Vacina contra Zika mostra resultado positivo em testes com camundongos

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A busca para impedir a continuação do Zika vírus não para e um estudo feito por pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde no Pará (IEC/SVS/MS), obteve sucesso. A pesquisa comprovou a capacidade de duas vacinas experimentais contra a doença em impedir a infecção pelo vírus dentro do útero de fêmeas de camundongos.

Uma das vacinas, feita com vírus atenuado foi injetada em 23 fêmeas de camundongos e um outro grupo de fêmeas de camundongos recebeu placebo. 28 dias após a vacinação das 23 fêmeas, a análise das amostras de sangue apontou altos níveis de anticorpos neutralizantes contra Zika.

Uma semana depois, os dois grupos acasalaram com machos e depois foram infectadas com vírus Zika no sexto dia de gestação. Os cientistas avaliaram as fêmeas e os respectivos embriões uma semana depois da infecção. A placenta e o tecido cerebral dos fetos do grupo imunizado com a vacina de vírus vivo atenuado apresentou claramente menores níveis de carga viral em relação ao mesmo material no grupo que tomou placebo.

A outra vacina analisada pelo estudo foi elaborada a partir de DNA recombinante do vírus Zika pelo grupo Valera, da empresa americana Moderna Therapeutics. No estudo, foram dadas a 19 fêmeas de camundongo duas doses da vacina de mRNA com 28 dias de diferença entre as doses e um grupo controle de 23 fêmeas recebeu duas doses de placebo.

49 dias após a aplicação das doses foram detectadas altas taxas de anticorpos neutralizantes contra Zika no grupo imunizado com a vacina de mRNA. 56 após a vacinação, a fêmeas acasalaram e no sexto dia de gravidez foram infectadas com o vírus Zika.

Os cientistas analisaram as fêmeas e os embriões uma semana após a infecção. O grupo protegido com a vacina apresentou níveis de RNA viral diminuído nos tecidos das mães, da placenta e dos fetos se comparados ao grupo que tomou placebo e poucos dos vacinados com o candidato de mRNA, quando desafiados com o vírus selvagem, apresentaram vírus Zika infeccioso nas placentas e nos tecidos cerebrais comparados com o grupo placebo.

Fonte – Portal Minha Vida


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