Mães que comem a placenta: certo ou errado?

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Estudo não encontra benefícios e afirma possível infecção

Muito comum no reino animal, em que cabras, búfalos e cachorros comem a placenta logo após o nascimento de seus filhos, a atitude vem se tornando popular entre a recentes mamães, porém, um novo estudo afirma que não foram encontrados benefícios tanto para a mãe quanto ao bebê e ambos ficam expostos a infecções.

Como a placenta contém hormônios como prostaglandina e oxitocina, algumas pessoas acreditam que consumir o órgão pode aliviar a depressão pós-parto ou aumentar a produção de leite para o bebê. Em algumas culturas, a placenta pode ser consumida crua ou cozida em outros alimentos. Nos EUA, o método mais popular é desidratar, aquecer e encapsular a placenta na forma de pílula. Mas, independentemente da forma, há poucas evidências de benefícios adicionais.

“Não coma a placenta do seu bebê”, disse Dr. Amos Grünebaum, professor de obstetrícia clínica e ginecologia no Weill Cornell Medical College, de Nova York e autor sênior do estudo. “Não há benefícios, e existem riscos potenciais, como infecções. Isso pode ocorrer porque as toxinas podem se acumular na placenta durante a gravidez e a ingestão dessas toxinas colocam em risco a mamãe e o recém-nascido, especialmente se há amamentação”.

Outra fonte de contaminação pode ser feita durante a preparação da placenta para consumo. No início deste ano, um bebê teria tido infecções, cuja origem provinha de pílulas de placenta contaminadas consumidas pela mãe. O caso levou os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) a emitir uma advertência formal contra a alimentação de placenta.

“O que podemos dizer neste momento é que a decisão depende de cada mãe. Mas é importante que elas e os prestadores de cuidados médicos estejam conscientes de que existe um potencial risco infeccioso”, disse o Dr. Amos Grünebaum.

No reino animal, a alimentação da placenta é conduzida pela necessidade de nutrientes após o estresse do nascimento. Alguns cientistas também teorizam que ao comer a placenta, o animal vulnerável está removendo vestígios de sangue que, de outra forma, poderia ser uma trilha para presas.

Fonte – Portal Labroots


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