Principais Mudanças no Corpo em cada Mês da Gestação

O que acontece com o corpo da mulher durante a gravidez?
Confira algumas mudanças que ocorrem durante o período de nove meses da gestação.
Saber identificar os primeiros sinais de uma gravidez, para muitas mulheres, parece óbvio. A ausência de menstruação é a principal mudança no corpo da futura mamãe. A partir dos meses seguintes, a mulher sofre alterações em sua forma física para a preparação do crescimento, parto e amamentação do bebê. A barriga ganha destaque e não para de crescer, trazendo com ela muitos outros sinais e sintomas que, muitas vezes, são desagradáveis para qualquer pessoa. “Apesar de a maioria ser assintomática, as mulheres podem ficar indispostas, com náuseas, vômitos e sonolência. Outros sintomas são vontade de urinar com frequência, dores de cabeça esporádicas, prisão de ventre, tonturas, falta ou excesso de apetite, assim como aversão ou desejo de determinados alimentos, e alteração das mamas (aumento, sensibilidade, dor ao toque e escurecimento das aréolas)”, comenta Renato de Oliveira, ginecologista responsável pela área de reprodução humana da Criogênesis.
Ainda de acordo com o ginecologista, no primeiro trimestre de gravidez, as náuseas passam a diminuir devido a diminuição fisiológica do valor de beta-HCG. A partir disso, a gestante passa a se alimentar melhor e se inicia um aumento importante da quantidade de líquidos. “É necessária a suplementação de ferro na dieta, devido a diluição natural do sangue, a fim de evitar anemia. Além disso, a gestante passa a perceber as mãos e os pés ficarem um pouco mais inchados”, explica Oliveira.
 1º mês: No primeiro mês a gestante não percebe que está grávida. Os sintomas são parecidos com a TPM, porém, muito mais intenso. Nesta época acontece a liberação de um hormônio chamado HCG. Há a interrupção da menstruação, dores nas mamas são comuns, dores abdominais  também,  o humor pode ficar instável e aumento da sensibilidade emocional. Tudo muito parecido com a TPM.
2º mês: Neste período, por conta da produção hormonal, o sistema neurológico da mãe passa por alterações. Por isso muitas mulheres reclamam de sonolência, aumentam as mamas, há os enjôos, náuseas. Também passam a urinar com mais frequência. A alteração no tamanho do útero provoca uma compressão na bexiga, por isso as idas mais frequentes ao banheiro.
3º mês: Nesta fase pode acontecer da futura mamãe ter ganhado um pouco de peso (um ou dois quilos). O volume de sangue que circula no corpo aumenta para suprir as necessidades do útero e do feto. Os enjoos, em muitos casos, ainda se manifestam, e as gengivas podem ficar doloridas. As flutuações de humor, assim como as dores de cabeça, tendem a se acentuar. Algumas veias, como as da barriga, mamas e pernas, tendem a ficar mais visíveis em virtude do aumento do volume sanguíneo. Cabelos e unhas podem ter transformações neste período.
4º mês: A mãe sentirá mais apetite à medida que as náuseas e enjoos forem desaparecendo. Também parecerá mais disposta e com energia. Até o final deste mês (16-20 semanas), provavelmente sentirá, pela primeira vez, um leve movimento do bebê; A barriga já começa a aparecer.
5º mês: Neste período o bebê já se mexe na barriga da mãe, e isso deve ser comunicado ao médico.O útero cresce. O coração tende a bater mais rápido, as noites de sono devem ser respeitadas, cerca de 8 horas. A alimentação deve ser saudável, a mamãe deve ter tranqüilidade emocional e não praticar atividades físicas extenuantes. Cabelos e unhas podem passar por transformações neste período, assim como a pele e o aumento de pelos. Aqui também a gestante pode começar a sentir azias.
6º mês: A pele de seu abdome está “esticando”, e a gestante passa a sentir coceiras na região. O volume da barriga pode fazer com que a mamãe sinta dores nas costas. O peso também pode provocar varizes nas pernas. Dores abdominais podem acontecer, já que o útero está se expandindo para acomodar o crescimento do bebê.
7º mês: É um mês que requer muita paciência. Nessa fase, o cansaço da gestante aumenta. As alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez são facilmente percebidas nesta etapa – o corpo quer preparar a mulher para o parto.
8º mês: Aqui, já resta pouco tempo para a mãe dar a luz.  Nesse mês, o organismo começa a produzir o colostro (líquido que vem antes do leite materno) e há também um aumento das secreções vaginais.  As contrações são mais fortes, e o útero aumenta. A dificuldade de respirar pode ser maior, pois o bebê está perto dos pulmões. A parte de cima do seu útero está debaixo das costelas. Mãe e bebê estão mais propensos a ganhar peso nesta fase. Redobrar os cuidados com a alimentação.
9º mês: Aqui o bebê se encaixa na bacia da mãe, na posição para o momento do parto. Nesse período, a gestante começa a ir no banheiro com mais frequência,  a barriga está maior e comprime a bexiga. Além do aumento de peso, a ansiedade contribui para o quadro de dificuldade para dormir. A falta de ar também é um sintoma comum desse período. Com a produção de leite, os seios ficam inchados. A dieta da mamãe deve estar repleta de cálcio, fibras e ferro. Os ossos da bacia começam a abrir, é comum ter dores na bacia, no púbis e na região baixa da coluna lombar.
Depois do nascimento do bebê
Após o parto há o período de quarentena. Nesse período, há uma queda considerável de hormônios no organismo feminino, as consequências normalmente são cansaços, acompanhado de uma sensação de tristeza e insegurança. Afinal, agora, a mulher tem sob sua responsabilidade um bebê. No momento, é recomendável cuidado especial com a mamãe, apoio e carinho do marido e familiares, pois, em alguns casos, pode acontecer a depressão pós-parto.”No período da quarentena, sexo não é recomendado. A mulher deve se alimentar corretamente, ter tranquilidade, para que tenha um bom período de amamentação”, afirma Fairbanks.
Para que todas as mudanças ocorridas ao longo dos nove meses de gestação desaparareçam, o organismo requer algum tempo. A forma básica do corpo – na gestante que não engordou em demasia – volta em cerca de 3 a 6 meses, as manchas somem no 6º mês e, a partir dali, só as mamas continuam aumentadas durante a amamentação.

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