Amamentação reduz risco de obesidade na vida adulta

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Pesquisadores da Universidade de Pelotas relacionaram tempo de amamentação à controle da saciedade 30 anos depois

Um estudo brasileiro, publicado recentemente no periódico Scientific Reports, associou a amamentação à obesidade na vida adulta. Para isso, os pesquisadores da Universidade de Pelotas (Rio Grande do Sul) acompanharam 3.701 indivíduos nascidos na cidade gaúcha em 1982. Dentre aqueles que detinham o FTO, gene frequentemente associado à obesidade, os que foram amamentados apresentavam, aos 30 anos, maior massa magra e menor gordura visceral.

Aos 23, os indivíduos estudados tiveram o sangue coletado para análise de DNA, a partir da qual foi possível identificar os portadores do gene FTO. Já aos 30, foi feita uma longa análise de composição corporal. A partir do cruzamento destes dados com o tempo individual de amamentação, foi possível concluir que os indivíduos amamentados por menos de um mês eram os mais propensos à obesidade.

“O FTO é um gene que influencia no controle da saciedade, estimulando o indivíduo a comer mais e acreditamos que amamentar o bebê possa ajudar no controle da saciedade, bloqueando o efeito desse gene. Mas só dá para ter certeza com mais pesquisa”, explica Bernardo Horta, autor do estudo. Ele ainda ressalta que apesar de possuir um fator genético, a obesidade está longe de ser genética e tem vários fatores comportamentais.

Como a duração da amamentação desses bebês foi predominantemente curta – com apenas 4 em cada 10 amamentados por três meses ou mais – o estudo apresenta o primeiro mês como parâmetro. “Se divididos conforme o tempo de amamentação, obviamente, verificaremos que quanto maior o tempo, menor a gordura visceral. Mas com apenas um mês de amamentação o efeito do FTO já parece ser significativamente atenuado”, aponta o pesquisador.

Fonte: Revista Crescer


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