Células-tronco podem auxiliar no tratamento de pessoas com espectro autista

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Entenda como o método pode beneficiar quem sofre com o transtorno

No dia 18 de junho comemora-se o Dia do Orgulho Autista. Entre todas as simbologias da data, uma delas destaca a importância de conscientizar as pessoas sobre os avanços feitos acerca do tema. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se apresenta de diferentes formas e graus e que são decorrentes de fatores genéticos e ambientais, comprometendo a comunicação social e restringindo atividades e interesses dos indivíduos.

“Embora não exista uma cura, alguns tratamentos podem contribuir para que a pessoa identificada com o distúrbio tenha uma melhora na qualidade de vida, como é o caso da terapia celular, que nos últimos anos tem sido estudada como intervenção terapêutica para pacientes com autismo”, informa Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

Estudos realizados na China mostram que 37 pacientes, com idades entre 3 e 12 anos, do Shandong Jiaotong Hospital e do Shandong Rehabilitation, foram submetidos ao tratamento e, no final da pesquisa, concluiu-se que a maior parte dos indivíduos monitorados demonstraram avanço em relações interpessoais, consciência corporal, dificuldade de fala, hiperatividade, entre outros aspectos.

Além disso, a Universidade de Duke, no estado de Carolina do Norte nos EUA, realizou um estudo com 25 crianças afetadas pelo TEA e 70% dos pacientes demonstraram melhoras nos sintomas como dificuldade de expressão verbal e não-verbal e comportamentos repetitivos.

Assim como o sangue do cordão umbilical, que vem apresentando importantes resultados clínicos no que diz respeito a diversas patologias, a polpa do dente de leite também tem se tornado uma grande aliada na terapia celular. Aqui no Brasil, pesquisadores do projeto Fada do Dente, da Universidade de São Paulo, extraem o material e buscam entender melhor seus efeitos para o autismo.

“É importante ressaltar que ainda que as pesquisas estejam em constante crescimento, já é possível perceber que o procedimento a partir das células-tronco já é uma esperança para famílias que enfrentam a situação do autismo”, finaliza Dr. Nelson.


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