CGH Array

O CGH-array é uma importante ferramenta no Diagnóstico Genético Pré-implantacional na tentativa de selecionar os embriões mais propensos a ter um cariótipo normal e, conseqüentemente aumentar a probabilidade de implantação e de desenvolvimento em uma criança saudável.

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Trata-se de uma recente técnica disponível no Brasil a partir de 2010, tendo sido aplicada com sucesso pela primeira vez em uma paciente de 38 anos de idade, com falhas repetidas de implantação após diversas tentativas de fertilização in vitro e já havia realizado análise genética dos embriões em ciclos anteriores de apenas 5 cromossomos pela técnica de FISH que foram transferidos aqueles considerados sem alterações, porém sem sucesso de gravidez.

A análise CGH em blastômeros biopsiados encontrou um em cinco embriões como normal para todos os cromossomos. Este embrião foi transferido e resultou no nascimento de um bebê saudável.

A fim de manter as taxas de gestação satisfatórias e reduzir o número de embriões transferidos, é essencial identificar os embriões com maior potencial para a formação de uma gravidez e garantir que esses embriões sejam uma prioridade na transferência. Atualmente, a decisão de quais embriões serão utilizados é feita com base na sua capacidade de crescer até o estágio de blastocisto e nos critérios morfológicos analisados pelo embriologista. Infelizmente, essas análises não fornecem informações sobre o número de cópias cromossômicas, que é um dos aspectos mais importantes na viabilidade embrionária. Sabe-se que cerca de 37% dos embriões trissômicos atingem o estágio de blastocisto e 70% dos embriões morfologicamente normais são aneuplóides.

A maioria dos erros cromossômicos é incompatível com a implantação ou o nascimento e, portanto previstos para afetar negativamente os tratamentos de reprodução assistida.

A hibridização genômica comparativa é uma técnica ideal para o diagnóstico genético pré-implantacional, pois realiza o cariótipo completo de todos os 46 cromossomos, fornecendo uma ferramenta poderosa para uma análise confiável de aneuploidias em oócitos e embriões e, permitindo a transferência de embriões “competentes”, podendo aumentar a taxa de gestação em até 80%.

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Como é realizada esta técnica?

Para aplicação desta técnica é necessária a realização da biópsia do embrião em estágio de blastocisto (embrião no 5º dia de desenvolvimento) em que são retiradas algumas células que dariam origem a placenta (trofodérmicas) sem afetar as que dariam origem ao feto e sem prejudicar o desenvolvimento do embrião e da placenta.

Indicações da técnica de CGH?

  • Mulheres com idade >37 anos;
  • Paciente com histórico de alterações genéticas na família;
  • Casais de FIV com falhas repetidas no tratamento;
  • Mulheres com histórico de abortos repetidos;

Limitações da técnica

Nem todos os embriões produzidos no laboratório chegarão ao estágio de blastocisto, estudos revelam que aproximadamente um em cada 3 embriões terão competência para o desenvolvimento até o quinto dia, ou seja, a aplicação desta técnica é geralmente limitada a um número baixo de embriões ou pode nem ser realizada pois nenhum pode chegar até blastocisto devido essa seleção natural.

Como já citado anteriormente, estudos revelam que cerca de 70% dos embriões morfologicamente normais podem apresentar alterações cromossômicas, sendo assim corre-se o risco de realizar o CGH e todos embriões analisados serem alterados cromossomicamente.

Portanto, é importante que o casal esteja ciente que nessas duas situações pode-se não ter embriões para transferência, no entanto este fato relaciona-se a uma antecipação de um resultado negativo de gravidez caso fossem transferidos os embriões.

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