Cerca de 15% das crianças com bronquiolite precisam ser internadas

crianca-fazendo-inalacao-1200x675.jpg

Ao contrário da bronquite, que se desenvolve em crianças maiores e em adultos, a bronquiolite atinge os bebês de até seis meses de idade. O Dr. José Carlos Fernandes (CRM 59316), pediatra do Hospital da Criança, pai de Vinicius e Juliana, esclareceu algumas dúvidas sobre a bronquiolite.

O que é?

Bronquiolite é uma doença inflamatória e infecciosa que atinge o bronquíolo, uma parte específica do pulmão, através de diferentes tipos de vírus e que surge principalmente em crianças de até 6 meses de idade.

Como essa doença se desenvolve? É possível ter mais de uma vez?

A criança começa esse quadro com um resfriado, secreção nasal, podendo ou não ter febre. Os sintomas vão evoluindo e podem durar de 7 a 10 dias. Ela passa a ter dificuldade de se alimentar, a sentir cansaço, falta de ar e respiração acerelada. Eventualmente, pode ter complicações como broncopneumonia. A bronquiolite poderá se manifestar mais de uma vez por ser uma doença viral e respiratória. Outras causas podem ser a falta do leite materno, nascimento prematuro, bebês com cardiopatia ou baixa imunidade e filhos de pais fumantes ou asmáticos. Crianças que têm um quadro pulmonar grave podem apresentar a doença 3 ou 4 vezes por vírus diferentes.

Existe tratamento?

As crianças que apresentam um caso mais leve podem ficar em casa usando antitérmico quando apresentarem febre, fazer inalação e limpar bem o nariz. Cerca de 15% das crianças com bronquiolite grave precisam ser internadas. Algumas recebem oxigênio diretamente no pulmão com fisioterapia intensa.

Como prevenir?

Existem vacinas para cada tipo de vírus. Nosso sistema de saúde fornece vacinas para crianças com indicação, ou que são prematuras, tem doença cardíaca, doença pulmonar crônica e manifestam baixa imunidade. É importante ressaltar que o leite materno possui anticorpos que protegem a criança. No geral, é necessário ter mais cuidados respiratórios durante o inverno, evitar aglomerações, contato com outros doentes e cuidados higiênicos.

Fonte: Dra. Christina R. C. De Paola (CRM 66041), diretora médica responsável pelo Hospital da Criança.


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *