Quais doenças podem ser tratadas com células-tronco

Leucemia, lesão na córnea e anemia são algumas doenças tratadas após o transplante
O primeiro transplante de células-tronco bem sucedido que se tem notícia ocorreu em 1957. Nele, um paciente com leucemia recebeu a medula óssea (contendo células-tronco do sangue) do irmão gêmeo saudável. De lá para cá, o progresso da ciência e da medicina possibilitou que várias doenças já possam ser rotineiramente tratadas com essas células. Veja abaixo quais doenças podem ser tratadas com células-tronco:
Doenças oftalmológicas: Deficiência das células-tronco do limbo da córnea (DCTL): A nossa córnea sofre pequenas lesões todos os dias, e essas células-tronco são responsáveis por repará-las. No entanto, diversos transtornos podem induzir deficiência dessas células, limitando o reparo das lesões da córnea e podendo levar à perda total da visão.
Queimaduras extensas de terceiro grau: A pele é o maior órgão do nosso corpo, é essencial para a nossa sobrevivência. Em casos de queimaduras extensas, células-tronco da epiderme do paciente podem ser expandidas em laboratório e transplantadas de volta no paciente como enxerto.
Doenças do sangue, da medula óssea, imunes e metabólicas: Essas são as condições nas quais o uso de células-tronco é mais amplamente realizado ao redor do mundo, podendo efetivamente prover a cura da doença em muitos casos:
- Leucemias e linfomas, como leucemia mielóide aguda, leucemia mielóide crônica, leucemia linfocítica aguda, leucemia linfocítica crônica, leucemia juvenil mielomonocítica, linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin.
- Doenças da medula óssea e doenças em que a medula óssea não funciona corretamente, como anemia aplástica grave, anemia de Fanconi, hemoglobinúria paroxística noturna, aplasia pura da série vermelha e trombocitopenia amegacariocítica congênita.
- Doenças hereditárias do sistema imune, como imunodeficiência combinada grave (SCID) e síndrome de Wiskott-Aldrich.
- Doenças que afetam os glóbulos vermelhos do sangue (hemoglobinopatias), como anemia falciforme e beta-talassemia major.
- Doenças metabólicas hereditárias, como doença de Krabbe, síndrome de Hurler e adrenoleucodistrofia.
- Síndrome mielodisplásica, um grupo de doenças que afeta o sangue e a medula óssea.
- Mieloma múltiplo e outras patologias de plasmócitos.
Essas são as aplicações atuais das células-tronco. Para estes usos, já foi demonstrado que a terapia é segura e eficaz. Muitas outras aplicações estão sendo testadas como terapias experimentais.
É sempre importante distinguir tratamentos consagrados de tratamentos experimentais e estudos investigando o uso de células-tronco nas mais diversas patologias estão em andamento. Alguns dos mais promissores incluem o uso dessas células para curar formas de cegueira, diabetes tipo I, lesão medular e esclerose múltipla.
Fonte – Stem Cells Journals
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