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Recém-aprovada pela Anvisa, pesquisa é pioneira no país. Objetivo é desenvolver tecnologia nacional de terapia com o uso dessas células, permitindo tratamentos mais baratos e de baixa toxicidade

Iniciada nos anos 1950 com os transplantes de medula óssea, a terapia celular vem desbravando novas fronteiras. Uma inovação recente é a terapia com CAR-T Cell, em que linfócitos T são extraídos do sangue do paciente, modificados geneticamente em laboratório, multiplicados e reinseridos no indivíduo para atacar as células cancerígenas. Tem apresentado resultados muito positivos no tratamento de cânceres hematológicos, como alguns tipos de linfomas, leucemias e mieloma. Agora, novos horizontes estão sendo explorados com o uso de células natural killer (NK), linfócitos “inteligentes” que temos no nosso sangue. Por meio de receptores existentes em sua superfície, as células NK são capazes de, naturalmente, reconhecer células estranhas ao organismo e eliminá-las. Ou seja, podem ser usadas sem necessariamente passar por modificação genética, como no caso dos linfócitos T. As NK também podem “ler” as mensagens químicas expressas pelas células saudáveis, preservando-as do seu ataque.

É justamente essa condição que confere uma das importantes vantagens das terapias com células NK: de baixa toxicidade, dificilmente provocam a doença do enxerto contra hospedeiro, uma complicação grave que pode ocorrer quando as células transplantadas identificam as células do paciente como estranhas e passam a atacá-las. Outro ponto é que as NK manipuladas em laboratório podem ser usadas em mais de um paciente, o que torna a terapia economicamente mais viável.

As poucas pesquisas existentes no Brasil estão baseadas na obtenção de células NK do sangue de doadores saudáveis. Mas o Einstein está seguindo um caminho ainda mais revolucionário: o uso de células NK extraídas de cordão umbilical e multiplicadas em laboratório. Liderada pelo Dra. Lucila Nassif Kerbauy, que estudou a técnica durante um programa de fellowship de três anos no MD Anderson Cancer Center (EUA) financiado pelo Einstein, a pesquisa está sendo desenvolvida no âmbito do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS).

O estudo com células NK

Depois da fase pré-clínica (estudos em bancada e em camundongos iniciados em 2019), está sendo iniciada a pesquisa clínica (fase 1), envolvendo pacientes com leucemia mileoide aguda refratária (ou seja, pacientes que não responderam às primeiras duas linhas de tratamento e para os quais não restam opções para o enfrentamento da doença). Eles receberão infusão de células NK que, depois de extraídas de cordão umbilical, são manufaturadas e multiplicadas em laboratório com citocinas (proteínas que atuam como mediadores de sinalização celular), o que faz com que fiquem melhor ativadas e, possivelmente, melhores para o tratamento. O objetivo nessa e em etapas posteriores da pesquisa é confirmar a eficácia e segurança dessa técnica e avaliar dosagens até que se tenham dados consistentes para que a terapia possa ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso regular. Embora isso ainda exija alguns anos de estudos, as perspectivas são positivas, principalmente do ponto de vista do sistema público, que terá uma alternativa avançada e mais acessível para ofertar aos pacientes.

Além dos esperados bons resultados e de dispensar doadores, a técnica dinamiza o uso dos bancos públicos e privados de cordões umbilicais. No Brasil e no mundo, os estoques desse material – que envolve custos para que seja adequadamente mantido e preservado – têm sido pouco utilizados para sua finalidade original, o transplante de medula óssea. Assim, há uma demanda global pelo desenvolvimento de novas aplicações. Com um único cordão umbilical é possível tratar 10 pessoas com a terapia NK.

Outra pesquisa em andamento no Einstein, esta ainda em fase pré-clínica, está direcionada à aplicação de células NK geneticamente modificadas para expressar os chamados receptores de antígenos quiméricos (CAR), a fim de direcioná-las a alvos tumorais específicos. Trata-se de um estudo de CAR-NK, na mesma linha do que vem sendo feito com as células T (CAR-T) no Einstein e outras instituições. Os primeiros resultados são promissores.

O Einstein é uma das poucas organizações do país com estrutura para realizar esse tipo de pesquisa. Com salas limpas para manufatura das células, equipes especializadas nessa atividade (médicos, biomédicos, biólogos, farmacêuticos etc.), uma Academic Research Organization (ARO), além de toda a estrutura assistencial, é a única organização da América Latina com acreditação FACT (Foundation for the Accreditation of Cellular Therapy) para a terapia celular.

Além do câncer hematológico, as terapias tanto com células T como com NK têm potencial de aplicação também no enfrentamento de tumores sólidos. Para o Brasil, é importante estar à frente de pesquisas para o desenvolvimento de tecnologia nacional em áreas como essa, que vêm revolucionando a saúde. Para os pacientes, são novos e promissores horizontes de tratamento.

Fonte: Células NK de cordão umbilical: nova e promissora fronteira no câncer hematológico (futurodasaude.com.br)


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A terapia celular no Brasil representa uma fronteira promissora para o tratamento de diversas doenças, incluindo câncer, doenças autoimunes e degenerativas. Nos últimos anos, o país tem avançado significativamente na pesquisa e desenvolvimento dessa área, com a aplicação de terapias baseadas em células-tronco hematopoiéticas e mesenquimais, além do interesse crescente pelas terapias com células CAR-T, uma inovação no tratamento de cânceres hematológicos. A produção nacional de terapias celulares avança graças a parcerias entre centros de pesquisa e hospitais, com destaque para instituições como o Instituto Nacional de Câncer (INCA), Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital das Clínicas de Ribeirão preto e o Hospital Israelita Albert Ein

Em termos regulatórios, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) tem um papel central na normatização e segurança dessas terapias. Entre as principais regulamentações, estão a RDC 803/2023 que dispõe sobre boas práticas em células humanas para uso terapêutico e pesquisa clínica, a RDC 505/2021, que trata do registro desses produtos no país.

Além disso, a Instrução Normativa 270/2023 complementa essas regulamentações ao abordar as boas práticas de fabricação de produtos de terapia avançada. A Anvisa também está engajada na atualização de orientações e diretrizes para garantir que bancos de células e tecidos sigam os mais altos padrões de qualidade e controle durante todas as etapas de manipulação.

Essas regulamentações são essenciais para o avanço da terapia celular no Brasil, promovendo o acesso a tratamentos inovadores e a segurança dos pacientes através de cumprimento de padrões rigorosos.

As perspectivas para o futuro são otimistas, com o Brasil cada vez mais consolidado como um polo de pesquisa biomédica na América Latina. O desafio para os próximos anos é viabilizar o acesso a essas terapias avançadas, ampliando a rede de centros especializados e garantindo investimentos contínuos em infraestrutura e capacitação profissional. Com o avanço das pesquisas e o fortalecimento da regulamentação, a terapia celular pode se tornar um tratamento acessível e eficaz para grande parte da população.

Referências:

  • Bonamino, M., & Carvalho, S. (2018). Células CAR-T: um novo passo para a imunoterapia contra o câncer. Revista Brasileira de Cancerologia ,

  • ANVISA (2023). Resolução RDC nº 270, de 13 de dezembro de 2023. Agência Nacional de Vigilância Sanitária .


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Ela é a primeira pessoa com a condição a ser tratada no mundo usando células que foram extraídas de seu próprio corpo

“Eu posso comer açúcar agora”, diz uma mulher de 25 anos com diabetes tipo 1 que começou a produzir sua própria insulina menos de três meses após receber um transplante de células-tronco reprogramadas. Ela é a primeira pessoa com a condição a ser tratada no mundo usando células que foram extraídas de seu próprio corpo.

Já faz mais de um ano desde o transplante, mas a mulher pediu para permanecer anônima para proteger sua privacidade. James Shapiro, um cirurgião de transplante e pesquisador da Universidade de Alberta em Edmonton, Canadá, diz que os resultados da cirurgia são impressionantes. “Eles reverteram completamente o diabetes no paciente, que estava precisando de quantidades substanciais de insulina antes”.

O estudo, publicado na Cell, segue os resultados de um grupo separado em Xangai, China, que relatou em abril que havia transplantado com sucesso ilhotas (células no pâncreas) produtoras de insulina para o fígado de um homem de 59 anos com diabetes tipo 2. As ilhotas também foram derivadas de células-tronco reprogramadas retiradas do próprio corpo do homem e, desde então, ele parou de tomar insulina.

Todas as pesquisas que estão sendo realizadas no momento fazem partes de ensaios pioneiros. A maioria dos participantes tem diabetes tipo 2, em que o corpo não produz insulina suficiente ou sua capacidade de usar o hormônio diminui. No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca as células das ilhotas no pâncreas.

Transplantes de ilhotas podem ajudar a tratar a doença, mas não há doadores suficientes para atender à crescente demanda, e os receptores devem usar medicamentos imunossupressores para evitar que o corpo rejeite o tecido do doador.

As células-tronco podem ser cultivadas indefinidamente em laboratório, o que significa que elas potencialmente oferecem uma fonte ilimitada de tecido pancreático. Ao usar as células da própria pessoa, os pesquisadores esperam evitar a necessidade de imunossupressores.

No primeiro teste desse tipo, Deng Hongkui, um biólogo celular da Universidade de Pequim, e seus colegas extraíram células de três pessoas com diabetes tipo 1 e as reverteram para um estado pluripotente, a partir do qual elas poderiam ser moldadas em qualquer tipo de célula do corpo.

Em junho de 2023, em uma operação que durou menos de meia hora, eles injetaram o equivalente a aproximadamente 1,5 milhão de ilhotas nos músculos abdominais da mulher. A maioria dos transplantes de ilhotas é injetada no fígado, onde as células não podem ser observadas. Entretanto, com a mudança do local, os pesquisadores, por meio de ressonância magnética, puderam observar e monitorar as células, assim como poderiam removê-las se fosse necessário.

Dois meses e meio depois, a paciente estava produzindo insulina suficiente para viver sem precisar de recargas, e ela manteve esse nível de produção por mais de um ano. Naquela época, a mulher havia parado de sentir os picos e quedas perigosos nos níveis de glicose no sangue.

Como a mulher já estava recebendo imunossupressores para um transplante de fígado anterior, os pesquisadores não puderam avaliar se as células reduziram o risco de rejeição do enxerto.

Mesmo que o corpo não rejeite o transplante porque não considera as células como “estranhas”, em pessoas com diabetes tipo 1, por terem uma condição autoimune, ainda há um risco de que o corpo possa atacar as ilhotas.

Apesar do resultado ser satisfatório, os pesquisadores afirmam que ainda é cedo para ter qualquer conclusão, eles precisam ser replicados em mais pessoas e precisam de mais tempo. Eles querem ver, por exemplo, se as células vão continuar a produzir insulina no corpo da mulher por mais cinco anos até considerá-la “curada” de fato.

Hongkui afirma que os resultados para os outros dois participantes são “também muito positivos”, e eles atingirão a marca de um ano em novembro, após o que ele espera expandir o teste para outros 20 pacientes.

Fonte: Células-tronco revertem diabetes tipo 1 em mulher pela primeira vez; entenda (globo.com)


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Quando vem se aproximando a reta final da gravidez, começa a bater aquela preocupação do que levar na bolsa de maternidade. Por aí está nessa fase?

Começa a bater também a dúvida sobre o que é essencial e o que não será necessário nesse primeiro momento da chegada do bebê. E por isso é importante ter um checklist de tudo o que não poderá ficar de fora na hora de correr para a maternidade!

Confira o checklist do que levar na bolsa da maternidade que preparamos nesse post. Aproveita para printar e salvar por aí!

Na mala do bebê, as primeiras roupinhas e alguns itens de higiene pessoal são imprescindíveis. Bora conferir essa lista!

  • 6 conjuntinhos de roupas. Aqui pode ser macacão e casaquinho ou casaco e calça ou vestido e casaco.
  • Touca, sapatinhos quentinhos e luvinhas;
  • 6 bodies de manga longa para usar por baixo dos conjuntos;
  • 6 mijões para usar por baixo dos conjuntos;
  • 6 pares de meias para usar por baixo dos conjuntos;
  • 2 ou 3 mantas (pode ser uma mais leve e outra mais quentinha);
  • 6 fraldas de boca;
  • Pente e escova próprios para recém nascido;
  • Saquinhos para colocar roupa suja;
  • Bebê conforto (acredite, muitos pais esquecem esse item fundamental! Mas o bebê não sairá da maternidade sem ele);
  • 1 pacote de fralda tamanho RN ou P.

Fonte: Bolsa de maternidade: checklist dos itens essenciais | Blog da LVBB (lavembebe.com.br)


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O segredo para um transplante de medula óssea mais seguro pode estar nas células-tronco do corpo humano. É o que descobriram cientistas australianos!

Pesquisadores do Murdoch Children’s Research Institute (MCRI) desenvolveram um método para transformar células-tronco personalizadas em células-tronco hematopoiéticas, que podem assumir qualquer forma de célula sanguínea.

“A capacidade de retirar qualquer célula de um paciente, reprogramá-la e em uma célula-tronco e então transformá-la em células sanguíneas especificamente compatíveis para transplante terá um impacto enorme na vida desses pacientes vulneráveis”, disse Elizabeth Ng, professora associada do MCRI.

Transplante de medula

Para diversas doenças do sangue e da medula óssea, o transplante de medula é a melhor opção de tratamento.

Entretanto, a operação traz risco. A incompatibilidade das células do doador pode levar a ataques ao tecido do corpo, causando inflamação e até mesmo a morte. Agora, isso pode estar prestes a mudar.

O estudo

Primeiro, a equipe realizou o procedimento de retirar células humanas do cabelo, pele e unhas. Depois, elas foram reprogramadas para se transformarem em células-tronco “pluripotentes” ou “multipotentes”.

As pluripotentes são encontradas em embriões e bebês humanos e são responsáveis por assumir a forma de qualquer célula do corpo.

O objetivo era transformar os pluripotentes em células-tronco hematopoiéticas, que assumem qualquer forma de célula sanguínea.

“Antes deste estudo, desenvolver células-tronco sanguíneas humanas em laboratório que fossem capazes de serem transplantadas para um modelo animal de falha da medula óssea para produzir células sanguíneas saudáveis ​​não era possível. Desenvolvemos um fluxo de trabalho que criou células-tronco sanguíneas transplantáveis ​​que espelham de perto aquelas do embrião humano”, explicou Elizabeth.

Transplante em camundongos

Os resultados incríveis foram publicados na Nature, uma das revistas científicas mais conceituadas do mundo.

Camundongos imunodeficientes foram injetados com as células-tronco sanguíneas humanas projetadas em laboratório.

No corpo dos animais, essas células-tronco se tornaram medula óssea funcional em níveis semelhantes ao observados em transplantes de células sanguíneas do cordão umbilical. Com isso, os pesquisadores conseguiram um marco incrível!

“Desenvolver células-tronco sanguíneas personalizadas e específicas para o paciente evitará essas complicações, abordará a escassez de doadores e, junto com a edição do genoma, ajudará a corrigir as causas subjacentes de doenças sanguíneas”, disse Andrew Elefante, outro pesquisador no estudo.

Congelando o cultivo

E não para por aí. O grupo descobriu ainda que as células-tronco cultivadas em laboratório poderiam ser congeladas antes de serem transplantadas para os roedores.

Isso imita o processo de preservação de células sanguíneas de doadores antes de serem transplantadas para os pacientes.

“Ao aperfeiçoar métodos de células-tronco que imitam o desenvolvimento das células-tronco sanguíneas normais encontradas em nossos corpos, podemos entender e desenvolver tratamentos personalizados para uma série de doenças do sangue, incluindo leucemias e insuficiência da medula óssea”, finalizou o professor do MCRI, Ed Stanley, em entrevista à Instituição.

Fonte: Células-tronco podem tornar transplante de medula óssea mais seguro, dizem cientistas | Só Notícia Boa (sonoticiaboa.com.br)


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Zac Efron, 36, contou ter passado por um tratamento com células troncos.

O que aconteceu?

O tratamento veio após o ator ficar com uma série de lesões decorrentes das filmagens do drama ‘Garra de Ferro’ (2023). Zac deu vida ao ex-astro de luta livre Kevin Von Erich.

No Instagram, Efron fez um post falando sobre os procedimentos pelos quais passou.Ele ainda explicou como a fisicalidade do filme impactou em sua saúde. “Eu me comprometo integralmente com os meus papéis, algo que amo, mas isso acaba tendo consequências – as minhas costas ficaram zoadas após ‘Garra de Ferro’, mesmo depois de meses de fisioterapia”.

O artista ainda disse que voltou para a academia. “Curioso em relação a terapias com células-tronco, entrei em contato com o Dr. Khan e ele tirou todas as minhas dúvidas e me deixou confiante. Agora, seis meses depois do tratamento, estou de volta à academia e constatando melhoras”.

Ele concluiu dizendo que está animado. “Empolgado em explorar as próximas tecnologias de longevidade (…) Vou mantê-los informado do meu progresso!”.

Fonte: Zac Efron faz tratamento com células tronco após contusões em filme (uol.com.br)


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Um relatório recente publicado pela Scientific American revelou uma notícia promissora: um paciente com HIV/AIDS foi curado após receber um transplante de células-tronco. Essa descoberta traz esperança, mas também muitas perguntas. Afinal, este não é o primeiro caso em que alguém é declarado livre do HIV após esse tratamento arriscado. Identificado pela primeira vez há mais de 40 anos, o HIV continua a ser um desafio na medicina moderna.

O que torna esse tratamento tão especial? E quais são os avanços que a ciência tem feito para encontrar uma cura definitiva para o HIV? Vamos explorar essas questões e entender melhor os mecanismos por trás dessas novas descobertas.

Como Funciona o Tratamento com Células-Tronco para o HIV?

O tratamento com células-tronco que resultou na cura do HIV envolve um processo complexo e arriscado. Basicamente, ele se baseia na substituição das células infectadas do paciente por células-tronco doadas, que têm resistência natural ao vírus. Este procedimento é conhecido como transplante de medula óssea.

Mas por que as células-tronco doadas são resistentes ao HIV? A resposta está em uma mutação genética, conhecida como CCR5-delta 32, que impede o vírus de entrar nas células. Portanto, quando o paciente recebe um transplante de uma pessoa que possui essa mutação, o vírus não consegue se replicar efetivamente.

Qual é o Futuro da Cura do HIV?

Os pesquisadores continuam buscando métodos mais seguros e eficazes para curar o HIV. Além dos transplantes de células-tronco, outras abordagens incluem:

  • Edicação Gênica: Técnicas como CRISPR estão sendo testadas para eliminar o HIV do DNA humano.
  • Imunoterapias: Terapias que fortalecem o sistema imune do paciente para combater o vírus.
  • Vacinas Terapêuticas: Desenvolvidas para ajudar o corpo a controlar o vírus sozinho.

Apesar dos desafios, o progresso é claro, e a esperança de uma cura definitiva para o HIV nunca foi tão real. Com cada descoberta, estamos um passo mais perto de transformar essa esperança em realidade.

Fonte: Estudo revela novas possibilidades para o tratamento do HIV (istoe.com.br)


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Um novo estudo demonstrou o potencial da terapia com células-tronco para tratar pessoas com doença de Hirschsprung

Um novo estudo liderado por pesquisadores da UCL e da Universidade de Sheffield, demonstrou o potencial da terapia com células-tronco para tratar pessoas com doença de Hirschsprung. A doença de Hirschsprung é uma condição rara em que algumas células nervosas estão ausentes no intestino grosso. Isso significa que o intestino não se contrai e não pode mover as fezes, o que significa que pode ficar bloqueado. Isso pode causar constipação e, às vezes, levar a uma infecção intestinal grave chamada enterocolite.

Cerca de 1 em cada 5000 bebês nascem com a doença de Hirschsprung. A condição geralmente é detectada logo após o nascimento e tratada com cirurgia o mais rápido possível, no entanto, os pacientes frequentemente sofrem sintomas debilitantes e ao longo da vida, com vários procedimentos cirúrgicos frequentemente necessários.

Opções alternativas de tratamento são, portanto, cruciais. Uma opção que tem sido explorada pelos pesquisadores envolve o uso de terapia com células-tronco para gerar precursores de células nervosas, que então produzem os nervos ausentes no intestino daqueles com doença de Hirschsprung após o transplante. Isso, por sua vez, deve melhorar a funcionalidade do intestino.

No entanto, este procedimento não foi realizado em tecido humano de pessoas com doença de Hirschsprung até agora. A pesquisa, publicada na Gut e financiada pelo Conselho de Pesquisa Médica, é um esforço colaborativo entre pesquisadores da UCL e da Universidade de Sheffield, que começou em 2017.

Pesquisadores da Universidade de Sheffield se concentraram na produção e análise de precursores nervosos a partir de células-tronco. Estes foram então enviados para a equipe da UCL, que preparou o tecido intestinal do paciente, realizou o transplante e a manutenção do tecido e, em seguida, testou a função dos segmentos de tecido.

O estudo envolveu a coleta de amostras de tecido doadas por pacientes GOSH com doença de Hirschsprung como parte de seu tratamento de rotina, que foram então cultivadas em laboratório. As amostras foram então transplantadas com precursores de células nervosas derivadas de células-tronco, que então se desenvolveram nas células nervosas cruciais dentro do tecido intestinal.

É importante ressaltar que as amostras de intestino transplantadas mostraram maior capacidade de contração em comparação com o tecido controle, sugerindo melhor funcionalidade do intestino naqueles com a doença.

O investigador principal, Dr. Conor McCann (UCL Great Ormond Street Institute of Child Health) disse: “Este estudo é um verdadeiro avanço em nosso trabalho de terapia celular para a doença de Hirschsprung. Isso realmente mostra o benefício de reunir a experiência de diferentes grupos, o que esperamos beneficiar crianças e adultos que vivem com a doença de Hirschsprung no futuro.

O Dr. Anestis Tsakiridis, pesquisador principal da Universidade de Sheffield, disse: “Esta foi uma colaboração fantástica, liderada por dois talentosos cientistas em início de carreira, Dr. Ben Jevans e Fay Cooper. Nossas descobertas lançaram as bases para o futuro desenvolvimento de uma terapia celular contra a doença de Hirschsprung e continuaremos nossos esforços para trazer isso para a clínica nos próximos anos.”

Os resultados deste estudo demonstram pela primeira vez o potencial da terapia com células-tronco para melhorar a funcionalidade do intestino em pessoas com doença de Hirschsprung, o que, por sua vez, pode levar a melhores sintomas e melhores resultados para indivíduos com a doença.

Os pesquisadores agora solicitarão mais financiamento para ensaios clínicos para desenvolver esse tratamento.

Fonte: Importante passo em frente na terapia com células estaminais para doenças intestinais raras | Diário da Ciência (sciencedaily.com)


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Mais de 8 milhões de bebês nasceram com essa tecnologia só nos Estados Unidos

Se você falar com um grupo de 100 pessoas nascidas nos Estados Unidos, é provável que duas delas tenham nascido como resultado de Fertilização in Vitro (FIV), de acordo com o Zev Williams, diretor do Centro de Fertilidade da Universidade de Columbia.

“Em muitos aspectos, a Fertilização in Vitro é na verdade um dos grandes triunfos dae mdicina moderna (…) Uma coisa que é útil saber é o quão comum ela é. Cerca de 2% dos nascimentos nos EUA são resultado de Fertilização in Vitro: mais de 8 milhões de bebês nasceram com essa tecnologia”, afirma.

Outra tecnologia importante para o processo de Fertilização in Vitro é a criopreservação do embrião, que é o congelamento após a fertilização do óvulo. A Suprema Corte do Alabama decidiu na última sexta-feira (16) que embriões congelados são crianças e seriam protegidos pela Lei estadual de Morte Injusta de uma Criança.

A decisão sem precedentes da Suprema Corte do Alabama sobre embriões congelados pode afetar os tratamentos de Fertilização in Vitro, alertam os críticos. Enquanto os especialistas em infertilidade alertam sobre o impacto da reprodução assistida falhada, outros especialistas falaram com a CNN para compartilhar o que as pessoas devem saber sobre a Fertilização in Vitro e o congelamento de óvulos.

O que é Fertilização in Vitro?

A Fertilização in Vitro ocorre quando um óvulo é removido do corpo de uma mulher e combinado com o esperma em um laboratório antes de ser implantado, explica Eve Feinberg, professora associada de obstetrícia e ginecologia na Feinberg School of Medicine, Northwestern University.

Para conseguir isso, os pacientes são submetidos a injeções de fertilidade de oito a 10 dias com hormônios que ajudam seus óvulos a amadurecerem, diz Mamie McLean, especialista em infertilidade da Alabama Fertility em Birmingham. Os procedimentos de retirada de óvulos são realizados em regime ambulatorial ou hospitalar e, às vezes, sob sedação consciente, acrescenta McLean.

Após a fertilização, os médicos observam o desenvolvimento dos embriões. Feinberg diz que o que se vê com frequência é que a reprodução humana é realmente ineficiente.

Se 10 óvulos forem expostos ao esperma, cerca de sete serão fertilizados, observa ele. Desses sete, apenas 25% a 50% crescerão em laboratório por tempo suficiente para serem considerados um embrião mais maduro chamado blastocisto, acrescenta Feinberg.

A partir daí, dependendo da idade do paciente, o blastocisto tem entre 10% e 60% de chance de virar bebê, afirma.

Quando a Fertilização in Vitro é útil?

A Fertilização in Vitro foi desenvolvida pela primeira vez na década de 1970 para ajudar mulheres que bloquearam as trompas de falópio, a parte do sistema reprodutivo onde convergem o espermatozoide e o óvulo, diz McLean.

Desde então, foi expandido para ajudar a concepção em muitos outros contextos, como para pessoas com abortos recorrentes, infertilidade masculina, aquelas que utilizam barriga de aluguel e aquelas para quem outros tratamentos de fertilidade falharam, acrescenta. “É o nosso tratamento de maior sucesso”, diz McLean.

A tecnologia também permitiu que casais com doenças genéticas testassem os seus embriões e transferissem apenas aqueles que não seriam afetados por essas doenças, diz Williams.

Por que congelar embriões?

Congelar embriões é útil para testes genéticos, diz Feinberg.

Os médicos coletam amostras de células de embriões para testá-los em busca de doenças ou anomalias genéticas, mas esses testes podem levar de duas a quatro semanas para serem realizados, observa ele. Enquanto isso, o congelamento dos óvulos os mantém viáveis ​​enquanto os profissionais de saúde investigam os fatores genéticos.

As pacientes também podem optar por congelar os embriões quando não pretendem engravidar imediatamente, explica Feinberg. Geralmente há taxas de sucesso mais altas quando os embriões fertilizados são congelados, e não apenas o óvulo, acrescenta.

Também podem fazer a FIV por razões médicas, como antes da quimioterapia para o tratamento do câncer, que pode danificar os ovários. Ou também porque não estão na fase certa da vida para conceber, mas querem ter mais hipóteses de engravidar no futuro, diz Feinberg.

Se um ciclo de Fertilização in Vitro resultar em vários embriões, congelá-los pode manter aqueles que não foram implantados viáveis ​​para uso futuro, diz McLean.

E embora no passado fosse comum implantar vários embriões, o congelamento de embriões permite aos médicos preservarem os outros para uso futuro, para que um embrião possa ser implantado de cada vez, o que é muito mais seguro para o paciente e para o futuro bebê, explica Williams.

Por que não fertilizar apenas um óvulo?

“A ciência por trás da Fertilização in Vitro realmente mostra que um único óvulo fertilizado não é suficiente”, diz Feinberg.

Se as suas pacientes dizem que querem dois ou três filhos, Feinberg incentiva o congelamento de dois a quatro embriões para cada um, diz ele.
Quando um embrião congelado é aquecido para implantação, há uma taxa de sobrevivência de cerca de 95%, o que significa que 5% não sobreviverão, detalha Feinberg.

A maioria das pacientes necessita de pelo menos duas ou três transferências antes de engravidar, acrescenta McLean.

Os médicos agora tentam limitar o número de vezes que recuperam óvulos e estimulam os ovários de uma paciente porque isso acarreta riscos à saúde e custos consideráveis, observa ele.

Mas as famílias podem optar por limitar o número de óvulos fertilizados para criar embriões e, antes de se submeterem à Fertilização in Vitro, falar com o seu médico sobre as suas considerações morais e éticas pessoais, esclarece McLean.

Fonte: Fertilização in Vitro: o que é e quando é recomendada? | CNN Brasil


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Um novo método desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, aprimorou o processo de criação de células produtoras de insulina a partir de células-tronco. Segundo o estudo, agora é possível produzir as células desejadas a uma taxa de 90%.

Antes, o método utilizado gerava apenas 60% das células-alvo. De modo geral, a ideia é que isso se torne um tratamento sem injeções para pessoas diabéticas. Aquelas com com diabetes tipo 1 não possuem células funcionais das ilhotas do pâncreas para produzir insulina. Por isso, devem tomá-la constantemente por meio de injeções ou de uma bomba contínua.

Apenas assim conseguem manter o funcionamento adequado do organismo, controlando a quantidade de açúcar no sangue e convertendo glicose em energia para as células. “O que estamos tentando fazer aqui é olhar além do horizonte e tentar imaginar como será o cuidado com o diabetes daqui a 15, 20, 30 anos”, afirmou James Shapiro, autor do estudo.

“Eu não acredito que as pessoas estarão mais injetando insulina, usando bombas e sensores”, completou. Os resultados do estudo foram publicados em artigo na revista Cell. Diversos cientistas estão na busca pela compreensão e viabilização de tratamentos para diabetes tipo 1 que utilizam células-tronco.

Recentemente, três pessoas alcançaram a independência da insulina injetável após receberem um transplante de células produtoras do hormônio, geradas a partir de células-tronco.

Entenda a nova pesquisa

Primeiramente, os cientistas coletaram células-tronco do sangue de um paciente com diabetes. Em seguida, eles utilizam processos químicos que direcionam o desenvolvimento delas para que se tornem células produtoras de insulina, como as do pâncreas. A este mecanismo, eles chamam de “diferenciação direcionada”.

Depois, os pesquisadores trataram essas células com um medicamento anti-tumoral conhecido como inibidor AKT/P70 AT7867. Isso resultou em uma eficiência maior na “diferenciação direcionada”.

Além disso, as células resultantes do processo eram menos propensas a produzir cistos indesejados, que podem prejudicar a produção do hormônio. Por fim, quando foram transplantadas em ratos de laboratório, as células também controlaram a glicose no sangue sem necessidade de injeções de insulina durante um tempo.

Agora, a equipe de pesquisadores espera eliminar as últimas barreiras do processo, fazendo com que o método alcance 100% de conversão em células pancreáticas funcionais.

O avanço na ciência

Mais estudos de segurança e eficácia precisarão ser realizados antes que ensaios clínicos, nos quais o transplante dessas células será feito em humanos.

Contudo, os pesquisadores envolvidos acreditam que utilizar o próprio sangue do paciente para cultivar células que produzem insulina é um avanço na viabilidade do tratamento. Isso porque, da maneira como é feito hoje, as pessoas que recebem essas células doadas devem tomar medicamentos anti-rejeição durante toda a vida.

Fazendo esse processo do próprio sangue do paciente, talvez isso não seja necessário, eles acreditam.

Fonte: Diabetes: estudo traz tratamento sem injeção com células-tronco (uol.com.br)