Por que o número de mulheres com menopausa precoce está crescendo?

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Vamos por partes, primeiro é importante entender o que é menopausa. De acordo com o ginecologista Dr. Dirceu Henrique Mendes Pereira, menopausa é a interrupção da ovulação, o que influencia diretamente na gravidez. “Se você tiver uma pausa sem menstruar igual ou superior a 12 meses podemos dizer que está entrando nesse processo”, explica. Agora, se ela acontecer antes dos 40 anos, é considerada menopausa precoce, já que a idade fisiológica normal é entre 45 e 55 anos.

“Na verdade estamos chamando esse processo de mulheres mais novas que não menstruam mais de ‘falência ovariana precoce’”, comenta Dirceu. Segundo o médico, cada vez mais mulheres com idade entre 30 e 32 anos estão aparecendo na clínica que estão nessa situação. “Elas pararam completamente de menstruar ou menstruam menos”. Mas a pergunta que não quer calar é: por quê?

Hábitos inadequados como tabagismo, uso de drogas e até mesmo um sono bastante conturbado estão no topo da lista de possíveis causas da menopausa precoce. “Além disso, nós, médicos, acreditamos que o meio ambiente com a presença de poluentes e os alimentos com agrotóxicos também influenciam na mudança do organismo”, afirma Dirceu.

Tenha hábitos alimentares saudáveis. Se você quer evitar uma menopausa precoce, principalmente se engravidar estiver nos seus planos, procure ter uma alimentação balanceada rica em frutas, verduras e legumes da estação. Quanto mais alimentos naturais e orgânicos você ingerir, melhor para a sua saúde!

Xô estresse! Viver estressada também influencia na sua produção hormonal, parece besteira, mas manter uma vida tranquila e fugir de situações estressantes pode ajudar. E não se esqueça de dormir bem. “7 a 8 horas por dia é uma necessidade”, explica o ginecologista. Então não tem negociação, comece a ter a noite de sono que você merece.

O que fazer?

Para identificar que a mulher está nesse processo de falência de óvulos, os médicos fazem um exame que se chama hormônio antimulleriano. “Através dele é possível contar os óvulos e também a dosagem de hormônios da paciente”, conta Dirceu. A partir desse diagnóstico o próximo passo é pensar nas alternativas, caso ela esteja na menopausa precoce. “Podemos tentar uma reversão, mas dependendo do grau, a doação de óvulos é o mais aconselhável”, explica. Na segunda opção citada pelo especialista, o óvulo é fertilizado in-vitro, tornando possível a gravidez. “É um procedimento bastante efetivo”, assegura.

Fonte: Revista Pais e Filhos


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