Muitas mulheres acreditam que enquanto têm ciclos menstruais, ainda ovulam e podem portanto engravidar. Entretanto isso não é uma verdade.

Hoje em dia ocorre um fenômeno da sociedade moderna no qual a mulher da prioridade aos estudos, carreira profissional e estabilidade financeira e com isso posterga a gravidez e quando resolver ter filhos poderá ter mais dificuldades.

Quando a mulher ainda é um bebê dentro do corpo de sua mãe seus ovários contém cerca de 7 milhões de óvulos. Esse número cai para 2 milhões ao nascimento e quando ela atinge a puberdade tem aproximadamente 400.000 óvulos. Aos 37 anos ela apresenta 25 mil óvulos e daí por diante o decréscimo é rápido até chegar à última menstruação chamada de menopausa.

Por outro lado os óvulos podem apresentar algumas alterações genéticas que poderão levar a formação de uma criança com alguma síndrome genética (Síndrome de Down) ou a alterações genéticas menores principalmente relativas a número, ausência ou troca de partes cromossômicas levando a aneuploidia. As aneuploidias são responsáveis por 65 a 80% dos abortamentos do primeiro trimestre de gravidez.

Com 25 anos 17% dos óvulos de uma mulher tem algum tipo de alteração genética e com 40 anos essa taxa aumenta para 79%, isso ocorre pois o óvulo envelhece e está submetido aos diversos fatores estressantes e contaminantes que a mulher foi submetida ao longo de sua vida, causando assim um desarranjo cromossômico.

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Figura 1 Figura 2
As figuras acima mostram o alinhamento cromossômico (pontos vermelhos) de um óvulo normal de uma mulher jovem (Figura 1) e na Figura 2 observa-se o desarranjo cromossômico de um óvulo alterado de uma mulher com idade avançada, justificando o aumento da incidência de aneuploidias.

Desse modo, as pacientes com mais de 37 anos estão numa fase com um número menor de óvulos e destes quase 80% não tem qualidade suficiente para evoluir.

Por isso a chance de uma mulher de 40 anos engravidar por ano é de apenas 7%. Se compararmos com a chance de uma mulher com menos de 35 anos que é de 92% por ano é muito pouco.

Através da realização de exames pode-se avaliar a “reserva ovariana” e saber se a mulher ainda tem óvulos, assim podemos indicar um tratamento com FIV ou aconselhar a paciente a utilizar da ovodoação para engravidar. Nos casos de FIV em que a paciente utiliza os próprios óvulos é indicado a realização do Diagnóstico Genético Pré-implantacional (PGD) para detecção de alterações cromossômicas nos embriões antes de serem colocados no útero materno.

Para mais informações sobre os procedimentos realizados na Reprodução Humana, fertilização in vitro (FIV), coleta de óvulos e coleta de sêmen, agende uma consulta: 08007732166 / 11 5536-9246


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