Infertilidade: o que causa, como tratar, quais os riscos, ansiedade atrapalha? Confira as respostas

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  1. O que é infertilidade?

R: Define-se infertilidade conjugal como a ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares sem uso de método anticoncepcional. É importante ressaltar que a infertilidade não é igual a impossibilidade, mas a dificuldade para engravidar, que pode ser de diversos graus.

  1. Quantas mulheres sofrem com o problema atualmente?

R: A infertilidade não é um problema raro. Muito pelo contrário, atinge cerca de que 15% dos casais.

  1. A infertilidade é um problema exclusivamente feminino?

Não, é um problema do casal. Os dados são claros: em 30% dos casais, o problema é encontrado no homem e, em 20%, o problema está tanto no homem quanto na mulher. Assim, podemos dizer que em 50% dos casais inférteis, o homem está envolvido na causa da infertilidade.

  1. O que causa a infertilidade na mulher?

R: As principais causas de infertilidade feminina são disfunções na ovulação (fator ovulatório), alterações nas tubas (fator tubário) e no útero (fator uterino). Outra causa importante de infertilidade é a endometriose, doença cada vez mais freqüente em nosso meio.

  1. Há fatores que aumentam os riscos de infertilidade feminina?

R: Sem dúvida. O fato de deixar para engravidar mais tarde, a obesidade ou o baixo peso, a exposição a doenças sexualmente transmissíveis e o tabagismo são exemplos claros de situações que aumentam o risco de infertilidade e que devem ser evitados. Outra situação que vemos na prática clínica é quando a mulher é submetida a quimioterapia ou radioterapia no tratamento do câncer. Neste caso, dependendo do esquema utilizado, há perda dos óvulos e alto risco de infertilidade.

  1. Como a idade interfere na fertilidade da mulher?

R: A idade é a variável isolada mais importante na fertilidade da mulher. O grande problema é que os óvulos, ao contrário dos espermatozóides, não se multiplicam. A reserva de óvulos da mulher se estabelece antes dela nascer, enquanto está na barriga de sua mãe, e só reduz desde então! O problema é que, além da perda na quantidade, há também perda na qualidade dos óvulos, o que leva a uma menor chance de engravidar e a uma maior chance de abortamento. Sabemos que, de maneira geral, há uma maior chance de gravidez antes dos 35 anos e que esta chance se reduz com a idade, com queda importante após os 37 anos. No entanto, isto pode variar bastante de mulher para mulher.

  1. A ansiedade de engravidar pode atrapalhar este processo? De que forma?

R: A ansiedade pode atrapalhar, principalmente por trazer sofrimento ao casal. No entanto, não pode ser supervalorizada: grande parte das mulheres que querem engravidar apresentam algum grau de ansiedade e apenas uma pequena parte terá problemas.

  1. Após quantas tentativas de engravidar a mulher deve buscar orientação médica?

Após 1 ano sem conseguir engravidar, o casal deve procurar assistência médica para uma avaliação adequada. Este período deve ser menor, de 6 meses, quando a mulher tem 35 anos ou mais. Outros exemplos são naqueles casais onde há uma suspeita de alteração inicial, como presença de menstruações irregulares, Síndrome dos Ovários Policísticos, endometriose, infecção pélvica prévia, gestação ectópica anterior, laqueadura tubárea ou vasectomia.

  1. Que tipo de procedimentos os médicos usam para diagnosticar a infertilidade na mulher?

R: Os procedimentos feitos para encontrar uma causa específica de infertilidade incluem a avaliação da ovulação (história menstrual e dosagens de hormônios), o estudo das tubas (histerossalpingografia) e avaliação do útero (ultrassonografia transvaginal). A endometriose é diagnosticada através de exame de sangue (CA-125) e de exames de imagem (ultrassonografia transvaginal especializada e ressonância magnética).

  1. Problemas de fertilidade são hereditários entre as mulheres?

R: A grande maioria dos problemas não são hereditários, mas existem exceções. Em relação a mulher, existem famílias com Síndrome dos Ovários Policísticos, miomas, endometriose e perda precoce dos óvulos (falência ovariana prematura).

  1. Quais são os principais meios, usados atualmente, para tratar a infertilidade na mulher?

R: Atualmente, existem diversos tratamentos para infertilidade. Podem ser divididos em procedimentos cirúrgicos ou tratamentos de reprodução humana (relação sexual programada, inseminação intra-uterina e FIV).

  1. É possível tratar a infertilidade com o uso de medicamentos? Quais são os principais?

R: Sim. Em mulheres que tem Síndrome dos Ovários Policísticos (disfunção na ovulação), a indução da ovulação é feita com medicações. Neste caso, a primeira escolha é o citrato de clomifeno, medicação de uso oral, prática e com custo baixo.

  1. Bebês gerados a partir de técnicas de reprodução assistida tendem a nascer prematuros?

R: A prematuridade está relacionada a gestações múltiplas (gemelares, trigemelares, etc.). Assim, uma gravidez única após fertilização in vitro não tem risco aumentado de prematuridade. Mas uma gestação múltipla, tanto pós-fertilização quanto espontânea, tem risco aumentado.

  1. As técnicas de reprodução assistida são eficientes? Que fatores prejudicam o sucesso deste tipo de tratamento?

R: A fertilização in vitro, por exemplo, apresenta uma chance de sucesso de 40%, em média. Apesar de não parecer excelente, ela representa o dobro da chance de um casal sem problemas engravidar. No entanto, muito precisa ser feito para conseguirmos resultados ainda melhores.

Os dois principais fatores que prejudicam o sucesso do tratamento andam lado a lado: a idade da mulher e a quantidade e qualidade dos óvulos. Mulheres com mais de 40 anos de idade, por exemplo, apresentam uma chance consideravelmente menor do que as com menos de 40. Outros fatores importantes são: baixa quantidade e qualidade dos espermatozóides, presença de endometriose grave e associação de múltiplas causas de infertilidade.

Fonte: portal Minha Vida

 


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