Vacina evitaria 100 mil abortos espontâneos e mortes de bebês

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21 milhões de mulheres grávidas no mundo todo são portadoras dessa bactéria

Segundo pesquisa publicada na revista médica Clinical Infectious Diseases, mais de 100 mil abortos espontâneos e mortes de recém-nascidos poderiam ser evitados caso os cientistas disponibilizassem uma vacina preventiva contra infecções provocadas pela bactéria estreptococo B, comum em mulheres grávidas.

O estudo foi apresentado na conferência anual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene, nos Estados Unidos.

Mais de 21 milhões de mulheres grávidas no mundo todo são portadoras dessa bactéria, que por muitos anos foi considerada inofensiva. Hoje, sabe-se que esse estreptococo é responsável por casos de septicemia e meningite, potencialmente mortais em recém-nascidos, e que este agente patogênico é também uma causa importante de aborto espontâneo. No momento, ainda não há vacinas disponíveis – por isso, os resultados evidenciam a necessidade urgente de desenvolver uma, segundo os autores do estudo.

A única prevenção utilizada atualmente é administrar antibióticos às mulheres no momento do parto para reduzir o risco para o bebê, o que evita 29 mil casos por ano – a grande maioria em países ricos. Essa abordagem pode ser difícil em países em desenvolvimento, onde muitos partos são feitos em casa. A vacina poderia ajudar a universalizar a prevenção.

A análise, coordenada por pesquisadores da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM, na sigla em inglês), no Reino Unido, prevê que uma vacina preventiva com 80% de eficácia administrada em 90% das mulheres no mundo todo poderia evitar 231 mil casos de infecção, prevenindo 100 mil mortes de recém-nascidos e abortos espontâneos.

Naturalmente presente e inofensivo no trato digestivo, o estreptococo B se torna patogênico quando migra para outros órgãos, causando infecções leves na população em geral. Para grávidas e seus bebês, no entanto, essas infecções podem se tornar graves.

Fonte: Revista Veja


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