O transplante poderia tratar bebês afetados com condições ósseas raras e pessoas mais velhas
Em recente pesquisa realizada pela University College, de Londres, foi constatado que as células-tronco encontradas no líquido amniótico tem grande potencial para tratamento de bebês com condições ósseas raras e pessoas idosas com osteoporose. Os cientistas propuseram a terapia incomum após estudos mostrarem que o tratamento levou a 78% menos fraturas em animais que foram criados para ter uma desordem óssea quebradiça.
Acredita-se que essas células-tronco sejam muito potentes e poderiam ser coletadas quando as mulheres grávidas tiveram testes do líquido amniótico e quando os médicos induzirem a quebra da água antes do parto. “É possível coletar o fluido e isolar as células dele”, disse Pascale Guillot, idealizador do estudo. “Os ossos se tornam muito mais fortes e a forma como ele é organizado internamente é de qualidade muito maior”, completou.
A novidade partiu após uma série de experiências, em que Guillot começou a investigar se as células estaminais coletadas do líquido amniótico humano poderiam ajudar a fortalecer ossos fracos em camundongos. Então foi descoberto que a introdução das células multiplicaram e amadureceram os ossos de forma mais eficaz. “A descoberta pode ter um efeito profundo sobre a vida de pacientes com ossos frágeis e reduzir em grande quantidade os casos de fraturas dolorosas”, disse Guillot.
Os pesquisadores esperam iniciar um ensaio clínico em humanos nos próximos dois anos. Se o tratamento for efetivo, pode ser administrado em bebês afetados ao nascer ou mesmo enquanto ainda estão no útero. A pesquisa foi publicada na revista Scientific Reports.
Fonte – Revista Scientific Reports