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Um estudo publicado na revista Nature Communications mostra a promessa para o tratamento da doença de Parkinson com células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs).

Os pesquisadores descobriram que “as células progenitoras dopaminérgicas derivadas da iPSC humana sobreviveram e funcionaram como neurônios dopaminérgicos mesencéfalos, aumentando o movimento espontâneo dos macacos após o transplante.

Além disso, durante um período de dois anos, os pesquisadores não encontraram nenhum tumor derivado de células no cérebro dos primatas, nem registraram nenhuma resposta imune forte ao transplante.

As IPSCc são células que foram retiradas de um tecido de criança ou de um adulto e geneticamente modificadas para se assemelharem a células-tronco embrionárias – isto é, para poder tomar a forma de qualquer outro tipo de célula adulta.

No geral, os resultados sugerem que, embora sejam necessárias mais pesquisas, essas técnicas de tradução podem ser usadas em breve para tratar pacientes humanos.

Fonte: Medical News Today

 


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84% dos doentes que se submeteram ao transplante ficaram livres das picadas de insulina em algum momento
Estudo relacionado ao transplante de células-tronco para o tratamento de diabete tipo 1 mostra melhora da qualidade de vida dos pacientes, deixando boa parte deles livres de insulina. O trabalho também aponta redução do risco de sequelas quando comparados com pacientes submetidos ao tratamento tradicional.

Os dados pertencem a uma pesquisa publicada recentemente na revista Frontiers of Endocrinology, realizada por pesquisadores do Centro de Terapia Celular (CTC) e a  Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A diabete tipo 1 é uma doença autoimune que acomete mais comumente crianças e adolescentes. Os pacientes precisam de várias injeções diárias de insulina para sobreviver, com medição de glicose.

A Federação Internacional de Diabete (IDF) aponta que o Brasil é o terceiro colocado no mundo em número de pessoas com diabete tipo 1, cerca de 100 mil crianças e adolescentes. As doenças autoimunes se desenvolvem porque o sistema imunológico (anticorpos e células de defesa, como os linfócitos) reconhece um determinado órgão como inimigo, e isto faz com que o organismo tente se autodestruir.

Segundo o médico endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, o transplante de células-tronco para a diabete tipo 1 possibilita um reset imunológico. “Neste nosso estudo, os pacientes têm o sistema imunológico desligado quase completamente com altas doses de quimioterapia e reiniciado do zero, com infusão, pela veia, de células-tronco da medula óssea do próprio doente (que haviam sido coletadas e congeladas antes do início do procedimento), explica o pesquisador. Após o procedimento, o sistema imunológico para de agredir as células produtoras de insulina localizadas no pâncreas.

Durante o estudo foram comparados 24 pacientes que participaram do transplante de células-tronco no Hospital das Clínicas da FMRP, com 144 pacientes com diabete tipo 1, seguidos por médicos endocrinologistas, e que fazem tratamento convencional com insulina. Os doentes que utilizaram o tratamento convencional integram um grande banco de dados chamado BRAZDIAB1, com informações de mais de 5 mil pessoas de todo o Brasil. As atividades foram realizadas durante oito anos, com o pareamento dos grupos. Todos os pacientes tinham diabete tipo 1 recém-diagnosticada.

“Quando comparamos os dados vimos que 84% dos doentes que se submeteram ao transplante ficaram livres das picadas de insulina em algum momento. A pessoa com maior tempo livre de insulina neste estudo estava há oito anos sem usar o remédio. No outro grupo, nenhum paciente em tratamento convencional ficou livre de insulina. Além disso, quando se avaliou sequelas da diabete nos olhos, rins e nervos dos pés, o grupo transplantado não apresentou problemas, diferentemente de 25% do grupo com tratamento convencional”, destaca Couri.

Fonte: Jornal da USP


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A terapia celular ajuda na recuperação do pet, mas é preciso que o especialista avalie caso a caso

Tratamentos com células-tronco ajudam não só os seres humanos, mas também os animais. Segundo o médico veterinário Jorge Morais, diretor da Animal Place, a terapia celular já é largamente utilizada para a cura de enfermidades em cães e gatos e também em outras espécies, como equinos e coelhos, por exemplo. “As células-troncos dão origens a todas as outras e possuem um enorme poder anti-inflamatório”, explica o especialista.

As células-mães, como também são chamadas, são retiradas do corpo do animal, levadas para um laboratório, separadas e transformadas em novas células para, então, serem implantadas novamente no local da enfermidade ou por via endovenosa. “Elas regeneram as células doentes. Os resultados são sentidos após três sessões, em média. A melhora é gradativa e contínua mesmo após o término do tratamento, já que continuam atuando nos tecidos após as aplicações”, comenta o veterinário.

Mas, apesar da grande eficácia e do sucesso em muitos casos, Jorge Morais lembra que, infelizmente, as células-tronco não fazem milagre. “A terapia é um importante coadjuvante no tratamento de algumas enfermidades, mas, cada caso deve ser avaliado separadamente”, afirma o especialista.

Fonte: Revista Encontro


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Médicos do Hospital da Universidade de Illinois curaram sete pacientes adultos da doença falciforme, uma doença hereditária do sangue que afeta principalmente a comunidade negra, usando células-tronco de doadores que se pensava serem incompatíveis, graças a um novo protocolo de tratamento de transplante.

Os médicos relataram a nova técnica na revista Biology of Blood and Marrow Transplantation. Com o novo protocolo, pacientes com doença falciforme agressiva podem receber células-tronco de membros da família se apenas metade de seus marcadores de antígeno leucocitário humano (HLA) coincidirem. Anteriormente, os doadores tinham que ser um membro da família com um conjunto completo de marcadores HLA correspondentes ou um doador “totalmente compatível”.

Os marcadores HLA são proteínas na superfície das células que ajudam a regular o sistema imunológico. O corpo humano usa essas proteínas para identificar quais células pertencem ao corpo e quais não. Como os marcadores HLA são herdados dos pais, os membros da família são os mais propensos a ter proteínas correspondentes. Nos transplantes, os marcadores HLA correspondentes entre o paciente e o doador ajudam a limitar o risco de que o corpo do paciente rejeite as células do doador.

Enquanto os médicos sempre tentam encontrar um doador parecido para os pacientes que precisam de um transplante de células-tronco, apenas 20% dos pacientes com doença falciforme têm um membro da família com um conjunto completo de marcadores HLA correspondentes.

Rondelli e sua equipe administram o maior programa de células falciformes adultas na região de Chicago e foram pioneiros no uso de transplantes de células-tronco sem quimioterapia para pacientes com a doença há quase seis anos.

Fonte: jornal Science Daily


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Pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e Universidade Paris Diderot, de Sorbonne Paris Cité, França, comprova benefícios do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (realizado com células do sangue do próprio doente) no tratamento da esclerose sistêmica.

A esclerose sistêmica é uma doença autoimune reumática crônica do tecido conjuntivo (um dos tipos de tecidos encontrados no corpo humano) e “caracterizada por lesões microvasculares associadas a diferentes graus de fibrose da pele e dos órgãos internos”, como explica o pesquisador Lucas Coelho Marlière Arruda, da FMRP.

As causas permanecem desconhecidas, por isso os tratamentos disponíveis possuem eficácia limitada no controle da progressão da doença. Os pacientes sofrem com problemas de falta de ar, dores pelo corpo, manchas e dificuldade de locomoção. Muitos são obrigados a deixar a vida profissional e até o convívio familiar.

Como as opções de tratamento utilizadas até o momento não funcionam muito bem, “o transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas surge como uma alternativa terapêutica promissora, impedindo a progressão da doença e devolvendo qualidade de vida”, destaca Arruda.

Na terapia, os pacientes se submetem a altas doses de quimioterapia. O objetivo é destruir por completo o sistema imunológico doente e, em seguida, administrar células-tronco do próprio paciente para “resetar” o sistema imune e impedir a progressão da doença. “Funciona como o reset de um computador defeituoso, para que ele volte a funcionar bem novamente”, simplifica o cientista.

Pós-transplante

Os pesquisadores franceses e do Centro de Terapia Celular (CTC) da FMRP — um dos Centros de Pesquisa, acompanharam 31 pacientes pós-transplantados durante três anos para descrição completa das mudanças ocorridas. Queriam avaliar como a reconstituição do novo sistema imunológico, após o reset, está relacionada com a melhora clínica dos pacientes.

Os resultados apontaram que o timo e a medula óssea, órgãos responsáveis pela manutenção das células do sangue e do sistema imune, produzem muitas células reguladoras após a terapia com as células-tronco. Também notaram a melhora da fibrose da pele e dos órgãos internos, levando ao controle da doença por gerar um sistema imune mais saudável.

A pesquisa ajuda a esclarecer os mecanismos imunológicos de ação e os benefícios do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas no tratamento da esclerose sistêmica, o que é necessário para melhoria do protocolo clínico e a consolidação desta terapia como tratamento da doença.

Fonte: Jornal da USP


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Os seres humanos continuam a produzir novos neurônios em uma parte de seu cérebro envolvida na aprendizagem, memória e emoção durante toda a vida adulta, conforme recente pesquisa. A afirmação contraria as teorias anteriores, que na adolescência a produção paralisava. As descobertas podem ajudar no desenvolvimento de tratamentos para condições neurológicas, como a demência.

Muitos novos neurônios são produzidos no hipocampo em bebês, mas tem sido uma questão de debate se isso continua na idade adulta, e se essa taxa cai com a idade, como visto em ratos e primatas. A pesquisa revela que os novos neurônios são produzidos nessa região do cérebro em adultos humanos e não diminuem com a idade. Os resultados, dizem eles, podem ajudar na busca de maneiras de tratar condições que vão desde a doença de Alzheimer a problemas psiquiátricos.

“A parte interessante é que os neurônios estão lá por toda a vida”, disse Maura Boldrini, da Universidade de Columbia, em Nova York, e primeira autora do novo estudo publicado na revista Cell Stem Cell . “Parece que, na verdade, os humanos são diferentes dos camundongos – onde a produção de neurônios diminui com a idade muito rapidamente – e isso pode significar que precisamos desses neurônios para nossas habilidades complexas de aprendizado e respostas comportamentais cognitivas às emoções”, disse ela.

Boldrini e seus colegas analisaram o hipocampo em 28 homens e mulheres com idades entre 14 e 79 anos, colhidos apenas algumas horas depois de terem morrido. Importante, observa Boldrini, todos os indivíduos eram saudáveis antes da morte, ao contrário de muitos estudos anteriores.

Usando várias técnicas, a equipe examinou o grau de formação de novos vasos sangüíneos, o volume e o número de células de diferentes estágios de maturidade, em uma área conhecida como giro dentado – a região do hipocampo onde novos neurônios são produzidos.

Fonte: Revista Stem Cell


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Há muitos anos se pensa que as células-tronco poderão curar doenças regenerando órgãos danificados pelo Alzheimer, a diabetes ou o infarto. Por enquanto esses objetivos continuam impossíveis, mas um estudo traz agora um dos primeiros exemplos de como as células-tronco podem reverter uma doença incurável.

Nos Estados Unidos, um transplante com células-tronco embrionárias, capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido do corpo, devolveu a visão a pessoas cegas. O procedimento também melhorou a vista de pacientes que tinham uma vida limitada por graves deficiências visuais. No total, foram tratados 18 pacientes que sofriam de duas doenças da retina, ambas incuráveis, e que são a causa mais comum de cegueira entre jovens e adultos nos países desenvolvidos. Uma delas, sozinha, chega a atingir cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de nem todos os pacientes terem se beneficiado do tratamento, a maioria envolvida no estudo teve sua visão melhorada – algum deles, de maneira espetacular.

“Um dos pacientes era um criador de cavalos de 75 anos, cego de um olho”, conta o diretor científico da Advanced Cell Technology (ACT), empresa norte-americana que financiou o estudo. Segundo Lanza, um mês depois do tratamento, a visão do paciente tinha melhorado tanto que ele pôde voltar a montar a cavalo e até perceber um fio de arame farpado em seu caminho e que poderia ter-lhe derrubado do animal. Tecnicamente, o olho tratado deixou de ser cego para ter uma acuidade visual de 20/40, ou seja, suficiente para a pessoa dirigir e equivalente a 50% da capacidade total normal.

“Outra de nossas pacientes acordou uma manhã e, ao abrir os olhos, viu pela primeira vez que os móveis de seu quarto eram decorados com um relevo que ela nunca tinha notado antes”, exemplifica o médico, que há décadas pesquisa esse tipo de terapia biotecnológica.

Para substituir as células perdidas, a equipe colheu células-tronco de embriões e as transformou em epitélio pigmentado da retina, o tipo de célula que estava causando os problemas de visão dos pacientes. Todos eles receberam injeções de células na retina do olho mais comprometido, enquanto o outro não foi tratado. Dos 18 pacientes testados, 10 experimentaram melhoras significativas na visão, sete melhoraram moderadamente ou mantiveram o quadro estável, e apenas um sofreu perda de visão. Os olhos não tratados não melhoraram, o que, segundo o estudo, reforça os indícios de que o transplante funciona.

Fonte: Jornal El País


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Pesquisadores de todo o mundo desenvolvem estudos em busca de um tratamento para o “transtorno do espectro autista”, denominação que deriva do autismo, quadro clínico que está associado a uma falha na regulação da maturação e capacidade de diferenciação dos neurônios. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a patologia atinge 80 milhões de pessoas no mundo (2 milhões delas no Brasil), sendo maior a incidência no sexo masculino, em uma proporção de quatro meninos para uma menina.

A boa notícia é que diversos estudos clínicos têm indicado que o transplante de células-tronco do sangue de cordão umbilical pode trazer melhorias dos sintomas comportamentais de indivíduos com autismo. Foram monitorados itens como relacionamento com outras pessoas, retraimento social, consciência corporal, letargia, hiperatividade, irritabilidade e dificuldades de fala. Uma pesquisa com pacientes do Shandong Jiaotong Hospital e do Shandong Rehabilitation Therapy Center, na China, incluiu 37 crianças de 3 a 12 anos com autismo. Quando comparados ao grupo controle, os pacientes submetidos à terapia obtiveram melhora nos parâmetros medidos 24 semanas após a infusão de células-tronco.

Nelson Tatsui, hematologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), acredita que essa pesquisa vai abrir portas para futuros estudos sobre o autismo. “Os protocolos de tratamentos com células-tronco estão cada vez mais frequentes, pois se trata de células adultas e livres de impurezas, o que garante maior eficiência em seu uso terapêutico”, explica. Após a coleta, as células-tronco são avaliadas e armazenadas e podem ficar congeladas por tempo indeterminado sem que haja a perda de suas propriedades. O sangue do cordão umbilical vem apresentando importantes resultados clínicos para o tratamento de diversos tipos de patologias. Dentre as principais estão a Leucemia, Talessemia e Linfomas. Além disso, muitas doenças encontram-se em estudo avançando, como Diabetes Tipo 1, doenças neurológicas e, até mesmo, a Aids”, acrescenta Tatsui.

Fonte: Portal NSC Total


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Pais devem guardar os dentinhos dos filhos para possíveis usos futuros

Atualmente, tratamentos com células-tronco são um dos temas mais recorrentes na Medicina. Por serem capazes de, em princípio, gerar qualquer outra célula do corpo humano, elas são alvo de inúmeras pesquisas, especialmente em relação às temidas doenças degenerativas, como Mal de Alzheimer. O que muitos não sabem é que guardar os dentes de leite são uma forma de preservar células-tronco, já que eles são importantes fontes desse material usado pela medicina regenerativa.
“A polpa dos dentes de leite contém células-tronco do tipo mesenquimal, que têm capacidade de, em laboratório, se transformar em uma variedade de outras células para a reparação de tecidos, como muscular, nervoso, ósseo, além de cartilagem, pele e outros tecidos epiteliais”, explica o hematologista Nelson Tatsui, diretor-técnico da Criogênesis.
O especialista lembra que as células-tronco que são encontradas nos dentes de leite são multipotentes e imunotolerantes, ou seja, servem tanto ao doador como para outras pessoas.
O bom que a coleta desse material não é invasiva, já que a queda do dente ocorre naturalmente nas crianças entre 5 a 12 anos de idade. Tatsui alerta que, para que as células-tronco possam ser aproveitadas, a retirada deve ser realizada por um dentista. “O material deve ser acondicionado em um kit específico de transporte e enviado imediatamente à clínica para o devido processamento laboratorial. No entanto, caso o dente venha a cair antes da consulta, é necessário que a família possua o kit de transporte para o acondicionamento correto”, diz o especialista.


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Um grupo de cientistas da Universidade do Colorado obteve resultados positivos em uma experiência com células-tronco extraídas da pele e que tem “o potencial” de tratar com sucesso doenças até agora incuráveis. As informações são da Agência EFE.

Os pesquisadores “reprogramaram” células adultas, sadias e doentes em células-tronco pluripotentes, o que dá esperanças de desenvolver tratamentos para graves doenças e colabora para o início de futuros testes clínicos.

Segundo Ganna Bilousova, do Centro Gates de Medicina Regenerativa, da Universidade do Colorado, e uma das responsáveis pela pesquisa, os testes desenvolvidos permitiram resolver a ineficácia registrada até o momento na hora de criar células-tronco a partir de células adultas.

Ganna explicou que, atualmente, de cada mil células adultas, “apenas uma ou duas chegam a ser pluripotentes”. “Os pesquisadores encontraram uma maneira que acelera drasticamente esse processo conforme melhora a segurança desta tecnologia para aplicações clínicas”, acrescentou Ganna.

Basicamente, os cientistas se concentraram em doenças da pele e em reprogramar células sadias e doentes, ou seja, reativar certos genes não ativos em células adultas para transformá-las em pluripotentes.

O novo método permite contar com uma quantidade ilimitada de células próprias do paciente, manipulá-las geneticamente, transformá-las em células de vários tipos e transplantá-las ao paciente, ou usá-las para futuras pesquisas médicas.

“Ficamos surpresos ao descobrir como simples manipulações do tempo e das doses das moléculas de ácido ribonucleico podem afetar a eficiência da reprogramação”, disse a cientista. Segundo ela, agora o processo é menos tóxico e tão preciso que pode ser aplicado a uma só célula.

Dennis Roop, diretor do Centro Gates da Universidade e outro dos líderes da pesquisa, disse acreditar que a descoberta tem o potencial de ajudar a desenvolver tratamentos baseados em células-tronco adultas “para curar doenças até agora sem cura, como as epidermólises bolhosas” (EB), que tornam a pele mais frágil.

“Não existem tratamentos efetivos para EB, e a novidade dá a oportunidade de desenvolver uma tratamento corretivo permanente baseado em células-tronco para estas graves doenças que produzem bolhas na pele”, afirmou Gates.

Fonte: Agência Brasil