Pesquisadores transplantam células-tronco para tratar Parkinson

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Paciente de 50 anos será monitorado nos próximos dois anos no Japão

Pesquisadores japoneses fizeram transplante de células-tronco para o cérebro de um paciente, em um ensaio inovador que busca curar o mal de Parkinson. A equipe da Universidade de Kyoto injetou células-tronco pluripotentes induzidas (iPS) – que têm o potencial de se desenvolver em qualquer célula do corpo – no cérebro de um paciente com aproximadamente 50 anos.

O homem ficou estável depois da operação que durou cerca de três horas e será monitorado por dois anos, acrescentou a universidade. Os pesquisadores injetaram 2,4 milhões de células iPS no lado esquerdo do cérebro do paciente e se nenhum problema for observado nos próximos seis meses, eles irão implantar mais 2,4 milhões de células no lado direito.

As células iPS de doadores saudáveis foram desenvolvidas em precursores de células cerebrais produtoras de dopamina, que não estão mais presentes em pessoas com mal de Parkinson.

A operação aconteceu depois que a universidade anunciou em julho que realizaria o estudo com sete participantes de entre 50 e 69 anos. O mal de Parkinson é um distúrbio neurológico crônico degenerativo que afeta o sistema motor do corpo, muitas vezes causando tremores e outras dificuldades no movimento. Em todo o mundo, cerca de 10 milhões de pessoas são afetadas pela doença, de acordo com a Fundação da Doença de Parkinson.

As terapias atualmente disponíveis “melhoram os sintomas sem retardar ou interromper a progressão da doença”, diz a fundação e o ensaio com humanos chega após um teste anterior envolvendo macacos. Pesquisadores anunciaram no ano passado que primatas com sintomas de Parkinson recuperaram uma mobilidade significativa depois que células iPS foram inseridas em seus cérebros.

As células iPS são criadas estimulando células maduras e já especializadas, para que voltem ao estado juvenil – basicamente clonagem sem a necessidade de um embrião. As células podem ser transformadas em uma variedade de tipos de células, e seu uso é um setor-chave da pesquisa médica.

Fonte: PortalG1


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