Como as células-tronco mudaram a vida de Gage

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Gage foi concebido por fertilização in vitro (FIV), nasceu de parto natural após uma gravidez a termo. Seus pais decidiram pelo clampeamento tardio do cordão umbilical como uma forma de dar a Gage um pouco mais de sangue e também a possibilidade de coleta do Sangue de Cordão Umbilical, (o Colégio Americano de Ginecologia e Obstetrícia recomenda o clampeamento tardio de pelo menos 30 a 60 segundos para os nascimentos a termo e pré-termo).

Aos seis meses, surgiram alguns sinais diferentes em Gage. Ele engatinhava assimetricamente, fazia movimentos repetitivos e não fazia contato visual. A mãe de Gage, Renee, começou a se preocupar com seu filho. Aos dois anos, Gage foi diagnosticado com Transtorno do Espectro do Autismo. Seu diagnóstico foi classificado no nível 2, o que significa que a criança precisa de apoio substancial. Gage ainda não era verbal e interagia socialmente como um bebê de seis meses. Ao receber o diagnóstico, Renee procurou grupos de apoio, leu tudo sobre o autismo e começou a fazer terapias com Gage. Ao longo do caminho, Renee aprendeu sobre o potencial da terapia com células-tronco para crianças com autismo, por isso, Renee tentou inscrever Gage no protocolo da Universidade de Duke, nos EUA, mas a família ficou desapontada ao saber que o sangue do cordão umbilical estava contaminado com a bactéria E. Coli e não poderia ser utilizado para este tratamento.

Renee continuou procurando outros ensaios clínicos e encontrou um protocolo que trata o autismo com células-tronco mesenquimais (CTM) do tecido do cordão umbilical e com isso, Gage recebeu sua primeira terapia celular para autismo perto de seu terceiro aniversário. O tratamento consistiu em uma infusão intravenosa de CTM da Geleia de Wharton do tecido do cordão umbilical doado, por um banco americano.

Após o tratamento com CTM do tecido do cordão umbilical, Gage acrescentou novas palavras, quase que diariamente ao seu vocabulário. Três semanas depois, ele disse à mãe pela primeira vez: “Eu te amo muito”. Desde então, Gage recebeu mais quatro infusões com CTM de tecido do cordão umbilical.
Agora, aos cinco anos, Gage é uma criança muito extrovertida e falante, sua mãe sempre se lembra do quanto orou pedindo a Deus para vê-lo falar.

Em entrevista, foi perguntado a Renee que conselhos ela daria para outros pais de crianças com autismo. Ela ressaltou que a terapia para o autismo da CTM é experimental e, somente arriscando saberá se funcionará. Mas ela acha que, caso não tivesse tentado a terapia, iria se arrepender e conviver com a incerteza de que poderia ter feito alguma diferença na vida de seu filho. Ela também acha que os pais devem ser realistas e não esperar uma “cura”, mas sim que as células-tronco “auxilie” em melhorias e habilidades de seus filhos.

Fonte: Parent’s Guide to Cord Blood


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