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CLASSIC LIST

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Quando vem se aproximando a reta final da gravidez, começa a bater aquela preocupação do que levar na bolsa de maternidade. Por aí está nessa fase?

Começa a bater também a dúvida sobre o que é essencial e o que não será necessário nesse primeiro momento da chegada do bebê. E por isso é importante ter um checklist de tudo o que não poderá ficar de fora na hora de correr para a maternidade!

Confira o checklist do que levar na bolsa da maternidade que preparamos nesse post. Aproveita para printar e salvar por aí!

Na mala do bebê, as primeiras roupinhas e alguns itens de higiene pessoal são imprescindíveis. Bora conferir essa lista!

  • 6 conjuntinhos de roupas. Aqui pode ser macacão e casaquinho ou casaco e calça ou vestido e casaco.
  • Touca, sapatinhos quentinhos e luvinhas;
  • 6 bodies de manga longa para usar por baixo dos conjuntos;
  • 6 mijões para usar por baixo dos conjuntos;
  • 6 pares de meias para usar por baixo dos conjuntos;
  • 2 ou 3 mantas (pode ser uma mais leve e outra mais quentinha);
  • 6 fraldas de boca;
  • Pente e escova próprios para recém nascido;
  • Saquinhos para colocar roupa suja;
  • Bebê conforto (acredite, muitos pais esquecem esse item fundamental! Mas o bebê não sairá da maternidade sem ele);
  • 1 pacote de fralda tamanho RN ou P.

Fonte: Bolsa de maternidade: checklist dos itens essenciais | Blog da LVBB (lavembebe.com.br)


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O segredo para um transplante de medula óssea mais seguro pode estar nas células-tronco do corpo humano. É o que descobriram cientistas australianos!

Pesquisadores do Murdoch Children’s Research Institute (MCRI) desenvolveram um método para transformar células-tronco personalizadas em células-tronco hematopoiéticas, que podem assumir qualquer forma de célula sanguínea.

“A capacidade de retirar qualquer célula de um paciente, reprogramá-la e em uma célula-tronco e então transformá-la em células sanguíneas especificamente compatíveis para transplante terá um impacto enorme na vida desses pacientes vulneráveis”, disse Elizabeth Ng, professora associada do MCRI.

Transplante de medula

Para diversas doenças do sangue e da medula óssea, o transplante de medula é a melhor opção de tratamento.

Entretanto, a operação traz risco. A incompatibilidade das células do doador pode levar a ataques ao tecido do corpo, causando inflamação e até mesmo a morte. Agora, isso pode estar prestes a mudar.

O estudo

Primeiro, a equipe realizou o procedimento de retirar células humanas do cabelo, pele e unhas. Depois, elas foram reprogramadas para se transformarem em células-tronco “pluripotentes” ou “multipotentes”.

As pluripotentes são encontradas em embriões e bebês humanos e são responsáveis por assumir a forma de qualquer célula do corpo.

O objetivo era transformar os pluripotentes em células-tronco hematopoiéticas, que assumem qualquer forma de célula sanguínea.

“Antes deste estudo, desenvolver células-tronco sanguíneas humanas em laboratório que fossem capazes de serem transplantadas para um modelo animal de falha da medula óssea para produzir células sanguíneas saudáveis ​​não era possível. Desenvolvemos um fluxo de trabalho que criou células-tronco sanguíneas transplantáveis ​​que espelham de perto aquelas do embrião humano”, explicou Elizabeth.

Transplante em camundongos

Os resultados incríveis foram publicados na Nature, uma das revistas científicas mais conceituadas do mundo.

Camundongos imunodeficientes foram injetados com as células-tronco sanguíneas humanas projetadas em laboratório.

No corpo dos animais, essas células-tronco se tornaram medula óssea funcional em níveis semelhantes ao observados em transplantes de células sanguíneas do cordão umbilical. Com isso, os pesquisadores conseguiram um marco incrível!

“Desenvolver células-tronco sanguíneas personalizadas e específicas para o paciente evitará essas complicações, abordará a escassez de doadores e, junto com a edição do genoma, ajudará a corrigir as causas subjacentes de doenças sanguíneas”, disse Andrew Elefante, outro pesquisador no estudo.

Congelando o cultivo

E não para por aí. O grupo descobriu ainda que as células-tronco cultivadas em laboratório poderiam ser congeladas antes de serem transplantadas para os roedores.

Isso imita o processo de preservação de células sanguíneas de doadores antes de serem transplantadas para os pacientes.

“Ao aperfeiçoar métodos de células-tronco que imitam o desenvolvimento das células-tronco sanguíneas normais encontradas em nossos corpos, podemos entender e desenvolver tratamentos personalizados para uma série de doenças do sangue, incluindo leucemias e insuficiência da medula óssea”, finalizou o professor do MCRI, Ed Stanley, em entrevista à Instituição.

Fonte: Células-tronco podem tornar transplante de medula óssea mais seguro, dizem cientistas | Só Notícia Boa (sonoticiaboa.com.br)


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Zac Efron, 36, contou ter passado por um tratamento com células troncos.

O que aconteceu?

O tratamento veio após o ator ficar com uma série de lesões decorrentes das filmagens do drama ‘Garra de Ferro’ (2023). Zac deu vida ao ex-astro de luta livre Kevin Von Erich.

No Instagram, Efron fez um post falando sobre os procedimentos pelos quais passou.Ele ainda explicou como a fisicalidade do filme impactou em sua saúde. “Eu me comprometo integralmente com os meus papéis, algo que amo, mas isso acaba tendo consequências – as minhas costas ficaram zoadas após ‘Garra de Ferro’, mesmo depois de meses de fisioterapia”.

O artista ainda disse que voltou para a academia. “Curioso em relação a terapias com células-tronco, entrei em contato com o Dr. Khan e ele tirou todas as minhas dúvidas e me deixou confiante. Agora, seis meses depois do tratamento, estou de volta à academia e constatando melhoras”.

Ele concluiu dizendo que está animado. “Empolgado em explorar as próximas tecnologias de longevidade (…) Vou mantê-los informado do meu progresso!”.

Fonte: Zac Efron faz tratamento com células tronco após contusões em filme (uol.com.br)


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Um relatório recente publicado pela Scientific American revelou uma notícia promissora: um paciente com HIV/AIDS foi curado após receber um transplante de células-tronco. Essa descoberta traz esperança, mas também muitas perguntas. Afinal, este não é o primeiro caso em que alguém é declarado livre do HIV após esse tratamento arriscado. Identificado pela primeira vez há mais de 40 anos, o HIV continua a ser um desafio na medicina moderna.

O que torna esse tratamento tão especial? E quais são os avanços que a ciência tem feito para encontrar uma cura definitiva para o HIV? Vamos explorar essas questões e entender melhor os mecanismos por trás dessas novas descobertas.

Como Funciona o Tratamento com Células-Tronco para o HIV?

O tratamento com células-tronco que resultou na cura do HIV envolve um processo complexo e arriscado. Basicamente, ele se baseia na substituição das células infectadas do paciente por células-tronco doadas, que têm resistência natural ao vírus. Este procedimento é conhecido como transplante de medula óssea.

Mas por que as células-tronco doadas são resistentes ao HIV? A resposta está em uma mutação genética, conhecida como CCR5-delta 32, que impede o vírus de entrar nas células. Portanto, quando o paciente recebe um transplante de uma pessoa que possui essa mutação, o vírus não consegue se replicar efetivamente.

Qual é o Futuro da Cura do HIV?

Os pesquisadores continuam buscando métodos mais seguros e eficazes para curar o HIV. Além dos transplantes de células-tronco, outras abordagens incluem:

  • Edicação Gênica: Técnicas como CRISPR estão sendo testadas para eliminar o HIV do DNA humano.
  • Imunoterapias: Terapias que fortalecem o sistema imune do paciente para combater o vírus.
  • Vacinas Terapêuticas: Desenvolvidas para ajudar o corpo a controlar o vírus sozinho.

Apesar dos desafios, o progresso é claro, e a esperança de uma cura definitiva para o HIV nunca foi tão real. Com cada descoberta, estamos um passo mais perto de transformar essa esperança em realidade.

Fonte: Estudo revela novas possibilidades para o tratamento do HIV (istoe.com.br)


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Um novo estudo demonstrou o potencial da terapia com células-tronco para tratar pessoas com doença de Hirschsprung

Um novo estudo liderado por pesquisadores da UCL e da Universidade de Sheffield, demonstrou o potencial da terapia com células-tronco para tratar pessoas com doença de Hirschsprung. A doença de Hirschsprung é uma condição rara em que algumas células nervosas estão ausentes no intestino grosso. Isso significa que o intestino não se contrai e não pode mover as fezes, o que significa que pode ficar bloqueado. Isso pode causar constipação e, às vezes, levar a uma infecção intestinal grave chamada enterocolite.

Cerca de 1 em cada 5000 bebês nascem com a doença de Hirschsprung. A condição geralmente é detectada logo após o nascimento e tratada com cirurgia o mais rápido possível, no entanto, os pacientes frequentemente sofrem sintomas debilitantes e ao longo da vida, com vários procedimentos cirúrgicos frequentemente necessários.

Opções alternativas de tratamento são, portanto, cruciais. Uma opção que tem sido explorada pelos pesquisadores envolve o uso de terapia com células-tronco para gerar precursores de células nervosas, que então produzem os nervos ausentes no intestino daqueles com doença de Hirschsprung após o transplante. Isso, por sua vez, deve melhorar a funcionalidade do intestino.

No entanto, este procedimento não foi realizado em tecido humano de pessoas com doença de Hirschsprung até agora. A pesquisa, publicada na Gut e financiada pelo Conselho de Pesquisa Médica, é um esforço colaborativo entre pesquisadores da UCL e da Universidade de Sheffield, que começou em 2017.

Pesquisadores da Universidade de Sheffield se concentraram na produção e análise de precursores nervosos a partir de células-tronco. Estes foram então enviados para a equipe da UCL, que preparou o tecido intestinal do paciente, realizou o transplante e a manutenção do tecido e, em seguida, testou a função dos segmentos de tecido.

O estudo envolveu a coleta de amostras de tecido doadas por pacientes GOSH com doença de Hirschsprung como parte de seu tratamento de rotina, que foram então cultivadas em laboratório. As amostras foram então transplantadas com precursores de células nervosas derivadas de células-tronco, que então se desenvolveram nas células nervosas cruciais dentro do tecido intestinal.

É importante ressaltar que as amostras de intestino transplantadas mostraram maior capacidade de contração em comparação com o tecido controle, sugerindo melhor funcionalidade do intestino naqueles com a doença.

O investigador principal, Dr. Conor McCann (UCL Great Ormond Street Institute of Child Health) disse: “Este estudo é um verdadeiro avanço em nosso trabalho de terapia celular para a doença de Hirschsprung. Isso realmente mostra o benefício de reunir a experiência de diferentes grupos, o que esperamos beneficiar crianças e adultos que vivem com a doença de Hirschsprung no futuro.

O Dr. Anestis Tsakiridis, pesquisador principal da Universidade de Sheffield, disse: “Esta foi uma colaboração fantástica, liderada por dois talentosos cientistas em início de carreira, Dr. Ben Jevans e Fay Cooper. Nossas descobertas lançaram as bases para o futuro desenvolvimento de uma terapia celular contra a doença de Hirschsprung e continuaremos nossos esforços para trazer isso para a clínica nos próximos anos.”

Os resultados deste estudo demonstram pela primeira vez o potencial da terapia com células-tronco para melhorar a funcionalidade do intestino em pessoas com doença de Hirschsprung, o que, por sua vez, pode levar a melhores sintomas e melhores resultados para indivíduos com a doença.

Os pesquisadores agora solicitarão mais financiamento para ensaios clínicos para desenvolver esse tratamento.

Fonte: Importante passo em frente na terapia com células estaminais para doenças intestinais raras | Diário da Ciência (sciencedaily.com)


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Mais de 8 milhões de bebês nasceram com essa tecnologia só nos Estados Unidos

Se você falar com um grupo de 100 pessoas nascidas nos Estados Unidos, é provável que duas delas tenham nascido como resultado de Fertilização in Vitro (FIV), de acordo com o Zev Williams, diretor do Centro de Fertilidade da Universidade de Columbia.

“Em muitos aspectos, a Fertilização in Vitro é na verdade um dos grandes triunfos dae mdicina moderna (…) Uma coisa que é útil saber é o quão comum ela é. Cerca de 2% dos nascimentos nos EUA são resultado de Fertilização in Vitro: mais de 8 milhões de bebês nasceram com essa tecnologia”, afirma.

Outra tecnologia importante para o processo de Fertilização in Vitro é a criopreservação do embrião, que é o congelamento após a fertilização do óvulo. A Suprema Corte do Alabama decidiu na última sexta-feira (16) que embriões congelados são crianças e seriam protegidos pela Lei estadual de Morte Injusta de uma Criança.

A decisão sem precedentes da Suprema Corte do Alabama sobre embriões congelados pode afetar os tratamentos de Fertilização in Vitro, alertam os críticos. Enquanto os especialistas em infertilidade alertam sobre o impacto da reprodução assistida falhada, outros especialistas falaram com a CNN para compartilhar o que as pessoas devem saber sobre a Fertilização in Vitro e o congelamento de óvulos.

O que é Fertilização in Vitro?

A Fertilização in Vitro ocorre quando um óvulo é removido do corpo de uma mulher e combinado com o esperma em um laboratório antes de ser implantado, explica Eve Feinberg, professora associada de obstetrícia e ginecologia na Feinberg School of Medicine, Northwestern University.

Para conseguir isso, os pacientes são submetidos a injeções de fertilidade de oito a 10 dias com hormônios que ajudam seus óvulos a amadurecerem, diz Mamie McLean, especialista em infertilidade da Alabama Fertility em Birmingham. Os procedimentos de retirada de óvulos são realizados em regime ambulatorial ou hospitalar e, às vezes, sob sedação consciente, acrescenta McLean.

Após a fertilização, os médicos observam o desenvolvimento dos embriões. Feinberg diz que o que se vê com frequência é que a reprodução humana é realmente ineficiente.

Se 10 óvulos forem expostos ao esperma, cerca de sete serão fertilizados, observa ele. Desses sete, apenas 25% a 50% crescerão em laboratório por tempo suficiente para serem considerados um embrião mais maduro chamado blastocisto, acrescenta Feinberg.

A partir daí, dependendo da idade do paciente, o blastocisto tem entre 10% e 60% de chance de virar bebê, afirma.

Quando a Fertilização in Vitro é útil?

A Fertilização in Vitro foi desenvolvida pela primeira vez na década de 1970 para ajudar mulheres que bloquearam as trompas de falópio, a parte do sistema reprodutivo onde convergem o espermatozoide e o óvulo, diz McLean.

Desde então, foi expandido para ajudar a concepção em muitos outros contextos, como para pessoas com abortos recorrentes, infertilidade masculina, aquelas que utilizam barriga de aluguel e aquelas para quem outros tratamentos de fertilidade falharam, acrescenta. “É o nosso tratamento de maior sucesso”, diz McLean.

A tecnologia também permitiu que casais com doenças genéticas testassem os seus embriões e transferissem apenas aqueles que não seriam afetados por essas doenças, diz Williams.

Por que congelar embriões?

Congelar embriões é útil para testes genéticos, diz Feinberg.

Os médicos coletam amostras de células de embriões para testá-los em busca de doenças ou anomalias genéticas, mas esses testes podem levar de duas a quatro semanas para serem realizados, observa ele. Enquanto isso, o congelamento dos óvulos os mantém viáveis ​​enquanto os profissionais de saúde investigam os fatores genéticos.

As pacientes também podem optar por congelar os embriões quando não pretendem engravidar imediatamente, explica Feinberg. Geralmente há taxas de sucesso mais altas quando os embriões fertilizados são congelados, e não apenas o óvulo, acrescenta.

Também podem fazer a FIV por razões médicas, como antes da quimioterapia para o tratamento do câncer, que pode danificar os ovários. Ou também porque não estão na fase certa da vida para conceber, mas querem ter mais hipóteses de engravidar no futuro, diz Feinberg.

Se um ciclo de Fertilização in Vitro resultar em vários embriões, congelá-los pode manter aqueles que não foram implantados viáveis ​​para uso futuro, diz McLean.

E embora no passado fosse comum implantar vários embriões, o congelamento de embriões permite aos médicos preservarem os outros para uso futuro, para que um embrião possa ser implantado de cada vez, o que é muito mais seguro para o paciente e para o futuro bebê, explica Williams.

Por que não fertilizar apenas um óvulo?

“A ciência por trás da Fertilização in Vitro realmente mostra que um único óvulo fertilizado não é suficiente”, diz Feinberg.

Se as suas pacientes dizem que querem dois ou três filhos, Feinberg incentiva o congelamento de dois a quatro embriões para cada um, diz ele.
Quando um embrião congelado é aquecido para implantação, há uma taxa de sobrevivência de cerca de 95%, o que significa que 5% não sobreviverão, detalha Feinberg.

A maioria das pacientes necessita de pelo menos duas ou três transferências antes de engravidar, acrescenta McLean.

Os médicos agora tentam limitar o número de vezes que recuperam óvulos e estimulam os ovários de uma paciente porque isso acarreta riscos à saúde e custos consideráveis, observa ele.

Mas as famílias podem optar por limitar o número de óvulos fertilizados para criar embriões e, antes de se submeterem à Fertilização in Vitro, falar com o seu médico sobre as suas considerações morais e éticas pessoais, esclarece McLean.

Fonte: Fertilização in Vitro: o que é e quando é recomendada? | CNN Brasil


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Um novo método desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, aprimorou o processo de criação de células produtoras de insulina a partir de células-tronco. Segundo o estudo, agora é possível produzir as células desejadas a uma taxa de 90%.

Antes, o método utilizado gerava apenas 60% das células-alvo. De modo geral, a ideia é que isso se torne um tratamento sem injeções para pessoas diabéticas. Aquelas com com diabetes tipo 1 não possuem células funcionais das ilhotas do pâncreas para produzir insulina. Por isso, devem tomá-la constantemente por meio de injeções ou de uma bomba contínua.

Apenas assim conseguem manter o funcionamento adequado do organismo, controlando a quantidade de açúcar no sangue e convertendo glicose em energia para as células. “O que estamos tentando fazer aqui é olhar além do horizonte e tentar imaginar como será o cuidado com o diabetes daqui a 15, 20, 30 anos”, afirmou James Shapiro, autor do estudo.

“Eu não acredito que as pessoas estarão mais injetando insulina, usando bombas e sensores”, completou. Os resultados do estudo foram publicados em artigo na revista Cell. Diversos cientistas estão na busca pela compreensão e viabilização de tratamentos para diabetes tipo 1 que utilizam células-tronco.

Recentemente, três pessoas alcançaram a independência da insulina injetável após receberem um transplante de células produtoras do hormônio, geradas a partir de células-tronco.

Entenda a nova pesquisa

Primeiramente, os cientistas coletaram células-tronco do sangue de um paciente com diabetes. Em seguida, eles utilizam processos químicos que direcionam o desenvolvimento delas para que se tornem células produtoras de insulina, como as do pâncreas. A este mecanismo, eles chamam de “diferenciação direcionada”.

Depois, os pesquisadores trataram essas células com um medicamento anti-tumoral conhecido como inibidor AKT/P70 AT7867. Isso resultou em uma eficiência maior na “diferenciação direcionada”.

Além disso, as células resultantes do processo eram menos propensas a produzir cistos indesejados, que podem prejudicar a produção do hormônio. Por fim, quando foram transplantadas em ratos de laboratório, as células também controlaram a glicose no sangue sem necessidade de injeções de insulina durante um tempo.

Agora, a equipe de pesquisadores espera eliminar as últimas barreiras do processo, fazendo com que o método alcance 100% de conversão em células pancreáticas funcionais.

O avanço na ciência

Mais estudos de segurança e eficácia precisarão ser realizados antes que ensaios clínicos, nos quais o transplante dessas células será feito em humanos.

Contudo, os pesquisadores envolvidos acreditam que utilizar o próprio sangue do paciente para cultivar células que produzem insulina é um avanço na viabilidade do tratamento. Isso porque, da maneira como é feito hoje, as pessoas que recebem essas células doadas devem tomar medicamentos anti-rejeição durante toda a vida.

Fazendo esse processo do próprio sangue do paciente, talvez isso não seja necessário, eles acreditam.

Fonte: Diabetes: estudo traz tratamento sem injeção com células-tronco (uol.com.br)


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Tratamento foca nas células-tronco de forma menos tóxica e mais eficaz. A abordagem se mostrou bastante eficiente em pacientes com idade avançada e em debilitados. Foi utilizado o interferon tipo II (IFNy), substância naturalmente produzida pelo sistema imunológico

Cientistas da City of Hope, instituição líder em pesquisa e tratamento do câncer nos Estados Unidos, anunciaram uma descoberta promissora na luta contra a leucemia. Publicado, na revista Blood, o estudo revela uma abordagem inovadora, testada em tecido humano e animais, para combater as células-tronco da leucemia mieloide aguda (LMA), conhecidas por sua resistência aos tratamentos convencionais e propensão à recidiva.

Essa nova estratégia terapêutica, desenvolvida pela equipe, visa as células-tronco da leucemia de forma menos tóxica e potencialmente mais eficaz. A abordagem é especialmente boa para pacientes mais velhos e debilitados que não podem se submeter a transplantes de células-tronco, atualmente a única cura disponível para a LMA.

O cerne da inovação reside no interferon tipo II (IFNy), uma substância naturalmente produzida pelo sistema imunológico que perturba a capacidade das células-tronco da leucemia de se multiplicarem e disseminarem a doença. No entanto, o desafio estava em superar o estímulo do IFNy à proteína CD38, que suprime a resposta imunológica do corpo.

Os pesquisadores desenvolveram um anticorpo denominado CD38-BIONIC, que atua como uma ponte entre as células T do sistema imunológico e as células estaminais da leucemia que expressam CD38. A conexão permite que o sistema imunológico ataque seletivamente as células cancerígenas, sem danificar as estruturas saudáveis do sangue ou as células imunológicas. A abordagem não danificou células-tronco sanguíneas saudáveis ou células imunológicas em tecidos humanos, ou modelos de camundongos com LMA.

“O CD38 foi explorado com sucesso como alvo terapêutico no mieloma múltiplo e outras formas de leucemia”, frisou, em nota, Flavia Pichiorri. “No entanto, como as células estaminais da LMA são principalmente CD38 negativas, os cientistas não priorizaram o CD38 como alvo terapêutico para a leucemia mieloide aguda recidivante.”

Para John Williams, coautor do estudo e professor da City of Hope, o formato compacto do BIONIC leva a um ponto de conexão eficiente do sistema imunológico com a explosão positiva para CD38. “O que impulsiona a produção de IFNy. As células-tronco da leucemia reagem ao IFNy, pintando-se com CD38, o que, por sua vez, permite que sejam alvo do CD38-CD3 BIONIC.”

Marcucci completou afirmando que o novo mecanismo e o direcionamento da abordagem local permitirão eliminar células-tronco de leucemia que poderiam estar adormecidas. “A nossa esperança e nosso objetivo são que a erradicação das células estaminais da leucemia diminua e até elimine o risco de recidiva da doença em pacientes com LMA, mas é necessário fazer muito mais investigação para traduzir a nossa investigação pré-clínica em tratamento humano.”

Phillip Scheinberg, chefe da hematologia do Centro de Oncologia e Hematologia da Beneficência Portuguesa de São Paulo, detalha que a estratégia torna visível para o sistema de defesa células que antes não poderiam ser notadas. “Você tira o esconderijo, tira a capacidade da célula se tornar invisível, a partir daí o anticorpo vem e mata essa célula que antes não conseguiria eliminar.”

O especialista reforça a necessidade de testes mais amplos. “Essa tecnologia foi avaliada em modelo animal. Eventualmente vai ser testada em humanos, mas é uma estratégia bem interessante, diferente, e mostra a robustez e a diversidade em que esses anticorpos que têm.”

Segundo a publicação, o resultado abre novas perspectivas no tratamento da LMA, oferecendo esperança para pacientes que lutam contra a doença. Embora seja necessário mais pesquisa para traduzir esses resultados em tratamentos humanos, a descoberta representa um avanço significativo na batalha contra a leucemia.

Vantagens

“Se aplicada em humanos, a principal vantagem da abordagem é de ser um tratamento específico. Em geral para esses casos, são utilizados quimioterapia e transplante de medula óssea. As células normais são muito danificadas nesses tratamentos, uma vez que radioterapia e quimioterapia não são (terapias) específicas. Quando você tem um alvo, no caso o CD38, diminuem também os efeitos adversos e colaterais nas células normais do paciente, fazendo com que o tratamento seja mais específico, aumentando a efetividade, pois está destruindo apenas a ‘célula de interesse’ e com menor chance de efeitos adversos sistêmicos, ou seja, no restante das células que não são de leucemia.”

Renato Cunha, hematologista e líder do Programa de Terapia Celular da Oncoclínicas


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Resultados preliminares de um estudo inédito em seres humanos realizado por cerca de 20 anos sugerem que o transplante de células-tronco neurais é seguro e, após um mês, melhora a função motora em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico crônico.

Quase todos os pacientes apresentaram alguma melhora em um desfecho primário de eficácia baseado na alteração do escore motor total na escala de Fugl-Meyer. Após 12 meses, 8 dos 12 pacientes tiveram melhora ≥ 10 pontos (considerada clinicamente significativa), e três deles atingiram esse mesmo ponto de corte em um intervalo temporal ainda menor.

“Os pacientes apresentaram melhoras após um mês, melhoraram ainda mais com três meses [de tratamento] e tinham quadros estáveis aos seis meses. Então, observamos algo que nunca havia sido visto em nenhum dos estudos anteriores realizados em pacientes transplantados: uma intensificação da recuperação entre 6 e 12 meses, com melhora média de 11,8 pontos (versus 9,3 pontos aos seis meses [de tratamento])”, disse o médico e pesquisador Dr. Gary K. Steinberg, Ph.D., codiretor no Stanford Stroke Center da Stanford University School of Medicine, nos EUA.

Os achados foram apresentados em 4 de maio na Reunião Anual de 2024 da American Association of Neurological Surgeons (AANS).

Poucas opções de tratamento

Atualmente, com exceção da estimulação do nervo vago associada à reabilitação intensiva, aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em 2021, não existe nenhum tratamento para restaurar perdas funcionais em pacientes com AVC isquêmico crônico.

Há 24 anos, o Dr. Gary e sua equipe desenvolveram um produto composto por células-tronco neurais derivadas de embriões humanos (células NR1). Dados pré-clínicos em diferentes modelos provenientes deste e de outros laboratórios mostraram que o transplante de células-tronco pode intensificar a recuperação de pacientes com AVC.

Vinte anos depois, a FDA aprovou o atual estudo de fase 1/2a em humanos.

Os 18 pacientes participantes tinham entre 18 e 75 anos e haviam sofrido um AVC isquêmico subcortical na região da artéria cerebral média em um intervalo de seis meses a cinco anos antes do início da pesquisa. Além disso, eles apresentavam escore de Rankin modificado de 3 ou 4, tinham déficit motor estável e haviam passado por reabilitação. Foram excluídos pacientes que apresentavam lesões isquêmicas com volume < 1 cm3 ou > 100 cm3 em imagens de ressonância magnética.

As células-tronco NR1 foram administradas por meio de um orifício de trepanação e injetadas estereotaticamente na área subcortical peri-infarto enquanto os pacientes estavam acordados. O estudo do tipo aberto, no qual foram aplicadas doses progressivamente maiores (2,5, 5, 10 e 20 milhões de células), também foi composto de uma fase de imunossupressão com tacrolimo durante oito semanas. A fisioterapia foi incentivada, mas não era obrigatória.

Segundo o Dr. Gary, o último paciente será transplantado em maio de 2024.

Fonte: Cadastro Medscape


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Gunner Lewis-Vale, que sofre com mucopolissacaridose tipo I desde os 17 meses de vida, teve o procedimento realizado a partir do sangue do cordão umbilical de um bebê

Uma criança de cinco anos conseguiu sair de casa pela primeira vez, em seis meses, após passar por um transplante bem-sucedido de células-tronco, na Inglaterra. O procedimento foi feito a partir do sangue do cordão umbilical de um bebê, informou o jornal britânico Daily Mirror. O inglês Gunner Lewis-Vale sofre com uma doença genética rara desde os 17 meses de vida.

À época em que surgiram os primeiros sinais da condição de saúde do garoto, seus pais, Holly e Jamie, foram informados de que, sem a cirurgia, ele viveria somente por um ou dois anos. Um transplante anterior, com um doador da Alemanha , já havia sido feito, mas não obteve sucesso.

O procedimento mais recente tinha o objetivo de estender e melhorar a qualidade de vida de Gunner, morador da cidade de Shropshire, usando amostras de um cordão umbilical doado há 15 anos e congelado em vapor de nitrogênio líquido a – 150ºC.

Após o transplante, feito em janeiro, Gunner precisou se isolar por seis meses para que seu sistema imunológico tivesse tempo de construir glóbulos brancos suficientes para combater naturalmente a infecção.

A mãe Holly, de 34 anos, conta que, agora, o filho pode aproveitar o verão europeu e tem se divertido pela cidade onde vivem com a irmã Daisy, de sete anos.

— Nós nos aventuramos no parque, na pista de skate, passeamos com o cachorro, corremos para a escola com sua irmã mais velha e saímos para alimentar os patos. A personalidade atrevida de Gunner está voltando. Ele é um garoto inteligente com um vínculo incrível com a irmã. Somos eternamente gratos à incrível mãe que doou o cordão umbilical de seu bebê — relatou Holly em entrevista ao Mirror.

Gunner tem a forma mais grave de mucopolissacaridose tipo I, uma condição hereditária rara que impede a quebra de certos açúcares no corpo. O acúmulo de substâncias pode gerar problemas no desenvolvimento físico e mental. Ele recebeu o diagnóstico da doença em março de 2021. O primeiro sintoma apresentado pelo garoto foi um umbigo saliente, que se dava por conta do acúmulo de açúcares em seu fígado e baço.

Após o transplante, a família do menino tem apoiado o apelo do NHS Blood and Transplant, órgão do Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido responsável por coletar sangue e outros tecidos, para que mais pessoas se registrem como doadores de células-tronco no país.

— Os glóbulos brancos do doador, esperançosamente, produzirão a enzima que lhe faltava, que decompõe o açúcar — explicou a mãe do garoto.

Guy Parkes, chefe de doação de células-tronco do NHS Blood and Transplant, endossa o pedido.

— Estamos felizes em ver Gunner brincando lá fora. Os transplantes de células-tronco só são possíveis graças à generosidade dos doadores — finalizou.

Fonte: Criança com doença genética rara recebe transplante de células-tronco na Inglaterra (globo.com)