Vale a pena armazenar células-tronco do cordão umbilical? A atriz Thais Fersoza fez o procedimento com os dois filhos

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O diretor técnico da Criogênesis, Dr. Nelson Tatsui esclarece dúvidas

Coletar e armazenar as células-tronco do cordão umbilical do meu filho ou da polpa do dente de leite? Para que serve o procedimento? Quando meu filho irá usar? Onde faço e armazeno esse material? São muitas dúvidas sobre este assunto que vem crescendo e se tornando cada vez mais discutido na população. Sobretudo, quando é divulgado entre a classe artística, conforme a declaração da atriz Thais Fersoza que fez a coleta com seus filhos.

Polêmico, o assunto atualmente levanta debates entre os médicos desde o surgimento dos bancos privados de armazenagem. Afinal, vale a pena ou não investir em uma estocagem privada?

O diretor técnico da Criogênesis e Hematologista do HC – FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), Dr. Nelson Tatsui, esclereceu que o banco de armazenamento público deve existir, mas que a opção pelo sistema privado é uma precaução. “Óbvio que o armazenamento público deve existir, porque a célula vai servir para alguém. Os pais que guardam no sistema privado só estão se prevenindo de uma falta de doador compatível, mesmo desconhecendo o futuro do transplante”, disse.

Na rede pública, as células-tronco armazenadas são provenientes de doações voluntárias. A doação é realizada em maternidades credenciadas do programa Rede BrasilCord (existem 13 no Brasil). A coleta é feita de forma indolor e segura, logo após o nascimento do bebê. Nesse banco, as células poderão ser utilizadas por qualquer pessoa desde que haja compatibilidade sanguínea. Este tipo de armazenamento tem o custo coberto pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Em paralelo ao banco público, empresas privadas também criaram um sistema de uso exclusivo. Nos bancos pagos – optado pela atriz Thais Fersoza – as células são guardadas apenas para uso da família.

“Para algumas doenças é melhor usar as células-tronco de outro doador, mas e quando não tem alguém compatível? A média de pessoas que recebe a célula de pessoa compatível é de 30%. Isso é muito pouco”. Segundo Dr. Nelson Tatsui, o investimento em terapia privada é para um caso de necessidade. “Embora tenha crescido o número de doadores, tem diminuído o número de compatíveis. O armazenamento é uma forma preventiva de evitar problemas futuros”, afirma.

Fonte – UOL


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