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Esse estudo clínico aconteceu em 2020 e como o caso é marcante, vamos relembrar. Médicos de uma instituição de saúde em Tóquio, no Japão, realizaram um estudo clínico inédito no qual utilizaram células-tronco para tratar um recém-nascido com doença hepática. A equipe obteve hepatócitos, células do fígado, a partir de células-tronco embrionárias e as transplantou em um bebê de 6 dias portador de uma disfunção no fígado que leva ao acúmulo de substâncias tóxicas no organismo e pode ter sequelas graves. O procedimento garantiu a sobrevivência do bebê até que ele fosse capaz de receber um transplante do fígado doado por seu pai.

Os resultados confirmaram o grande potencial das células-tronco para o tratamento de doenças hepáticas. Médicos do Centro Nacional Japonês de Saúde e Desenvolvimento Infantil (National Center for Child Health and Development, NCCHD) anunciaram a realização de um transplante bem-sucedido de hepatócitos derivados de células-tronco embrionárias humanas em um paciente de 6 dias que apresentava uma doença congênita do fígado, causada por uma disfunção no ciclo da ureia.

O ciclo de ureia é controlado por uma série de enzimas e é responsável por converter amônia a ureia, para sua remoção através da urina. Nas doenças do ciclo de ureia, uma das seis enzimas do ciclo não funciona corretamente, levando a um acúmulo da amônia, que é altamente neurotóxica, no organismo. Essa condição, conhecida como hiperamonemia, causa danos irreversíveis e pode levar à morte. O transplante hepático tem sido cada vez mais usado no tratamento das doenças do ciclo da ureia quando os tratamentos convencionais, como controle da dieta, se revelam difíceis.

No caso de recém nascidos, no entanto, os transplantes de fígado não são apenas tecnicamente difíceis, mas também costumam levar a complicações graves, como insuficiência respiratória e fluxo sanguíneo prejudicado devido à pressão abdominal, porque o fígado transplantado é muito grande em relação ao volume abdominal do paciente. Portanto, os transplantes de hepáticos nesses casos geralmente são realizados após o paciente atingir um peso seguro de 6 kg, o que geralmente ocorre de 3 a 5 meses após o nascimento.

Na Europa e na América do Norte, os médicos são capazes, para tratar recém-nascidos, de usar hepatócitos isolados e criopreservados a partir de fígados removidos de doadores com morte encefálica. Assim, pode-se manter o fígado funcionando até que um transplante de órgão possa ser realizado. No Japão, a equipe do NCCHD já havia transplantado células hepáticas de doadores vivos para recém-nascidos com a doença logo após o nascimento, mas teve dificuldade em garantir a fixação e viabilidade das células hepáticas. Por esse motivo, o centro japonês concentrou-se nos hepatócitos derivados de células-tronco pluripotentes (células-tronco embrionárias humanas), que podem ser proliferadas quase indefinidamente como uma nova fonte celular. Ao armazenar as células-tronco embrionárias humanas em um estado no qual elas são induzidas a se diferenciarem em hepatócitos e criopreservadas, elas também podem ser usadas para transplantes de emergência.

Durante um período de dois dias em outubro de 2019, os médicos injetaram cerca de 190 milhões de células hepáticas nos vasos sanguíneos do fígado (com um acesso feito pelo cordão umbilical) de um recém-nascido de 6 dias com hiperamonemia. Depois do transplante, constatou-se que a concentração de amônia no sangue do bebê parou de aumentar e após algumas semanas ele recebeu alta do hospital. O recém-nascido seguiu sendo acompanhado pelos médicos até que 5 meses depois, já com 7 kg, recebeu um transplante de fígado de um doador vivo – seu próprio pai. Dois meses após o transplante, o bebê, com 6 meses de idade, deixou o hospital sem apresentar quaisquer sequelas neurológicas.

Em um comunicado à imprensa, a equipe do NCCHD declarou: “O sucesso deste estudo demonstra segurança no primeiro estudo clínico do mundo usando células-tronco embrionárias humanas para pacientes com doença hepática. Espera-se que este ensaio clínico seja usado como um caso modelo, levando ao desenvolvimento de produtos de medicina regenerativa relacionados a doenças no fígado”.

Referências

Agência Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento de Japão – Comunicado para a imprensa (21/05/2020): https://www.ncchd.go.jp/en/news/2020/20200521-e.pdf

The Mainichi – 1st transplant using liver cells from embryonic stem cells conducted on baby in Japan (21/05/2020): https://mainichi.jp/english/articles/20200521/p2a/00m/0na/019000c

EIMD – Doenças do ciclo da ureia – Guia para doentes, pais e famílias: https://www.e-imd.org/files/medias/files/patient/parents-family/cycle_uree_PORT.pdf

Fonte: Recém-nascido é tratado com transplante de células do fígado derivadas de células-tronco embrionárias em estudo clínico realizado no Japão – Tudo Sobre Celulas Tronco


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Entre os tecidos do corpo humano com maior capacidade de regeneração natural após um trauma ou intervenção cirúrgica, os ossos requerem, na maior parte das vezes, cuidados simples para se consolidar e voltar à sua função normal – basta um período de imobilização por meio de gesso, por exemplo. Para os casos em que a extensão do defeito ultrapassa a capacidade de reparação, são necessários tratamentos adicionais. É nessa frente que atuam os pesquisadores do Bone Research Lab, ligado à Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (Forp-USP), com apoio da FAPESP.

“Nosso objetivo central é investigar células-tronco como ferramenta em terapias para promover a regeneração óssea em substituição aos enxertos, que podem gerar problemas como dor e inflamação, e até a não integração com o osso do paciente, ou seja, a rejeição do enxerto”, conta Adalberto Luiz Rosa, professor e chefe do Departamento de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial e Periodontia da Forp-USP.

“Entretanto, ao iniciar os trabalhos em modelo animal, com células-tronco mesenquimais, não observamos o preenchimento completo e nem o restabelecimento do tecido ósseo original e passamos a buscar alternativas, como a modificação das células para torná-las mais eficazes.”

Uma dessas novas possibilidades é a utilização de células-tronco editadas geneticamente [com alteração do DNA] por meio da técnica <em>Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats</em> (CRISPR) para expressar proteínas que atuam na formação óssea, entre elas a proteína morfogenética óssea 9 (BMP-9). Ao testar essas células, os pesquisadores constataram que defeitos ósseos criados no crânio de ratos e tratados com injeção local dessas células exibiram maior formação e densidade mineral óssea, detectadas por microtomografia computadorizada, do que defeitos tratados com células que não expressavam BMP-9. Foi a primeira vez que isso foi confirmado na comunidade científica.

Os melhores resultados foram atingidos, no entanto, quando o meio condicionado, contendo o secretoma [conjunto de proteínas expressas e secretadas no espaço extracelular, neste caso] dessas células modificadas, foi injetado localmente em defeitos ósseos criados no crânio de camundongos. Comparado ao secretoma de células que não expressavam BMP-9, o secretoma das que expressavam aumentou o reparo ósseo, demonstrado pelos maiores volume e superfície óssea avaliados por microtomografia computadorizada. Esses achados abrem caminho para o desenvolvimento de novas terapias para o tratamento de defeitos ósseos baseadas em células e seus derivados.

“Apesar de as células-tronco terem um papel importante – mesmo que não muito bem esclarecido – no processo de formação óssea, essa atuação não é direta: nossa hipótese é que o maior responsável por isso seja o secretoma”, diz Rosa.

Próximos passos

Parte dos dados obtidos pelos pesquisadores foi divulgada em artigos nos periódicos Journal of Cellular Physiology e Gene Therapy, mas eles acreditam que ainda há um longo caminho pela frente a ser percorrido.

“Mais pesquisas devem ser feitas para oferecermos subsídios a estudos clínicos, com pacientes, para transformar o método em uma terapia adicional para os casos graves, em que a consolidação da fratura ou a regeneração do defeito ósseo não são obtidas por meio dos tratamentos convencionais”, acredita Rosa.

“Para isso, é necessário refinar todo o processo para atingir a regeneração óssea completa. Uma dessas possibilidades seria o isolamento de componentes do secretoma celular com maior potencial osteogênico para serem utilizados no tratamento dos defeitos ósseos.”

Também participam do trabalho pesquisadores do Departamento de Bioquímica da Universidade de Vermont (Estados Unidos).

Fonte: Grupo da USP investiga regeneração óssea e abre caminho para novas terapias baseadas em células-tronco (fapesp.br)


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A Criogênesis, uma clínica especializada em terapia celular, desenvolveu um protocolo inovador para o tratamento de lesões no manguito rotador, utilizando células-tronco mesenquimais. Este procedimento envolve a coleta de medula óssea do próprio paciente, seguido pelo isolamento e expansão das células-tronco mesenquimais antes de sua reinserção.

No estudo realizado, três pacientes com rupturas completas do supraespinhal foram submetidos a reparo artroscópico, empregando células-tronco mesenquimais da medula óssea como um adjuvante biológico. Este tratamento foi conduzido por um cirurgião experiente, com 13 anos de prática, no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP. As células foram aplicadas na conclusão da cirurgia, especificamente na interface entre o tendão e o osso, com uma densidade de cerca de 2.000.000 células mesenquimais por milímetro cúbico e um volume total de 5 ml.

Os resultados foram promissores: todos os pacientes mostraram melhorias significativas, com um caso sendo classificado como excelente e dois como bons. Importante destacar que todos os pacientes superaram a diferença clínica mínima considerada importante para o estudo. A cicatrização do tendão foi alcançada em todos os casos, sem registros de rupturas parciais ou totais, e sem complicações decorrentes do procedimento.

O estudo conclui que a utilização de células-tronco mesenquimais no reparo artroscópico do manguito rotador proporciona não apenas uma melhoria funcional significativa, mas também assegura a cicatrização do tendão em todos os casos, sem acarretar complicações. Este avanço representa um passo importante na medicina regenerativa, oferecendo novas perspectivas para o tratamento de lesões ortopédicas e potencializando a recuperação dos paciente. Nelson Tatsui.

Fonte: Artigo células mesenquimais no manguito rotador.pdf

DrNelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP


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Da terapia genética ao tratamento do Alzheimer, da previsão do câncer de pâncreas aos métodos pioneiros de reprodução. O ano de 2023 foi repleto de descobertas promissoras em 2023 que influenciarão a saúde e a medicina

A Covid-19 continuou a ceifar vidas em 2023 – matando mais de 50 mil pacientes somente nos Estados Unidos e elevando o número global de mortes para quase sete milhões de pessoas. A pandemia também criou uma epidemia de sobreviventes que continuam a sofrer com Covid longa. Mas nem todas as notícias são ruins em 2023, pelo contrário: a ciência ligada à saúde realizou importantes descobertas que dão esperança em muitas áreas.

Com mais pessoas se tornando imunes ao vírus, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decidiu, em 5 de maio, que a Covid-19 não constitui mais uma emergência de saúde pública de interesse internacional. Os reforços atualizados das vacinas existentes ajudaram a reduzir o número de casos, hospitalizações e mortes.

Além das vacinas contra a Covid-19, houve muitas outras descobertas interessantes e inovadoras feitas este ano, algumas das quais são especialmente notáveis por seu possível impacto na saúde e na medicina.

1. A primeira terapia genética baseada em CRISPR do mundo torna-se disponível

A primeira terapia genética do mundo baseada em CRISPR foi aprovada pelos órgãos reguladores de medicamentos no Reino Unido em 16 de novembro e nos Estados Unidos em 8 de dezembro. Ela trata a doença falciforme e a beta-talassemia, distúrbios genéticos que afetam as células vermelhas do sangue.

A hemoglobina, encontrada nas células vermelhas do sangue, transporta oxigênio pelo corpo. Os erros nos genes da hemoglobina criam glóbulos vermelhos frágeis que causam falta de oxigênio no corpo, uma condição conhecida como anemia. Os pacientes com doença falciforme também sofrem de infecções e dores fortes quando as células falciformes formam coágulos e impedem o fluxo sanguíneo, enquanto os pacientes com talassemia beta precisam receber transfusão de sangue a cada três ou quatro semanas.

A terapia genética recém-aprovada, denominada CASGEVY, corrige os genes defeituosos da hemoglobina nascélulas-tronco da medula óssea do paciente para que elas possam produzir hemoglobina funcional. As células-tronco do paciente são colhidas da medula óssea, editadas em um laboratório e, em seguida, infundidas novamente no paciente. Um único tratamento pode potencialmente curar alguns pacientes para o resto da vida.

Emmanuelle Charpentier e Jennifer Doudna, duas inventoras que ajustaram o CRISPR (abreviação de “clustered regularly interspaced short palindromic repeats“) para funcionar como uma ferramenta precisa de edição de genes, receberam o Prêmio Nobel de Química há apenas três anos, em 2020.

Esse é apenas o primeiro de dezenas de possíveis tratamentos em desenvolvimento para tratar outras doenças genéticas, câncer ou até mesmo infertilidade.

2. O primeiro medicamento que retarda a doença de Alzheimer é aprovado

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos aprovou o primeiro medicamento para Alzheimer que tem como alvo uma das causas subjacentes da doença. Embora o medicamento, Leqembi, não seja uma cura nem melhore os sintomas no estágio final da doença, após 18 meses de tratamento ele retarda o declínio da memória e do raciocínio em cerca de 30% se o medicamento for administrado no estágio inicial da doença.

O Leqembi é um anticorpo monoclonal que atua tendo como alvo as placas amiloides no cérebro, que são uma característica marcante da doença de Alzheimer. Quando níveis anormais de uma proteína que ocorre naturalmente, chamada beta amiloide, se aglomeram para formar placas pegajosas no cérebro, elas desencadeiam inflamação e danificam as conexões neuronais. O acúmulo de placas amiloides leva à perda de memória e de pensamento, causando a doença de Alzheimer.

Os estudos clínicos indicam que o Leqembi remove as placas amiloides do cérebro, o que retarda a progressão da doença.

3. Reprodução de camundongos saudáveis a partir de dois pais feita por pesquisadores

Sim, você leu certo. Pesquisadores do Japão apresentaram evidências em uma conferência científica de que é possível reproduzir camundongos saudáveis e férteis sem um óvulo de um camundongo fêmea.

Primeiro, os óvulos foram produzidos a partir de células-tronco derivadas das células da pele de um camundongo macho. Esses óvulos foram fertilizados com esperma de outro macho e, em seguida, o óvulo fertilizado foi transferido para uma camundonga fêmea, onde cresceu e amadureceu.

Embora apenas sete dos mais de 600 embriões implantados tenham se desenvolvido em camundongos bebês, os filhotes cresceram normalmente e foram férteis quando adultos.

Ainda não se sabe se os filhotes de camundongos se desenvolverão exatamente como os nascidos por meio de reprodução convencional. Essas descobertas ainda não foram publicadas em um periódico revisado por pares e, até o momento, etapas preliminares semelhantes falharam em humanos.

4. Cientistas mapearam todas as conexões em um cérebro de inseto

Os cientistas produziram o primeiro diagrama completo da fiação de conexões cerebrais de um cérebro de inseto. Isso pode não parecer impressionante, mas o cérebro, mesmo o de uma mosca-das-frutas, contém vastas redes de neurônios interconectados, chamadas de conectoma.

Até agora, apenas os cérebros de uma lombriga, de um esguicho-do-mar e de um verme marinho foram completamente mapeados; cada um deles contém apenas algumas centenas de conexões.

Mas um mapa completo do conectoma de uma larva de mosca-das-frutas revela que ela contém mais de três mil neurônios e mais de meio milhão de conexões entre eles. O desenvolvimento desse mapa levou mais de cinco anos para uma equipe internacional de cientistas. Embora o cérebro da mosca-das-frutas seja muito mais simples do que o dos seres humanos, as técnicas desenvolvidas ajudarão a mapear cérebros mais complexos no futuro.

Os circuitos neurais no cérebro da mosca-das-frutas são semelhantes às redes neurais usadas no aprendizado de máquina. A compreensão das semelhanças e complexidades do conectoma do cérebro da mosca pode ajudar a decifrar como o cérebro humano funciona e como as doenças neurológicas se desenvolvem. Isso também pode levar ao desenvolvimento de novos métodos de aprendizado de máquina e sistemas de inteligência artificial mais eficientes.

5. Cientistas descobrem que as células produtoras de pigmento ficam “presas”, causando cabelos grisalhos

Os cientistas demonstram que, quando as células produtoras de pigmento, chamadas melanócitos, ficam presas em um estado imaturo, elas não conseguem desenvolver a cor loira, marrom, vermelha ou preta do cabelo. Esse estado de paralisação leva ao envelhecimento dos cabelos. O cabelo novo cresce a partir dos folículos encontrados na pele, onde também residem os melanócitos.

Os cientistas da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, observaram células-tronco de melanócitos individuais migrarem para cima e para baixo no folículo piloso individual de camundongos ao longo de dois anos. Para sua surpresa, eles descobriram que as células-tronco dos melanócitos podem alternar entre células-tronco imaturas cinzentas e células coloridas maduras à medida que sobem e descem durante o ciclo de vida do cabelo.

Mas à medida que o cabelo envelhece, as células-tronco dos melanócitos ficam lentas após vários ciclos e ficam presas perto da base do cabelo como melanócitos imaturos. E sem a produção de pigmento, o cabelo fica branco.

6. Bactérias ajudam as células cancerígenas a se espalharem de forma mais agressiva

Os cientistas descobriram que algumas bactérias frequentemente encontradas em muitos tumores do trato gastrointestinal ajudam diretamente as células cancerosas a evitar a resposta imunológica do corpo.

Essas bactérias não apenas cooperam com as células tumorais para promover a progressão do câncer, mas também as ajudam a se espalhar mais rapidamente, quebrando os medicamentos anticâncer e fazendo com que o tratamento falhe.

Essa pesquisa sugere que alguns medicamentos anticâncer são eficazes porque também matam as bactérias que habitam o tumor. A compreensão de como o microambiente do tumor afeta sua sobrevivência e progressão pode abrir novas portas para o tratamento do câncer.

7. IA identifica pessoas com maior risco de câncer de pâncreas

Uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) pode prever o câncer de pâncreas até três anos antes do diagnóstico real, identificando padrões específicos de condições que ocorreram nos registros de saúde dos pacientes.

O câncer de pâncreas é raro, mas é a terceira maior causa de mortes relacionadas ao câncer. Ele é tão mortal porque geralmente é detectado nos estágios finais, quando a doença já se espalhou para outras áreas do corpo.

Os sintomas do câncer de pâncreas em estágio inicial são facilmente diagnosticados erroneamente, mas muitos pacientes poderiam viver mais se o câncer fosse detectado precocemente. Isso levou os cientistas a treinar um algoritmo de IA nos registros médicos de 6,2 milhões de pessoas da Dinamarca, durante 41 anos, para detectar os padrões ocultos nos registros de 24 mil pacientes que posteriormente desenvolveram câncer de pâncreas.

Nos registros médicos, cada doença é registrada com um código. O modelo de IA analisou as combinações desses códigos de doenças e o momento de sua ocorrência. Ao comparar sequências específicas de condições que precederam o diagnóstico de câncer de pâncreas, o modelo de IA aprendeu a identificar as pessoas com maior risco de contrair a doença.

Em seguida, os cientistas testaram a ferramenta de IA analisando os registros de quase 3 milhões de veteranos dos Estados Unidos ao longo de 21 anos. O algoritmo de computador identificou corretamente quase 4 mil indivíduos, até três anos antes de eles serem realmente diagnosticados com câncer de pâncreas. O estudo mostra que os modelos de IA podem sertão precisos quanto os testes genéticos na previsão do risco de câncer de pâncreas. Como o câncer de pâncreas é muito raro, a triagem genética é atualmente recomendada apenas para indivíduos de alto risco ou para aqueles com histórico familiar da doença.

Fonte: Da terapia genética ao tratamento do Alzheimer, as 7 descobertas médicas mais promissoras de 2023 | National Geographic (nationalgeographicbrasil.com)


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Talvez seja quase unânime a ideia de que ser carinhoso, ou carinhosa, é algo muito positivo. E de fato, é. No entanto, ninguém sai abraçando e beijando todo mundo.

Em adultos, o carinho, em termos de contato físico, é comumente restrito ao círculo social de pessoas mais próximas. Isso é muito fácil de verificar. Acontece que – se você é pai ou mãe – talvez esteja obrigando o seu filho pequeno, sem perceber, a acreditar que manter contato físico com alguém, qualquer pessoa, o torna “melhor”, mais aceito, mais bonzinho. E você pode estar fazendo isso, ao ter uma atitude, aparentemente, inofensiva: obrigando-o a beijar e abraçar, ou ir no colo de estranhos.

Aqui uma ressalva: para a criança a intimidade é algo restrito às pessoas que ela convive intensamente. A mãe, o pai, os familiares mais próximos, um ou outro colega de escola. Mesmo que você acredite que aquele parente não é um estranho, aprenda a ver pelos olhos da criança, e perceberá que o familiar é um ilustre desconhecido para ela.

NINGUÉM É OBRIGADO

É comum que as pessoas acreditem que os pequenos têm obrigação de abraçar e beijar todo mundo que pede. Mas pense um pouco sobre a mensagem que está passando à ela.

De novo, vale a empatia: são crianças, em plena formação física, emocional, neurológica, etc. Elas estão aprendendo, todos os dias, sobre como funciona o mundo, quem são elas, como devem se comportar, quais são as regras sociais…

E esse ensinamento pode ser algo tão profundo, que uma criança que aprendeu que pode ser tocada ou que deve tocar – por obrigação, uma outra pessoa – está aprendendo que a vontade dela não deve ser respeitada, e que o corpo não é dela.

Parece absurdo pensar isso de uma atitude tão inofensiva, como beijar ou abraçar uma criança – afinal de contas, uma convenção social como cumprimentar alguém de modo mais “carinhoso”, é algo que faz parte, e sempre fez, da nossa cultura. No entanto, não deveria.

SER EDUCADO E GENTIL NÃO SIGNIFICA TER CONTATO FÍSICO

Se a criança fala que não quer ter contato físico com outra pessoa, ela deve ser respeitada sempre. Com isso, você pai ou mãe, ensina a ela que o corpo dela não pode ser tocado e que ela não deve aceitar que a toquem ou que peçam isso a ela, por obrigação.

Crianças são seres humanos, e precisam ser tratadas como tal. Elas devem aprender – porque é de pequeno que se ensina essas coisas – que o corpo é delas, e que não deve ser tocado por obrigação ou aceitação, que ser educado e gentil não significa ter contato físico com ninguém, que ela sempre vai poder contar com a empatia dos pais sobre as necessidades delas, e que o contrário disso é desrespeito e agressão.

Por isso, quando aquela tia ou prima distante aparecer em uma festa de família pedindo um beijo para seu filho, pense duas vezes na hora de dizer para a criança fazer isso, e prefira sempre perguntar se ela quer. O mais importante, nesse caso, é respeitar a vontade da criança, e não se ater a uma imposição social, que não faz o menor sentido.

Fonte: Atenção pais! Criança não tem obrigação de beijar ou abraçar ninguém (cafecompoemas.com)


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No último dia 27, um estudo publicado na revista Nature Biotechnology apontou uma alternativa para tratar diabetes tipo 1: um implante com células-tronco cultivadas em laboratório. De 10 pacientes que no início do estudo não conseguiam produzir insulina naturalmente, três tiveram melhora significativa após seis meses de uso do implante.

Assim, o dispositivo reduziu significativamente a necessidade de injeções de insulina, e os pesquisadores têm a expectativa de que um dia o tratamento pode fornecer uma cura para a doença crônica. É uma notícia promissora em meio a estimativas preocupantes, como a de que mais de 1,3 bilhão de pessoas terão diabetes em 2050.

Conforme revelam os pesquisadores, cada dispositivo é como uma fábrica de produção de insulina em miniatura: as células são embaladas no dispositivo para recriar as funções reguladoras do açúcar no sangue de um pâncreas saudável.

“A esperança é fortalecer essas células o suficiente para ajudar a parar de precisar de injeções de insulina”, afirmam os pesquisadores, em comunicado.

Mas o próprio grupo reconhece que o ensaio tem limitações: um amostra muito pequena, e a tecnologia não conseguiu normalizar os níveis de glicose no sangue, que é o objetivo.

Ainda assim, os responsáveis veem como promissor, principalmente levando em consideração que as terapias de substituição celular já enfrentaram uma grande barreira: o sistema imunológico ataca as células implantadas, exigindo medicamentos imunossupressores potencialmente prejudiciais.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue.

O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no sangue. A causa do diabetes tipo 1 ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é equilibrando a alimentação, realizando atividades físicas e evitando álcool, tabaco e drogas.

Fonte: https://canaltech.com.br/saude/implante-com-celulas-tronco-ajuda-a-tratar-diabetes-tipo-1-272829/

 


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A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA aprovou nesta sexta-feira (8) duas terapias genéticas para a anemia falciforme, incluindo a primeira baseada na inovadora tecnologia de edição genética CRISPR.

A agência aprovou Lyfgenia, da bluebird bio, e um tratamento chamado Casgevy, dos parceiros Vertex Pharmaceuticals e CRISPR Therapeutics. Ambas as terapias foram aprovadas para pessoas com 12 anos ou mais. Casgevy é a terapia genética que utiliza a tecnologia CRISPR, que rendeu à cientista francesa Emmanuelle Charpentier e à americana Jennifer Doudna o Prêmio Nobel de Química em 2020.

A anemia falciforme é uma doença sanguínea hereditária dolorosa que pode ser debilitante e levar à morte prematura. Estima-se que afete cerca de 100.000 pessoas nos EUA, a maioria das quais são afro-americanas e, embora seja menos prevalente, também afeta os hispano-americanos.

Na doença falciforme, o corpo produz hemoglobina defeituosa em forma de foice, que afeta a capacidade dos glóbulos vermelhos de transportar oxigênio de maneira adequada para os tecidos do corpo. Os glóbulos vermelhos falciformes restringem o fluxo nos vasos sanguíneos e limitam o fornecimento de oxigênio aos tecidos do corpo, causando dor intensa e danos aos órgãos, o que pode levar a incapacidades potencialmente fatais ou morte prematura.

As duas terapias aprovadas são feitas a partir de células-tronco do próprio sangue do paciente, que são geneticamente modificadas e administradas em uma única infusão como parte de um transplante de células-tronco hematopoéticas (sangue).

Antes do tratamento, são coletadas as células-tronco do próprio paciente e, em seguida, o paciente deve ser submetido ao condicionamento mieloablativo (quimioterapia em altas doses), processo que remove células da medula óssea para que possam ser substituídas por células modificadas em Casgevy e Lyfgenia. Os pacientes que receberam Casgevy ou Lyfgenia serão acompanhados em um estudo de longo prazo para avaliar a segurança e eficácia de cada produto.

As aprovações representam um importante avanço médico com o uso de terapias genéticas inovadoras baseadas em células para atacar doenças potencialmente devastadoras e melhorar a saúde pública.

A segurança e eficácia do Casgevy foram avaliadas em um estudo com 44 pacientes que tinham histórico grave e o resultado primário de eficácia foi a ausência de eventos graves por pelo menos 12 meses consecutivos durante o período de acompanhamento de 24 meses.

A segurança e eficácia de Lyfgenia baseiam-se na análise de dados de um estudo multicêntrico, de braço único, de 24 meses, em pacientes com anemia falciforme e histórico de eventos vaso-oclusivos (VOE) entre as idades de 12 e 50 anos. A eficácia foi avaliada com base na resolução completa dos VOEs (VOE-CR) entre 6 e 18 meses após a perfusão de Lyfgenia. Vinte e oito (88%) dos 32 pacientes alcançaram VOE-CR durante este período.

(Com informações da Reuters)

Fonte: https://gazetabrasil.com.br/ciencia-e-tecnologia/2023/12/09/eua-aprovam-o-primeiro-tratamento-medico-baseado-em-tecnologia-de-edicao-genetica/


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Os cientistas descobriram um novo tipo de células estaminais na coluna vertebral que parece crucial para resolver um mistério de longa data: porque é que muito mais células cancerígenas se espalham para a coluna vertebral do que para outros ossos do corpo.

Quando os cânceres da mama, do pulmão e da próstata metastatizam para vários ossos do corpo, três a cinco vezes mais cânceres acabam na coluna vertebral do que nos membros inferiores e superiores. Os cientistas sabem desta disparidade há décadas , mas a razão para isso permanece obscura.

Uma teoria sustentava que as diferenças no fluxo sanguíneo poderiam ser a causa. Mas as novas descobertas sugerem uma alternativa que poderá ter implicações no tratamento do câncer, na cirurgia de fusão da coluna vertebral e na osteoporose, uma doença que enfraquece os ossos e que afecta cerca de 10 milhões de americanos.

As células-tronco são como matérias-primas do corpo. Podem dividir-se e formar mais células estaminais, ou desenvolver-se para atingir um destino mais específico como pele, glóbulos vermelhos, neurónios ou qualquer um dos estimados 200 tipos de células diferentes no corpo humano.

Na revista Nature, pesquisadores da Weill Cornell Medicine e do Hospital for Special Surgery de Nova York relatam a descoberta do que chamam de células-tronco do esqueleto vertebral na coluna vertebral. Estas células produzem uma proteína que funciona como um sinal de “venha aqui” para as células tumorais, uma descoberta que levanta novas possibilidades de tratamento.

“Prevemos que esta descoberta levará ao direcionamento dessas células para interromper a função e, em última análise, reduzir a propagação do câncer na coluna”, disse Matthew B. Greenblatt, um dos autores do estudo e patologista da Weill Cornell Medicine.

Num trabalho que durou cinco anos, os cientistas encontraram as células primeiro em ratos e depois em humanos. As células responsáveis ​​pela formação óssea nas vértebras aparecem à medida que o osso endurece.

Para demonstrar o papel crucial das células estaminais do esqueleto vertebral, os investigadores desenvolveram um rato do qual puderam extrair parte do seu ADN. Usando uma enzima, eles removeram um gene específico de formação óssea das células-tronco vertebrais recém-descobertas. Os ratos que tiveram o gene removido apresentaram defeitos espinhais claros, provando a importância das novas células-tronco na formação da coluna vertebral.

Os cientistas então transplantaram as células-tronco no músculo da perna de um camundongo. As células transplantadas criaram novos ossos em miniatura a partir do zero e produziram todos os tipos de células esqueléticas encontradas na coluna vertebral. Os pesquisadores concluíram que as células-tronco do esqueleto vertebral ajudam a formar a coluna vertebral antes do nascimento e, em seguida, ajudam a mantê-la após o nascimento.

Para encontrar as mesmas células-tronco em humanos, os pesquisadores estudaram pedaços muito pequenos de vértebras removidos durante laminectomias, cirurgias que aliviam a pressão nos nervos e na medula espinhal.

“É muito raro encontrar uma nova célula-tronco, e essa é uma das coisas que nos deixa entusiasmados com isso”, disse Greenblatt. “Achamos que há mais para descobrir.”

Ao comparar as células-tronco que formam o osso espinhal com aquelas que formam os ossos dos membros, eles descobriram uma proteína que é produzida em níveis muito mais elevados nas vértebras. Os ratos que não tinham essa proteína tiveram muito menos câncer se espalhando para a coluna vertebral.

Feini Qu, membro do corpo docente do Instituto de Células-Tronco e Medicina Regenerativa da Universidade de Washington, chamou o estudo de “um avanço que nos ajuda a compreender a origem do desenvolvimento das vértebras”. Qu, que não esteve envolvido no projeto, acrescentou que a pesquisa “pode nos ajudar a compreender maneiras de ser mais criativos” para retardar ou interromper a metástase espinhal.

Sean Morrison, diretor fundador do Instituto de Pesquisa Infantil do UT Southwestern Medical Center, em Dallas, disse que considera as células descritas pelos pesquisadores como células-tronco esqueléticas, um tipo cuja existência é conhecida há anos.

MasMorrison, que também é pesquisador do Howard Hughes Medical Institute, acrescentou que o artigo ainda mostra que células-tronco esqueléticas encontradas em diferentes partes do corpo têm propriedades um tanto diferentes.

“As células-tronco esqueléticas nas vértebras têm uma capacidade surpreendente de atrair células cancerosas que você não vê em outras células-tronco esqueléticas”, disse ele.

C. Rory Goodwin, neurocirurgião e cirurgião de coluna da Duke Health, elogiou os autores do artigo e disse que a descoberta das células-tronco pode ajudar os pesquisadores a melhorar as perspectivas ruins para pacientes com câncer cuja doença se espalhou para a coluna vertebral.

“Quando os pacientes apresentam metástases na coluna, isso geralmente ocorre no final da linha”, disse Goodwin. A sobrevivência média, disse ele, é entre 10 e 14 meses depois que o câncer atinge a coluna vertebral, “com alguns pacientes sobrevivendo muito menos do que isso”.

Além disso, a descoberta fornece uma explicação de por que a osteoporose varia significativamente na coluna vertebral em comparação com outras partes do esqueleto. Esse conhecimento pode ajudar os médicos a adaptar o tratamento da doença quando ela aparece na coluna vertebral.

Num trabalho separado, Greenblatt e o seu coautor do artigo da Nature, Sravisht Iyer, cirurgião de coluna do Hospital de Cirurgia Especial, estão a investigar o papel que as novas células estaminais desempenham na resposta à cirurgia de fusão da coluna vertebral. Eles querem determinar se um implante da nova célula-tronco no momento da cirurgia pode melhorar a fusão.

Os dois cientistas também suspeitam que possa haver um segundo tipo de célula-tronco do esqueleto vertebral. Quando bloquearam a capacidade da nova célula-tronco de formar osso, ainda encontraram pequenas quantidades de osso em algumas regiões da coluna vertebral, levantando a questão de saber se um segundo tipo de célula-tronco poderia ser o responsável.

Fonte: https://istoe.com.br/celulas-tronco-recem-descobertas-oferecem-pistas-para-o-misterio-do-cancer/


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Estudo da Universidade de Stanford indica que a prática regular de esportes pode potencializar a regeneração do corpo

As células-tronco são responsáveis pela regeneração constante dos tecidos que formam o corpo humano. De acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), elas surgem na fase embrionária dos humanos e, após o nascimento, elas se mantém ativas em alguns órgãos, para promover uma renovação contínua deles.

Porém, ao longo do tempo, é natural que o organismo diminua a manutenção dessas células e que o corpo, aos poucos, perca a capacidade regenerativa. Porém, existe uma saída para retardar esse processo. É o que aponta um estudo realizado pela Universidade de Stanford, na Califórnia. De acordo com a publicação, a prática de atividades físicas regulares traz benefícios imediatos, além de ajudar a estimular o rejuvenescimento das células-tronco musculares e cardíacas.

“As células-tronco passam por divisões, diferenciando-se e renovando-se. Como a realização de esportes estimula a produção celular, o estoque desse material biológico é preservado e reposto”, reforça o Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

Outro estudo, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), também confirmou a informação de que exercícios físicos podem contribuir para a renovação de células-tronco no organismo. O que acelera a recuperação muscular e evita lesões.

Os estudos alertam para a importância das práticas de atividades físicas em pessoas comuns. Tatsui explica que problemas de saúde causados por complicações no tecido cartilaginoso, como artrite e artrose podem ser amenizados com a inclusão de esporte na rotina dos pacientes. “As atividades físicas se configuram como aliadas da saúde, sendo benéficas ao sistema inflamatório e diminuindo as dores”, afirma.

Para exemplificar a importância que as células-tronco possuem no organismo, Tatsui cita a crescente utilização de tratamentos do tipo em atletas de alto nível. “Cada vez mais, e quando possível, os esportistas optam por procedimentos com células-tronco. Ela é segura e gera melhores resultados, o que possibilita o retorno aos treinos mais rapidamente”, finaliza o hematologista.

Fonte: Dr. Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.

Fonte: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/doencas-e-tratamentos/exercicios-fisicos-podem-renovar-estoque-de-celulas-tronco-no-organismo-entenda,f1716ebfa2093eed2ee238eb69d704cbudk64cq2.html

 


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Estudo coordenado por cientista italiano investigou intestino

Foram descobertos dois dos genes que determinam o destino das células-tronco, um interruptor que as transforma em células adultas especializadas para substituir aquelas que morreram.

A descoberta do mecanismo, usando organoides (culturas celulares) intestinais, foi feita pelo estudo coordenado pelo italiano Gabriele Colozza, do Instituto de Biotecnologia Molecular em Viena, mas atualmente no Instituto de Ciências Básicas na Coreia do Sul, e publicado na Science Advances.

Nosso corpo é como um canteiro de obras sempre operacional, onde para manter eficientes os vários tecidos, milhões de células antigas são continuamente substituídas por células novas.

Esse é um mecanismo alimentado pelas chamadas células-tronco adultas, uma categoria de células capazes de amadurecer nas várias tipologias de células necessárias naquele tecido específico em que estão. Uma espécie de curinga que se especializa apenas quando necessário.

No entanto, os mecanismos que guiam as células-tronco para entender como e quando se especializar ainda são pouco claros, e o trabalho de Colozza tentou investigar o que acontece no intestino, um ambiente caracterizado por condições muito difíceis para as células, que são facilmente danificadas e, portanto, precisam ser substituídas em um ritmo acelerado.

“Existe um delicado equilíbrio entre a renovação das células-tronco e a diferenciação em outros tipos de células: a proliferação descontrolada das células-tronco pode levar à formação de tumores; por outro lado, se muitas células-tronco se diferenciarem, o tecido ficará empobrecido de células-tronco e, no final, não será capaz de se renovar”, disse Colozza.

Investigando primeiro em organoides e depois em ratos uma das já conhecidas cadeias de sinais bioquímicos e proteínas, chamada Wnt, que guia o desenvolvimento embrionário, os pesquisadores conseguiram compreender os detalhes pela primeira vez.

O estudo permitiu entender o papel específico de dois genes, Rnf43 e Daam1, nesses processos de substituição, e como as células tumorais são capazes de modificar seu ambiente para alterar os processos normais de substituição das células saudáveis e assim poderem proliferar.

Fonte: https://www.terra.com.br/byte/ciencia/pesquisa-identifica-genes-que-regem-celulas-tronco,2f7f5d8d6c455a449e727a11365a625bigfzxr3y.html