Terapia de células-tronco ajuda tetraplégicos a recuperarem funções

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Seis pacientes tetraplégicos tratados com a terapia de células-tronco da Asterias Biotherapeutics, empresa de biotecnologia especializada em medicina regenerativa, apresentaram melhora da função motora em suas extremidades superiores após um ano de estudo.

Com uma lesão da medula espinhal, o controle funcional do corpo fica paralisado abaixo do nível do dano. Após a pesquisa, os pacientes foram capazes de controlar músculos pelo menos dois níveis abaixo do local da lesão, que era o objetivo principal do teste. “São dados muito encorajadores, mas também são precoces”, disse o CEO, Michael Mulroy. “Até então ninguém conseguiu mostrar um benefício sustentado em 12 meses para esse tipo de lesão”.

O tratamento também foi qualificado como terapia avançada de medicina regenerativa pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA, o que garante à Asterias, que tem sede em Fremont, na Califórnia, permissão adicional da agência para desenvolver seu primeiro produto de célula-tronco. A denominação é dada a terapias celulares destinadas a tratar doenças que causam risco à vida e que tenham mostrado sinais iniciais de benefício potencial.

A melhoria permite que os pacientes tenham um papel mais ativo em atividades diárias como se alimentar, digitar, escovar os dentes ou pentear o cabelo. Um dos pacientes, Lucas Lindner, fez o primeiro arremesso em um jogo de Baseball, um ano depois de estar em tratamento. Com cada nível de recuperação, os pacientes recebem sinais cerebrais e alguma função em pontos mais abaixo na espinha, o que se traduz em algum controle dos músculos aos quais os nervos estão conectados.

Os resultados também mostram que mais pacientes chegaram a essa meta ao longo do tempo. Dois pacientes tiveram dois níveis de melhora após três meses. O terceiro alcançou esse objetivo após nove meses e o quarto, depois de um ano. “Mesmo se tivéssemos ficado no nível de 50% teria sido uma vitória”, disse o CEO.

Fonte: UOL


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