Cientistas criam teste de sangue que detecta Síndrome de Down

Sindrome-de-down.jpg

O teste mais convencional em uso, o da amniocentese, que consiste no uso de uma agulha para retirar líquido do útero, pode causar abortos e danos ao feto.
Com o novo teste, cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos,
conseguiram identificar, com sucesso, vários casos de síndrome de Down, segundo um estudo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

O teste consiste em uma análise genética de uma amostra do sangue da mãe, pois ele pode detectar a presença de cópias extras do cromossomo 21.
A Síndrome de Down é causada quando a pessoa possui uma cópia extra do cromossomo – condição genética conhecida como trissomia do 21.

De acordo com os cientistas, se um feto possui três cópias do cromossomo, ao invés de apenas as duas normais, haverá também um aumento na quantidade de cromossomos 21 no sangue da mãe, já que o DNA consegue atravessar a placenta do bebê para o corpo da mãe. Segundo a pesquisa, o exame de sangue desenvolvido em Stanford é capaz de identificar e contar os fragmentos de DNA e é sensível o bastante para detectar até um pequeno aumento no número de cromossomos 21.

Pesquisa

Para realizar o estudo, os cientistas testaram o exame em 18 mulheres grávidas e identificaram com sucesso nove casos de Síndrome de Down entre as participantes e dois casos de outras anomalias genéticas conhecidas como aneuploidias, definidas por uma perda ou ganho de material genético.

Stephen Quake, que coordenou o estudo, afirma que será necessário repetir os exames em um número maior de mulheres. Ele explica que está confiante de que o novo exame de sangue poderá ser usado de forma rotineira em hospitais dentro de alguns anos.

Um dos modos mais comuns para diagnosticar se um bebê possui ou não a Síndrome de Down é a amniocentese, um método invasivo que consiste em introduzir uma agulha no útero para retirada de um líquido para análise genética. Segundo informações do Royal College de Obstetras e Ginecologistas da Grã-Bretanha, cerca de uma em cada 100 mulheres que realiza o teste acaba perdendo o bebê como resultado da prática invasiva. Quake esclarece que “o exame não-invasivo será muito mais seguro que as práticas atuais”.

Para Lyn Chitty, especialista em genética e medicina fetal da University College, em Londres, o exame é um “desenvolvimento interessante para a prática de métodos menos invasivos e mais seguros para detectar a Síndrome de Down”.

Fonte: Revista Materlife


Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *