residência na Universidade de São Paulo (USP), Dr. Tatsui é referência na área de hematologia e hemoterapia, tendo atuado na Fundação Pró-Sangue Hemocentro de São Paulo e atualmente atua no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.