Pesquisa aponta que os pais estão educando crianças mais independentes

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Cortar a própria fruta e arrumar a mochila para a escola são pequenos gestos que estimulam o desenvolvimento da criança

Crianças de 2 a 5 anos foram observadas por pesquisadores quanto a preocupações e práticas dos pais e os resultados apontaram que embora estejamos em um tempo de futuro incerto, levando em consideração as alterações climáticas e mudanças sociais, os pais estão apostando numa educação mais exposta, deixando as crianças terem mais liberdade de exploração.

Segundo Mariana Saes, Consumer Insights e Analytics Manager da Viacom, idealizadora da pesquisa, o primeiro desejo dos pais é que seus filhos tenham experiências. Mesmo com dois ou três anos, a criança tem a possibilidade de participar de atividades domésticas e ser exposta a alguns “riscos”. “Deixar o filho cortar a própria banana com supervisão, passar a manteiga no pão, arrumar a própria mochila para a escola, são coisas pequenas, mas que geram aprendizado e uma certa independência na criança”, afirma Mariana.

O segundo desejo mais citado na pesquisa é a brincadeira. Os pais acreditam que os filhos aprendem muito através do brincar. “Muitos comentam que as crianças gostam de imitar. Fingem comprar as coisas, fingem dirigir o carro e é através desse ‘faz de conta’ que eles aprendem as regras da vida”, explica a especialista.

Já a terceira coisa que os pais desejam é que a criança se beneficie através do uso da tecnologia. A pesquisa mostrou que 68% das crianças na idade pré-escolar têm acesso ao tablet e passam cerca de 1h30 por dia com os eletrônicos nas mãos. Apesar de toda a exposição, 59% dos pais acreditam que muito tempo com as telas pode interferir negativamente no aprendizado e desenvolvimento dos filhos. Por isso a busca para compreender quais são os limites e ensinar as crianças a extrair o melhor desses recursos é muito importante.

“O que concluímos através desse levantamento é que os pais estão criando uma geração de pré-escolares prontos para a vida. Crianças que têm uma certa independência e se sentem com direito a voz”, afirma Mariana.

Fonte: Revista Pais e Filhos


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