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Primeira imunização deve ser feita no recém-nascido com até um mês de vida para evitar infecções graves

A vacinação é uma rotina que deve fazer parte da nossa vida desde os primeiros dias – literalmente! A primeira vacina do bebê, por exemplo, costuma ser nos primeiros dias e protege contra a tuberculose. Mas ela não é a única a ser aplicada nesse período. Confira a seguir mais informações.  

Qual é a primeira vacina do bebê? 

A primeira vacina a ser aplicada no bebê é a vacina BCG, em esquema de dose única. Ela é um imunizante atenuado (ou seja, contém a bactéria viva, porém atenuada e sem capacidade de provocar a doença) que previne contra a tuberculose, principalmente as formas graves, como meningite tuberculosa e tuberculose miliar.  

Embora ela seja comumente aplicada no recém-nascido ainda na maternidade, quando isso não ocorre, ela pode ser aplicada posteriormente ou até os cinco anos de idade.  

A vacina BCG é conhecida por causar uma lesão no local da aplicação (aquele famoso “buraquinho” no braço). A evolução habitual dessa lesão acontece, normalmente, da seguinte forma: 

  • Da 1ª à 2ª semana: mácula avermelhada, com endurecimento de 5 mm a 15 mm de diâmetro. 
  • Da 3ª à 4ª semana: pústula que se forma com o amolecimento do centro da lesão, seguida pelo aparecimento de crosta. 
  • Da 4ª à 5ª semana: úlcera com 4 mm a 10 mm de diâmetro.
  • Da 6ª à 12ª semana: cicatriz com 4 mm a 7 mm de diâmetro.
  • Em alguns casos, pode haver recorrência da lesão, mesmo após a cicatrização completa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no entanto, cerca de 10% dos vacinados não apresentam lesões, o que não indica a ausência de proteção e nem constitui indicação de revacinação.  

Além de receber a vacina BCG ainda na maternidade, o bebê precisa tomar também a vacina hepatite B para protegê-lo contra uma doença viral que ataca o fígado. Neste caso, o esquema vacinal é composto por 3 ou 4 doses, na dependência de se administrar esquema com três doses de Hexavalente (aos 2, 4 e 6 meses de idade) ou duas doses de Hexavalente (aos 2 e 6 meses) e uma de Pentavalente (aos 4 meses de idade). 

Quando o bebê deve tomar a primeira vacina? 

O ideal é que a vacina BCG seja administrada de forma intradérmica o mais precocemente possível. A recomendação é de que isso aconteça ainda na maternidade, em recém-nascidos que pesem no mínimo 2 kg. 

O mesmo vale para a vacina contra a hepatite B. A primeira dose deve ser aplicada de forma intramuscular nas primeiras 12 horas depois do nascimento. Já a segunda dose deve ser administrada aos 2 meses de idade, junto às vacinas de 2 meses; enquanto a terceira é indicada aos 6 meses, junto às vacinas de 6 meses. 

Calendário vacinal do bebê 

Confira a seguir o calendário de vacinação do bebê desde o nascimento até o primeiro ano de vida:  

  • Ao nascer:  

– BCG (tuberculose – dose única) 

– Hepatite B (1ª dose)   

  • 2 meses: 

– Hexavalente (difteria, tétano, coqueluche acelular, hepatite B, poliomielite e Haemophilus influenzae b) (1ª dose) * 

– Rotavírus (1ª dose) ** 

– Pneumocócica 13 ou 15 valente (1ª dose)***   

* No SUS, a vacina aplicada é a pentavalente no mesmo dia que a VIP (vacina inativada da poliomielite). 

** No SUS, a vacina usada é a monovalente e o esquema é de duas doses, aos 2 e aos 4 meses; no caso da vacina pentavalente, disponível na rede privada, o esquema vacinal é de três doses (2-4-6 meses). 

*** No SUS, a vacina usada é a VPN10 aplicada no esquema 2-4 meses e reforço aos 12 meses; no particular, a vacina é a VPN13 aplicada no esquema 2-4-6 meses e reforço entre 12 e 15 meses.   

  • 3 meses  

Meningocócica ACWY + Meningocócica B (1ª dose)* 

* No SUS, a vacina aplicada é a meningocócica C. A vacina meningocócica B não é oferecida na rede pública.   

  • 4 meses  

– Hexavalente (difteria, tétano, coqueluche acelular, hepatite B, poliomielite e Haemophilus influenzae b) (2ª dose) *  

– Rotavírus (2ª dose) ** 

– Pneumocócica 13 ou 15 valente (2ª dose) ***   

* No SUS, a vacina aplicada é a pentavalente no mesmo dia que a VIP (vacina inativada da poliomielite) 

** No SUS, a vacina usada é a monovalente e o esquema é de duas doses, aos 2 e aos 4 meses; no caso da vacina pentavalente, disponível na rede privada, o esquema vacinal é de três doses (2-4-6 meses). 

*** No SUS, a vacina usada é a VPN10 aplicada no esquema 2-4 meses e reforço aos 12 meses; no particular, a vacina é a VPN13 aplicada no esquema 2-4-6 meses e reforço entre 12 e 15 meses.   

  • 5 meses  

Meningocócica ACWY + Meningocócica B (2ª dose) *   

* No SUS, a vacina aplicada é a meningocócica C. A vacina meningocócica B não é oferecida na rede pública.   

  • 6 meses  

– Hexavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, poliomielite e Haemophilus influenzae b) (3ª dose) * 

– Rotavírus (3ª dose) ** 

– Pneumocócica 13 ou 15 valente (3ª dose) *** 

– Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) (dose zero) **** 

– Influenza (gripe) – (duas doses no primeiro ano)
OBS.: aplicação anual   

* No SUS, a vacina aplicada é a pentavalente no mesmo dia que a VIP (vacina inativada da poliomielite). 

** Esta dose não é oferecida no SUS.  

*** Apenas para quem recebeu a vacina VPC13 ou VPC15, na rede particular. 

**** Aplicada onde ainda há circulação do vírus do sarampo.   

  • 9 meses  

– Febre amarela (1ª dose)   

  • 12 meses  

– Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) (1ª dose)  

– Varicela (catapora) (1ª dose) 

– Hepatite A (1ª dose) * 

– Pneumocócica 13 ou 15 valente (reforço) ** 

– Meningocócica ACWY + Meningocócica B (1º reforço) ***
 

* No SUS, a vacina está disponível em dose única aos 15 meses. 

** No SUS, a vacina usada é a VPN10 aplicada no esquema 2-4 meses e reforço aos 12 meses; no particular, a vacina é a VPN13 aplicada no esquema 2-4-6 meses e reforço entre 12 e 15 meses. 

*** No SUS, o reforço é feito apenas com a Meningocócica C.   

Fonte: Primeira vacina do bebê: quando é feita e para que serve | Blog Nav Dasa


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Cientistas da Universidade de Pequim, da Hangzhou Reprogenix Bioscience e do Laboratório Changping desenvolveram um tratamento com células-tronco que pode “curar” a diabetes tipo 1. Como descrito em um artigo na Cell, a terapia conseguiu reverter a dependência de insulina em uma paciente de 25 anos.
O método consiste em transplantar novas células produtoras de insulina para substituir as que foram perdidas. No teste, as células-tronco do tecido adiposo da paciente foram isoladas e transformadas em células de ilhotas – que geram a insulina no pâncreas. Posteriormente, essas células foram cultivadas e transplantadas novamente nos músculos do abdômen.

Tratamento com células-tronco ‘curou’ diabetes em 75 dias

Apenas duas semanas após receber o tratamento, a paciente apresentou uma redução da necessidade de doses diárias de insulina. 75 dias depois, ela já estava totalmente independente das aplicações do hormônio, com o organismo capaz de produzi-lo por conta própria. Ela continuou sendo monitorada durante um ano, e passou mais de 98% desse período com uma faixa glicêmica saudável. Além disso, a equipe ainda destaca que não foi localizada nenhuma anormalidade em decorrência do transplante de células-tronco, mas o fato de o sistema imunológico ainda precisar ser suprimido é uma complicação potencial – já que a substituição das células não elimina a doença.

Mesmo que os resultados sejam promissores, a equipe destaca que ainda são necessários “estudos clínicos adicionais para avaliar o transplante das ilhotas”. Atualmente, outros dois participantes estão inscritos nos testes com a terapia de células-tronco.

Fonte: Tratamento com células-tronco demonstra potencial de curar diabetes


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Desde sua estreia no universo dos estudos, em 1956, as células-tronco se projetaram como a grande e promissora ferramenta da medicina regenerativa. Com potencial de se metamorfosear em diferentes unidades do organismo, elas passaram por altos e baixos em sua carreira científica, protagonizando conquistas extraordinárias sem deixar de enfrentar desafios e reveses dentro e fora dos laboratórios. Agora, uma relevante fronteira acaba de ser cruzada: pesquisadores japoneses conseguiram, de forma inédita, devolver a visão a três pessoas com danos severos na córnea, estrutura na superfície ocular que nos permite enxergar com nitidez. Eis um marco na história das batalhas para tentar vencer ou reverter a cegueira.

O trabalho, publicado no renomado periódico The Lancet, é fruto de uma aposta em uma inovação que rendeu, no ano de 2012, o Prêmio Nobel de Medicina ao japonês Shinya Yamanaka e ao britânico John Gurdon: a reprogramação de células-tronco adultas para um estado semelhante ao embrionário, o mais adequado para que elas atinjam seu máximo poder de transformação. Com as chamadas células pluripotentes induzidas, um grupo da Universidade de Osaka decidiu tratar duas mulheres e dois homens com idade entre 39 e 72 anos que tinham lesões na córnea e não conseguiam mais enxergar com clareza.

Cabe explicar que, dentro do globo ocular, há um reservatório natural de células-tronco em uma região da córnea chamada limbo. Doenças genéticas, queimaduras com produtos químicos, alergias severas e infecções podem colapsar a região, causando a deficiência dessas unidades. Isso é acompanhado pela formação de cicatrizes — afinal, o tecido não consegue se recompor — capazes de comprometer a capacidade de ver o mundo. Mas por que não tentar um transplante de córnea convencional? “Em alguns casos, como o desses pacientes no Japão, o procedimento tem mau prognóstico”, diz o oftalmologista Otávio Magalhães, pesquisador da Unifesp que desenvolve córneas artificiais de titânio. “É o que ocorre em pessoas que já foram transplantadas sem sucesso.”

O diferencial do método nipônico foi modificar células sanguíneas de um doador saudável para a realização do transplante em 2019. Dois anos depois, os especialistas observaram que três dos quatro pacientes apresentaram melhora significativa da acuidade visual. Os olhos que antes apresentavam uma aparência leitosa estavam novamente brilhantes. E as paisagens também voltaram ser vistas com limpidez. O próximo passo será testar a intervenção numa amostra maior de voluntários.

A terapia celular é prova inconteste do empenho de cientistas de diversos cantos do planeta por soluções capazes de fechar o cerco a diferentes causas de deficiência visual. Uma das invenções, ainda sem data para início de testes em humanos, é o chip óptico da Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk. O Blindsight, que recebeu um tipo de selo da agência regulatória americana, a FDA, como “dispositivo inovador”, se propõe a emitir os sinais normalmente direcionados da retina, no fundo do olho, para o cérebro, levando à formação das imagens, mesmo em pessoas com problemas sérios no nervo óptico e até mesmo sem o globo ocular. “São fontes diversas de estudos com o objetivo de minimizar a cegueira, um problema que ainda é alvo de estigmas”, afirma a oftalmologista Myrna Serapião, diretora médica da rede de hospitais Vision One.

A preocupação com a perda de visão é global. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que ao menos 2,2 bilhões de indivíduos vivam com algum grau de comprometimento, mas cerca de 1 bilhão teriam um quadro que poderia ter sido prevenido ou revertido com tratamento. É o caso de condições que demandam acompanhamento para detecção precoce, como o glaucoma — a lesão no nervo óptico por aumento da pressão ocular — e a retinopatia diabética, que lesa os vasos sanguíneos que irrigam a retina. Por isso, tão cruciais quanto os avanços terapêuticos a que assistimos são os exames preventivos e o check-up oftalmológico anual.

Ainda há barreiras a serem superadas, e o alto custo das novas tecnologias é uma delas. No entanto, a evolução da medicina permite vislumbrar um futuro promissor para a recuperação de um sentido tão ligado às emoções, à orientação no espaço e à construção de memórias. “Nos próximos anos, vamos ter uma revolução para vencer a cegueira”, aposta Myrna. A pesquisa japonesa com as celebradas células-tronco indica que já é possível enxergar uma luz no fim desse túnel.

Fonte: Pela primeira vez na história, cientistas revertem… | VEJA


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Fui diagnosticado com câncer testicular e em um momento fiquei tão doente que acordei no hospital e encontrei as enfermeiras chorando. Um doador de células-tronco foi encontrado, o que resgatou minha saúde e seguiu com uma nota que mudou minha vida

No meu primeiro dia em Salvador, fui assaltado com uma faca: rapidamente percebi que tinha muito a aprender sobre viajar sozinho. Eu não sabia muito sobre onde estava e não tinha planos para onde iria em seguida, mas não estava tentado a voltar para casa, porque já tinha passado por coisas muito piores.

Em abril de 2015, passei por um transplante de células-tronco no hospital St Bartholomew em Londres. Depois de ser diagnosticado com câncer testicular e passar por quimioterapia, meu sistema imunológico não estava funcionando bem e sofri várias infecções. Os médicos me disseram que um transplante de células-tronco era minha melhor opção para voltar a ter uma saúde decente para que eu pudesse continuar lutando contra o câncer que havia se espalhado para meu peito e abdômen.

No entanto, depois de uma semana no hospital, comecei a piorar rapidamente. A primeira infusão de células-tronco, que foram colhidas do meu próprio sangue (um transplante autólogo ), não funcionou, e peguei infecções que me deixaram entrando e saindo da consciência. Nos dois meses seguintes, meu peso caiu para 45 kg (7st) e eu estava com dores constantes e excruciantes. Agora era um caso de tentar urgentemente encontrar um doador de células-tronco com células que fossem compatíveis com as minhas para tentar um segundo transplante (que pode funcionar quando as células do próprio paciente falham; infelizmente, minha mãe e meu irmão não eram compatíveis).

O câncer não era mais um problema; era o sistema imunológico do meu corpo que me mataria. Minha família começou a temer o pior. Em um momento, lembro-me de chegar e ver todas as enfermeiras da enfermaria em pé ao lado da minha cama chorando. Elas achavam que era a última vez que me veriam e eu não tinha certeza se tinha forças para continuar lutando. Os médicos me disseram que eu tinha duas semanas de vida.

Então, a instituição de caridade Anthony Nolan milagrosamente encontrou um compatível para mim, que rapidamente passou pelo doloroso procedimento de coleta de células-tronco. Em julho de 2015, eu estava lentamente começando a me recuperar. Depois de passar mais de dois meses na cama, tive que aprender a andar novamente e, em agosto de 2015, poucos dias antes do meu aniversário de 38 anos, recebi alta.

Emergi com um novo respeito pela vida e percebi que precisava aproveitar ao máximo o tempo que me restava. Minha mente corria com ideias para correr maratonas e ver o mundo, mas primeiro meu corpo tinha que se atualizar: eu mal conseguia subir as escadas até meu apartamento no primeiro andar.

Entrei em contato com meu doador de células-tronco para agradecê-lo e ele respondeu com uma nota que me disse para ir e viver minha vida, já que esse seria o maior agradecimento que ele poderia receber. “Foi um prazer doar”, ele me disse. “Abrace o futuro e viva cada dia ao máximo.” Isso acendeu um fogo em mim para me reabilitar e sair para o mundo, assim como para retribuir algo.

Em 2023, eu estava forte o suficiente para viajar e, mesmo depois de ser assaltado em Salvador, estava determinado a continuar. Trabalhei meu caminho pelo Brasil, Equador, Colômbia, Argentina, Peru e Venezuela. Subi montanhas e testemunhei a vida selvagem mais incrível da Amazônia. Quase nunca estava sozinho – fiz amizade com outros viajantes do mundo todo e fiquei honrado com a generosidade dos moradores locais quando fiquei em suas casas.

No Equador, conheci um alasquiano chamado Craig, que administra um albergue na sombra da montanha Cotopaxi, e ele se tornou meu “passeio ou morra” – ou seja, uma pessoa que é um espírito afim. Fizemos trilhas juntos, compartilhamos histórias de vida e sempre seremos amigos agora.

Quando cheguei à marca de 116 dias, eu estava em um ônibus noturno viajando pela Argentina e pensei: Ainda não posso voltar para casa. Ainda havia muito para ver e a viagem tinha se tornado uma experiência de afirmação da vida.

No total, viajei por 414 dias, passando por 10 países, sendo assaltado três vezes e tendo um acidente de moto. Em um ponto, me perdi em uma caminhada na Colômbia e quase morri de desidratação, mas consegui encontrar meu caminho novamente. O Steve que voltou não era o Steve que foi embora. A vida é preciosa e eu quero maximizá-la. Às vezes me sinto culpado por estar vivo enquanto amigos e até minha mãe já faleceram, mas devo a eles viver.

Atualmente, estou me preparando para retornar ao Equador para visitar Craig e finalmente chegar ao topo do Monte Chimborazo, a montanha mais alta do país. Posso não chegar ao topo, mas mal posso esperar pela jornada.

Fonte: Um momento que me mudou: um estranho gentil salvou minha vida – e mudou minha atitude | Vida e estilo | The Guardian


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Em 6 de novembro de 2024, um jovem residente de Yerevan, Garik Petrosyan, doou células-tronco da medula óssea para ajudar a salvar a vida de sua irmã na Alemanha.

Petrosyan disse que desde o início ele tinha certeza de que acabaria sendo identificado como um doador compatível para seu irmão, potencialmente sendo capaz de ajudar a salvar sua vida por meio de um transplante de medula óssea.

A colheita de suas células-tronco da medula óssea ocorreu no Centro de Coleta de Células-Tronco do Registro Armênio de Doadores de Medula Óssea (ABMDR) na capital armênia. Graças ao procedimento, as células-tronco doadas seriam usadas para um transplante urgente que poderia ajudar a paciente a sobreviver à sua doença relacionada ao sangue com risco de vida.

“Garik já havia doado células-tronco para sua irmã em abril deste ano, mas hoje ela mais uma vez precisa da ajuda de seu irmão, na forma de outra rodada de colheita”, disse o diretor executivo da ABMDR, Dr. Sevak Avagyan.

A colheita indolor e não invasiva foi o 44º procedimento desse tipo a ser facilitado pelo ABMDR. Assim que foi concluído, as células-tronco doadas foram confiadas a um mensageiro especial e levadas para a Alemanha.

“Cada transplante é um desafio, envolvendo o trabalho de muitos especialistas”, disse a presidente da ABMDR, Dra. Frieda Jordan. “E uma vez que o processo é iniciado, todos os envolvidos se concentram em um único objetivo, que é levar as células-tronco doadas ao paciente o mais rápido possível para ajudá-lo a sobreviver a uma doença potencialmente fatal.”

Fonte: Jovem morador de Yerevan doa células-tronco da medula óssea para salvar a vida de sua irmã


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Além dos avanços na visão, nenhum dos pacientes apresentou efeitos colaterais graves após dois anos. Estudo foi publicado na The Lancet

Pela primeira vez, um tratamento com células-tronco se mostrou eficaz na recuperação parcial da visão em pacientes com lesões graves na córnea, segundo pesquisa publicada na revista The Lancet em 7 de novembro de 2024.

O experimento envolveu quatro pessoas que receberam transplante de células-tronco. Três delas obtiveram melhorias significativas na visão, com efeitos duradouros por mais de um ano, enquanto a quarta mostrou pequena melhora.

A técnica, desenvolvida pela equipe do oftalmologista Kohji Nishida, da Universidade de Osaka, no Japão, usou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) — um tipo de célula reprogramada que pode ser transformada em diversos tipos de tecido.

Para isso, os cientistas coletaram células sanguíneas de um doador saudável e as reprogramaram, ou seja, alteraram seu funcionamento para que voltassem a um estado inicial, semelhante ao das células embrionárias. Em seguida, as transformaram em finas camadas de células da córnea, transparentes e específicas para regenerar a visão.

Durante a cirurgia, a equipe removeu o tecido cicatricial da córnea em um dos olhos e enxertou as células reprogramadas. “Este é um desenvolvimento empolgante”, afirmaram os pesquisadores no artigo.

Além dos avanços na visão, nenhum dos pacientes apresentou efeitos colaterais graves após dois anos. Os enxertos não formaram tumores e não foram rejeitados pelos sistemas imunológicos dos pacientes, mesmo em casos onde os imunossupressores não foram usados.

Ainda não se sabe ao certo o que proporcionou as melhorias na visão: pode ter sido a ação direta das células transplantadas ou a remoção do tecido cicatricial que favoreceu a regeneração das células naturais dos pacientes.

Nishida diz que o grupo planeja começar ensaios clínicos em março para avaliar a eficácia do tratamento. Várias outras pesquisas baseadas em células iPS estão em andamento globalmente para tratar doenças oculares.

Fonte: Cientistas conseguem restaurar visão de pacientes com células-tronco | Metrópoles


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Experimento chinês com implante de estruturas derivadas de células-tronco mantém mulher com diabetes tipo 1 livre de insulina. Mas isso não significa a cura

Um interessante relato de caso publicado pela renomada revista científica Cell ganhou repercussão na imprensa internacional por mostrar que uma paciente com diabetes tipo 1 submetida a um tratamento e experimental ficou livre das aplicações diárias de insulina pelo período de um ano.

Em entrevista ao portal da Nature, a participante do estudo, baseado no uso de células-tronco, inclusive disse: “Posso comer açúcar agora”. Mas seria essa a cura do doença? Já antecipo aos leitores: infelizmente, não”.

A voluntária escolhida para a pesquisa é uma mulher chinesa com diabetes tipo 1 há 25 anos, que necessitava fazer várias injeções diárias de insulina ao dia. O diabetes tipo 1 é uma doença autoimune e em que o sistema imunológico destrói equivocadamente as ilhotas do pâncreas que produzem insulina, o hormônio que permite à glicose entrar nas células. Sem insulina, pessoas com diabetes tipo 1 não conseguem sobreviver por muito tempo.

A paciente teve células do seu tecido gorduroso coletadas por meio de uma agulha e em seguida levadas ao laboratório. Através do uso de agentes químicos, os cientistas conseguiram fazer com que estas células do tecido gorduroso se “transformassem” em células-tronco embrionárias com o DNA da própria participante para posteriormente se diferenciarem em ilhotas. Foi um passo inédito na literatura médica.

A seguir, por meio de uma pequena cirurgia que durou menos de 1 hora, as novas ilhotas com o DNA da paciente foram implantadas no músculo reto abdominal (o famoso “tanquinho” da barriga).

A boa notícia é que, 75 dias após o procedimento, a participante não mais precisou das aplicações diárias de insulina e vem há um ano com excelente controle da glicose, inclusive parecido com o de uma pessoa sem diabetes.

Mas por que isso não pode ser considerado uma cura? Primeiro, trata-se apenas de um caso e, em ciência, é necessário que outros semelhantes sejam confirmados. Segundo, o diabetes tipo 1 é uma doença autoimune por natureza, ou seja, o “defeito” está no sistema imunológico que agride as ilhotas produtoras de insulina. Não adianta só transplantarmos milhões de ilhotas (mesmo com o DNA do paciente porque, em algum momento, o sistema imunológico irá tentar destruí-las.

Então como as ilhotas transplantadas conseguiram produzir insulina deixando a participante livres das picadas de insulina? O fato é que ela já fazia uso de medicamentos imunossupressores devido a um transplante de fígado prévio – isso fez toda a diferença nessa história. A imunossupressão impede que se possa afirmar que todo o benefício do transplante de ilhotas se deveu somente à inovação em si.

Aliás, pensando no mecanismo autoimune do diabetes tipo 1, é razoável inferir que as ilhotas transplantadas criadas em laboratório seriam destruídas se não fosse o uso de remédios imunossupressores pela participante. A inclusão de novos participantes sem uso prévio de imunossupressores poderá ajudar a esclarecer melhor os efeitos benéficos (ou não) do novo tratamento experimental.

Vale lembrar que a equipe do saudoso pesquisador brasileiro Julio Voltarelli, da USP de Ribeirão Preto, foi a primeira no mundo a testar o efeito de transplante de células-tronco em pessoas com diabetes tipo 1. O trabalho, do qual orgulhosamente faço parte, demonstrou que 90% dos participantes ficaram livres de insulina pelo período médio de seis anos.

Ao longo do seguimento, contudo, vimos que todos os pacientes voltaram a usar insulina, mesmo que em doses menores. Por isso, temos que tomar muito cuidado em usar a palavra “cura” quando se fala de tratamentos para diabetes tipo 1.

Fonte: Células-tronco para o diabetes: seria a cura da do… | VEJA


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Como intervenção de resgate nos casos de esclerose múltipla, o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) está sendo oferecido com mais frequência nos centros com experiência nesta técnica.

Com apenas um ensaio clínico randomizado completo disponível, o TCTH continua sendo experimental, mas o número de pacientes tratados por meio deste procedimento atingiu agora números substanciais, após 20 anos de experiência em vários centros, segundo dois estudos representativos do mundo real apresentados no Congress of the European Committee for Treatment and Research in Multiple Sclerosis (ECTRIMS) de 2024.

Os dados mais recentes são totalmente compatíveis com um ensaio clínico randomizado multinacional de 2019 que descobriu que o TCTH, uma intervenção única, é relativamente bem tolerado e mais eficaz do que o tratamento modificador da doença, para uma mediana de tempo de progressão nos pacientes refratários ao tratamento com imunobiológicos.

Em relação aos 24 meses no grupo do tratamento modificador da doença, o tempo médio até a recidiva não foi alcançado entre os pacientes randomizados para o TCTH, porque houve poucos eventos.

A redução da razão de risco (RR) de progressão foi acima de 90% (RR = 0,07; p < 0,001). Outros desfechos, conforme a Expanded Disability Status Scale (EDSS), que melhorou no grupo que fez o TCTH, mas diminuiu no grupo do tratamento modificador da doença, também favoreceram o tratamento único.

Relato de duas experiências reais com TCTH

Dos dois estudos multicêntricos do mundo real apresentados no ECTRIMS, um recrutou 363 pacientes tratados em um dos 14 hospitais britânicos públicos participantes desde 2002. Essa análise não foi controlada. O outro estudo, com 97 pacientes tratados em um dos 20 centros italianos participantes desde 1999, comparou retrospectivamente o TCTH ao tratamento com alentuzumabe.

Nos dados do Reino Unido, apresentados pelo Dr. Paolo Muraro, Ph.D., médico e consultor sênior na Division of Brain Sciences do Imperial College London, na Inglaterra, 94,6% dos pacientes tinham sobrevida livre de recidiva da doença em dois anos e 88,6% em cinco anos após terem feito o TCTH. O especialista disse que os números são “impressionantes”

Fonte: https://portugues.medscape.com/verartigo/6511815?form=fpf


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Apesar dos efeitos positivos, só é possível falar em cura se a paciente produzir insulina por cinco anos após o transplante

Um artigo recente, publicado na revista Cell, sobre um estudo realizado por chineses mostrou pela primeira vez que uma mulher com diabete tipo 1 conseguiu produzir insulina após um transplante autólogo de células-tronco reprogramadas (IPS, do inglês induced pluripotent stem cells). A paciente de 25 anos recebeu uma infusão de suas próprias células-tronco diferenciadas em células produtoras de insulina nas ilhotas do pâncreas.

Antes do procedimento, os cientistas testaram a segurança e a eficácia dessas células em camundongos e, depois, em macacos. Comprovada a eficácia em estudos pré-clínicos, eles injetaram cerca de 1,5 milhão dessas ilhotas no músculo abdominal da paciente. Dois meses e meio depois, a paciente já estava produzindo uma quantidade de insulina suficiente para não necessitar de infusões constantes e essa produção tem se mantido constante por mais de um ano. Ela não tem mais sofrido as oscilações perigosas que os diabéticos têm com aumento e quedas de glicose no sangue. “Mas, segundo outros cientistas, ela só poderá ser considerada curada se continuar a produzir insulina após cinco anos”, enfatiza Mayana.

Em um estudo anterior, 12 pacientes afetados por diabete tipo 1 haviam sido tratados com células de ilhotas produzidas a partir de células-tronco embrionárias injetadas no  fígado. Três meses depois do transplante, todos eles estavam produzindo insulina, mas estavam tomando imunossupressores. Em outro estudo, as ilhotas foram inseridas com uma proteção contra o ataque do sistema imune e os pacientes estão sendo monitorados sem imunossupressão.  Mas os resultados ainda não são conhecidos.

Apesar de ser um avanço muito importante e promissor, Mayana afirma que é preciso ter cautela. No caso dessa paciente, ela já tomava drogas imunossupressoras, porque havia recebido um transplante de fígado anteriormente, o que poderia minimizar os efeitos de uma rejeição. “Além disso, não podemos esquecer que, na diabete tipo 1, o sistema imune não reconhece as ilhotas como células do próprio corpo e as rejeita. Será que isso não irá ocorrer novamente com as células tronco reprogramadas para produzir insulina?”, questiona.

Fonte: Tratamento com células-tronco traz avanços promissores contra diabete tipo 1 – Jornal da USP


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De acordo com os dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de mama é o mais frequente entre as mulheres no Brasil. No Estado, o INCA aponta 910 novos casos da doença por ano, até 2025. O tratamento com medicamentos, quimioterapia e radioterapia, e outros, podem comprometer os óvulos e até levar a infertilidade.

E na campanha Outubro Rosa, o INCA faz o alerta, para possibilidade de manter a preservação da fertilidade com o congelamento dos óvulos para serem usados futuramente.

Com mais informações sobre o assunto, nesta segunda-feira (14), o programa Rádio Livre da FM 104, com a jornalista Vivianne Nunes e Bernardo Quartin, recebeu a médica especialista em Reprodução Humana da FertLiv, Suely Resende.

“Hoje com as medicações que são potentes e garantem uma sobrevida muito longa, são os quimioterápicos que destroem as células que dão origem aos futuros óvulos que formarão os bebês. Após o diagnóstico de câncer a paciênte fica abalada, até cair a ficha, é difícil falar sobre isso e parece que o mundo vem abaixo, e pensar em fertilização futura, a pressa do oncologista é de entrar com os quimioterápicos e resolver, mas muita calma nessa hora, vamos pensar, como eu falei, depois do tratamento a sobrevida é grande, vai chegar o momento em que elas vão querer filhos e com os próprios óvulos. Então é conversar com o médico, há tempo hábil para fazer a coleta, não vai atrapalhar e nem agravar o câncer.”

Créditos infomações: INCA

Fonte: Rádio Livre: Tratamento contra o câncer pode causar infertilidade – Rede E