Puberdade desperta células-tronco mamárias adormecidas em adolescentes

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Pesquisadores do Walter and Eliza Hall Institute of Medical Research descobriram que o crescimento das glândulas mamárias produtoras de leite e desencadeadas durante a puberdade, despertam também células-tronco adormecidas após receber uma proteína apelidada de FoxP1. A pesquisa foi publicada na revista Developmental Cell .

A pesquisa expande o conhecimento de como a glândula mamária – um componente da mama humana – se desenvolve a partir de células-tronco, sustentando uma melhor compreensão de que defeitos neste processo podem levar ao câncer de mama.

A pesquisa foi conduzida por Dr. Nai Yang Fu, pela professora Jane Visvader e o professor Geoff Lindeman, também médico oncologista no Royal Melbourne Hospital e no Peter MacCallum Cancer Center, em colaboração com o professor Gordon Smyth e sua equipe de bioinformática.

Acordando as células-tronco

Células-tronco na glândula mamária existem em um estado amplamente adormecido ao longo da vida. Na puberdade, essas células-tronco precisam ser “acordadas” para impulsionar a rápida expansão da glândula mamária, disse o professor Visvader.

“As células-tronco mamárias estão prontas para um sinal para começar a se dividir. Descobrimos que um gene chamado FoxP1 é uma parte essencial deste sinal na puberdade e no adulto. Ele desliga a produção de outras proteínas dentro das células, reprimindo seus genes e as células-tronco acordam e começam a se dividir, aumentando o crescimento da glândula mamária”, disse professora Jane Visvade.

A importância do trabalho em equipe

O projeto contou com a colaboração entre cientistas com diversas habilidades, disse o professor Visvader.

“Este projeto reuniu especialistas em biologia celular, biologia do desenvolvimento, bioinformática e imagens para resolver a questão de como as células-tronco mamárias são despertadas na puberdade e no tecido mamário adulto. Ainda estamos procurando as conexões precisas que ligam os hormônios femininos e FoxP1, mas estamos um passo mais perto de compreender o processo detalhado de desenvolvimento da mama. Isso também está nos ajudando a conectar células defeituosas que contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama”, disse ela.

A pesquisa foi apoiada pelo Conselho Nacional Australiano de Pesquisa Médica e de Saúde, pela Fundação Australiana de Pesquisa do Câncer, pela Cure Cancer Australia, pela National Breast Cancer Foundation, pela Victorian Cancer Agency e pelo Governo de Victoria.

Fonte: Science Daily


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