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Os membros da comunidade do sangue do cordão umbilical já trabalham com múltiplas organizações que fornecem educação e formação em torno do sangue do cordão umbilical, mas nenhuma das organizações existentes preenche a função para a qual a Rede Nacional de Sangue do Cordão do Cordão foi criada.

Temos a Fundação Guia dos Pais para o Sangue do Cordão (PGCB), que educa os pais em todo o mundo sobre o sangue do cordão umbilical e publica um boletim informativo mensal com notícias da comunidade. Existe a Save the Cord Foundation, que educa os pais nos EUA e realiza webinars.

Há duas sociedades profissionais que credenciam práticas bancárias de sangue do cordão umbilical, a Associação para o Avanço do Sangue e Bioterapias ( AABB ), bem como a Fundação para o Credenciamento de Terapia Celular ( FACT ). A Cord Blood Association atua como uma associação profissional para bancos de sangue do cordão umbilical.

Os bancos de sangue do cordão umbilical que listam doações para transplante também ingressarão em registros como o NMDP (também conhecido como Be The Match) ou a World Marrow Donor Association ( WMDA ).

Para os profissionais médicos, existem algumas organizações e conferências que, em teoria, cobrem o tema do desenvolvimento do sangue do cordão umbilical como recurso terapêutico, incluindo, mas não se limitando à Sociedade Americana de Hematologia (ASH), a Sociedade Americana de Transplante e Celular. Terapia (ASTCT).

A medicina e os estudos envolvendo o uso de células-tronco em tratamentos para diversas doenças não param de avançar. Atualmente, as células podem ser utilizadas no tratamento de aproximadamente 90 doenças, entre elas, Alzheimer, lúpus, diabetes, problemas na córnea e na coluna.

A coleta é uma prevenção para a saúde futura da sua família. Com valor acessível, ela é feita rapidamente logo após o nascimento do bebê ou através da polpa do dente de leite. As células ficam armazenadas em tanques de nitrogênio e duram anos.

Se você tiver dúvidas e quiser saber mais, estamos disponíveis nos contatos 0800-7732166 (atendimento 24 horas). A Criogênesis fica à Rua Américo Brasiliense, 1000, no bairro Chácara Santo Antônio.

Fonte: Por que precisamos da Rede Nacional de Sangue do Cordão Umbilical (parentsguidecordblood.org)


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Conheça a história de dois garotos, Gabriel e Alex, que receberam o próprio sangue do cordão umbilical como terapia para o autismo.

Ambos participaram do ensaio clínico conduzido pelo Dr. Felician Stăncioiu em Bucareste, Romênia. Este ensaio está aberto a crianças com autismo de qualquer país, desde que tenham o seu próprio sangue do cordão umbilical armazenado num banco familiar. Embora que eles vivam na Romênia, suas células-tronco do sangue do cordão umbilical foram armazenadas fora da Romênia, e as células foram enviadas ao hospital para sua participação no estudo.

As crianças receberam suplementos nutricionais e uma única infusão intravenosa de células-tronco. Normalmente, as crianças são pré-medicadas contra reações alérgicas e sedadas antes da infusão. Muitas vezes, a permanência dos pais no hospital conseguia manter a criança calma e reduzia a necessidade de sedação.

Em entrevista, o pai de Gabriel explica que, antes da terapia celular, seu filho estava em seu próprio mundo. “Gabriel estava sempre distraído e não estava preocupado com a própria segurança. Seu comportamento social era inadequado; tanto no sentido de que ele diria coisas erradas na hora errada, quanto no sentido de que ele poderia ser muito agressivo e até violento com seus irmãos mais novos. Mas, ao mesmo tempo, Gabriel era bom com números e matemática. Desde que recebeu a terapia de sangue autólogo do cordão umbilical, Gabriel está menos agitado. Ele tem se comunicado melhor e melhorado as interações com seus irmãos mais novos”.

Já a mãe de Alex, falou sobre a diferença no filho após o tratamento usando as células-tronco. “Ele não falava de forma independente antes da terapia e exibiu “Ecolalia”, o que significa que ele só repetiu coisas que lhe foram ditas”. A família buscava uma variedade de terapias para o autismo, com destaque para a terapia comportamental Análise Comportamental Aplicada (ABA). Por meio de apresentações na mídia sobre terapia celular, eles aprenderam sobre a opção de usar o sangue do cordão umbilical para tratar o autismo e entraram em contato com o banco de sangue do cordão umbilical. O banco os encaminhou para o ensaio clínico liderado pelo Dr. Felician Stăncioiu.

“Temos visto resultados imediatos, quero dizer que só o transplante (sangue autólogo do cordão umbilical) não cura seu filho do autismo, não existe isso… Mas além da terapia, do esforço dos pais e terapeutas, dia a dia, com a criança, foi como uma rampa de lançamento, a criança aprendeu muito mais rápido, mais fácil, muito mais noções, e ela pegou mais rápido o que tinha que recuperar – atrasos cognitivos, sociais, de linguagem – houve um salto gigante.” A mãe de Alex relata que no segundo dia após a infusão Alex começou a falar sozinho pela primeira vez, e essa foi “a maior alegria da minha vida”.

Para assistir aos vídeos com as entrevistas dos pais de Gabriel e Alex, acesse o link Gabriel e Alex receberam o próprio sangue do cordão umbilical para o autismo (parentsguidecordblood.org)


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Estudo recente da Universidade de Yamanashi investiga de que forma a ingestão de fibras durante a gestação interfere no neurodesenvolvimento do bebê e outras questões de saúde futuras

A ciência traz novos aprofundamentos sobre a alimentação materna durante a gestação. Pesquisadores da Universidade La Trobe (Austrália) mostraram que alguns tipos de bactérias podem ser encontradas no nosso organismo antes mesmo do nascimento, mostrando que a alimentação da mãe tem influência na composição da microbiota fetal. Natalia Barros, Nutricionista Mestre em Ciências pela UNIFESP e fundadora da NB Clinic, comenta que, de fato, a nossa microbiota começa a ser formada ainda na barriga da mãe.

E por que isso é importante? “A microbiota materna durante a gravidez molda a microbiota vaginal e o leite materno, o que irá alterar a microbiota infantil pioneira durante uma janela crítica no desenvolvimento, tanto no útero como também no bebê depois de nascer”, explica Natalia.

Segundo ela, o conceito Developmental Origins of Health and Disease (DOHaD) – em português, Origens Desenvolvimentistas da Saúde e da Doença -, já propõe que diversos fatores ambientais, como desnutrição, estresse e exposições a produtos químicos durante a gestação e a infância estão relacionados com o aumento do risco de diversas doenças futuras.

Vem daí a importância do estudo publicado no final de julho, na revista Frontiers in Nutrition por pesquisadores da Universidade de Yamanashi. “Ele chamou a atenção por concluir que a deficiência de fibra dietética materna durante a gravidez pode influenciar um risco aumentado de atraso no neurodesenvolvimento da prole”, resume a nutricionista.

Ela conta que a pesquisa utilizou um banco de dados, para avaliar o consumo alimentar de fibras e ácido fólico e o atraso no desenvolvimento por domínios diferentes. “Mesmo depois de levar em consideração a ingestão de ácido fólico, que tem um papel essencial no desenvolvimento neural, houve uma ligação significativa entre a ingestão de fibra dietética materna durante a gravidez e o atraso no desenvolvimento infantil”, observa a especialista.

Isso é significativo porque, segundo Natalia, “a fibra dietética regula o microbioma intestinal, por meio da produção de ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs) produzidos pela fermentação bacteriana da fibra”, detalha, resumindo que esse processo tem grande importância para o eixo intestino-cérebro.   “Os resultados do estudo sugerem que a ingestão inadequada de fibras dietéticas maternas durante a gravidez afetou o atraso do neurodesenvolvimento infantil por conta da diminuição da produção de SCFAs”, conclui a nutricionista.

“Esse desequilíbrio nutricional materno durante a gravidez pode afetar não só o neurodesenvolvimento de seus filhos, mas também aumentar o risco de problemas futuros, como sobrepeso, síndrome metabólica e diabetes, entre outros, aponta Natalia. Por isso, a orientação nutricional durante a gravidez é fundamental para a saúde do binômio mãe-bebe, explica a nutricionista, ao detalhar: “Invista em alimentos ricos em fibras, como grãos, cereais, sementes, feijões, batatas, vegetais, frutas, cogumelos e verduras”. No que diz respeito ao volume de ingestão de fibras, Natalia orienta o consumo de 25g, valor recomendado pelas diretrizes brasileiras. Ela conta que a média de consumo do estudo foi de 10g/dia, sendo que o grupo com maior consumo, respondeu ingerir cerca de 18g/dia.

Ressalvas
Na visão de Natalia, a pesquisa mostra algumas limitações, por ter sido feita com humanos, o que impede de avaliar os efeitos da fibra alimentar isoladamente. Ela detalha: “Embora o estudo tenha considerado o impacto da ingestão de ácido fólico durante a gravidez, a possibilidade de outros nutrientes terem um impacto não pode ser descartada”, pondera a especialista. Outro questionamento dela diz respeito ao método de questionário autoaplicável, em que a compreensão pessoal das perguntas pode influenciar nas respostas. “Também se limitou ao não avaliar outros fatores do desenvolvimento cerebral, como o tipo de parto, a amamentação e a introdução alimentar”, acrescenta Natalia.

Fonte: Equilíbrio nutricional na gravidez afeta formação e futuro do bebê (terra.com.br)


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Empresa de biotecnologia Colossal começou em 2021 a estabelecer o objetivo surpreendente de modificar geneticamente elefantes

Cientistas da empresa de biotecnologia Colossal estão com um plano ambicioso sendo desenvolvido em laboratório: “reviver” mamutes extintos por meio de clonagem. Para isso, eles estão usando células-tronco de elefantes para estudar algumas características dos animais.

Os resultados podem esclarecer por que os animais raramente contraem câncer.

A empresa de biotecnologia Colossal começou em 2021 a estabelecer o objetivo surpreendente de modificar geneticamente elefantes com pelos e outras características encontradas em mamutes extintos.

Três anos depois, criaturas parecidas com mamutes ainda não existem. Mas, nesta semana, investigadores da empresa relataram um avanço: criaram células estaminais de elefante que poderiam potencialmente ser transformadas em qualquer tecido do corpo.

George Church, biólogo da Harvard Medical School, começou a tentar ressuscitar o mamute peludo há mais de uma década. Na época, os geneticistas extraíam DNA dos ossos dos animais extintos e identificavam diferenças genéticas entre eles e seus primos elefantes vivos.

Church concluiu que se pudesse alterar o DNA de um embrião de elefante, ele apresentaria algumas das características que permitiram aos mamutes peludos sobreviver em climas frios.

Os pesquisadores criaram iPSCs ( células-tronco pluripotentes induzidas) de outras espécies, incluindo humanos. Mas as células dos elefantes revelaram-se muito mais difíceis de reprogramar.

Lynch disse que tentou criar iPSCs de elefantes durante anos, sem sucesso. O problema, suspeitava ele, tinha a ver com uma característica dos elefantes: raramente contraem cancro.

Os elefantes desenvolveram uma série de defesas adicionais contra o cancro. Entre eles está uma proteína chamada TP53. Todos os mamíferos carregam um gene para a proteína, que faz com que uma célula se autodestrua se começar a mostrar sinais de crescimento descontrolado.

Os elefantes têm 29 genes para TP53. Juntos, eles podem destruir agressivamente as células cancerígenas.

Fonte: Cientistas usam células-tronco de elefante em laboratório para “reviver” mamutes extintos (terra.com.br)


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São diversos os tipos de células-tronco e cada vez mais notícias sobre seus possíveis usos aparecem nos meios de comunicação; por isso, fizemos um panorama explicando as principais aplicações que poderiam impactar a medicina no futuro.

Transplante de células-tronco: células próprias ou de doador

A maior parte dos estudos registrados tratam de intervenções em que células-tronco são administradas no organismo por diferentes vias (corrente sanguínea, vias aéreas ou diretamente no local da lesão) e, então, espera-se que elas promovam a regeneração tecidual. Não se sabe exatamente como esses efeitos podem ser obtidos, pois as células-tronco podem tanto se diferenciar em células especializadas como liberar substâncias que estimulam a reparação. No caso das células-tronco mesenquimais, por exemplo, imagina-se que a maior parte do efeito terapêutico deva-se à liberação desse tipo de substância.

Para a realização dos transplantes de células-tronco, existem duas possibilidades de origem dessas células: elas podem ser do próprio paciente (uso autólogo) ou podem ser de um doador (uso alogênico). Em alguns casos, o uso autólogo pode ser mais recomendado por não haver risco de rejeição; em outros, o uso alogênico pode ser mais recomendado por evitar defeitos genéticos do paciente relacionados à doença. Em algumas condições, estuda-se o transplante das células-tronco não diferenciadas; em outras, estuda-se diferenciar as células-tronco em células especializadas ou até mesmo formar tecidos e órgãos em laboratório para transplante. Principalmente nesses casos, em que as células serão diferenciadas, o uso autólogo parece mais promissor – ou o paciente pode precisar de imunossupressores por toda a vida. Existem, também, soluções engenhosas para aumentar a eficiência dos transplantes de células-tronco e diminuir essa necessidade.

Usando as células-tronco que já estão onde precisam estar

Pode não ser necessário fazer nada disso em outras situações: existe a possibilidade de se ativar populações de células-tronco que estão nos tecidos especializados, a maior parte do tempo de forma dormente, e são responsáveis por manter o bom funcionamento dos órgãos. Nós já falamos aqui sobre estudos para esse tipo de abordagem com células recentemente descobertas no cérebro e nos pulmões. Ativar essas células de maneira controlada pode ser uma estratégia interessante em diversas situações, pois não há risco de rejeição e as células-tronco já estão com “meio caminho andado”: elas já se comprometeram em se diferenciar em um número limitado de tipos celulares ou em um tipo só e estão no ambiente certo para isso (são chamadas células progenitoras ou precursoras, muitas vezes). Os estudos nessa área de aplicação terapêutica, no entanto, ainda são muito preliminares – é necessário compreender melhor os mecanismos de diferenciação celular envolvidos em cada caso.

Os desafios e as possibilidades no uso das células-tronco pluripotentes

O uso de células-tronco pluripotentes, como as células-tronco embrionárias ou as células-tronco pluripotentes induzidas, podem ter um grande impacto na medicina mas ainda há desafios a serem vencidos. No caso das células-tronco embrionárias, há questões éticas que tornam sua aplicação mais distante. Células-tronco pluripotentes induzidas não têm esses problemas éticos, mas ainda tem um problema: quando não diferenciadas, elas têm um risco maior de gerar tumores. Além disso, é necessário que sejam desenvolvidos métodos automatizados para que elas possam ser usadas em grande escala de maneira mais barata, atendendo aos interesses da população. Não é tão difícil imaginar que esses métodos sejam desenvolvidos logo, considerando que hoje já é possível criar mini-órgãos com essas células usando robôs e selecionar populações de células neurais diferenciadas a partir de células-tronco pluripotentes induzidas usando um sistema de 10.000 nano-agulhas.

A maior utilidade das células-tronco pluripotentes induzidas talvez seja, na verdade, o uso na farmacologia, permitindo tanto testar medicamentos em larga escala para certo tipo de doença que tenha causas bem definidas, como permitindo testar medicamentos de forma personalizada no caso de doenças que tenham múltiplas causas e muita variabilidade individual na resposta aos medicamentos. Isso seria muito útil para doenças em que é difícil prever como uma pessoa vai responder aos medicamentos ou que medicamento vai funcionar para ela, que é o caso de doenças psiquiátricas como a depressão.

Referência:
Mummery C et al. STEM CELLS – Scientific Facts and Fiction. 2ndedition. Elsevier Inc. 2014.

Fonte: Células-tronco: um panorama dos seus impactos na medicina (tudosobrecelulastronco.com.br)


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A seguinte história foi relatada em maio de 2023 na décima Conferência sobre sangue do cordão umbilical da Associação de Saúde Materno-Infantil da China1-3. O paciente recebeu o pseudônimo “Xiao An”. Em chinês, “Xiao” é um nome de gênero neutro que é frequentemente traduzido como “amanhecer”, “pouco” e “reverente aos idosos”.

“Eu não esperava que o sangue do cordão umbilical guardado realmente salvaria a vida da criança 19 anos depois”, disse animado o pai de Xiaoan, um paciente de anemia aplástica. Em 2021, Xiao An, de 18 anos, sofreu subitamente de anemia aplástica e felizmente, o sangue do cordão umbilical armazenado no Banco de Células-Tronco Hematopoéticas do Sangue do Cordão Umbilical, de Tianjin, salvou sua vida.

Este é, de longe, o mais longo armazenamento de sangue autólogo do cordão umbilical usado para terapia na China, criando um novo recorde para o autoarmazenamento e auto-uso do sangue do cordão umbilical.

Toda vez que os pais de Xiaoan se lembravam de sua decisão de preservar o sangue do cordão umbilical, eles se sentiam extremamente gratos. Quando Xiaoan nasceu, em 2003, a consciência doméstica do sangue do cordão umbilical ainda estava engatinhando. Com a mentalidade de “preparação, múltiplas garantias e múltiplas pazes de espírito”, armazenavam o sangue do cordão umbilical para os filhos. Foi essa semente de vida do próprio Xiaoan que trouxe o fogo da vida de volta para ele 19 anos depois.

Em dezembro de 2021, Xiaoan, que tinha acabado de completar 18 anos, de repente desenvolveu sintomas como úlceras e manchas de sangue. Após uma série de exames, Xiaoan foi diagnosticado com anemia aplástica, que é uma condição autoimune onde células T excessivamente reativas no sangue foram desencadeadas para atacar a própria medula óssea do corpo. Xiaoan também tinha “clones de HPN” no sangue (hemoglobinúria paroxística noturna), que é uma característica da anemia aplástica grave. Este ataque grave pode levar à falência completa da medula óssea e à morte. Enquanto procuravam tratamento em muitos hospitais domésticos, os pais de Xiaoan aprenderam que: atualmente, o transplante de células-tronco hematopoéticas do sangue do cordão umbilical é um dos métodos eficazes para tratar a anemia aplástica, e a taxa de cura dos transplantes de sangue do cordão umbilical com o próprio sangue autólogo do cordão umbilical do paciente é alta. Isso deu à família de Xiaoan, que estava envolta na névoa da doença, uma nova luz de esperança, porque já em 2003, quando a criança nasceu, os pais de Xiaoan haviam armazenado células-tronco hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical para a criança no Banco de Sangue do Cordão Umbilical.

Depois que o plano de tratamento de Xiaoan para transplante autólogo de sangue de cordão umbilical foi determinado, o hospital e os pais de Xiaoan entraram em contato com o Banco de Sangue do Cordão umbilical de Tianjin o mais rápido possível. Ao receber a notícia, a equipe do banco de sangue do cordão umbilical imediatamente se dedicou aos preparativos para a liberação do sangue do cordão umbilical. O reexame por técnicos profissionais mostrou que as células-tronco hematopoéticas do sangue do cordão umbilical que estavam “dormindo” há 19 anos estavam em boas condições, e todos os indicadores atendiam aos padrões de liberação.

Em dezembro de 2022, Xiaoan foi transferido para o Hospital Lu Daopei de Pequim, um conhecido hospital especializado em doenças do sangue no país, e estava oficialmente preparado para receber um transplante de células-tronco. Com os esforços da equipe, o precioso sangue do cordão umbilical foi entregue com sucesso ao hospital de transplante. O dia 25 de dezembro de 2022 é de grande significado para a família de Xiaoan. Após o tratamento total pelo diretor Xiong Min do Hospital Lu Daopei de Pequim, Xiaoan foi submetido à reinfusão de células-tronco hematopoiéticas do sangue do cordão umbilical no mesmo dia, e essa preciosa semente de vida retornou ao proprietário sem problemas. Cerca de um mês depois, Xiaoan recebeu alta da terapia intensiva e todos os indicadores físicos se recuperaram bem. Ele recebeu alta hospitalar em fevereiro de 2023 e voltou à vida normal.

Falando sobre a doença da criança e a experiência de tratamento, os pais de Xiao An são muito gratos por armazenar o sangue do cordão umbilical para a criança. O sangue do cordão umbilical é o sangue coletado da veia umbilical após o nascimento do bebê e a decepação do cordão umbilical. É rico em células-tronco hematopoiéticas formadoras de sangue e é de grande ajuda no tratamento de doenças do sangue. Atualmente, com o desenvolvimento contínuo da tecnologia médica, o sangue de cordão umbilical tem valor de aplicação clínica em mais de 80 doenças do sistema sanguíneo e do metabolismo. A popularização da tecnologia de armazenamento de sangue de cordão umbilical proporcionará proteção à saúde de mais famílias.

No caso de tratamento de Xiaoan, o sangue autólogo do cordão umbilical desempenhou um papel positivo. Ao mesmo tempo, a tecnologia de armazenamento madura e a garantia de segurança do Banco de Sangue do Cordão umbilical de Tianjin também foram unanimemente reconhecidas por especialistas clínicos. O transplante autólogo reacendeu com sucesso a vida ao longo de 19 anos de tempo e espaço, e também guardou um futuro saudável e feliz para uma família.

O pai de Xiaoan disse sinceramente em uma entrevista após a operação: “Sou muito grato ao hospital e aos médicos que trataram Xiaoan. Graças ao Banco de Sangue do Cordão Umbilical de Tianjin. Vocês realmente beneficiaram a humanidade e beneficiaram milhares de famílias. Esta é uma grande causa!”.

É relatado que o Banco de Sangue do Cordão umbilical de Tianjin foi criado em 2001, e as primeiras células-tronco do sangue do cordão umbilical armazenadas privadamente na China foram congeladas no mesmo ano. O banco de Tianjin estava entre o primeiro lote de bancos de células-tronco hematopoéticas aprovados pelo antigo Ministério da Saúde da China e passou pela inspeção da prática. É também uma parte importante da base nacional de industrialização de produtos de engenharia de células-tronco aprovada pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma. Atualmente, a biblioteca do Banco de Sangue de Cordão umbilical de Tianjin registra mais de 3.400 casos de aplicação de unidades de sangue de cordão umbilical do banco.

Fonte: Curado pelo próprio sangue do cordão umbilical 19 anos depois (parentsguidecordblood.org)


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Muitos pais se fazem esse tipo de pergunta quando o bebê nasce. Por um lado, eles se deparam com um bebê imprevisível e que parece não se cansar de tanto sugar incessantemente o seio da mãe. Seio esse que em muitas mães fica destruído nos primeiros dias. Ou é um bebê que chora muito. Difícil entender o bebê recém-nascido. O que ele quer? Aí vem a vovó e fala: “dá uma chupeta pra essa criança, pelo amor de Deus!”.  A mamãe exausta, acaba cedendo.

Por outro lado, temos os profissionais da saúde, as consultoras de amamentação, fonos, odontopediatras e até as blogueiras super engajadas, colocando as mães que dão chupeta na categoria de mães ruins por ofertarem aos seus bebês bico artificial.

Sabemos que o puerpério é uma fase tão individual e imprevisível. Então como julgamos ou analisamos a conduta de dar ou não dar a chupeta para o bebê? Quais são as reais consequências ruins? Como tomar essa decisão com sabedoria?

Como mãe e profissional preciso dizer que a resposta não é tão simples assim. A chupeta pode ajudar a acalmar o bebê, dar um descanso para a mãe, aliviar as dores no peito e poderia talvez prevenir uma morte súbita. Mas também terá efeitos muito negativos sobre o desenvolvimento do bebê: na fala e linguagem, na deglutição, na mastigação, na dentição e na respiração. São efeitos cascata que no final você até não sabe mais onde começou. E pode ter começado naquela chupeta.  Os pais precisam estar bem cientes de que os tratamentos para reverter as consequências do uso de bicos artificiais normalmente são longos e dispendiosos, envolvendo fonoterapia, ortodontia, e provavelmente tratamento com otorrinolaringologista. Mas vamos voltar para o início.

Alguns bebês quando nascem apresentam diversas dificuldades de coordenação de toda musculatura que se envolve na amamentação… respirar, sugar, deglutir…  Nem todo bebê nasce sabendo como fazer de forma tão natural quando se pensa. Deveria ser, mas na realidade cada dia mais observamos quantos bebês apresentam dificuldades, disfunções orais que atrapalham a amamentação como um todo. Ainda tem a mãe que não sabe se tem uma boa produção de leite, se tem uma anatomia de bico de seio favorável, se a pega está bem ajustada. Nesse desespero todo, aquela criança chorando e a chupeta faz o bebê parar de chorar. Não atoa nomeada de pacifer – pacificadora – ou soothie – calmante – no inglês.

O bebê tem necessidade fisiológica de sugar especialmente no primeiro ano de vida. Essa necessidade vai diminuindo com o passar dos meses. Dividimos o ato em sucção nutritiva e sucção não nutritiva. Um bebê que faz uso de mamadeira, não sacia a necessidade de sucção. E nestes casos o uso da chupeta pode ser justificado para satisfazer o bebê.

A sucção da chupeta empurra a língua pra baixo, quando queremos ela posicionada lá em cima, no “céu da boca”. A presença da língua no palato promove o seu desenvolvimento em todos os sentidos: abrir, expandir. Com isso melhoramos a respiração também. Pois, “o céu da boca é o chão do nosso nariz”. Expandir o palato melhora a passagem de ar. O bebê que usa chupeta então, também pode desenvolver a respiração pela boca e assim abrimos as portas par as infecções respiratórias recorrentes.

O bebê sob aleitamento e que usa chupeta, tem maior tendencia de largar o seio materno em prazo mais curto do que o desejado. Hoje desejamos que a amamentação perdure. E quando o bebê usa chupeta, reduzimos drasticamente essa possibilidade.

A língua baixa causada pelo uso de chupeta tem consequências bastante perceptíveis na fala e deglutição. Corrigir isso exige tratamento com fonoaudióloga por um tempo nada breve.

A mordida aberta causada pela presença da chupeta entre os dentes pode parecer ser corrigida espontaneamente se essa remoção acontecer antes dos 4 anos. O problema é que até essa idade a língua já viveu tempo demais embaixo, se movimentando de forma errada na fala e na deglutição. Toda musculatura está trabalhando errado a bastante tempo. O que causa outros impactos no desenvolvimento orofacial da criança, como mordidas cruzadas e crescimento assimétrico como um todo. Sem falar na dependência emocional do acessório na boca da criança que fica viciada com o passar do tempo. Quanto mais tempo, maior o vício e dependência da chupeta.

Diante de tantas informações das consequências negativas, que como odontopediatra e ortodontista posso trazer, fica claro que a escolha por ela é muito ruim. Mas… E em casos em que por reais motivos não é possível amamentar o bebê? Como os bebês que ficam em UTI, os bebês prematuros e mães que por condições de saúde ou anatomia do seio, produção de leite não amamentaram? Sim essas situações todas acontecem mesmo. Nem todo bebê consegue receber aleitamento materno. Entendo que nesses casos a possibilidade da chupeta possa ser considerada especialmente em casos de bebês irritados, com dor… Mas os pais precisam estar cientes de que é imprescindível tratamento e acompanhamento fonoaudiológico.

Por todos esses motivos ressalto tanto a importância de uma consulta pré-natal odontológica e fonoaudiológica. Quanto mais conhecimento os pais adquirem precocemente, principalmente se ainda na fase gestacional, melhor e mais fácil será lidar com o bebê. A prevenção de dificuldades pode salvar a amamentação e impactar no desenvolvimento orofacial da criança por toda vida.

Fonte: A chupeta é amiga ou inimiga do bebê? – Revista Materlife


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Introdução à paralisia cerebral:

Paralisia cerebral é um termo genérico que descreve um grupo de distúrbios que afetam o movimento e a postura de uma pessoa. A paralisia cerebral é uma condição ao longo da vida que surge de lesões no cérebro durante o desenvolvimento, geralmente antes, durante ou logo após o nascimento. A paralisia cerebral é uma condição altamente variável. Os sintomas podem incluir dificuldades na marcha, equilíbrio e controle motor, alimentação, deglutição, fala ou coordenação dos movimentos oculares. A paralisia cerebral pode variar na forma como afeta o movimento (tipo) de um indivíduo, a parte do corpo afetada (topografia) e a gravidade dos sintomas (gravidade), que pode ser medida usando o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS). Além disso, as pessoas com paralisia cerebral também podem apresentar outras deficiências ou condições co-ocorrentes, como epilepsia, distúrbios de comportamento ou deficiências de visão ou audição.

Quais tratamentos existem?

Existem inúmeras intervenções que ajudam as pessoas com paralisia cerebral a desenvolver e manter suas habilidades funcionais, bem como reduzir os sintomas da paralisia cerebral. Estes incluem várias intervenções médicas e de reabilitação, como terapias físicas, ocupacionais e fonoaudiológicas, bem como injeções de botox, baclofeno oral ou intratecal e até mesmo cirurgia para controlar a rigidez muscular e contraturas1. Atualmente, não há tratamentos disponíveis que visem diretamente a lesão cerebral subjacente para melhorar a função e a qualidade de vida.

Por que terapias celulares?

Há um interesse significativo na investigação de terapias celulares como o sangue de cordão umbilical como tratamento para paralisia cerebral. Isso ocorre porque o sangue do cordão umbilical contém uma variedade de células-tronco e progenitoras que demonstraram ser benéficas após uma lesão cerebral em pesquisas de laboratório. Esses benefícios incluem a redução da inflamação e morte celular, e promover o reparo após uma lesão cerebral, principalmente através da liberação de fatores celulares (“mecanismos tróficos”). Isso pode ajudar a reduzir o tamanho ou a gravidade de uma lesão e/ou melhorar as conexões dentro do cérebro.

Sangue do cordão umbilical para paralisia cerebral:

As primeiras infusões relatadas de sangue de cordão umbilical para paralisia cerebral datam de quase 20 anos. Isso foi incluído em um artigo publicado por Sun et al., em 2010, no qual 140 crianças com paralisia cerebral receberam sangue autólogo (próprio) do cordão umbilical de março de 2004 a dezembro de 20093. Desde então, vários estudos foram publicados, com uma revisão de 2021 descobrindo que quase 800 indivíduos com paralisia cerebral foram tratados com sangue do cordão umbilical em todas as fases dos estudos clínicos, incluindo seis ensaios clínicos randomizados controlados por placebo de médio/grande porte4. Uma revisão sistemática de 2016 concluiu que o tratamento com sangue do cordão umbilical é seguro e mais eficaz do que a reabilitação isolada na melhoria da função motora grossa, no entanto, o sangue do cordão umbilical não é aprovado para o tratamento da paralisia cerebral por nenhuma agência reguladora no mundo.

Desafios com as evidências de pesquisa até o momento:

Existe alguma incerteza sobre se o sangue do cordão umbilical é realmente eficaz para o tratamento da paralisia cerebral. Isso pode ser devido, em parte, à variabilidade entre os estudos concluídos até o momento. Essa variabilidade vem da inclusão de participantes de todas as idades, tipos de paralisia cerebral e gravidade, bem como diferenças na forma como as células do sangue do cordão umbilical foram administradas, grande variação no número de células (dose), quanto tempo após o tratamento os participantes foram acompanhados e quais testes foram usados para verificar se havia alterações. Todos esses fatores e muito mais podem influenciar na eficácia do sangue do cordão umbilical para o tratamento da paralisia cerebral.

Um desafio com os ensaios clínicos é que amostras pequenas em estudos individuais podem levar a uma falta de “poder” para responder conclusivamente a perguntas sobre se um tratamento funciona, bem como explorar diferentes subgrupos dentro dos dados. Somente quando um campo atinge um certo nível de maturidade, com dados suficientes disponíveis, é que isso se torna possível.

Uma solução de pesquisa:

Agora, com vários grandes ensaios clínicos randomizados publicados, os pesquisadores do Cerebral Palsy Alliance Research Institute sentiram que era o momento certo para conduzir uma Meta-Análise de Dados de Participantes Individuais (IPDMA) para fazer exatamente isso. Um IPDMA é um tipo específico de revisão sistemática que obtém os dados originais da pesquisa para cada participante do estudo diretamente dos pesquisadores responsáveis por cada estudo. Esses dados podem então ser combinados e reanalisados centralmente para fazer perguntas adicionais aos dados.

O que os pesquisadores encontraram?

Para este IPDMA, os pesquisadores tinham dados suficientes para analisar os efeitos do tratamento do sangue do cordão umbilical na função motora grossa. Portanto, as perguntas que a equipe mais queria responder eram: 1) qual é o efeito geral do tratamento com sangue de cordão umbilical para melhorar a função motora grossa em indivíduos com paralisia cerebral e 2) qual o efeito da dose de células do sangue do cordão umbilical nessa melhora? Os resultados preliminares deste estudo IPDMA foram apresentados na conferência Cord Blood Connect 2023 em Miami.

“De forma promissora, este estudo preliminar do IPDMA sugeriu que o tratamento do sangue do cordão umbilical em crianças com paralisia cerebral melhorou as habilidades motoras grossas mais do que os controles, e que uma dose celular mais alta é provavelmente benéfica, com dados apresentados para o período de acompanhamento de 6 meses”.

A equipe está atualmente realizando mais análises, incluindo a análise de pontos de tempo adicionais, além de olhar para vários fatores que podem revelar os respondedores ao tratamento. Este estudo representa uma incrível colaboração internacional entre muitas das equipes de pesquisa que trabalham nesta área. Os resultados deste estudo podem ajudar a informar futuros ensaios e garantir que o sangue do cordão umbilical seja aplicado de forma a proporcionar os melhores resultados possíveis para crianças com paralisia cerebral. Fique atento aos resultados completos esperados para o próximo ano.

Os colaboradores do estudo incluem: Cerebral Palsy Alliance Research Institute, Universidade de Sydney, Sydney, Austrália: Megan Finch-Edmondson, Madison CB Paton, Annabel Webb, Remy K Blatch-Williams, Alexandra R Griffin Centro Médico Infantil, Universidade de Ciências Médicas de Teerã, Teerã, Irã: Mahmoudreza Ashrafi McGovern Medical School, Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, Houston, EUA: Charles S Cox, Jr, Steven Kosmach Murdoch Children’s Research Institute, The Royal Children’s Hospital Melbourne, Universidade de Melbourne, Melbourne, Austrália: Kylie Crompton CHA Bundang Medical Center, CHA University School of Medicine, Seongnam, República da Coreia: MinYoung Kim Centro Marcus de Curas Celulares, Duke University School of Medicine, Durham, EUA: Joanne Kurtzberg, Jessica Sun Tecnologia de células-tronco de Royan, Teerã, Irã: Masoumeh Nouri, Morteza Zarrabi Faculdade de Medicina e Saúde, Universidade de Sydney, Sydney, Austrália: Iona Novak   Referências Novak I, Morgan C, Fahey M, Finch-Edmondson M, Galea C, Hines A, et al. Estado das Evidências Semáforos 2019: Revisão Sistemática de Intervenções para Prevenção e Tratamento de Crianças com Paralisia Cerebral. Relatórios Atuais de Neurologia e Neurociências. 2020; 20(2):3. Nguyen T, Purcell E, Smith MJ, Penny TR, Paton MCB, Zhou L, et al. Umbilical Cord Blood-Derived Cell Therapy for Perinatal Brain Injury: A Systematic Review & Meta-Analysis of Preclinical Studies. Revista Internacional de Ciências Moleculares. 2023; 24(5):4351. Sol J, Allison J, McLaughlin C, Sledge L, Waters-Pick B, Wease S, et al. Diferenças na qualidade entre unidades de sangue de cordão umbilical privadas e públicas: um estudo piloto de infusão autóloga de sangue de cordão umbilical em crianças com distúrbios neurológicos adquiridos. Transfusão. 2010; 50(9):1980-7. Paton MCB, Finch-Edmondson M, Fahey MC, London J, Badawi N, Novak I. Quinze anos de pesquisa humana usando células-tronco para paralisia cerebral: Uma revisão do cenário de pesquisa. J Paediatr Saúde da Criança. 2021; 57(2):295-6. Novak I, Walker K, Hunt RW, Wallace EM, Fahey M, Badawi N. Revisão concisa: intervenções com células-tronco para pessoas com paralisia cerebral: revisão sistemática com metanálise. Medicina Translacional de Células-Tronco. 2016; 5(8):1014-25. Finch-Edmondson M, Paton M, Webb A, Ashrafi M, Blatch-Williams R, Cox J, Charles, et al. Resumo 5 Tratamento do Sangue do Cordão Umbilical para Melhorar a Função Motora Grossa em Indivíduos com Paralisia Cerebral: Resultados de uma Meta-Análise de Dados de Participantes Individuais. Medicina Translacional de Células-Tronco. 2023; 12(Supplement_1):S6-S. To learn more about cord blood banking, visit Parent’s Guide to Cord Blood Foundation at https://parentsguidecordblood.org/en/news/meta-analysis-cord-blood-cerebral-palsy

Fonte: Meta-Análise do Sangue do Cordão Umbilical na Paralisia Cerebral (parentsguidecordblood.org)


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Cientistas testaram combinação de estimulação cerebral com treinamento cognitivo em busca de uma alternativa às intervenções farmacológicas

Um experimento conduzido por pesquisadores da Universidade de Surrey, na Inglaterra, e da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, abriu caminho para uma nova forma de tratamento para crianças com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Publicado na revista científica Translational Psychiatry, o trabalho avaliou o uso de uma combinação inédita de estimulação cerebral não invasiva com treinamento cognitivo, e obteve resultados animadores na melhora dos sintomas.

O professor de neurociência cognitiva da Universidade de Surrey Roi Cohen Kadosh, chefe da Escola de Psicologia da instituição, explica que o método busca ser uma alternativa às terapias farmacológicas atuais devido aos efeitos colaterais que podem ser associados, como diminuição do apetite e problemas de sono.

“Acredito que a comunidade científica tem o dever de investigar e desenvolver métodos cada vez mais eficazes e duradouros para o TDAH. Os resultados sugerem que uma combinação de estimulação transcraniana por corrente contínua (tRNS), que se mostrou segura com efeitos colaterais mínimos, tem o potencial de transformar a vida de crianças e suas famílias. (…) No futuro, poderá fornecer uma alternativa à medicação como via de tratamento”, diz ele, que é um dos líderes do experimento.

O TDAH é um transtorno que impacta a atenção, a atividade e a impulsividade do indivíduo, se manifestando por meio de sintomas como dificuldades no foco, memória e autocontrole. Geralmente é diagnosticado na infância, e estimativas apontam que 5,2% das crianças vivem com o quadro. O tratamento padrão é feito com medicamentos e psicoterapia.

No novo estudo, os pesquisadores avaliaram o uso de estimulação cerebral não invasiva, que envolve uma leve corrente elétrica no paciente por meio de dois eletrodos anexados na cabeça do paciente. No trabalho, foram recrutadas 23 crianças com idades entre 6 e 12 anos que tinham o diagnóstico, mas não faziam uso de medicamentos.

Elas foram divididas em dois grupos aleatórios, sem saber em qual pertenciam. O primeiro recebeu a estimulação durante sessões de treinamento cognitivo, como, por exemplo, resolução de problemas e questões de interpretação de leitura. O segundo também realizou o treinamento cognitivo, mas recebeu um placebo durante as sessões.

Depois de duas semanas, os cientistas observaram que 55% das crianças do primeiro grupo tiveram uma melhora significativa do quadro clínico, segundo relatado por seus pais. Esse percentual foi de apenas 17% no grupo placebo. Na semana seguinte, mesmo com o tratamento interrompido, 64% dos que receberam a estimulação relataram melhorias, e 33% dos que fizeram parte do grupo placebo.

Os pesquisadores observaram ainda mudanças nos padrões de atividade elétrica do cérebro de pacientes submetidos ao novo tratamento, mesmo na terceira semana. Os resultados foram celebrados pelos responsáveis, mas precisam ser validados por mais, e maiores, estudos para que cheguem à avaliação de agências reguladoras e, posteriormente, à prática clínica.

“Este é um primeiro passo importante na oferta de novas opções terapêuticas para o TDAH. Estudos futuros, com estudos maiores e amostras mais variadas, devem ajudar a estabelecer isso como uma terapia viável para o TDAH e nos ajudar a entender os mecanismos subjacentes do transtorno, diz Mor Nahum, também líder do estudo e chefe do Laboratório de Neuroterapia Computadorizada da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Fonte: TDAH: novo tratamento ‘tem o potencial de transformar a vida de crianças e suas famílias’, diz pesquisador; entenda (globo.com)


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Um homem continua em remissão do HIV cinco anos após receber um transplante de células-tronco para tratar sua leucemia, revelaram os médicos. O paciente tinha 63 anos quando recebeu o transplante em 2019, tornando-se o quarto no mundo e o mais idoso a entrar em remissão de longo prazo dessa condição fatal.

Apelidado de “paciente do City of Hope”, em referência ao hospital na Califórnia onde foi tratado, ele conviveu com o vírus por 31 anos e enfrentou um estágio de AIDS, que tragicamente tirou a vida de muitos de seus amigos nos anos 80.

A última atualização médica, publicada no New England Journal of Medicine, confirmou que o homem não identificado ainda está livre da doença, cinco anos após o tratamento inicial. Os médicos afirmaram: “No momento deste relatório, o paciente continua em remissão do HIV e AML (leucemia mieloide aguda), enquanto recebe tratamento tópico para a doença do enxerto contra o hospedeiro oral.

“Esse caso mostrou que pacientes mais idosos submetidos a transplante de células-tronco hematopoiéticas com condicionamento de intensidade reduzida para o tratamento do câncer podem ser curados da infecção por HIV-1.”

Mais de 106.000 pessoas no Reino Unido viviam com HIV em 2020, mostram os dados mais recentes. Os avanços na medicina permitem que os pacientes vivam com a doença e reduzam os níveis do vírus a níveis indetectáveis no corpo, diminuindo o risco de transmissão a outros.

Duas pessoas foram declaradas livres do HIV desde o paciente do City of Hope, elevando o total para seis, incluindo os pacientes de Berlim, Londres, Dusseldorf, Nova York e Genebra. Todos passaram por transplantes de medula óssea para tratar casos graves de câncer, recebendo células-tronco de um doador com uma mutação no gene CCR5, exceto o paciente de Genebra.

Essa mutação é conhecida por bloquear o HIV de entrar nas células do corpo. O paciente do City of Hope recebeu o mesmo transplante após 30 anos de terapia antirretroviral (TAR).

A TAR suprime a replicação do HIV no corpo e permite que aqueles com o vírus levem uma vida normal e saudável. Após o transplante há cinco anos, que seguiu a quimioterapia, o paciente do City of Hope interrompeu a TAR em março de 2021. Ele está agora em remissão tanto do HIV quanto da leucemia por mais de dois anos.

Falando no ano passado, ele disse: “Quando fui diagnosticado com HIV em 1988, como muitos outros, pensei que era uma sentença de morte. “Nunca pensei que viveria para ver o dia em que não teria mais HIV. Estou além de grato.”

Fonte: Epilepsia: Desvendando os mistérios da doença que acompanha a humanidade desde a antiguidade (gazetabrasil.com.br)