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A paralisia resultante de lesões na medula espinhal tem sido uma condição desafiadora de tratar. No entanto, avanços recentes na terapia com células-tronco trouxeram esperança para pacientes que perderam a mobilidade e a sensação devido a danos na medula espinhal. Um estudo inovador publicado no início DSAQdo mês, conduzido por cientistas da Mayo Clinic nos Estados Unidos demonstrou resultados promissores na melhoria da qualidade de vida de indivíduos paralisados.

O Estudo

O estudo da Mayo Clinic, publicado na revista científica Nature Communications, em 1º de abril de 2024, concentrou-se em sete pacientes com diferentes graus de paralisia causada por lesões na medula espinhal. Esses pacientes receberam uma terapia inovadora com células-tronco com o objetivo de restaurar movimentos e sensações.

O Procedimento

Os pesquisadores colheram células-tronco mesenquimais (MSCs) da medula óssea dos pacientes. As MSCs são células multipotentes capazes de se diferenciar em vários tipos celulares. A equipe injetou essas MSCs diretamente na medula espinhal lesionada.

A terapia foi bem tolerada por todos os pacientes, sem efeitos adversos relatados.

Resultados

Ao longo de vários meses, os pacientes começaram a recuperar movimentos em seus membros. Alguns pacientes conseguiram mexer os dedos dos pés, enquanto outros experimentaram maior força na parte superior do corpo. Os pacientes também relataram maior percepção sensorial, como sentir calor, toque e pressão. Estudos de imagem revelaram alterações na medula espinhal lesionada, indicando reparação tecidual e redução da inflamação.

Conclusão

O estudo da Mayo Clinic sobre terapia com células-tronco representa um grande avanço no tratamento de lesões na medula espinhal. Embora desafios ainda existam, os resultados oferecem esperança aos pacientes paralisados e suas famílias. À medida que a pesquisa continua, podemos vislumbrar um futuro em que mobilidade e sensação sejam restauradas para aqueles que antes enfrentavam uma vida limitada pela paralisia.

Fonte: Avanços na Terapia com Células-Tronco para Lesões na Medula Espinhal | Única News – Notícias e Fatos com Credibilidade (unicanews.com.br)


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O americano Chris Barr, que ficou paralisado do pescoço para baixo após sofrer um acidente de surf há sete anos, voltou a andar graças a um tratamento inovador realizado com células-tronco. Hoje, ele pode se alimentar sozinho, andar por aí e fazer atividades independentes do dia a dia, revelou em entrevista ao canal ABC News. Ele foi o primeiro paciente da pesquisa iniciada em 2018 pela Clínica Mayo, de Minnesota. Os pesquisadores coletaram células-tronco da gordura do estômago de Barr e depois injetaram cerca de 100 milhões de células, expandidas em laboratório, na lombar do paciente. Quase seis anos após a terapia inovadora, Barr afirma que continua ganhando mais independência e já consegue andar mais rápido. “Nunca sonhei que teria uma recuperação como esta”.

Fonte: A revolução do tratamento com células-tronco – Roma News

 


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Emerson Royal, do Tottenham, trata uma lesão sofrida ainda em 2023, que há um mês voltou a causar incômodos

Atual lateral-direito do Tottenham, Emerson Royal precisou passar por um tratamento inovador nesta semana. O ex-jogador do Atlético trata uma lesão sofrida ainda em 2023, que há um mês voltou a causar incômodos.

O procedimento em questão é o implante de células-tronco no joelho e foi realizado pelo especialista Dr. Luiz Felipe Carvalho. Ele realizou a aplicação no tendão patelar, um ligamento do joelho fundamental para os movimentos da articulação.

Resultados de exames revelaram que a região passava por uma calcificação, isto é, uma formação óssea. Por este motivo, a cicatrização foi afetada e causou dores ao atleta.

Com funciona oprocedimento?

O procedimento exige a extração de células-tronco da medula óssea do próprio paciente. Extraído, o material é armazenado em uma centrífuga, antes de ser aplicado em doses no local da lesão.

O concentrado do aspirado de medula óssea é responsável por acelerar a recuperação de diversas lesões, além de ter uso anti-inflamatório. Com a técnica, ossos, músculos e cartilagens também podem ser regenerados. Cristiano Ronaldo e Rafael Nadal foram alguns dos astros do esporte que também fizeram o procedimento.

Fonte: Ex-Atlético e Seleção inova e inicia tratamento com células-tronco; entenda | CNN Brasil


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As lesões na coluna são danos que afetam a estrutura vertebral e podem causar dor crônica, limitações de movimento e até mesmo paralisia. Elas são causadas por acidentes, má postura ou doenças degenerativas e prejudicam bastante a qualidade de vida do paciente.

O tratamento tradicional desse tipo de lesão é muito complexo, baseado no uso de analgésicos, anti-inflamatórios e dispositivos ortopédicos para melhorar a mobilidade e postura da área afetada, e muitas vezes, não é eficaz na melhora do problema.

Mas uma forma relativamente recente de tratar lesões na coluna tem se desenvolvido cada vez mais: as células-tronco.

Elas conseguem se diferenciar em vários tipos celulares, regenerando tecidos e reduzindo a inflamação, como demonstra o novo estudo “Desenvolvimento urbano sustentável em saúde: integrando pesquisas em células-tronco para lesões na coluna“, publicado na Revista Políticas Públicas e Cidades pelo Neurocientista e médico ortopedista, Luiz Felipe Carvalho, pioneiro no Brasil em cirurgia com uso de células-tronco, tendo recuperado diversos atletas famosos e pelo Pós PhD em neurociências, Fabiano de Abreu Agrela.

“O tratamento com células-tronco tem como objetivo recuperar as células nervosas danificadas na medula espinhal após a lesão usando métodos como transplante intravenoso ou punção lombar. As células-tronco podem ser administradas na coluna de várias maneiras, ajudando a complementar a estimulação epidural, por exemplo. Elas têm potencial para regenerar tecidos danificados de forma única”, explica Luiz Felipe Carvalho.

Células tronco x tratamento tradicional

De acordo com Luiz Felipe, que já utiliza a técnica há anos para recuperar a mobilidade de pessoas com lesões na coluna, as células-tronco trazem melhores resultados por agir na regeneração dos danos na coluna do paciente.

“Enquanto o tratamento convencional usa analgésicos e fisioterapia para aliviar a dor e melhorar a mobilidade, o tratamento com células-tronco age diretamente nos problemas do paciente”.

“Isso ajuda a reduzir a lesão de forma mais eficaz por estimular a regeneração, melhorar a formação de cicatrizes e gerar uma recuperação mais rápida, sendo menos invasivo que procedimentos cirúrgicos e mais eficaz que os medicamentosos, pois tem um poder ímpar de modulação das dores de forma permanente”, afirma Luiz Felipe Carvalho.

Fonte: Estudo analisa uso de células-tronco para tratar lesões na coluna – Medicina S/A (medicinasa.com.br)


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Paul Edmonds foi diagnosticado com Aids em 1988, na época, ele passou por tratamentos nocivos à saúde

Os primeiros casos da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, mais conhecido como AIDS, foram registrados 1977 nos Estados Unidos, Haiti e na Africa Central. Extremamente temida por não existir um tratamento para curar os pacientes- apenas para reduzir a carga viral do HIV e os sintomas da doença – atualmente, quase cinquenta anos depois dos primeiros casos registrados, um pequeno grupo de pessoas tem entrado em remissão total, o que quase pode ser considerado cura.

Uma delas, Paul Edmonds, de 68 anos, está próximo de poder ser considerado curado da Aids, após passar por um transplante de células-tronco vindo de uma pessoa resistente ao HIV, vírus causador da doença. Em entrevista ao jornal “O Globo”, ele contou sobre o processo e a rotina que resultaram em três anos sem a necessidade de tomar medicamentos antirretrovirais. Daqui a dois anos, ele poderá ser considerado totalmente curado do vírus.

Além da Aids, Edmonds também teve leucemia mieloide, um câncer no sangue, e a combinação que poderia ser letal, na verdade, lhe deu a chance para que ele estivesse próximo da cura. Por causa do diagnóstico de câncer, ele pôde passar pelo transplante de células-tronco.

Descoberta da doença

O artista plástico descobriu que tinha contraído o HIV em 1988, logo quando os primeiros tratamentos para AIDS começaram a ser produzidos. “Na época, comecei com o AZT, pois era a única droga disponível naquele ano. Foi bem quando reduziram a dose do medicamento pela metade, sou grato por terem feito isso. Acho que perdi muitos amigos por conta da toxidade desse tipo de droga […] quando fui diagnosticado com HIV, as pessoas costumavam viver somente cerca de 2 anos depois de descobrir o vírus. Então, eu fui sortudo”, explicou.

Quarenta anos depois, em 2018, Edmonds recebeu o diagnóstico de leucemia, o que fez com que ele fosse à Los Angeles para se tratar no Hospital City of Hope – referência no tratamento do câncer. No local, ele recebeu a proposta de passar pela transfusão de células-tronco e aceitou. “Eu não tinha muita opção. Era fazer isso ou não fazer nada e eu provavelmente não iria sobreviver. Foi automático, ao receber a proposta disse ‘com certeza, vamos nessa’”.

O tratamento era arriscado porque os médicos não sabiam como o corpo dele poderia reagir e poderia, inclusive, passar por uma rejeição. “É parecido com uma transfusão de sangue. Levou algo como 30 minutos, não senti nada. Não fiquei doente, ou algo assim. Eles [os médicos/ não sabem como você irá reagir. É bem arriscado, se algo não der certo o seu corpo pode rejeitar. Há problemas que podem até ser fatais”.

Com o sucesso do tratamento, Edmonds poderá viver um vida saudável e sem muitas preocupações. “Seguirei pintando quadros e conversando em conferências sobre o HIV. Há algumas semanas estive na Universidade da Califórnia, em San Diego, com uns 300 estudantes e eles ficaram muito entusiasmados em conversar comigo”, contou.

Fonte: Quase 40 anos após receber diagnóstico, americano é curado do HIV; entenda o caso – Rádio Itatiaia


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De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), uma em cada 160 crianças apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Autismo, como é popularmente conhecido.

Dentre seus principais sintomas estão o comprometimento da comunicação social, letargia, irritabilidade e repetição de comportamentos. Para ajudar essas crianças em seu desenvolvimento, estudos têm sido realizados mundialmente. Um deles, publicado no Journal of Translational Medicine utilizou células-tronco do sangue do cordão umbilical.

Por serem autorrenováveis, as células-tronco podem ser utilizadas no tratamento de diversas patologias graças a sua capacidade de se transformar nos mais variados tipos celulares, ou seja, se proliferar e produzir outras células idênticas, ajudando a recompor tecidos danificados.

Nelson Tatsui, diretor técnico do Grupo Criogênesis e hematologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) explica que já é possível notar melhora no quadro desses pacientes.

“Nos últimos anos esse material biológico tem sido utilizado em ensaios clínicos, como intervenção terapêutica para pacientes com autismo, e é possível notar uma melhora na qualidade de vida desses indivíduos”.

Como foi feito o estudo?

  • A pesquisa foi realizada no Shandong Jiaotong Hospital, na China, com 37 crianças com idades entre 3 e 12 anos, todas com autismo;
  • Elas foram divididas em três grupos: 14 crianças receberam transplante combinado de células mononucleares do cordão umbilical e terapia de reabilitação; 9 receberam esse mesmo transplante combinado mais células-tronco mesenquimais derivadas do cordão umbilical e terapia de reabilitação e 14 receberam apenas terapia de reabilitação;
  • Os transplantes incluíram quatro infusões de células-tronco por meio de injeções intravenosas e intratecais, uma vez por semana;
  • A segurança do tratamento foi avaliada com exames laboratoriais e avaliação clínica dos efeitos adversos.

E quais foram os resultados?

Não houve problemas de segurança significativos relacionados ao tratamento e nenhum efeito adverso grave foi observado. A combinação de transplante combinado de células mononucleares do cordão umbilical e células-tronco mesenquimais derivadas do cordão umbilical mostrou maiores efeitos terapêuticos quando combinadas.

Os pacientes submetidos a terapia celular apresentaram um avanço em relação a consciência corporal, fala e hiperatividade, 24 semanas após a infusão das células-tronco.

“Embora não exista uma cura concreta, o objetivo é que esses protocolos com células-tronco sejam utilizados mais frequentemente, por isso, é muito importante termos a consciência do quão valioso é esse material. Além disso, uma vez coletadas, as células ficam armazenadas em tanques com ultra baixas temperaturas (aproximadamente -180°C), por tempo indeterminado sem que percam suas propriedades”, ressalta o hematologista.

Fonte: Células-tronco auxiliam no tratamento de autismo, mostra estudo – 10/01/2021 – UOL VivaBem


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Os membros da comunidade do sangue do cordão umbilical já trabalham com múltiplas organizações que fornecem educação e formação em torno do sangue do cordão umbilical, mas nenhuma das organizações existentes preenche a função para a qual a Rede Nacional de Sangue do Cordão do Cordão foi criada.

Temos a Fundação Guia dos Pais para o Sangue do Cordão (PGCB), que educa os pais em todo o mundo sobre o sangue do cordão umbilical e publica um boletim informativo mensal com notícias da comunidade. Existe a Save the Cord Foundation, que educa os pais nos EUA e realiza webinars.

Há duas sociedades profissionais que credenciam práticas bancárias de sangue do cordão umbilical, a Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias ( AABB ), bem como a Fundação para o Credenciamento de Terapia Celular ( FACT ). A Cord Blood Association atua como uma associação profissional para bancos de sangue do cordão umbilical.

Os bancos de sangue do cordão umbilical que listam doações para transplante também ingressarão em registros como o NMDP (também conhecido como Be The Match) ou a World Marrow Donor Association ( WMDA ).

Para os profissionais médicos, existem algumas organizações e conferências que, em teoria, cobrem o tema do desenvolvimento do sangue do cordão umbilical como recurso terapêutico, incluindo, mas não se limitando à Sociedade Americana de Hematologia (ASH), a Sociedade Americana de Transplante e Celular. Terapia (ASTCT).

A medicina e os estudos envolvendo o uso de células-tronco em tratamentos para diversas doenças não param de avançar. Atualmente, as células podem ser utilizadas no tratamento de aproximadamente 90 doenças, entre elas, Alzheimer, lúpus, diabetes, problemas na córnea e na coluna.

A coleta é uma prevenção para a saúde futura da sua família. Com valor acessível, ela é feita rapidamente logo após o nascimento do bebê ou através da polpa do dente de leite. As células ficam armazenadas em tanques de nitrogênio e duram anos.

Se você tiver dúvidas e quiser saber mais, estamos disponíveis nos contatos 0800-7732166 (atendimento 24 horas). A Criogênesis fica à Rua Américo Brasiliense, 1000, no bairro Chácara Santo Antônio.

Fonte: Por que precisamos da Rede Nacional de Sangue do Cordão Umbilical (parentsguidecordblood.org)


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Conheça a história de dois garotos, Gabriel e Alex, que receberam o próprio sangue do cordão umbilical como terapia para o autismo.

Ambos participaram do ensaio clínico conduzido pelo Dr. Felician Stăncioiu em Bucareste, Romênia. Este ensaio está aberto a crianças com autismo de qualquer país, desde que tenham o seu próprio sangue do cordão umbilical armazenado num banco familiar. Embora que eles vivam na Romênia, suas células-tronco do sangue do cordão umbilical foram armazenadas fora da Romênia, e as células foram enviadas ao hospital para sua participação no estudo.

As crianças receberam suplementos nutricionais e uma única infusão intravenosa de células-tronco. Normalmente, as crianças são pré-medicadas contra reações alérgicas e sedadas antes da infusão. Muitas vezes, a permanência dos pais no hospital conseguia manter a criança calma e reduzia a necessidade de sedação.

Em entrevista, o pai de Gabriel explica que, antes da terapia celular, seu filho estava em seu próprio mundo. “Gabriel estava sempre distraído e não estava preocupado com a própria segurança. Seu comportamento social era inadequado; tanto no sentido de que ele diria coisas erradas na hora errada, quanto no sentido de que ele poderia ser muito agressivo e até violento com seus irmãos mais novos. Mas, ao mesmo tempo, Gabriel era bom com números e matemática. Desde que recebeu a terapia de sangue autólogo do cordão umbilical, Gabriel está menos agitado. Ele tem se comunicado melhor e melhorado as interações com seus irmãos mais novos”.

Já a mãe de Alex, falou sobre a diferença no filho após o tratamento usando as células-tronco. “Ele não falava de forma independente antes da terapia e exibiu “Ecolalia”, o que significa que ele só repetiu coisas que lhe foram ditas”. A família buscava uma variedade de terapias para o autismo, com destaque para a terapia comportamental Análise Comportamental Aplicada (ABA). Por meio de apresentações na mídia sobre terapia celular, eles aprenderam sobre a opção de usar o sangue do cordão umbilical para tratar o autismo e entraram em contato com o banco de sangue do cordão umbilical. O banco os encaminhou para o ensaio clínico liderado pelo Dr. Felician Stăncioiu.

“Temos visto resultados imediatos, quero dizer que só o transplante (sangue autólogo do cordão umbilical) não cura seu filho do autismo, não existe isso… Mas além da terapia, do esforço dos pais e terapeutas, dia a dia, com a criança, foi como uma rampa de lançamento, a criança aprendeu muito mais rápido, mais fácil, muito mais noções, e ela pegou mais rápido o que tinha que recuperar – atrasos cognitivos, sociais, de linguagem – houve um salto gigante.” A mãe de Alex relata que no segundo dia após a infusão Alex começou a falar sozinho pela primeira vez, e essa foi “a maior alegria da minha vida”.

Para assistir aos vídeos com as entrevistas dos pais de Gabriel e Alex, acesse o link Gabriel e Alex receberam o próprio sangue do cordão umbilical para o autismo (parentsguidecordblood.org)


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Estudo recente da Universidade de Yamanashi investiga de que forma a ingestão de fibras durante a gestação interfere no neurodesenvolvimento do bebê e outras questões de saúde futuras

A ciência traz novos aprofundamentos sobre a alimentação materna durante a gestação. Pesquisadores da Universidade La Trobe (Austrália) mostraram que alguns tipos de bactérias podem ser encontradas no nosso organismo antes mesmo do nascimento, mostrando que a alimentação da mãe tem influência na composição da microbiota fetal. Natalia Barros, Nutricionista Mestre em Ciências pela UNIFESP e fundadora da NB Clinic, comenta que, de fato, a nossa microbiota começa a ser formada ainda na barriga da mãe.

E por que isso é importante? “A microbiota materna durante a gravidez molda a microbiota vaginal e o leite materno, o que irá alterar a microbiota infantil pioneira durante uma janela crítica no desenvolvimento, tanto no útero como também no bebê depois de nascer”, explica Natalia.

Segundo ela, o conceito Developmental Origins of Health and Disease (DOHaD) – em português, Origens Desenvolvimentistas da Saúde e da Doença -, já propõe que diversos fatores ambientais, como desnutrição, estresse e exposições a produtos químicos durante a gestação e a infância estão relacionados com o aumento do risco de diversas doenças futuras.

Vem daí a importância do estudo publicado no final de julho, na revista Frontiers in Nutrition por pesquisadores da Universidade de Yamanashi. “Ele chamou a atenção por concluir que a deficiência de fibra dietética materna durante a gravidez pode influenciar um risco aumentado de atraso no neurodesenvolvimento da prole”, resume a nutricionista.

Ela conta que a pesquisa utilizou um banco de dados, para avaliar o consumo alimentar de fibras e ácido fólico e o atraso no desenvolvimento por domínios diferentes. “Mesmo depois de levar em consideração a ingestão de ácido fólico, que tem um papel essencial no desenvolvimento neural, houve uma ligação significativa entre a ingestão de fibra dietética materna durante a gravidez e o atraso no desenvolvimento infantil”, observa a especialista.

Isso é significativo porque, segundo Natalia, “a fibra dietética regula o microbioma intestinal, por meio da produção de ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs) produzidos pela fermentação bacteriana da fibra”, detalha, resumindo que esse processo tem grande importância para o eixo intestino-cérebro.   “Os resultados do estudo sugerem que a ingestão inadequada de fibras dietéticas maternas durante a gravidez afetou o atraso do neurodesenvolvimento infantil por conta da diminuição da produção de SCFAs”, conclui a nutricionista.

“Esse desequilíbrio nutricional materno durante a gravidez pode afetar não só o neurodesenvolvimento de seus filhos, mas também aumentar o risco de problemas futuros, como sobrepeso, síndrome metabólica e diabetes, entre outros, aponta Natalia. Por isso, a orientação nutricional durante a gravidez é fundamental para a saúde do binômio mãe-bebe, explica a nutricionista, ao detalhar: “Invista em alimentos ricos em fibras, como grãos, cereais, sementes, feijões, batatas, vegetais, frutas, cogumelos e verduras”. No que diz respeito ao volume de ingestão de fibras, Natalia orienta o consumo de 25g, valor recomendado pelas diretrizes brasileiras. Ela conta que a média de consumo do estudo foi de 10g/dia, sendo que o grupo com maior consumo, respondeu ingerir cerca de 18g/dia.

Ressalvas
Na visão de Natalia, a pesquisa mostra algumas limitações, por ter sido feita com humanos, o que impede de avaliar os efeitos da fibra alimentar isoladamente. Ela detalha: “Embora o estudo tenha considerado o impacto da ingestão de ácido fólico durante a gravidez, a possibilidade de outros nutrientes terem um impacto não pode ser descartada”, pondera a especialista. Outro questionamento dela diz respeito ao método de questionário autoaplicável, em que a compreensão pessoal das perguntas pode influenciar nas respostas. “Também se limitou ao não avaliar outros fatores do desenvolvimento cerebral, como o tipo de parto, a amamentação e a introdução alimentar”, acrescenta Natalia.

Fonte: Equilíbrio nutricional na gravidez afeta formação e futuro do bebê (terra.com.br)


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Empresa de biotecnologia Colossal começou em 2021 a estabelecer o objetivo surpreendente de modificar geneticamente elefantes

Cientistas da empresa de biotecnologia Colossal estão com um plano ambicioso sendo desenvolvido em laboratório: “reviver” mamutes extintos por meio de clonagem. Para isso, eles estão usando células-tronco de elefantes para estudar algumas características dos animais.

Os resultados podem esclarecer por que os animais raramente contraem câncer.

A empresa de biotecnologia Colossal começou em 2021 a estabelecer o objetivo surpreendente de modificar geneticamente elefantes com pelos e outras características encontradas em mamutes extintos.

Três anos depois, criaturas parecidas com mamutes ainda não existem. Mas, nesta semana, investigadores da empresa relataram um avanço: criaram células estaminais de elefante que poderiam potencialmente ser transformadas em qualquer tecido do corpo.

George Church, biólogo da Harvard Medical School, começou a tentar ressuscitar o mamute peludo há mais de uma década. Na época, os geneticistas extraíam DNA dos ossos dos animais extintos e identificavam diferenças genéticas entre eles e seus primos elefantes vivos.

Church concluiu que se pudesse alterar o DNA de um embrião de elefante, ele apresentaria algumas das características que permitiram aos mamutes peludos sobreviver em climas frios.

Os pesquisadores criaram iPSCs ( células-tronco pluripotentes induzidas) de outras espécies, incluindo humanos. Mas as células dos elefantes revelaram-se muito mais difíceis de reprogramar.

Lynch disse que tentou criar iPSCs de elefantes durante anos, sem sucesso. O problema, suspeitava ele, tinha a ver com uma característica dos elefantes: raramente contraem cancro.

Os elefantes desenvolveram uma série de defesas adicionais contra o cancro. Entre eles está uma proteína chamada TP53. Todos os mamíferos carregam um gene para a proteína, que faz com que uma célula se autodestrua se começar a mostrar sinais de crescimento descontrolado.

Os elefantes têm 29 genes para TP53. Juntos, eles podem destruir agressivamente as células cancerígenas.

Fonte: Cientistas usam células-tronco de elefante em laboratório para “reviver” mamutes extintos (terra.com.br)