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Muitos pais se fazem esse tipo de pergunta quando o bebê nasce. Por um lado, eles se deparam com um bebê imprevisível e que parece não se cansar de tanto sugar incessantemente o seio da mãe. Seio esse que em muitas mães fica destruído nos primeiros dias. Ou é um bebê que chora muito. Difícil entender o bebê recém-nascido. O que ele quer? Aí vem a vovó e fala: “dá uma chupeta pra essa criança, pelo amor de Deus!”.  A mamãe exausta, acaba cedendo.

Por outro lado, temos os profissionais da saúde, as consultoras de amamentação, fonos, odontopediatras e até as blogueiras super engajadas, colocando as mães que dão chupeta na categoria de mães ruins por ofertarem aos seus bebês bico artificial.

Sabemos que o puerpério é uma fase tão individual e imprevisível. Então como julgamos ou analisamos a conduta de dar ou não dar a chupeta para o bebê? Quais são as reais consequências ruins? Como tomar essa decisão com sabedoria?

Como mãe e profissional preciso dizer que a resposta não é tão simples assim. A chupeta pode ajudar a acalmar o bebê, dar um descanso para a mãe, aliviar as dores no peito e poderia talvez prevenir uma morte súbita. Mas também terá efeitos muito negativos sobre o desenvolvimento do bebê: na fala e linguagem, na deglutição, na mastigação, na dentição e na respiração. São efeitos cascata que no final você até não sabe mais onde começou. E pode ter começado naquela chupeta.  Os pais precisam estar bem cientes de que os tratamentos para reverter as consequências do uso de bicos artificiais normalmente são longos e dispendiosos, envolvendo fonoterapia, ortodontia, e provavelmente tratamento com otorrinolaringologista. Mas vamos voltar para o início.

Alguns bebês quando nascem apresentam diversas dificuldades de coordenação de toda musculatura que se envolve na amamentação… respirar, sugar, deglutir…  Nem todo bebê nasce sabendo como fazer de forma tão natural quando se pensa. Deveria ser, mas na realidade cada dia mais observamos quantos bebês apresentam dificuldades, disfunções orais que atrapalham a amamentação como um todo. Ainda tem a mãe que não sabe se tem uma boa produção de leite, se tem uma anatomia de bico de seio favorável, se a pega está bem ajustada. Nesse desespero todo, aquela criança chorando e a chupeta faz o bebê parar de chorar. Não atoa nomeada de pacifer – pacificadora – ou soothie – calmante – no inglês.

O bebê tem necessidade fisiológica de sugar especialmente no primeiro ano de vida. Essa necessidade vai diminuindo com o passar dos meses. Dividimos o ato em sucção nutritiva e sucção não nutritiva. Um bebê que faz uso de mamadeira, não sacia a necessidade de sucção. E nestes casos o uso da chupeta pode ser justificado para satisfazer o bebê.

A sucção da chupeta empurra a língua pra baixo, quando queremos ela posicionada lá em cima, no “céu da boca”. A presença da língua no palato promove o seu desenvolvimento em todos os sentidos: abrir, expandir. Com isso melhoramos a respiração também. Pois, “o céu da boca é o chão do nosso nariz”. Expandir o palato melhora a passagem de ar. O bebê que usa chupeta então, também pode desenvolver a respiração pela boca e assim abrimos as portas par as infecções respiratórias recorrentes.

O bebê sob aleitamento e que usa chupeta, tem maior tendencia de largar o seio materno em prazo mais curto do que o desejado. Hoje desejamos que a amamentação perdure. E quando o bebê usa chupeta, reduzimos drasticamente essa possibilidade.

A língua baixa causada pelo uso de chupeta tem consequências bastante perceptíveis na fala e deglutição. Corrigir isso exige tratamento com fonoaudióloga por um tempo nada breve.

A mordida aberta causada pela presença da chupeta entre os dentes pode parecer ser corrigida espontaneamente se essa remoção acontecer antes dos 4 anos. O problema é que até essa idade a língua já viveu tempo demais embaixo, se movimentando de forma errada na fala e na deglutição. Toda musculatura está trabalhando errado a bastante tempo. O que causa outros impactos no desenvolvimento orofacial da criança, como mordidas cruzadas e crescimento assimétrico como um todo. Sem falar na dependência emocional do acessório na boca da criança que fica viciada com o passar do tempo. Quanto mais tempo, maior o vício e dependência da chupeta.

Diante de tantas informações das consequências negativas, que como odontopediatra e ortodontista posso trazer, fica claro que a escolha por ela é muito ruim. Mas… E em casos em que por reais motivos não é possível amamentar o bebê? Como os bebês que ficam em UTI, os bebês prematuros e mães que por condições de saúde ou anatomia do seio, produção de leite não amamentaram? Sim essas situações todas acontecem mesmo. Nem todo bebê consegue receber aleitamento materno. Entendo que nesses casos a possibilidade da chupeta possa ser considerada especialmente em casos de bebês irritados, com dor… Mas os pais precisam estar cientes de que é imprescindível tratamento e acompanhamento fonoaudiológico.

Por todos esses motivos ressalto tanto a importância de uma consulta pré-natal odontológica e fonoaudiológica. Quanto mais conhecimento os pais adquirem precocemente, principalmente se ainda na fase gestacional, melhor e mais fácil será lidar com o bebê. A prevenção de dificuldades pode salvar a amamentação e impactar no desenvolvimento orofacial da criança por toda vida.

Fonte: A chupeta é amiga ou inimiga do bebê? – Revista Materlife


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Introdução à paralisia cerebral:

Paralisia cerebral é um termo genérico que descreve um grupo de distúrbios que afetam o movimento e a postura de uma pessoa. A paralisia cerebral é uma condição ao longo da vida que surge de lesões no cérebro durante o desenvolvimento, geralmente antes, durante ou logo após o nascimento. A paralisia cerebral é uma condição altamente variável. Os sintomas podem incluir dificuldades na marcha, equilíbrio e controle motor, alimentação, deglutição, fala ou coordenação dos movimentos oculares. A paralisia cerebral pode variar na forma como afeta o movimento (tipo) de um indivíduo, a parte do corpo afetada (topografia) e a gravidade dos sintomas (gravidade), que pode ser medida usando o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). Além disso, as pessoas com paralisia cerebral também podem apresentar outras deficiências ou condições co-ocorrentes, como epilepsia, distúrbios de comportamento ou deficiências de visão ou audição.

Quais tratamentos existem?

Existem inúmeras intervenções que ajudam as pessoas com paralisia cerebral a desenvolver e manter suas habilidades funcionais, bem como reduzir os sintomas da paralisia cerebral. Estes incluem várias intervenções médicas e de reabilitação, como terapias físicas, ocupacionais e fonoaudiológicas, bem como injeções de botox, baclofeno oral ou intratecal e até mesmo cirurgia para controlar a rigidez muscular e contraturas1. Atualmente, não há tratamentos disponíveis que visem diretamente a lesão cerebral subjacente para melhorar a função e a qualidade de vida.

Por que terapias celulares?

Há um interesse significativo na investigação de terapias celulares como o sangue de cordão umbilical como tratamento para paralisia cerebral. Isso ocorre porque o sangue do cordão umbilical contém uma variedade de células-tronco e progenitoras que demonstraram ser benéficas após uma lesão cerebral em pesquisas de laboratório. Esses benefícios incluem a redução da inflamação e morte celular, e promover o reparo após uma lesão cerebral, principalmente através da liberação de fatores celulares (“mecanismos tróficos”). Isso pode ajudar a reduzir o tamanho ou a gravidade de uma lesão e/ou melhorar as conexões dentro do cérebro.

Sangue do cordão umbilical para paralisia cerebral:

As primeiras infusões relatadas de sangue de cordão umbilical para paralisia cerebral datam de quase 20 anos. Isso foi incluído em um artigo publicado por Sun et al., em 2010, no qual 140 crianças com paralisia cerebral receberam sangue autólogo (próprio) do cordão umbilical de março de 2004 a dezembro de 20093. Desde então, vários estudos foram publicados, com uma revisão de 2021 descobrindo que quase 800 indivíduos com paralisia cerebral foram tratados com sangue do cordão umbilical em todas as fases dos estudos clínicos, incluindo seis ensaios clínicos randomizados controlados por placebo de médio/grande porte4. Uma revisão sistemática de 2016 concluiu que o tratamento com sangue do cordão umbilical é seguro e mais eficaz do que a reabilitação isolada na melhoria da função motora grossa, no entanto, o sangue do cordão umbilical não é aprovado para o tratamento da paralisia cerebral por nenhuma agência reguladora no mundo.

Desafios com as evidências de pesquisa até o momento:

Existe alguma incerteza sobre se o sangue do cordão umbilical é realmente eficaz para o tratamento da paralisia cerebral. Isso pode ser devido, em parte, à variabilidade entre os estudos concluídos até o momento. Essa variabilidade vem da inclusão de participantes de todas as idades, tipos de paralisia cerebral e gravidade, bem como diferenças na forma como as células do sangue do cordão umbilical foram administradas, grande variação no número de células (dose), quanto tempo após o tratamento os participantes foram acompanhados e quais testes foram usados para verificar se havia alterações. Todos esses fatores e muito mais podem influenciar na eficácia do sangue do cordão umbilical para o tratamento da paralisia cerebral.

Um desafio com os ensaios clínicos é que amostras pequenas em estudos individuais podem levar a uma falta de “poder” para responder conclusivamente a perguntas sobre se um tratamento funciona, bem como explorar diferentes subgrupos dentro dos dados. Somente quando um campo atinge um certo nível de maturidade, com dados suficientes disponíveis, é que isso se torna possível.

Uma solução de pesquisa:

Agora, com vários grandes ensaios clínicos randomizados publicados, os pesquisadores do Cerebral Palsy Alliance Research Institute sentiram que era o momento certo para conduzir uma Meta-Análise de Dados de Participantes Individuais (IPDMA) para fazer exatamente isso. Um IPDMA é um tipo específico de revisão sistemática que obtém os dados originais da pesquisa para cada participante do estudo diretamente dos pesquisadores responsáveis por cada estudo. Esses dados podem então ser combinados e reanalisados centralmente para fazer perguntas adicionais aos dados.

O que os pesquisadores encontraram?

Para este IPDMA, os pesquisadores tinham dados suficientes para analisar os efeitos do tratamento do sangue do cordão umbilical na função motora grossa. Portanto, as perguntas que a equipe mais queria responder eram: 1) qual é o efeito geral do tratamento com sangue de cordão umbilical para melhorar a função motora grossa em indivíduos com paralisia cerebral e 2) qual o efeito da dose de células do sangue do cordão umbilical nessa melhora? Os resultados preliminares deste estudo IPDMA foram apresentados na conferência Cord Blood Connect 2023 em Miami.

“De forma promissora, este estudo preliminar do IPDMA sugeriu que o tratamento do sangue do cordão umbilical em crianças com paralisia cerebral melhorou as habilidades motoras grossas mais do que os controles, e que uma dose celular mais alta é provavelmente benéfica, com dados apresentados para o período de acompanhamento de 6 meses”.

A equipe está atualmente realizando mais análises, incluindo a análise de pontos de tempo adicionais, além de olhar para vários fatores que podem revelar os respondedores ao tratamento. Este estudo representa uma incrível colaboração internacional entre muitas das equipes de pesquisa que trabalham nesta área. Os resultados deste estudo podem ajudar a informar futuros ensaios e garantir que o sangue do cordão umbilical seja aplicado de forma a proporcionar os melhores resultados possíveis para crianças com paralisia cerebral. Fique atento aos resultados completos esperados para o próximo ano.

Os colaboradores do estudo incluem: Cerebral Palsy Alliance Research Institute, Universidade de Sydney, Sydney, Austrália: Megan Finch-Edmondson, Madison CB Paton, Annabel Webb, Remy K Blatch-Williams, Alexandra R Griffin Centro Médico Infantil, Universidade de Ciências Médicas de Teerã, Teerã, Irã: Mahmoudreza Ashrafi McGovern Medical School, Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, Houston, EUA: Charles S Cox, Jr, Steven Kosmach Murdoch Children’s Research Institute, The Royal Children’s Hospital Melbourne, Universidade de Melbourne, Melbourne, Austrália: Kylie Crompton CHA Bundang Medical Center, CHA University School of Medicine, Seongnam, República da Coreia: MinYoung Kim Centro Marcus de Curas Celulares, Duke University School of Medicine, Durham, EUA: Joanne Kurtzberg, Jessica Sun Tecnologia de células-tronco de Royan, Teerã, Irã: Masoumeh Nouri, Morteza Zarrabi Faculdade de Medicina e Saúde, Universidade de Sydney, Sydney, Austrália: Iona Novak   Referências Novak I, Morgan C, Fahey M, Finch-Edmondson M, Galea C, Hines A, et al. Estado das Evidências Semáforos 2019: Revisão Sistemática de Intervenções para Prevenção e Tratamento de Crianças com Paralisia Cerebral. Relatórios Atuais de Neurologia e Neurociências. 2020; 20(2):3. Nguyen T, Purcell E, Smith MJ, Penny TR, Paton MCB, Zhou L, et al. Umbilical Cord Blood-Derived Cell Therapy for Perinatal Brain Injury: A Systematic Review & Meta-Analysis of Preclinical Studies. Revista Internacional de Ciências Moleculares. 2023; 24(5):4351. Sol J, Allison J, McLaughlin C, Sledge L, Waters-Pick B, Wease S, et al. Diferenças na qualidade entre unidades de sangue de cordão umbilical privadas e públicas: um estudo piloto de infusão autóloga de sangue de cordão umbilical em crianças com distúrbios neurológicos adquiridos. Transfusão. 2010; 50(9):1980-7. Paton MCB, Finch-Edmondson M, Fahey MC, London J, Badawi N, Novak I. Quinze anos de pesquisa humana usando células-tronco para paralisia cerebral: Uma revisão do cenário de pesquisa. J Paediatr Saúde da Criança. 2021; 57(2):295-6. Novak I, Walker K, Hunt RW, Wallace EM, Fahey M, Badawi N. Revisão concisa: intervenções com células-tronco para pessoas com paralisia cerebral: revisão sistemática com metanálise. Medicina Translacional de Células-Tronco. 2016; 5(8):1014-25. Finch-Edmondson M, Paton M, Webb A, Ashrafi M, Blatch-Williams R, Cox J, Charles, et al. Resumo 5 Tratamento do Sangue do Cordão Umbilical para Melhorar a Função Motora Grossa em Indivíduos com Paralisia Cerebral: Resultados de uma Meta-Análise de Dados de Participantes Individuais. Medicina Translacional de Células-Tronco. 2023; 12(Supplement_1):S6-S. To learn more about cord blood banking, visit Parent’s Guide to Cord Blood Foundation at https://parentsguidecordblood.org/en/news/meta-analysis-cord-blood-cerebral-palsy

Fonte: Meta-Análise do Sangue do Cordão Umbilical na Paralisia Cerebral (parentsguidecordblood.org)


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Cientistas testaram combinação de estimulação cerebral com treinamento cognitivo em busca de uma alternativa às intervenções farmacológicas

Um experimento conduzido por pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, e da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, abriu caminho para uma nova forma de tratamento para crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Publicado na revista científica Translational Psychiatry, o trabalho avaliou o uso de uma combinação inédita de estimulação cerebral não invasiva com treinamento cognitivo, e obteve resultados animadores na melhora dos sintomas.

O professor de neurociência cognitiva da Universidade de Surrey Roi Cohen Kadosh, chefe da Escola de Psicologia da instituição, explica que o método busca ser uma alternativa às terapias farmacológicas atuais devido aos efeitos colaterais que podem ser associados, como diminuição do apetite e problemas de sono.

“Acredito que a comunidade científica tem o dever de investigar e desenvolver métodos cada vez mais eficazes e duradouros para o TDAH. Os resultados sugerem que uma combinação de estimulação transcraniana por corrente contínua (tRNS), que se mostrou segura com efeitos colaterais mínimos, tem o potencial de transformar a vida de crianças e suas famílias. (…) No futuro, poderá fornecer uma alternativa à medicação como via de tratamento”, diz ele, que é um dos líderes do experimento.

O TDAH é um transtorno que impacta a atenção, a atividade e a impulsividade do indivíduo, se manifestando por meio de sintomas como dificuldades no foco, memória e autocontrole. Geralmente é diagnosticado na infância, e estimativas apontam que 5,2% das crianças vivem com o quadro. O tratamento padrão é feito com medicamentos e psicoterapia.

No novo estudo, os pesquisadores avaliaram o uso de estimulação cerebral não invasiva, que envolve uma leve corrente elétrica no paciente por meio de dois eletrodos anexados na cabeça do paciente. No trabalho, foram recrutadas 23 crianças com idades entre 6 e 12 anos que tinham o diagnóstico, mas não faziam uso de medicamentos.

Elas foram divididas em dois grupos aleatórios, sem saber em qual pertenciam. O primeiro recebeu a estimulação durante sessões de treinamento cognitivo, como, por exemplo, resolução de problemas e questões de interpretação de leitura. O segundo também realizou o treinamento cognitivo, mas recebeu um placebo durante as sessões.

Depois de duas semanas, os cientistas observaram que 55% das crianças do primeiro grupo tiveram uma melhora significativa do quadro clínico, segundo relatado por seus pais. Esse percentual foi de apenas 17% no grupo placebo. Na semana seguinte, mesmo com o tratamento interrompido, 64% dos que receberam a estimulação relataram melhorias, e 33% dos que fizeram parte do grupo placebo.

Os pesquisadores observaram ainda mudanças nos padrões de atividade elétrica do cérebro de pacientes submetidos ao novo tratamento, mesmo na terceira semana. Os resultados foram celebrados pelos responsáveis, mas precisam ser validados por mais, e maiores, estudos para que cheguem à avaliação de agências reguladoras e, posteriormente, à prática clínica.

“Este é um primeiro passo importante na oferta de novas opções terapêuticas para o TDAH. Estudos futuros, com estudos maiores e amostras mais variadas, devem ajudar a estabelecer isso como uma terapia viável para o TDAH e nos ajudar a entender os mecanismos subjacentes do transtorno, diz Mor Nahum, também líder do estudo e chefe do Laboratório de Neuroterapia Computadorizada da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Fonte: TDAH: novo tratamento ‘tem o potencial de transformar a vida de crianças e suas famílias’, diz pesquisador; entenda (globo.com)


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Um homem continua em remissão do HIV cinco anos após receber um transplante de células-tronco para tratar sua leucemia, revelaram os médicos. O paciente tinha 63 anos quando recebeu o transplante em 2019, tornando-se o quarto no mundo e o mais idoso a entrar em remissão de longo prazo dessa condição fatal.

Apelidado de “paciente do City of Hope”, em referência ao hospital na Califórnia onde foi tratado, ele conviveu com o vírus por 31 anos e enfrentou um estágio de AIDS, que tragicamente tirou a vida de muitos de seus amigos nos anos 80.

A última atualização médica, publicada no New England Journal of Medicine, confirmou que o homem não identificado ainda está livre da doença, cinco anos após o tratamento inicial. Os médicos afirmaram: “No momento deste relatório, o paciente continua em remissão do HIV e AML (leucemia mieloide aguda), enquanto recebe tratamento tópico para a doença do enxerto contra o hospedeiro oral.

“Esse caso mostrou que pacientes mais idosos submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas com condicionamento de intensidade reduzida para o tratamento do câncer podem ser curados da infecção por HIV-1.”

Mais de 106.000 pessoas no Reino Unido viviam com HIV em 2020, mostram os dados mais recentes. Os avanços na medicina permitem que os pacientes vivam com a doença e reduzam os níveis do vírus a níveis indetectáveis no corpo, diminuindo o risco de transmissão a outros.

Duas pessoas foram declaradas livres do HIV desde o paciente do City of Hope, elevando o total para seis, incluindo os pacientes de Berlim, Londres, Dusseldorf, Nova York e Genebra. Todos passaram por transplantes de medula óssea para tratar casos graves de câncer, recebendo células-tronco de um doador com uma mutação no gene CCR5, exceto o paciente de Genebra.

Essa mutação é conhecida por bloquear o HIV de entrar nas células do corpo. O paciente do City of Hope recebeu o mesmo transplante após 30 anos de terapia antirretroviral (TAR).

A TAR suprime a replicação do HIV no corpo e permite que aqueles com o vírus levem uma vida normal e saudável. Após o transplante há cinco anos, que seguiu a quimioterapia, o paciente do City of Hope interrompeu a TAR em março de 2021. Ele está agora em remissão tanto do HIV quanto da leucemia por mais de dois anos.

Falando no ano passado, ele disse: “Quando fui diagnosticado com HIV em 1988, como muitos outros, pensei que era uma sentença de morte. “Nunca pensei que viveria para ver o dia em que não teria mais HIV. Estou além de grato.”

Fonte: Epilepsia: Desvendando os mistérios da doença que acompanha a humanidade desde a antiguidade (gazetabrasil.com.br)


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Células-tronco são capazes de se diferenciar e se transformar em outras células e, por isso, há décadas são estudadas como uma das revoluções da ciência e da medicina. Do câncer a doenças cardíacas, passando pelo Alzheimer, elas são também objetos de investigação na UFSC, onde o professor Edroaldo Lummertz da Rocha, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, publicou, somente neste ano, três estudos com resultados inéditos em revistas de alto impacto do grupo Nature e da prestigiada Cell Stem Cell.

As pesquisas trabalham com a biologia de sistemas, usando softwares como forma de estudar e descrever o comportamento celular, mas também têm abordagem experimental. Os mecanismos são pesquisados em organismos vivos como camundongos e também no peixe-zebra. “Em conjunto, estes estudos destacam a importância da biologia computacional para compreender o funcionamento das nossas células e como utilizar esse conhecimento para criar células-tronco hematopoiéticas em laboratório a partir de células-tronco pluripotentes, as quais possuem a capacidade de produzir praticamente qualquer célula do nosso organismo”.

As células-tronco hematopoiéticas podem se transformar em células sanguíneas e em células do sistema imune, o que possibilita que sejam utilizadas em diferentes terapias. Os estudos vão da ciência básica à aplicada, ou seja, procuram entender e descrever o funcionamento de um determinado aspecto celular para, com essas descobertas, propor inovações que possam ser aplicadas em tratamentos.

No caso das pesquisas de Rocha, realizadas em um longo histórico de colaboração com a Universidade de Harvard – uma das mais importantes do mundo – a biologia de sistemas tem protagonismo e resultou em um software capaz de fazer cálculos e prever com fidedignidade como as células se comunicam nos tecidos.

“Utilizando um algoritmo, denominado CellComm, nós descobrimos novos processos biológicos envolvidos na formação de células sanguíneas”, explica o professor. Por essa descoberta, Rocha descreveu o comportamento de uma proteína, chamada APP, que é tipicamente envolvida em processos neurodegenerativos, mas que, para a surpresa dos pesquisadores, também está envolvida na formação das células-tronco e progenitoras sanguíneas que precedem as células-tronco que residem na medula óssea.

Esta mesma proteína, quando inibida em animais de laboratório, aumenta substancialmente a produção das células-tronco hematopoiéticas, o que pode levar ao desenvolvimento de novas terapias celulares. Esse processo também poderia acelerar e facilitar a produção de células-tronco em laboratório, o que de algum modo também pode impactar em processos terapêuticos.

“Tal feito poderá, caso um dia funcione de forma robusta, reduzir a necessidade de doadores de medula óssea, pois as células-tronco e progenitoras poderiam ser geradas em laboratório a partir das células do próprio paciente por meio da reprogramação celular”, explica o pesquisador.

Ciência básica

Como as células-tronco do sangue nascem? Essa é uma das perguntas essenciais ao trabalho de Rocha e da equipe de Harvard com a qual ele tem trabalhado há mais de dez anos. De acordo com ele, boa parte do sangue de um adulto tem origem embrionária, por isso é importante entender esses processos.

“As células-tronco do sangue geram todas as outras células sanguíneas, por isso é preciso entender como elas nascem e como elas produzem sangue”, pontua. Segundo ele, a partir de técnicas da biologia computacional e experimental foi possível descobrir que havia células anteriores às células troncos – chamadas de progenitoras multipotentes embrionárias. Entender como elas nascem e migram para a medula óssea, por exemplo, é um mecanismo descrito pela ciência básica.

O professor explica que as células progenitoras são formadas nas primeiras semanas de gestação, pois são essenciais para o embrião em desenvolvimento – processo que foi estudado, na pesquisa, em embriões de camundongos. As células foram identificadas com uma espécie de código de barras, o que tornou possível definir quais geravam quais.

A pesquisa também pretendia entender como, mesmo não havendo célula-tronco, já havia produção de sangue nas primeiras semanas da gestação. A descoberta destas progenitoras pode ser fundamental para o processo de facilitação de terapias celulares que atuem, por exemplo, na cura do câncer ou na substituição de transplantes

Em um outro estudo com participação da UFSC, células-tronco pluripotentes foram utilizadas para produzir um tipo de célula imunológica conhecida como linfócito T, que atuam no sistema imune, por exemplo, por meio da eliminação de células infectadas ou tumorais.

Estes linfócitos T criados em laboratório foram geneticamente modificados com um receptor artificial para reconhecer células tumorais de linfoma, um tipo de câncer hematológico. Estudos pré-clínicos em animais de laboratório demonstraram a eficácia desta nova terapia celular.

Fonte: Notícias da UFSC


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Confira na lista a seguir dicas de como se alimentar na gestação e descubra o papel dos alimentos no desenvolvimento do bebê

Enjoos, dores, tonturas e desmaios podem ser comuns durante a gestação. Nem tudo neste período é fácil, afinal seu corpo está gerando outra vida, então é comum as grandes mudanças que você está experimentando. É possível passar por essas mudanças de modo mais tranquilo e saudável por meio de mudanças alimentares. Durante a gravidez, os nutrientes obtidos pela alimentação desempenham um papel fundamental no desenvolvimento saudável do bebê e da mãe. Uma dieta equilibrada e variada é crucial para suprir as necessidades nutricionais nesse período tão especial. Nesta lista, trouxemos diversas dicas sobre a alimentação gestacional, entre elas, sugestões de nutrientes para cada trimestre; confira.

3 dicas importantes para uma gestação saudável

Variedade de alimentos – Durante a gestação, é importante incluir uma variedade de alimentos em sua dieta. Aposte no consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais, proteínas magras e laticínios para garantir a ingestão de diferentes nutrientes necessários para o desenvolvimento do bebê.

Hidratação adequada – Beber água regularmente é essencial para manter a hidratação durante a gravidez. Além disso, a água auxilia no transporte de nutrientes para o feto e na eliminação de toxinas do organismo. Como diretriz geral, é recomendado às gestantes o consumo de cerca de 2 a 3 litros de água por dia, além de consumir líquidos saudáveis, como sucos naturais e sopas, para garantir a hidratação adequada. Confira a seguir uma lista com a importância da hidratação na gravidez:

Hidratação: Durante a gravidez, o volume sanguíneo aumenta e o corpo precisa de mais água para produzir sangue, fluidos amnióticos e suportar o desenvolvimento do feto. A hidratação adequada ajuda a prevenir complicações relacionadas a contrações prematuras devido a desidratação;

Desenvolvimento fetal saudável: A água contribui para a formação do líquido amniótico e ajuda no desenvolvimento dos órgãos e tecidos do feto;

Prevenção de constipações e infecções do trato urinário: Durante a gravidez, o sistema digestivo e o trato urinário podem sofrer alterações, ocasionando em algumas vezes um aumento do risco de constipação e infecções do trato urinário. A ingestão adequada de água ajuda a prevenir esses problemas, por auxiliar no funcionamento regular do intestino e na eliminação de toxinas do corpo;
Controle da temperatura corporal: A gravidez pode aumentar a temperatura corporal, beber água suficiente ajuda a regular a temperatura evitando a hipertermia;

Prevenção de edema e cãibras musculares: O inchaço nas pernas, tornozelos e pés, conhecido como edema, é comum durante a gravidez. A água auxilia na circulação sanguínea adequada, ajudando a prevenir o edema;

Aumento da produção de leite materno: Beber água suficiente é essencial para a produção adequada de leite materno. Deste modo, mesmo após o parto, é importante continuar se hidratando.

Consulte um profissional de saúde

Cada gestação é única, e as necessidades nutricionais podem variar conforme a saúde da mãe e do bebê. Portanto, é fundamental buscar orientação de um profissional de saúde, como um obstetra ou nutricionista, que poderá adequar a alimentação segundo as necessidades individuais.

Fonte: O que comer na alimentação para o bebê nascer saudável (gazetadopovo.com.br)


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Um estudo da Northwestern University revela que um mecanismo no RNA pode ser o responsável por esse fenômeno, abrindo novas possibilidades para o tratamento da doença

A Doença de Alzheimer representa uma das formas mais frequentes de declínio cognitivo, no entanto, mesmo diante da sua ampla incidência, os meandros causativos permanecem parcialmente obscuros para a ciência. Um dos aspectos já identificados é que a diminuição de células nervosas figura como um dos principais impulsionadores no surgimento dessa enfermidade

Mecanismo RNA

Os pesquisadores da Northwestern University, em um estudo publicado na revista Nature Communications, sugerem que um mecanismo presente no RNA (ácido ribonucleico) pode desencadear a morte de várias células, incluindo os neurônios. Neurônios podem enfrentar uma nova causa de degeneração na doença de Alzheimer, de acordo com a pesquisa.

Investigando cérebros de três fontes diversas utilizando modelos de camundongos com Alzheimer, neurônios derivados de células-tronco de pessoas com e sem a doença, e adultos com mais de 80 anos, mas com habilidade de memória equivalente a indivíduos entre 50 e 60 anos, os cientistas buscaram validar essa hipótese.

As células de cada indivíduo apresentam distintas categorias de RNA, conforme Marcus Peter, docente na Escola de Medicina Feinberg da Northwestern University e líder do estudo. Ele destaca o RNA mensageiro (RNAm) extenso, responsável por codificar proteínas essenciais para o funcionamento celular, composto por milhares de nucleotídeos, e o RNA curto, com 19 a 22 nucleotídeos, que atua inibindo a atividade do RNAm, resultando no bloqueio na síntese de proteínas.

Avanços na medicina 

Nesse contexto, os cientistas identificaram que um tipo de “código” contido em um RNA curto, composto por apenas seis nucleotídeos, pode causar a morte de células vitais. Marcus Peter, líder do estudo, explicou ao Medical News Today que denominaram essa sequência curta de “código da morte”. As células perecem porque os RNAs que carregam esse código suprimem de maneira seletiva os RNAm que codificam proteínas cruciais para a sobrevivência de todas as células.

Com o avanço da idade, a quantidade de RNA “protetores” diminui nas células cerebrais, enquanto a presença dos RNA “tóxicos” aumenta, conforme destacado pelo autor do estudo. Isso significa que um cérebro com maior quantidade de RNA “tóxico” apresenta um maior risco de mortes celulares, o que, por consequência, amplia as chances de desenvolvimento do Alzheimer. Essa constatação ressalta a importância dos RNA mensageiros em quantidade significativa para a proteção das células cerebrais.

Marcus Peter destaca que as próximas etapas da pesquisa envolvem mais testes em animais e neurônios provenientes de pacientes com a doença. Além disso, os autores do estudo enfatizam a relevância dessa descoberta como um impulso para novas investigações voltadas ao desenvolvimento de medicamentos destinados ao tratamento do Alzheimer e outras condições degenerativas. Planeja-se, também, a avaliação de medicamentos capazes de aumentar o nível de RNA “protetores” ou reduzir a atividade dos RNA “tóxicos”.

Fonte: Estudo revela fatores ligados à morte neuronal no Alzheimer (r7.com)


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Documento aprova testes e amostras feitos pela empresa

A Criogênesis foi avaliada pelo Controllab, empresa brasileira de controle de qualidade laboratorial, e recebeu certificado após avaliação de proficiência de controle de qualidade em 8 testes e amostras feitas em 2023.

O certificado confirma a excelência dos serviços feitos ao público e garante os resultados eficazes do laboratório. Mostra também o esforço da equipe, que realiza com categoria os serviços de extrema importância para a medicina.

“Com grande empenho e dedicação a Criogênesis alcançou um marco significativo ao conquistar o certificado de qualidade da Controllab. Esse feito representa o comprometimento incessante com a excelência em processos, pesquisa e inovação, consolidando a reputação da empresa como líder no setor”, ressalta Thiago Sheguti Ph.D. Diretor do Laboratório da Criogênesis.

Para saber mais sobre a Criogênesis, ligue (11) 5536-9246 (atendimento 24h). Nossa sede fica à Rua Américo Brasiliense, nº 1000, Chácara Santo Antônio, São Paulo.


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Deusdete Lino Pereira recuperou a visão após seis anos depois da doação de células-tronco de uma irmã, na Paraíba

O agricultor Deusdete Lino Pereira, de 54 anos, teve a vida transformada quando perdeu a visão e, após uma doação da irmã Eliete Pereira, voltar a enxergar. Morador de Igaracy, no Sertão da Paraíba, ele realizou o sonho de recuperar a visão.

“Ele agora está independente. Graças a Deus! É um tempo novo para ele. Ele disse que renasceu de novo”, celebrou Eliete, doadora.

A vida de Deusdete começou a mudar em 2014, quando o agricultor estava trabalhando pintando uma casa e o balde de tinta virou sobre Deusdete e atingiu um de seus olhos. De acordo com Eliete Pereira ao g1, após o acidente, Deusdete procurou ajuda médica em algumas cidades, como Patos, João Pessoa, Recife e Brasília, mas os tratamentos realizados não surtiram efeito e o agricultor perdeu a visão do olho atingido pela tinta.

“O [primeiro] doutor falou que era caso cirúrgico. Passou para meu irmão algumas injeções para que depois ele voltasse para fazer a cirurgia. E quando ele voltou, o médico falou que não era necessário. E meu irmão ficou usando um colírio, mas a visão só piorava, até chegar ao ponto de perdê-la. Depois ele procurou outros atendimentos médicos. Os médicos falavam que tinha jeito dele recuperar a visão, porque não tinha sido perca total, mas nada foi resolvido”, explicou Eliete.

Em 2018, Deusdete sofreu outro trauma forte na região dos olhos. Ele estava trabalhando num roçado e o olho esquerdo foi atingido por uma pedra. O trauma na região foi irreversível e Deusdete precisou remover o olho esquerdo. Segundo Eliete, para o agricultor, mesmo sem enxergar mais nada, ele ainda tinha esperança de, um dia, poder ver novamente.

“Ele ficou muito triste, mas não reclamava, só dizia que tinha entregado toda aquela situação para Deus. Que ia voltar a enxergar, porque Deus estava cuidando de tudo”, explicou.

Com a cegueira de ambos os olhos, Deusdete passou a depender de terceiros. Ele era guiado pela esposa, que o auxiliava em várias atividades durante o dia. A família do agricultor o ajudou de várias formas, sendo uma delas através de campanha solidária.

Doação de células-tronco devolve a visão para Deusdete

A força de vontade de Deusdete em voltar a enxergar, aliado com o conhecimento médico, fez esse sonho se tornar realidade. Depois de uma pesquisa na internet, Deusdete conheceu o caso de uma paciente na cidade de Itaporanga, próximo a região de Igaracy, que havia feito um transplante de célula-tronco do limbo em Campina Grande e queria tentar essa alternativa.

Em Campina Grande, Deusdete foi atendido pelo médico Diego Gadelha, que avaliou a situação como grave, mas que podia ser reversível. Ao g1, o médico explicou que precisou de um doador em primeiro grau para fazer o transplante e minimizar os riscos de rejeição da parte transplantada.

“Quando se tem uma queimadura química só em um olho, muitas vezes a gente pode fazer o transplante de células-tronco do limbo da conjuntiva do outro olho. Como nesse caso ele não tinha o outro olho viável, a gente precisou lançar mão da utilização de um parente em 1° grau, no caso dele a irmã, que fez a doação”, explicou o oftalmologista Diego Gadelha.

De acordo com o oftalmologista Diego Gadelha, foi retirada células-tronco do limbo da conjuntiva da córnea do olho direito de Eliete Pereira e transplantado para o olho direito de Deusdete. Segundo o médico, a parte que recebeu o transplante precisa cicatrizar, retirar uma membrana e criar condições para que ele volte a enxergar. A doadora foi Eliete, que de prontidão se prontificou a realizar o transplante para Deusdete.

“Quando o médico falou que precisava de um doador que fosse compatível com ele, eu me prontifiquei de primeira. Enquanto ele estava em Campina Grande, a gente daqui [Igaracy] ia mantendo contato. E quando ele chegou, ele me perguntou se eu estava preparada para ser a doadora dele. Eu disse que sim!”, explicou Eliete.

A cirurgia aconteceu em 9 de janeiro, no Hospital HELP (Hospital de Ensino e Laboratórios de Pesquisa), da Fundação Pedro Américo, em Campina Grande. E a recuperação de Deusdete foi rápida. Ainda na sala de cirurgia, ele já conseguiu ver algumas imagens.

“O resultado de cara já foi muito bom, obviamente é um processo lento, pois existem riscos de rejeição, como todo transplante, e a gente está fazendo o trabalho de imunossupressão, acompanhamento clínico”, disse o especialista.

Deusdete recebeu alta hospitalar no mesmo dia do transplante, voltou no dia seguinte para acompanhamento, e está sendo acompanhado uma vez por semana. Segundo o oftalmologista Diego Gadelha, o paciente está enxergando bem, mas ainda não é 100%, pois existe um processo de cicatrização, tendo em vista que a recuperação é boa e Deusdete já tem uma quantidade de visão funcional.

“Foi um momento único em nossas vidas. Motivo de muita alegria e gratidão”, celebrou Eliete.

Com a realização da cirurgia, Deusdete voltou a enxergar gradativamente, pois exige um período de cicatrização. O médico Diego Gadelha especificou que a visão de Deusdete estaria na casa dos 70%, e que pode melhorar com o passar do tempo.

“Se fosse matemática, podemos dizer que ele está próximo de 70% algo assim, mas na prática ele não enxergava nada e agora ele enxerga. O fato é que ele recuperou a visão e essa recuperação da visão pode melhorar ainda mais com o avançar do tratamento”, explicou o oftalmologista.

Deusdete agora vai precisar de pelo menos seis meses para obter a estabilização do transplante e a imunossupressão (diminuição da resposta imune devido ao uso de algumas medicações) deve durar, no mínimo, dois anos.

Fonte: Agricultor volta a enxergar após doação de células-tronco da irmã | Paraíba | G1 (globo.com)


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O congelamento de sêmen oferece aos homens a oportunidade de preservar sua fertilidade e planejar o futuro da paternidade

Diante da acelerada mudança de comportamento e da expectativa de vida aumentando as pessoas tem prorrogado algumas etapas. Já é uma realidade a gestação a partir dos 40 anos para as mulheres como algo seguro e usual. Contudo, para os homens, cuja fertilidade sempre teve uma longevidade maior, entretanto, especialistas chamam a atenção para a qualidade do material genético.

Com o avançar da idade, a qualidade do sêmen masculino é afetada, impactando diretamente na capacidade reprodutiva. Estudos indicam que entre os 45 e 50 anos, homens experimentam uma notável diminuição na qualidade do esperma, levando a questionamentos sobre a possibilidade de congelamento para preservar a fertilidade.

A recomendação especializada sugere que o congelamento seja considerado antes dos 45 anos, embora não exista um limite estrito para este procedimento. O método envolve um processo similar ao exame de espermograma, em que o homem realiza a coleta através da masturbação. Posteriormente, o laboratório analisa os espermatozoides, congelando os de melhor qualidade em tubos criogênicos armazenados em tanques de nitrogênio.

“Quando chega o momento de utilizar o sêmen congelado, é essencial notificar o laboratório responsável”. Profissionais especializados procedem com o descongelamento do sêmen, tornando-o disponível para fertilização in vitro. Este processo requer também a coleta de óvulos da mulher, os quais serão fertilizados pelos espermatozoides previamente congelados, explica Dr. Nelson Tatsui, Hematologista do HC-FMUSP e Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis, laboratório de coleta e armazenamento de células troco e sêmen.

O médico cita também alguns casos onde o armazenamento de sêmen é recomendado. “Homens que vão realizar vasectomia, pacientes em tratamento de fertilização in vitro, expostos a materiais contaminantes como agrotóxicos e toxinas ambientais, podem se beneficiar desse método em um futuro”, enfatiza.

Ressalta-se que o congelamento de sêmen envolve a assinatura de termos específicos de esclarecimento e informação, garantindo a segurança do processo. Além disso, exames de sangue prévios são obrigatórios para assegurar a inexistência de doenças infecciosas no paciente. De acordo com especialista, todo o procedimento é considerado seguro quando realizado dentro destas diretrizes estabelecidas.

Sobre a Criogênesis: referência na coleta e criopreservação de células-tronco de Sangue e Tecido do Cordão Umbilical e Polpa de Dente, se consolida como um dos maiores centros de medicina regenerativa do Brasil. Utilizando tecnologia de ponta investe em segurança, materiais e maquinários de padrões internacionais. Pioneira no Brasil e com duas décadas de operação, oferece ainda o armazenamento de sêmen, protocolos em terapia celular, Plasma Rico em Plaquetas (PRP) com tecnologia de aférese, fotoférese e plasmaférese. É detentora do certificado e aprovação americana da Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias (AABB), que permite a empresa fazer parte de um seleto grupo mundial de bancos de cordão umbilical, composto por aproximadamente 75 entidades em todo continente. Sua missão é estimular o desenvolvimento da biotecnologia por meio de pesquisas, assegurando uma reserva celular para tratamento genético futuro. www.criogenesis.com.br

Fonte: A idade do homem e a possibilidade do Congelamento de Sêmen – Jornal do Brás (novojorbras.com.br)