Banco público x banco privado: mitos e verdades

Especialista esclarece os principais questionamentos sobre o assunto
Embora ninguém possa prever o futuro, algumas atitudes simples, como preservar o sangue do cordão umbilical de um bebê recém-nascido, pode fazer uma grande diferença no futuro. Esse sangue é rico em células-tronco, capaz de criar os principais componentes do sangue e do sistema imunológico do corpo, ajudando no tratamento de diversas doenças como: leucemias, anemias e osteoporose.
No entanto, uma das principais dúvidas é quanto a forma de coleta e armazenamento deste material. De acordo com o hematologista e diretor técnico da Criogênesis, Dr. Nelson Tatsui, existem dois tipos de entidades autorizadas para os procedimentos: os Bancos de Sangue Privados e Bancos de Sangue Públicos. “Nos Privados, o sangue do cordão umbilical do bebê é armazenado para seu próprio uso ou para utilização de um membro da sua família. Já nos Bancos de Sangue Públicos, a família doa o sangue do cordão umbilical, o qual será armazenado e estará disponível para quem quer que seja compatível e precise de um transplante”, explica.
Para esclarecer um pouco mais o assunto, o especialista traz a tona alguns mitos e verdades sobre o tema. Confira:
Banco Público ou Banco Privado? A diferença entre os dois está na exclusividade. 
VERDADE. O Banco Privado permite o acesso somente à família doadora. Já no Banco Público, o material coletado pode ser utilizado para pesquisas ou para transplante de qualquer paciente do sistema público de saúde.
Só o próprio bebê poderá utilizar o sangue coletado pelo Banco Privado.
MITO. Se houver compatibilidade, qualquer pessoa da família doadora, desde que autorizado pelos pais, poderá fazer uso do sangue do cordão umbilical.
No Banco Privado, o sangue do cordão umbilical estará sempre disponível para uso. 
VERDADE. Quem opta pelo Banco Privado tem acesso imediato ao material genético armazenado, ao contrário do Banco Público, em que é preciso aguardar por uma compatibilidade em uma fila de espera.
As células armazenadas no Banco Público dão prioridade ao doador.
MITO. A partir do momento em que é realizada a doação do sangue do cordão umbilical para um Banco Público, o acesso ao material fica restrito à utilização pública. Portanto, caso alguém da família, ou o próprio doador, apresente algum tipo de doença que possa vir a ser tratada por meio de células-tronco, ele terá que ficar na fila de espera até encontrar um doador compatível.
Independente da escolha entre as duas entidades de armazenamento, a coleta do sangue do cordão umbilical deve ser realizada imediatamente após o parto.
VERDADE. Tanto para Banco Privado quanto para Banco Público, o momento do nascimento é a única oportunidade para a coleta do sangue do cordão umbilical. Portanto, este procedimento deve ser previsto nos preparativos que antecedem a chegada do bebê.
O Banco Público fornece material para o tratamento de diversos tipos de doenças. 
MITO. Os Bancos Públicos direcionam o material, principalmente para o tratamento de casos de leucemia e outras doenças hematológicas. Já o Banco Privado, apoia o tratamento de mais de 80 doenças, dentre elas as mesmas que o Banco Público trata, além das alterações imunológicas e as patologias do campo da medicina regenerativa, por exemplo.

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