Ministério da Saúde: 94% das crianças com coronavírus têm sintomas leves
E mais: em 25% dos casos, os pequenos não apresentam sintomas da doença
Após a coletiva em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, pela primeira vez, que crianças já morreram por causa do coronavírus, o assunto voltou a ser discutido pelo Ministério da Saúde. Dessa vez, o pronunciamento foi um reforço sobre os pequenos não serem os mais propícios a contraírem a doença, ainda que o caso citado tenha acontecido.
“Não falamos de morte, mas de que as crianças ficam doentes.94% dos sintomas em crianças são leves e 25% não têm sintomatologia. E no único estudo que está documentado e publicado sobre o surto da China, somente uma criança, de sete anos, não sabemos se tinha alguma doença ou comorbidade de base, morreu. As crianças e as grávidas sempre vão ser um grupo para priorizar em uma pandemia. Mas os dados dessa nos mostram que os adultos e os idosos são mais vulneráveis.”, enfatizou a médica Socorro Gross, representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) no Brasil.
A especialista ainda esclareceu que isso não significa que os pequenos não fiquem doentes. Mas que a probabilidade de eles terem um quadro que evolua ao ponto de precisarem de internação e faleçam em decorrência do coronavírus é menor. Questionado pelos jornalistas, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, respondeu sobre o quão viável é realizar testes em todos os casos suspeitos da doença, como havia sido pedido pela OMS.
João Gabbardo também explicou que o pedido por mais testes para que um número maior de pessoas seja atendido está em debate. “É possível que o Ministério da Saúde faça uma aquisição e importação de testes rápidos, que não dependem do envio de material para o laboratório, para ampliar a quantidade de pessoas que serão testadas. Isso ainda está em fase de discussão interna no Ministério da Saúde e com os nossos técnicos, especialistas que estão nos assessorando e nos ajudando nas tomadas de decisões”.
Fonte: portal www.bebe.com.br