Células-tronco esqueléticas são encontradas em humanos

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Existentes até então somente em roedores, células-tronco esqueléticas que se tornam células ósseas, cartilaginosas ou estromais foram encontradas no ser humano após pesquisa feita pela University School of Medicine.

Os pesquisadores também foram capazes de derivar as células-tronco esqueléticas de células-tronco pluripotentes induzidas pelo homem, abrindo novas possibilidades terapêuticas. “Dada a tremenda carga médica imposta pelos distúrbios esqueléticos degenerativos, neoplásicos, pós-traumáticos e pós-cirúrgicos, acreditamos que a identificação dessa célula-tronco esquelética humana e a elucidação de seu mapa de linhagem permitam o diagnóstico molecular e tratamento de doenças esqueléticas”, diz autor sênior do estudo Michael Longaker.

Os tecidos esqueléticos como, por exemplo, o osso possui um potencial regenerativo excepcional. Os defeitos ósseos se curam prontamente e alguns vertebrados podem regenerar porções inteiras de seus membros. Mas as capacidades regenerativas dos tecidos esqueléticos em outros vertebrados são mais restritas. Por exemplo, ossos em camundongos e humanos podem se recuperar de defeitos de tamanho pequeno a moderado, mas os tecidos de cartilagem de adultos possuem pouca ou nenhuma habilidade regenerativa. Além disso, tanto camundongos quanto humanos apresentam degeneração severa relacionada à idade dos tecidos esqueléticos ao longo do tempo.

A disfunção esquelética pode levar a um amplo espectro de condições de saúde que vão desde doenças relacionadas à idade, como osteoporose e osteoartrite, até lesões esqueléticas não cicatrizadas, distúrbios sangüíneos e até mesmo câncer. Apesar de seu impacto significativo na saúde e na doença, as opções de tratamento destinadas a melhorar a função esquelética são atualmente limitadas. Um grande obstáculo é que a regulação das células-tronco no sistema esquelético humano permanece amplamente inexplorada.

No novo estudo, Longaker e seus colaboradores abordaram essa lacuna no conhecimento, identificando e caracterizando células-tronco esqueléticas humanas e descendentes de ossos e cartilagens a jusante em uma variedade de tecidos. Estas células auto-renovadoras e multipotentes estavam presentes tanto nos tecidos da medula óssea humana fetal como no adulto e poderiam ser derivadas de células estaminais pluripotentes induzidas (iPSCs). Ao definir as relações entre as células-tronco esqueléticas humanas e as progenitoras esqueléticas a jusante, os pesquisadores criaram um mapa de linhagem detalhado da formação de tecidos esqueléticos mediada por células-tronco em humanos.

Fonte: Portal Scienci Daily


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